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segunda-feira, 21 de março de 2022

Trissomia 21: crianças com a síndrome de Down precisam de intervenção precoce

Dia Internacional da Síndrome de Down (21) alerta para a importância da intervenção precoce e multidisciplinar para ajudar no desenvolvimento da fala, da alimentação e de outros aspectos

 

Reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o próximo 21 de março marca o Dia Internacional da Síndrome de Down e tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a síndrome genética – e não doença – caracterizada pela presença de três cromossomos 21 nas células de um indivíduo. Atualmente, a data marca também a luta por dignidade, inclusão e bem-estar dessas pessoas e pela mudança da nomenclatura para Trissomia 21 ou T21. 

“A síndrome é caracterizada pelo cromossomo a mais, que chamamos de ‘cromossomo do amor’. E essa diferença genética traz algumas características físicas marcantes como os olhinhos mais puxados, a implantação das orelhas mais baixa e o nariz mais achatado. A T21 também apresenta algumas características cognitivas e, por isso, a intervenção fonoaudiológica precoce é muito importante”, explica a fonoaudióloga e diretora do BakyKids Centro de Especialidades, Daniella Sales Brom. 

A partir do primeiro dia de vida já é possível fazer uma intervenção para melhorar a pega do bebê durante a amamentação e, a partir dos 15 dias de vida, já começam as estimulações na musculatura, de maneira passiva e até exercícios ativos. “Por eles terem a musculatura muito mais flácida, o bebê com T21 tem dificuldade para fazer a pega correta então já atuamos nesse primeiro momento. Após os 15 dias de vida avaliamos a postura global da criança com ajuda de equipe multidisciplinar”, afirma Daniella.

 

O acompanhamento multidisciplinar faz toda diferença. Com a fonoaudióloga, é feita a avaliação detalhada da postura da língua, lábios, bochechas e laringe para que se tornem mais adequados e ajudem na introdução alimentar, momento que inicia o preparo para o desenvolvimento da fala e da linguagem das crianças. Existem muitas técnicas avançadas para trabalhar fala e linguagem com essas crianças e, quanto mais precoce a intervenção, melhor. 

Um exemplo são as faixas adesivas da kinesioterapia, que ajudam a trabalhar a musculatura facial da criança e ajuda nas estimulações cognitivas. 

“Algumas crianças têm maiores dificuldades intelectuais do que outras e algumas tem a T21 associada ao TEA (Transtorno do Espectro Autista). Mas a maior dificuldade da fala para essas crianças, e que tenho recebido muito no consultório, são crianças com T21 associado à apraxia de fala da infância, que é um distúrbio motor da fala com origem neurológica resulta da dificuldade na consistência e precisão dos movimentos necessários a fala”, explica Daniella.

 

Fisioterapia tem papel importante 

A fisioterapia deverá ser iniciada o mais cedo possível, assim que houver liberação médica e auxilia, especificamente, no desenvolvimento motor da criança, estimulando habilidades motoras e facilitando o desenvolvimento de bons padrões de movimento. “Quanto antes iniciado o tratamento, mais benefícios a criança poderá ter, visto que a plasticidade neural tem sua maior intensidade nos primeiros meses de vida”, explica a fisioterapeuta do BabyKids Centro de Especialidades, Camila Vaz. 

Com o acompanhamento adequado, as crianças experimentam o movimento apropriado, estabelecendo padrões de movimento de melhor qualidade e evitando os desalinhamentos posturais. “Os brinquedos são um bom suporte para auxiliar a mudança de transição da criança, visto que, pelo interesse pelo brinquedo ela vai se deslocar e mudar de posição. As brincadeiras auxiliam tanto para atividade motora quanto para a estimulação, mental e afetiva”, diz Camila.


Baixa qualidade do sono pode levar a problemas psiquiátricos e cardíacos, alerta médico do Hospital Paulista

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Pesquisa indica que problema atinge 65% dos brasileiros, mas apenas 7% procuram ajuda especializada

 

Pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) indica que cerca de 65% da população do país sofre de baixa qualidade de sono. Segundo o estudo, cerca de 34% destas pessoas afirmam ter insônia, mas somente 21% têm o real diagnóstico da doença, já que apenas 7% das pessoas com dificuldades para dormir procuram ajuda médica. 

Muitos são os motivos que podem afetar nosso sono, entre eles estão os problemas psiquiátricos, como a ansiedade -- que pode prejudicar o início e até a manutenção do sono -- e a depressão, que está ligada mais aos despertares precoces, aqueles que acontecem antes do horário desejado de acordar. 

Além deles, existem também os chamados distúrbios do sono, como a insônia e a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), que atinge cerca de 33% da população adulta no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 

O Hospital Paulista de Otorrinolaringologia alerta para a importância do sono reparador na manutenção da qualidade de vida e na prevenção de doenças.

Conforme o Dr. Nilson André Maeda, médico do sono e otorrinolaringologista do Hospital Paulista, dormir mal pode ter relação direta com o desenvolvimento de diversos problemas.
 

