Pesquisar no Blog

segunda-feira, 7 de março de 2022

Síndrome de Fregoli: quando os disfarces estão em todos os lugares

A Síndrome de Fregoli é uma doença neurológica e psiquiátrica, classificada nos Transtornos Delirantes de Identificação, em que o indivíduo acredita que as pessoas ao redor são capazes de se disfarçar para se fazerem passar por outras pessoas. A síndrome foi identificada pela primeira vez no ator italiano Leopoldo Fregoli, resultando no nome do transtorno.

Como esse nome é incomum, foi criada uma regra mnemônica para facilitar sua memorização. Assim, na palavra “Fregoli”, temos a letra “F” de “falso” e a sílaba “re”, que serve para lembrar de “reconhecimento”. Pela união, temos: “falso reconhecimento” delirante, ou simplesmente Síndrome de Fregoli.

Neste artigo, a Dra. Luciana Mancini Bari, coordenadora de Práticas Médicas do Hospital Santa Mônica, reuniu informações sobre os sintomas, as causas, as formas de tratar a Síndrome de Fregoli, os impactos da doença na vida do paciente e
outros transtornos associados a ela.


Entenda a Síndrome de Fregoli com um exemplo

A Já explicamos o significado da síndrome, então, confira um exemplo prático. Um indivíduo diagnosticado com Fregoli pode olhar para uma pessoa desconhecida e acreditar que ela é um familiar, enxergando-a fisicamente diferente, mas psicologicamente idêntico.

Em um caso relatado pelo psiquiatra Elie Cheniaux, Professor Titular de Psiquiatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o paciente abraçava um colega de quarto acreditando ser seu pai, ainda que reconhecesse que o rosto do pai estivesse completamente diferente.

Essa síndrome gera vários prejuízos ao doente, incluindo o isolamento, ou seja, a
falta de convívio social por receio de ter uma crise na presença de outras pessoas.


Conheça os principais sintomas da Síndrome de Fregoli

Os sintomas da Síndrome de Fregoli podem aparecer todos ao mesmo tempo ou em momentos distintos. São eles:

  • não reconhecer os rostos (do cônjuge, dos filhos, de parentes, vizinhos, animais de estimação etc.), mas identificar a pessoa que ele acredita ser (mas não é) pela voz ou pela roupa;
  • acreditar que está diante de um impostor (ideia delirante);
  • reconhecer o rosto como um objeto antes de reconhecê-lo como uma pessoa familiar;
  • escutar a voz da pessoa que ele acredita ser (denomina-se núcleo de identidade pessoal);
  • acreditar que a pessoa está usando roupas, alterando a aparência ou até mesmo o gênero apenas para se disfarçar para conseguir uma aproximação.


Saiba o que pode causar a Síndrome de Fregoli 

Estudos neurofisiológicos e de neuroimagem (ciências cognitivas) apontaram para a presença de lesões cerebrais na Síndrome de Fregoli. Pesquisas indicam que cada sintoma da síndrome é formado em uma região cerebral diferente.

Existe uma área do cérebro que reconhece um rosto como tal, outra região que associa uma face visualmente falando, além de uma terceira área que gera a sensação de familiaridade.

Em outro estudo, pesquisadores descobriram que todos os pacientes tinham lesões em uma região cerebral responsável pelo processamento da familiaridade. Além disso, todas as lesões, com exceção de uma, eram devidas à região da avaliação da crença, ou seja, as lesões tinham que aparecer nas duas regiões simultaneamente.

Diferentemente de vários transtornos psiquiátricos, as causas da Síndrome de Fregoli não são devidas ao desequilíbrio dos neurotransmissores cerebrais, mas por lesões em determinadas regiões do cérebro. Segundo um artigo da Scielo, a Síndrome de Fregoli pode ser identificada em pacientes com doenças vasculares ou neurológicas (como Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson e lesões cerebrais traumáticas).

Além disso, há pelo menos dois casos descritos na literatura médica causados por uma infecção. Em um deles, uma pneumonia aguda associada a uma infecção urinária desencadeou o delírio de falso reconhecimento. No outro, o relato de Fregoli foi associado a uma febre tifoide.

 

Entenda como se dá o tratamento para esse quadro 

A exemplo de outros transtornos psiquiátricos, não existe cura para a Síndrome de Fregoli. Entretanto, felizmente para os pacientes e seus familiares, há tratamentos para amenizar os sintomas. Em geral, usa-se a psicoterapia — que pode ser individual e/ou em grupo — e medicamentos prescritos pelo médico psiquiatra, como:

  • antipsicóticos orais;
  • antidepressivos;
  • anticonvulsivantes (se o paciente apresentar convulsões).