“A curto prazo, uma noite de sono mal dormida costuma causar irritabilidade excessiva, lentidão de raciocínio, sonolência diurna, cansaço, falta de atenção e de memória. No entanto, a longo prazo, as consequências são consideradas graves, envolvendo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, disfunções metabólicas, como o diabetes, e quedas de imunidade.” 

O médico ainda exalta o risco de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, mau desempenho profissional e maiores chances de acidentes laborais e automobilísticos.

 

Importância do sono reparador 

Sempre que se fala em sono reparador, é necessário ter noção de que a boa qualidade do sono está diretamente associada à quantidade de horas dormidas, sendo entre sete e nove horas a média ideal para um adulto dormir por noite. 

Segundo o especialista, a qualidade pode ser medida subjetivamente por questionários ou mais precisamente através do exame de polissonografia. Por meio dele, é possível detectar a porcentagem de sono profundo (sono N3 e REM) e o número de ciclos de sono, além de possibilitar o diagnóstico da SAOS. 

“Pessoas roncadoras, que vivem sonolentas e têm um sono fragmentado e não reparador, necessitam da avaliação de um especialista em medicina do sono, pois podem sofrer de apneia do sono”, alerta o médico.

 

Higiene do sono 

Conhecido por ser um conjunto de técnicas a serem aplicadas antes de dormir e ao longo do dia, com o objetivo de alcançar um sono mais reparador e saudável, a higiene do sono ajuda que o organismo descanse como recomendado. 

Confira 10 hábitos capazes de proporcionar a noite de sono ideal para a manutenção da saúde: 

- Procure deitar e se levantar em horários regulares todos os dias; 

- Opte pela exposição à luz natural pela manhã e reduza a intensidade da luz durante noite, para auxiliar na regulação do ciclo sono-vigília; 

- Vá se deitar somente quando estiver com sono, evitando levar problemas e pensamentos para a cama; 

- Estabeleça um ritual de relaxamento antes de deitar. “Aqui vale um banho quente ou diminuir a luminosidade ambiente enquanto se prepara para dormir.”; 

- Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário, levante, faça uma atividade calma, como por exemplo, a leitura, até ficar sonolento novamente. “Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia”, afirma o especialista; 

- Evite consumir bebidas alcoólicas ou que tenham cafeína em sua composição, pelo menos seis horas antes do seu horário de dormir; 

- Não use a cama para leitura, assistir TV, se alimentar ou usar notebook, tablet e celular. A cama e o quarto devem estar relacionados com o ato de dormir; 

- Cochilos durante o dia podem atrapalhar seu sono da noite, procure se ocupar, evitando o ócio; 

- Não se alimente muito próximo do horário de dormir. Se for o caso, opte por refeições mais leves; 

- Faça atividades físicas regularmente, mas evite exercícios mais intensos no final do dia. De quatro a cinco horas antes de dormir, os exercícios precisam ser leves, como alongamento ou yoga. 

Por fim, Dr. Nilson alerta para os riscos dos medicamentos para dormir, sem a adequada orientação médica, já que a automedicação é muito comum nos distúrbios do sono. 

Segundo ele, algumas medicações que têm como efeito gerar sono, podem causar dependência, tolerância, alteração dos estágios do sono e até aumentar o risco de queda em idosos, por exemplo. 

“Em casos de dificuldades para dormir, procure um especialista em medicina do sono, ele poderá tirar dúvidas, esclarecer mitos, passar um melhor conhecimento sobre o assunto e fazer o diagnóstico do problema. E dessa forma é possível seguir uma linha de tratamento à doença, de forma individualizada a cada paciente”, finaliza o especialista.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Nacional da Síndrome de Down: data cria oportunidade para gerar visibilidade às pessoas com a condição

 O CENSA Betim, que é referência nacional nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual, tem indivíduos com Síndrome de Down entre seus educandos 

 

A partir deste ano, 21 de março fica marcado como o Dia Nacional da Síndrome de Down, graças a Lei 14.306/21. Com isso, os órgãos públicos responsáveis pelas políticas voltadas a pessoas com Síndrome de Down terão que realizar eventos que valorizem esses indivíduos na sociedade, o que para Natália Costa, psicóloga e diretora do CENSA Betim, instituição que é referência nacional nos cuidados à indivíduos com a condição, é um passo importante para a inclusão. 

De acordo com a diretora do CENSA Betim, a intervenção precoce com equipe transdisciplinar é essencial para o desenvolvimento e melhor qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. “Os indivíduos com essa condição têm alterações físicas evidentes, como olhos puxados, pescoço alado e língua protusa em virtude da alteração genética do para de cromossomos 21. Porém, o grande desafio é desenvolver um esquema de intervenção que seja efetivo para que a pessoa com Síndrome de Down possa adquirir independência nas atividades diárias e consequentemente ocupar o seu espaço na sociedade”. A intervenção deve começar nos primeiros dias de vida e geralmente se estende até a vida adulta,” comenta. 

Para Natália Costa, o Dia Nacional da Síndrome de Down é uma oportunidade para mostrar que o indivíduo com a condição pode e deve viver e conviver muito bem em sociedade. “Ao trabalhar com esses indivíduos e suas famílias, percebemos o nítido avanço no desenvolvimento e na qualidade de vida. É necessário que todos pensem e lidem com essas pessoas de forma a proporcionar a elas o livre acesso a todos os dispositivos sociais. Com a instituição da data, acreditamos que teremos mais visibilidade, bem como espaços para debater o tema que é de suma importância para a pessoa com Síndrome de Down e suas famílias ", afirma.

 

Atividades para inclusão

A diretora do CENSA Betim adiciona que a instituição aposta no fomento à inclusão por meio de diversas atividades. “Conhecido nacionalmente pela metodologia de trabalho que envolvem profissionais e atividades de diversas áreas, atuamos diretamente em ações que incentivam a inclusão. Procuramos manter os nossos educandos ativos, com as atividades que eles tanto gostam, como o teatro, dança e artesanato que, além de promover a sociabilização, estimula o desenvolvimento físico, mental e cognitivo dos participantes. Nossos colaboradores trabalham incansavelmente para garantir o bem-estar dos nossos educandos, cujo cuidado foi confiado a nós por meio da parceria com famílias de todo o Brasil. Assim, tudo é feito com muita técnica e metodologia científica, mas acima de tudo com o coração, como uma família que somos para que eles se sintam cada vez mais valorizados e estimulados”, conclui Natália Costa. 


Centro Especializado Nossa Senhora D'Assumpção
Endereço: BR-381, 494 - Jardim Petrópolis, Betim – MG
Telefone: (31) 3529-3500
E-mail:
contato@censabetim.com.br


Sobrevida de crianças com Síndrome de Down e defeitos cardíacos congênitos tem aumentado nas últimas três décadas

A Cardiopatia Congênita é considerada a principal causa de morte nestes pacientes, quando não tratados adequadamente. Especialistas ligados à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) explicam que os avanços na medicina e na cardiologia têm permitido um aumento na sobrevida destas crianças. 

 

A notícia do nascimento de uma criança com Síndrome de Down é sempre um momento difícil para os pais. E, por muitas décadas, ela veio acompanhada do prognóstico de que pessoas com esta alteração genética, também conhecida como trissomia do 21  (T21), teriam baixa expectativa de vida. O cenário vem passando por transformações e os avanços da medicina, em especial genética e cardiologia tem contribuído para mudar substancialmente as estatísticas. Especialistas ligados à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirmam que em relação ao prognóstico, a sobrevida destas crianças tem aumentado significativamente nas últimas três décadas.

 A T21 é a síndrome genética mais frequente,  sendo  causada por um excesso de material cromossômico. Indivíduos com T21 possuem 47 cromossomos ao invés de 46 (23 do pai e 23 da mãe), sendo o cromossomo extra ligado ao par 21. Sua incidência na população geral é de cerca de um em 600 até mil nascimentos. Porém, ela pode apresentar variações conforme a idade materna. Em mães com idade superior a 45 anos, a síndrome pode chegar a ocorrer em um a cada 30 nascimentos.  

Segundo relatório divulgado pela Queen Mary University, de Londres, tem-se observado um aumento na incidência de nascimentos com T21 em virtude da mudança do estilo de vida das mulheres que por várias razões têm optado por postergar a maternidade. O estudo indica que o número de casos identificados entre 1989 e 1990 na Inglaterra e em Gales foi de 1.075. No período de 2007 e 2008, este número saltou para 1.843, um aumento de 71% atribuído à maternidade tardia. 

Uma das características das crianças com T21 é a elevada associação com defeitos cardíacos congênitos (DCC). Estima-se que cerca de 40% das crianças com T21 apresentem uma DCC, sendo que em 25% dos casos este defeito é o Defeito do septo átrio ventricular (DSAV).  Os DCCs são considerados a principal causa de morte nestes pacientes, quando não tratados adequadamente.  A elevada associação com este grupo de cardiopatia pode ser explicada porque a alteração cromossômica na T21 associa-se à formação embrionária da parte central do coração, também conhecida como septo átrio ventricular. Outros defeitos cardíacos podem ser encontrados nestes pacientes, como as comunicações interatriais, as comunicações interventriculares, a persistência do canal arterial e a Tetralogia de Fallot.  

De acordo com Dra. Cristiane Nunes Martins, presidente do Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, esse aumento tem sido de 2,7 anos a cada ano, em especial em virtude dos  protocolos já bem sedimentados para o atendimento da criança com diagnóstico de síndrome genética.  

“A avaliação cardiológica com realização do Ecocardiograma Fetal e/ou pós-natal estão entre esses avanços, possibilitando tanto o diagnóstico, como o encaminhamento em tempo hábil para centros de referência em cirurgia cardíaca. O que ajuda a evitar muitas perdas de vida”, reforça.   

Outro fator importante é o avanço nas técnicas operatórias e nos procedimentos cirúrgicos, que têm ficado cada vez menos agressivos, sendo alguns deles realizados através de cateteres sem a necessidade, por exemplo, grandes incisões no tórax.   