Em casos mais graves, em que o paciente apresenta riscos para si mesmo e para os outros, recorre-se à internação.

 

Conheça os impactos da Síndrome de Fregoli no bem-estar do paciente 

Infelizmente, a qualidade de vida da pessoa com Síndrome de Fregoli pode ser bastante prejudicada. Isso acontece porque o paciente acredita que está sendo perseguido a todo momento por seus próprios parentes ou conhecidos disfarçados.

Assim, o paciente Fregoli pensa que um estranho, ou até mesmo o seu médico ou enfermeiro, é uma pessoa que ele conhece bem. No entanto, em vez de crer que esse indivíduo lhe quer bem, ele tem convicção de que a pessoa quer persegui-lo e atacá-lo. Cabe salientar que nem sempre o paciente pensa que o outro será violento.

Em função desse sintoma, a pessoa sente mal-estar. Seus momentos de tranquilidade ficam condicionados àqueles em que os sintomas não se manifestam. É por isso que um tratamento adequado e individualizado é fundamental.

Uma informação curiosa pode ajudar aos pacientes com esse e outros transtornos psiquiátricos: assistir a filmes de terror pode ajudá-los a relaxar.

 

Confira os principais transtornos associados à Síndrome de Fregoli

É bastante comum que pacientes com outras doenças psiquiátricas apresentem, ao mesmo tempo, outros transtornos. A Síndrome de Fregoli, por exemplo, também pode ser observada: 

  • na esquizofrenia;
  • nos transtornos do humor (como o Transtorno Afetivo Bipolar);
  • nos transtornos delirantes com sintomas psicóticos;
  • concomitantemente a outros transtornos de identificação, como o Capgras.

Um estudo de caso de uma paciente com síndrome de Capgras e Fregoli, além de esquizofrenia paranoide e alterações cerebrais mostra que, para o diagnóstico, foi feita uma entrevista psiquiátrica e uma ressonância magnética de crânio.

Os resultados demonstraram que os delírios em ambas as síndromes ocorreram como resultado de uma alteração neurológica (desconexão têmporo-límbica-frontal direita), causando a impossibilidade de associar memórias prévias a novas informações.

A consequência disso é a alteração na capacidade de reconhecimento. O exame ainda mostrou perda de volume nessas regiões cerebrais — o que pode desempenhar um importante papel no desenvolvimento dessas síndromes delirantes de identificação.



Saiba como o Hospital Santa Mônica pode ajudar na Síndrome de Fregoli

O diagnóstico da Síndrome de Fregoli deve ser preciso, para que o melhor tratamento seja dispensado ao paciente. É preciso descobrir se há outra doença como causa ou piora dos sintomas da síndrome (como visto anteriormente).

O Hospital Santa Mônica oferece a possibilidade da realização de exames e conta com médico clínico geral para essa averiguação. Os sintomas psiquiátricos serão avaliados por um médico psiquiatra com grande experiência em saúde mental. Além disso, os pacientes do HSM contam com apoio de 24 horas diárias.

Se você tem algum familiar ou amigo que apresenta os sintomas da Síndrome de Fregoli, encaminhe-o para uma avaliação multidisciplinar.

 

 

Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP 
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br 
Acesse o mapa

Clínica Integrativa - São Paulo - SP 
(011) 3045-2228
contato@hospitalsantamonica.com.br 
Acesse o mapa

 

Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) esclarece: não existe dieta que zere possíveis doenças genéticas

Esclarecimento
Divulgação
A polêmica foi provocada por conta de declarações da ex-participante de um reality show, Maíra Cardi, que afirmou ter seguido uma "alimentação específica" antes de engravidar


Em sua fala a participante do programa chegou a mencionar que teria feito "modulação epigenética'' e que a prática teria capacidade de zerar a chance do filho adquirir uma série de doenças, entre elas o câncer. A SBGM esclarece que não existe dieta que zere possíveis doenças genéticas.

A médica geneticista, Dra. Rayana Elias Maia reforça que a alimentação não pode mudar nossa sequência de DNA. A epigenética é a ciência que estuda a capacidade que o corpo humano desenvolveu para modificar a expressão dos genes de acordo com o ambiente ou estilo de vida que levamos. Ou seja, ela não estuda alterações na sequência do DNA e, sim, das estruturas que atuam no desligamento e ativação dos genes.