No campo da medicina genética, tem permitido atuar em uma fase anterior, com  realização de diagnósticos cada vez mais precoce das alterações genéticas fetais, possibilitando o conhecimento antecipado pelos pais. Já nos casos de Fertilização in Vitro (FIV), é possível selecionar o material genético a ser implantado,  diminuindo as chances de um implante de um embrião com alterações genéticas, por exemplo.  

 

A importância da inclusão social como aumento da sobrevida 

Dra. Cristiane, ressalta que outro fator que se relaciona com o aumento da sobrevida e da qualidade de vida é o encaminhamento precoce para Tratamentos e terapias, em especial a estimulação com fisioterapia e fonoterapia, bem como iniciativas para promover a inclusão social destas crianças em escolas regulares.  

Estas ações têm sido fundamentais para melhor desenvolvimento e desempenho social da pessoa com Síndrome de Down.   O entendimento das condições físicas e mental da criança  possibilita a desmistificação através do conhecimento, reduzindo o preconceito e permitindo a estas crianças um planejamento antecipado dos  cuidados necessários para seu adequado desenvolvimento e, em consequência, sua autonomia, inclusão social e felicidade. 

A necessidade de promover inclusão é também salientada por outro importante especialista da área. Dr. José Francisco Kerr Saraiva, vice-presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia,  acredita que o grande desafio do Século XXI, quando a questão é Síndrome de Down, esteja exatamente em combater a exclusão social, que acontece, já muitas vezes, em casa, por conta do rebaixamento intelectual.   

Segundo ele, é preciso que a sociedade na totalidade, incluindo familiares dessas crianças, e também a comunidade de profissionais de saúde estejam mais preparados para comunicar a notícia aos pais e lidar com essas situações, desmistificando muitos pontos e entendendo que essas pessoas conseguem viver plenamente e com saúde. Para isso, elas precisam ser cuidadas e preparadas para lidarem com dinheiro, mercado de trabalho, relacionamentos afetivos e até para despertar os dons artísticos, desde que, claro, bem orientadas.    

“Isso é obrigação da sociedade, de um lado inseri-los e do outro prover toda a oportunidade de usufruir dos avanços da saúde. É preciso fazer a prevenção da obesidade, através da atividade física; identificando precocemente transtornos digestivos, metabólicos, como tiróide, e os defeitos cardíacos congênitos, porque intervindo precocemente é possível dar um suporte muito maior para que ele viva com qualidade. Não podemos limitar a vida da pessoa com  Síndrome de Down por descuidos com a saúde, como víamos há décadas atrás”, enfatiza Dr. Saraiva.  

  

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Diabéticos e hipertensos podem colocar implantes dentários?

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os casos de diabetes e de hipertensão vêm crescendo no país. Estima-se que cerca de 38,1 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem de hipertensão, enquanto 12,3 milhões são afetados pelo diabetes.  

Estes distúrbios, que estão entre as doenças crônicas mais comuns no Brasil, levantam uma dúvida recorrente entre seus portadores: afinal, eles têm condições de realizar a cirurgia de implante dentário? 

“A resposta é sim, desde que as doenças estejam sob controle”, diz o cirurgião-dentista Fábio Azevedo, especialista em implantodontia e consultor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da S.I.N. Implant System 

Dr. Azevedo alerta que é preciso atenção quando o diabetes está descompensado. “É que o alto nível de açúcar no sangue leva à má circulação, o que aumenta o sangramento durante a cirurgia e dificulta o processo de cicatrização”, diz ele. “E sabemos, ainda, que estes pacientes também têm maior predisposição à doença peri-implantar, que se caracteriza pela perda óssea na região ao redor dos implantes”, completa.  

Da mesma forma, a pressão arterial do candidato a implante deve estar controlada para prevenir riscos durante a realização do procedimento e no pós-cirúrgico. “De modo geral, a hipertensão não afeta tanto a cavidade bucal em si, mas pode trazer transtornos durante o ato cirúrgico, pois existe um risco aumentado de hemorragia. Nesse sentido, a cirurgia guiada pode ser uma boa alternativa, pois minimiza efeitos adversos”, diz o especialista. “E se no dia da cirurgia a pressão estiver descontrolada, esta deve ser adiada até que o quadro seja normalizado”, enfatiza. 

O expert destaca a importância de solicitar no pré-operatório de pacientes portadores de doenças crônicas, hemograma e coagulograma completo, além de potássio e cálcio. “De posse dos resultados destes exames, o cirurgião-dentista vai traçar um panorama sobre o quadro geral de saúde do paciente. “Se aparecerem alterações significativas, o indivíduo será orientado a procurar um médico antes da colocação dos implantes, justamente para prevenir e minimizar a ocorrência de eventuais problemas”, diz Azevedo. 

No mais, existem alguns pontos a serem destacados. Veja a seguir:

 

Antes da cirurgia 

Taxa de sucesso enorme. Diabéticos e hipertensos com os índices  controlados podem realizar a cirurgia de implantes normalmente. “A boa notícia é que os índices de sucesso são semelhantes aos dos pacientes que não têm essas doenças”, explica Azevedo.

 

Acompanhamento médico nunca é demais. É importante que pacientes hipertensos e diabéticos sejam acompanhados pelos seus médicos, normalmente cardiologista e endocrinologista, respectivamente, para que todas as precauções necessárias sejam tomadas. “Desta forma, o procedimento cirúrgico será bastante seguro, com grande previsibilidade”, diz o especialista.

 

Aferidor de pressão nas consultas. Idealmente, o cirurgião-dentista deve aferir a pressão do paciente hipertenso durante suas visitas ao consultório, no pré-operatório. “É que, nestes encontros, a pessoa vai estar mais confortável, tranquila, e, assim, será possível ter uma média precisa do comportamento pressórico daquele paciente”, explica Azevedo.  

 

Converse com o dentista sobre as várias condutas cirúrgicas. Hoje existem muitas novidades na área dos implantes dentários. Você sabia que a possibilidade de sedação assim como o uso de anestésicos indicados para hipertensos aumentam substancialmente a segurança do procedimento de implante dentário?  

 

Durante a cirurgia 

Implantes tecnológicos ajudam no processo de cicatrização. Implantes fabricados com base nas mais avançadas tecnologias, como os das linhas Unitite, Epikut Plus e SW Plus, da S.I.N. Implant System, são ótimas escolhas para portadores de diabetes e de hipertensão. Isso porque esses produtos vêm com uma superfície exclusiva, patenteada pela empresa, que se chama Superfície Plus (HAnano®). “Essa interface permite que o implante se torne química e fisicamente bastante atrativo à estrutura biológica do osso humano, o que potencializa e acelera o processo cicatricial do implante e consequente formação óssea”, explica o especialista.

 

Técnica de cirurgia guiada é recomendável para doentes crônicos. Existe uma excelente notícia para os portadores de diabetes e hipertensão: a chamada cirurgia guiada, a técnica mais moderna para a colocação de implantes, que é pouquíssimo invasiva. Como diz o nome, a cirurgia é guiada por computador e, com isso, acaba sendo bem mais precisa e segura, dispensando, na maioria das vezes, cortes e pontos. “As perfurações na gengiva do paciente ocorrem exatamente nos locais definidos no pré-operatório e, com isso, os riscos de sangramentos, inchaços ou inflamações são mínimos, quando comparados com a cirurgia convencional, feita à mão livre”, explica Azevedo. 

 

Monitoramento da pressão durante a cirurgia. Em alguns casos, é recomendável que se mantenha a aferição constante da pressão, durante todo o procedimento cirúrgico. “Isso é indicado apenas quando se nota que há um potencial risco para a descompensação pressórica”, diz Azevedo. “Vale destacar que, nos primeiros 30 minutos da intervenção, existe uma tendência de a pressão subir em torno de 10 a 20%. Após este período inicial, é esperada sua normalização”. 

 

Depois da cirurgia 

Voltar com frequência ao consultório é vital. A regra é clara: todos os indivíduos que colocam implantes devem comparecer às consultas de manutenção. Esses retornos devem acontecer a cada quatro ou seis meses, ou ainda, de acordo com a recomendação do dentista. No entanto, quem é diabético e/ou hipertenso estes retornos devem ser ainda mais regulares, não deixando espaçar as visitas ao dentista. “Sobretudo para os diabéticos, isso é fundamental”, explica Azevedo. “É que  pesquisas científicas apontam que estes pacientes podem precisar de um acompanhamento adicional, devido ao maior risco de processos inflamatórios na cavidade bucal”.

 

  

S.I.N. Implant System

www.sinimplantsystem.com.br


Centralização de registros de saúde de pacientes pode reduzir erros em diagnósticos médicos

 Freepik
Nos últimos anos, a tecnologia vem se mostrando uma grande aliada para a área da saúde, impulsionada, inclusive, pela pandemia, com a realização de agendamentos online, consultas por videoconferência, entre outras coisas. 

A tecnologia possui diversas técnicas e métodos capazes de proporcionar uma entrega de maior valor para os pacientes, no entanto, essas possibilidades ainda são pouco exploradas tanto no Brasil como no mundo. Um dos grandes problemas da área de saúde, que poderia ser solucionado facilmente pela ferramenta, é a centralização de registros médicos dos pacientes, por exemplo. O mecanismo é extremamente importante e poderia evitar o acontecimento de muitas adversidades, além de melhorar a produtividade do sistema. 

Hoje, o sistema de saúde está totalmente voltado para a realização de tratamentos reativos, que ocorrem em função do acionamento de pacientes já doentes ou com complicações de saúde que, muitas vezes, são diagnosticadas de forma errada, tanto pela falta de perícia médica, por instalações inadequadas e, principalmente, pela falta de informações claras e completas sobre o histórico dos usuários. 

A adoção de um sistema mais preventivo, que use a tecnologia como ferramenta de armazenamento, integração e automatização de registros médicos dos pacientes, com informações sobre doenças pré-existentes, uso de medicamentos, dados corporais, alergias e histórico de exames já realizados, certamente contribuirá de forma positiva para agilizar o atendimento e para a saúde do paciente. 