“A alimentação e outros hábitos de vida podem modular o nosso epigenoma, influenciando algumas doenças que têm componente genético. Porém, cada gene tem um papel no nosso organismo e quando ligados ou desligados, podem aumentar o risco ou causar alguma condição”, explica.

A médica salienta que a mãe já nasce com seus ovócitos carregando todas as suas informações genéticas, portanto, é impossível que uma alimentação regulada por seis meses altere alguma coisa que impacte o DNA da mãe e passe isso para os seus filhos.

Nem mesmo o processo de fertilização in vitro com seleção de embriões considerados geneticamente saudáveis é capaz de excluir o risco de doenças genéticas. O estilo de vida dos pais (e não apenas a alimentação) é importante para saúde da gravidez e da criança, mas não tem o poder de mudar o DNA.

 

Marcelo Matusiak e Caroline Brogni


A decisão do IPI, um acerto!!

A decisão do governo federal de reduzir em 25% a alíquota do IPI foi corajosa pois mexeu com problemas antigos. O IPI, imposto que nunca deveria ter existido, só existe no Brasil e é muito injusto. Injusto com os mais pobres pois é regressivo (tributa mais os pobres), injusto com a indústria pois é o único setor que é tributado e injusto com o Brasil pois trabalha contra a agregação de valor em nosso país.

O IPI inibe o empreendedorismo e desestimula quem quer gerar empregos e renda de maior valor. Muito injusto com o consumidor brasileiro de baixa renda pois encarece bens manufaturados incluindo bens de primeira necessidade.

O ministro Paulo Guedes foi corajoso pois nunca ninguém teve coragem de mexer neste “vespeiro”.

Por que vespeiro?

Porque mexe na arrecadação de estados e municípios que levam 60% da arrecadação e vespeiro porque diminui vantagem de diferencial de tributação da Zona França de Manaus (ZFM). Desde 1988 que quando alguém fala em mexer no IPI muitos se levantam dizendo vários motivos do porquê ser “politicamente impossível” reduzir sua alíquota ou acabar com esse tributo.

Nem de longe somos contra a existência da ZFM. No entanto seus incentivos deveriam ser explícitos e fazer parte do orçamento da União de forma transparente e pública. Sua obrigatoriedade e regras deveriam estar na Constituição. É equivocada a forma como acontece hoje. O IPI elevado prejudica o desenvolvimento da indústria dos demais estados da União.

É pública a rotina do Ministro Paulo Guedes em dialogar com os setores produtivos. O ministro tem conversado muito com vários setores. Nesta rotina, mensalmente o ministro, desde novembro de 2018, tem se reunido com um pequeno grupo de entidades setoriais, a “Coalizão Indústria” (a Abimaq faz parte desde sua criação), sem prejuízo de sua interlocução com outros setores, inclusive da própria indústria. Ele é muito aberto ao diálogo.

A Reforma Tributária sempre teve espaço em nossas pautas. Defendemos a simplificação tributária com o fim dos impostos sobre consumo atuais (IPI, Pis, Cofins, ICMS e ISS) sendo substituídos pelo IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Não é objetivo detalhar este tema (do “IVA”) neste texto. Defendemos a PEC 110 como uma solução muito melhor do que a realidade que temos hoje.

É uma realidade e de conhecimento da sociedade a dificuldade em se evoluir com esta reforma. Existem conflitos, e o tema, que é prioritário para todos, não evolui no Poder Legislativo. “Está empacado” desde 2019. Na verdade, poderíamos dizer que empacou desde 1999 quando a Comissão Especial de Reforma Tributária da época apresentou seu relatório na Câmara Federal que nunca foi votado.

Voltando aos dias atuais, a arrecadação tributária cresceu bastante no Brasil em todos os níveis. Federal, estadual e municipal desde 2020! Em nossas reuniões com o ministro ele externou sua preocupação com o aumento “real” da arrecadação. Nestas reuniões outro tema que convergimos com o ministro é nossa vontade de “reindustrializar” o país.