A integração de dados também diminui as chances de erros médicos, pois o acesso dos profissionais de saúde a informações relevantes sobre seus pacientes aumentará as chances de assertividade no diagnóstico e proporcionará maior agilidade na correção deles, caso os procedimentos não tenham o resultado esperado. 

O ideal é que estes dados sejam propriedade do próprio usuário e não de hospitais ou empresas, assim, em casos de emergências ou necessidade, os pacientes poderiam compartilhar seus dados com os profissionais que quiserem, no local e horário que precisarem. 

Além disso, com seu histórico os pacientes passam a ter uma visão 360 graus de sua saúde e começarão a verificar em tempo real o seu estado clínico e ficarem alertas caso algo esteja errado. Dessa forma, as pessoas se tornariam participantes ativos da sua saúde, podendo prevenir e tratar doenças de uma maneira mais adequada e com menos riscos. 

Em geral, tanto para o sistema de saúde público como para o privado, a integração de registros de saúde é positiva, pode melhorar a forma com que se combate doenças e epidemias, melhorar o atendimento aos pacientes e salvar vidas.

 

Alexandre Novakoski - tem mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de sistemas com foco na experiência do usuário e é especialista em projetos voltados à transformação digital em diversas indústrias. O executivo também é o idealizador e um dos fundadores da Ommed, startup de assistência integral à saúde, que tem a missão de ajudar todos a viverem mais e melhor.


A ameaça da próxima pandemia

COVID-19 acelera o surgimento de superbactérias resistentes a antibióticos

 

De acordo com a OMS, até o ano 2050, espera-se uma morte por infecção com bactérias resistentes a cada três segundos

 

 

Meses depois dos primeiros casos de COVID-19, preocupações em torno do tema ainda colocam a comunidade médica em atenção. Muitas delas, em razão dos procedimentos adotados no combate à doença, como no caso da prescrição de antibióticos aos pacientes infectados pelo vírus, sem uma comprovação da eficácia dos mesmos no tratamento1.


Tal conduta pode ter relação direta com outra crise já existente: a resistência a antibióticos, em que bactérias e fungos evoluem e conseguem escapar da ação dos medicamentos criados para combatê-los. Especialistas em saúde pública temem que o uso indevido e excessivo de antibióticos durante a pandemia tenha piorado ainda mais esse cenário.


As infecções resistentes aos medicamentos contribuem para quase 5 milhões de mortes todos os anos. Até o ano 2050, espera-se uma morte por infecção com bactérias resistentes a cada três segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Especialistas estimam que, sem ações imediatas, o mundo poderá chegar a um cenário em que os medicamentos necessários para o tratamento de doenças consideradas pouco complexas não serão mais eficazes e, mesmo feridas simples, poderão ser fatais.


Outro fator que tem colocado em alerta especialistas em todo o mundo é o descarte incorreto das substâncias que inibem o desenvolvimento de micro-organismos. “Atualmente, um dos problemas mais importantes com a saúde humana e animal é a resistência bacteriana, que pode ocorrer de forma natural ou adquirida. Este é um efeito colateral e inevitável ao uso dos antimicrobianos”, alerta o Dr. Enio Pires Studart, pneumologista e infectologista.


Na Assembleia das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente, encerrada no último dia 2 de março, o tema foi amplamente discutido e colocou em alerta o risco de uma nova pandemia, causada por superbactérias. Esse seria um dos 10 problemas mais importantes para a saúde, com curto tempo para desenvolvimento de recursos que evitem que estas bactérias resistentes derrotem os antibióticos atuais.


Essas bactérias resistentes a medicamentos podem se proliferar em hospitais, comunidades, esgoto, água, superfícies, alimentos contaminados ou mesmo por contato direto. Com mais pessoas infectadas por superbactérias e os antibióticos atuais se tornando cada vez mais ineficazes, um colapso na saúde pública passa a ser iminente. “Sabendo que nos últimos 20 anos existiram poucas descobertas de novos antibióticos para o tratamento desses germes resistentes, infelizmente espera-se um grande problema sanitário num futuro próximo”, reforça Enio.


A Essity, líder global em higiene e saúde, presente no Brasil há mais de 10 anos, mantem parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2017, e, recentemente, juntou-se a um grupo intersetorial que reúne especialistas corporativos com a finalidade de trocar conhecimento em torno de inovações e novas formas de combate a essa potencial ameaça, como educar equipes de saúde sobre a higiene das mãos.

“Sabemos que cerca de 70% das infecções associadas aos cuidados de saúde podem ser prevenidas e, a maneira mais eficaz e econômica é melhorar os padrões de saneamento hospitalar e higiene, assim como investir em produtos e tecnologias inovadoras. Na Essity, além das inúmeras soluções apresentadas pelas nossas marcas, constantemente, quebramos barreiras em saúde e sustentabilidade, com foco no bem-estar dos nossos clientes”, afirma Victor Hernández Albíter, Vice-Presidente de Marketing e Vendas da Essity no Brasil.

 

Enio Pires Studart - médico pneumologista e infectologista, especialista em doenças respiratórias e distúrbios do sono. É membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, membro da American Thoracic Society, membro da European Respiratory Society, possui título de especialista em Pneumologia pela Associação Médica Brasileira – AMB, também intitulado especialista em Medicina do Sono e Endoscopia Respiratória pela AMB.

 

Essity

www.essity.com

 

 1. Conselho Nacional de Saúde alerta: medicamentos ainda em estudos contra COVID-19, sem prescrição, podem causar danos à saúde. (https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1085-cns-alerta-medicamentos-ainda-em-estudos-contra-covid-19-sem-prescricao-podem-causar-danos-a-saude).


10 hábitos que prejudicam os olhos

Todo hábito pode ser bom ou ruim. Mas, muitas vezes não temos conhecimento para conseguir diferenciar aquilo que nos prejudica ou nos ajuda. Quando se fala em saúde ocular, a falta de informação é ainda maior.

Por isso, com a ajuda da oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, especialista em doenças das pálpebras e cirurgia plástica ocular, elaboramos uma lista com os 10 hábitos mais comuns que podem prejudicar a sua saúde visual e, provavelmente, você não sabia.


 

1- Não usar óculos de sol com lentes UVA UVB

Quem aqui nunca comprou óculos de sol no camelô ou nos comércios populares? Saiba que esse é um dos piores hábitos para a saúde ocular. A razão é que óculos sem o certificado de proteção contra os raios UVA e UVB não protegem os olhos da radiação solar.

Esses raios solares são invisíveis ao olho humano. Contudo, são responsáveis por efeitos irreversíveis na saúde em geral. Você sabia que os raios UVA, por exemplo, estão presentes todos os dias do ano, sejam eles nublados ou não? Eles penetram de forma profunda na pele e são responsáveis pelo envelhecimento, manchas e câncer de pele.

E o que você pode não saber é que o câncer de pele também afeta as pálpebras. Embora os raios UVB penetrem de forma mais superficial, podem causar manchas e até mesmo queimaduras na pele. Portanto, é fundamental investir em óculos de sol cujas lentes tenham proteção contra os raios solares.



2- Ficar muitas horas em telas


A maioria das pessoas passa longas horas em frente a telas de celulares, computadores e tablets. Seja para trabalhar, estudar ou se distrair, para usar esses desses dispositivos precisamos da visão de perto. A partir disso, deixamos a visão de longe sem uso.

Uma das consequências é o desenvolvimento da miopia, cada vez mais comum em crianças e adolescentes. Em quem já tem esse erro refrativo, o resultado pode ser o aumento do grau.

Outros efeitos das horas a fio em frente às telas são o cansaço visual e o risco aumentado para desenvolver a síndrome do olho seco.

A dica para prevenir esses problemas é descansar os olhos a cada 20 minutos. Como? Olhe para o horizonte durante alguns minutos. Lembre-se ainda de piscar mais vezes para lubrificar a superfície ocular. Por último, certifique-se de que o ambiente esteja bem iluminado.

Ambientes com ar-condicionado podem agravar a secura ocular. Fale com o oftalmologista a respeito de colírios que podem ajudar a amenizar esse sintoma.  



3- Não consultar o oftalmologista anualmente

Muitas pessoas deixam a saúde ocular em segundo plano. Contudo, após os 40 anos é fundamental realizar um check up ocular, anualmente. Isso porque é partir dessa idade que o risco de desenvolver algumas doenças oculares aumenta.

Entre essas doenças estão o glaucoma, a catarata e a degeneração macular relacionada à idade. Já os diabéticos devem redobrar os cuidados para prevenir a retinopatia diabética. Nesses casos, as consultas devem mais regulares.

As crianças, adolescentes e jovem adultos também precisam manter a saúde ocular em dia, por meio de consultas periódicas.



4- 
Usar colírios sem prescrição médica

Você sabia que cerca de 80% da população brasileira usa medicamentos sem prescrição médica? Os colírios são uns dos preferidos quando o assunto é automedicação.

Contudo, o que a maioria das pessoas desconhece é que os colírios não são inofensivos. Àqueles que contêm corticoide na fórmula, por exemplo, podem levar a um episódio agudo de glaucoma e provocar uma catarata precoce.



5- Usar colírios para “clarear os olhos”

Muitas pessoas usam por conta própria colírios para reduzir a vermelhidão ocular. São os chamados colírios descongestionantes.

O mecanismo de ação desses colírios é a contração dos vasos sanguíneos do globo ocular. Com isso, a vermelhidão melhora. Porém, o uso frequente desses fármacos leva a um efeito rebote.

Em outras palavras, para conseguir o efeito desejado a pessoa precisa usar doses cada vez maiores. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos perdem a sua elasticidade.

Caso você apresente vermelhidão ocular de forma frequente, o ideal é procurar um oftalmologista para uma avaliação. Entre as causas estão o cansaço visual, irritação, alergia e síndrome do olho seco.



​​​​​​​6- Coçar os olhos

Coçar os olhos de forma frequente é um dos piores hábitos quando se fala em saúde ocular. A fricção contínua pode causar o ceratocone, doença que afeta a córnea e pode alterar a acuidade visual, entre outras consequências.