Elegemos algumas prioridades para 2022. O IPI foi colocado no topo da lista por ser um de imposto de competência da União e possuir como função principal o caráter de “extra fiscalidade”, devendo ser seletivo e ponderado em função da “essencialidade” do produto, ou seja, de sua necessidade à população. Não deveria ser um imposto arrecadatório. Deveria ser um tributo seletivo para inibir o consumo de bens com externalidades negativas como fumo e bebidas alcoólicas. No entanto, com o passar dos anos a “sanha” arrecadatória dos entes da federação o transformou em tributo vital nos orçamentos.

Como é de competência da União, ele pode ser reduzido por decisão isolada do poder executivo federal e assim foi feito.

Em nossa última reunião o ministro afirmou... “Vamos transformar o aumento de arrecadação em redução do IPI”... O ministro foi apoiado!

A redução da alíquota do IPI é muito importante pois é o “ponta pé inicial” da correção de um grande erro. Como já mencionado, além dos tributos sobre consumo como PIS, Cofins, ICMS e ISS, o Brasil onera a agregação de valor de manufaturados quando aplica o IPI penalizando quem quer empreender no país. Também penaliza quem quer consumir. É injusto pois é cobrado igualmente de pobres e ricos (regressivo). Tira competitividade do setor produtivo e encarece manufaturados.

A indústria apoia a medida!! Parabéns, Ministro Paulo Guedes!!!

No entanto temos que reconhecer que por si só a redução deste tributo perverso não soluciona nossos graves problemas de assimetria competitiva com as empresas que produzem nos países da OCDE. Diminui, mas não elimina o Custo Brasil. O que solucionaria o problema definitivamente, em termos de tributos sobre consumo, seria a aprovação e promulgação da PEC 110.

Está correta a afirmação de que a medida faz parte da reindustrialização do Brasil.

Portanto, além de apoiar ações como esta, vamos continuar a trabalhar pela PEC 110 e pela redução de todas as outras assimetrias que temos com nossos concorrentes do exterior. São muitos os temas, mas podemos destacar o Crédito, demais tributos além do consumo, custos trabalhistas, insegurança jurídica etc.

Vamos em frente. Um degrau de cada vez!!…


José Velloso - engenheiro mecânico, administrador de empresas e presidente executivo da ABIMAQ

 

 

Gestão de pessoas no foco do crescimento dos negócios

Alguns dos indicadores de sucesso no mundo corporativo são números: faturamento, crescimento, volume de projetos. São racionalizações para medirmos a salubridade financeira das empresas e mensurarmos quantitativamente a evolução do negócio. Sendo gestor há muitos anos, várias vezes me debrucei sobre esses parâmetros para fazer avaliações. 

Por outro lado, é evidente que não há resultados sem pessoas. São os colaboradores que remam em direção às metas e atingem os desejados números para as empresas. Por isso, quando me vejo frente ao desafio de fazer a empresa que comando crescer 30% - ano após ano - até 2025 e, depois, garantir um aumento anual de 100% da receita até 2030, penso em gestão de pessoas. Para atrair novos clientes e mais projetos, o pensamento padrão talvez fosse priorizar o departamento comercial. Claro, vender faz parte do negócio, mas o que muda o jogo de verdade é dar as mãos para a área de Recursos Humanos. 

Você já deve ter lido muitas vezes sobre a importância de engajar funcionários, que a empresa é human centred e outros clichês de mercado. Mas, no final do dia, há um tanto de colaboradores descontentes e adoecendo por conta da pressão e da cultura organizacional agressiva. Por isso, prefiro fugir das fórmulas e pensar em estratégias que efetivamente potencializem competências e possam ser implantadas com efetividade. 

Um bom exemplo é o mapeamento do nível de conhecimento de cada integrante da área comercial em relação aos produtos e serviços ofertados pela empresa. Ou seja, estamos olhando para além das vendas, com o foco ajustado para as pessoas que executam a ação. A iniciativa nos permitiu mergulhar no perfil de cada profissional, dividindo-os de forma que estejam alocados onde residem suas especialidades. Segmentar, nesse caso, gera segurança, tranquilidade e fortalece os argumentos de quem vende. O retorno financeiro é consequência. 

Outro desafio recorrente na gestão de pessoas é a liderança. Mais do que valorizar as pratas da casa, como se diz, desenvolvemos o time e envolvemos os líderes das unidades de negócios na definição das metas e dos rumos da empresa, pactuando sobre o plano de crescimento. Nosso esforço foi para que as pessoas estivessem preparadas e contassem com um clima de confiança, no qual pudessem desenvolver autonomia para tomarem as melhores decisões. Num ambiente de trabalho híbrido e majoritariamente remoto, que já era padrão na Niteo mesmo antes da pandemia, essa questão se intensifica. 