Outro risco é o desenvolvimento de uma ptose palpebral. O ato de coçar pode lesionar o músculo responsável pelo movimento de abrir e fechar os olhos. Com isso, a pálpebra pode, literalmente, cair.

A recomendação é nunca coçar os olhos! Quando há coceira constante, o ideal é procurar um oftalmologista para entender a causa.



7- Usar lentes de contato por tempo prolongado

As lentes de contato podem ser ótimas, mas é preciso tomar certos cuidados para prevenir doenças graves, com a infecção da córnea (ceratite). O principal problema é passar longos períodos sem remover as lentes.

Pessoas que dormem de lente e àquelas que as usam para praticar esportes aquáticos, por exemplo, têm um risco 15 vezes maior de desenvolver a ceratite.



8- Comprar óculos na farmácia para perto

Esse é um clássico hábito dos brasileiros com mais de 40 anos! Afinal, é a partir dessa idade que surge a presbiopia, famosa “vista cansada”.

Contudo, os óculos de grau prontos (vendidos em farmácias e comércios populares) possuem lentes irregulares que distorcem a luz. Além disso, dificilmente o aro deixa o centro ótico alinhado com os olhos.

Portanto, não se engane: procure seu oftalmologista quando perceber que está difícil ler de perto.


 

9- Levar as mãos sujas aos olhos  

Por acaso, você já teve a curiosidade de contar quantas vezes toca seu rosto por hora? Caso negativo, saiba que um grupo de pesquisadores da Universidade de New South Wale, Austrália, decidiu realizar uma pesquisa para descobrir esse número. O resultado foi ao menos 23 vezes por hora. O contato envolvia a boca, nariz e olhos.

O problema reside no fato de que as mãos costumam tocar diversas superfícies ao longo do dia. Com isso, há o risco de você levar para os seus olhos vírus, bactérias, protozoários e partículas que podem causar doenças oculares e sistêmicas.

Como pode ser um hábito difícil de mudar, procure higienizar suas mãos ao máximo e, claro, evite tocar seus olhos de forma tão constante ao longo do dia.



10- Usar maquiagem vencida ou de má qualidade 

Todo e qualquer produto que você aplica na face e, especialmente, nos olhos, precisa ser de boa procedência. Isso vale para as maquiagens, cremes, loções e demais itens de beleza e higiene pessoal.

As maquiagens vencidas ou de má qualidade, podem causar sérias consequências nos olhos, como irritação e alergias. Portanto, escolha com cautela produtos como lápis de olho, delineadores, rímel e sombras. Além disso, verifique sempre a validade dos seus cosméticos.
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Lembre-se: a sa
úde visual também importa! Cuide bem dos seus olhos!


2.2 bilhões de pessoas convivem com alguma forma de deficiência visual, aponta OMS

Foto ilustrativa / Shutterstock
O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 2.2 bilhões de pessoas ao redor do mundo convivem com deficiências visuais, ou seja, têm baixa visão ou cegueira. O levantamento também aponta que, destes casos, pelo menos 1 milhão poderiam ter sido evitados ou ainda não tiveram o adequado atendimento médico. 

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), as principais causas de deficiência visual a nível mundial são os erros de refração não corrigidos - como astigmatismo, miopia e hipermetropia - e catarata. 

A refração é quando um feixe de luz atravessa nosso globo ocular formando a visão na retina. Quando os feixes de luz são desviados e chegam sem foco na retina, ocorrem os erros de refração e dificuldade para enxergar. 

O cirurgião oftalmologista especialista em cirurgia refrativa e de catarata, Dr. Ricardo Ducci, explica que existem diferentes tipos de tratamentos para estas alterações. “Doenças como a miopia, astigmatismo, presbiopia e hipermetropia podem ter indicação de uso de óculos, lentes de contatos e a cirurgia refrativa, principalmente para os casos mais graves. O procedimento leva cerca de dez minutos e é capaz de corrigir o grau do paciente, devolvendo a visão, qualidade de vida e autonomia”, afirmou. 

Já a catarata é uma opacidade no cristalino - uma lente comum que recobre nossos olhos - que pode levar a diminuição progressiva da visão. É mais comum entre os idosos e a maior causa de cegueira tratável no mundo, correspondendo por cerca de 45% dos 33,6 milhões de casos de perdas de visão, de acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil a doença corresponde a 49% dos casos de cegueira, segundo o último censo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. 

Ducci explica que a catarata é tratável com cirurgia, mesmo que o paciente já esteja cego. “O procedimento é indicado a partir do momento em que a condição começa a atrapalhar a visão e gerar problemas de bem-estar e segurança. Alguns exemplos simples são a dificuldade para ler, dirigir ou caminhar pela casa no escuro. As técnicas modernas disponíveis atualmente permitem que a cirurgia seja feita antes de uma evolução mais grave da doença”, alerta. 

Nos dois casos cirúrgicos o tempo de recuperação é relativamente curto e o paciente pode retornar às atividades habituais em poucos dias, sendo necessários cuidados básicos como evitar o contato com água do mar ou piscina, não levar a mão aos olhos e fazer o uso adequado dos colírios indicados para o pós-cirúrgico.


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