Como estratégia para fomentar lideranças foi estabelecido um sistema meritocrático de remuneração, atrelado a um plano de carreira, levando à promoção de alguns colaboradores. Como resposta, sentimos que o nível de comprometimento das pessoas que subiram de cargo está maior, o que chancela a nossa escolha de trazer jovens talentos e, assim, promover mudanças estruturais com gente da empresa, sem a necessidade de buscar profissional no mercado. 

A liberdade que as pessoas têm para trabalhar está na essência de uma cultura organizacional realmente horizontal. Respeito e valorização não podem ser simplesmente palavras escritas nos textos institucionais das empresas. Precisam ser colocadas em prática, com ações afirmativas e coletivas, para que efetivamente criem raízes nas corporações. 

Em 2021, vimos os resultados das ações realizadas em conjunto com o RH se materializarem no crescimento da empresa em 40% em relação ao ano anterior. Com equipes sólidas, autônomas e satisfeitas, os próximos passos – nos projetos, produtos, estratégias comerciais - ficam mais claros e fáceis de serem desenhados, percorridos e atingidos. Para obter sucesso não é preciso sacrificar pessoas. Ao contrário. É apostando nelas – de verdade - que os negócios prosperam.

 

Josmar Vieira Machado - CEO da Niteo


Niteo

https://niteo.com.br/


Campanha cobra lei que exclui tese de legítima defesa da honra em casos de feminicídio

“Honra não é desculpa,” criada pelo Mapa do Acolhimento, quer pressionar o Senado pela aprovação da PL por meio

 

Em pleno século XXI, uma mulher que foi assassinada a tiros pelo companheiro ainda pode se tornar a responsável pelo crime que sofreu. É essa realidade absurda que o Mapa do Acolhimento, plataforma voltada a mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero, um dos braços da ONG Nossas, organização que impulsiona o ativismo democrático e solidário no Brasil, pretende mudar ao lançar a campanha “Honra não é desculpa”. Em situações desse tipo no tribunal, é comum ver a alegação de supostas traições e comportamentos “promíscuos” para deslegitimar a mulher agredida ou assassinada, resultando na redução de pena ou mesmo a absolvição do culpado. Ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a tese de legítima defesa da honra é inconstitucional, mas ainda não foi o suficiente.

 

A campanha tem como objetivo pressionar o Senado Federal a aprovar o Projeto de Lei 2325/21, de autoria da Senadora Zenaide Maia (PROS-RN), que prevê excluir o uso em júri do argumento da legítima defesa da honra em casos de acusados por violência doméstica e feminicídio.

 

Segundo uma pesquisa realizada pelo DataSenado, no ano de 2021, houve um aumento de 86% na violência de gênero. 49% das entrevistadas responderam que as situações de violência se tornaram mais frequentes e 44% relataram que se tornaram mais graves.

 

“O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, e precisamos agir com urgência para impedir que os acusados possam recorrer a argumentos que justifiquem a violência de gênero. Com o retorno das atividades do Senado Federal no dia 2 de fevereiro, a projeto de lei pode ser votado a qualquer momento, por isso precisamos falar sobre isso agora”, afirma Lívia Merlim, mobilizadora do Mapa do Acolhimento.

 

Para a ativista, isso é inadmissível. Ela ainda reforça que mesmo que a declaração do STF sobre a inconstitucionalidade da tese, seja um passo importante, ainda é preciso que vire lei para que a exclusão do argumento de legítima defesa da honra, seja adotado obrigatoriamente, sem depender das opiniões pessoais de cada juiz.

 

Para apoiar a campanha e cobrar agilidade na pauta, a plataforma criou um site (honranaoedesculpa.nossas.org) e convida a todos enviar e-mails – disponíveis no site, para pressionar a Comissão de Segurança Pública e a Mesa Diretora do Senado pela aprovação imediata desse projeto, em defesa da vida das mulheres brasileiras.

 

SOBRE O MAPA DO ACOLHIMENTO

O Mapa do Acolhimento é uma iniciativa da Ong Nossas, organização comprometida com o fortalecimento da democracia, da justiça social e da igualdade. O programa conta com 4 mil profissionais voluntárias – entre psicólogas e advogadas – em todo o Brasil, todas dispostas a ajudar, gratuitamente, mulheres em situação de violência. Para mais informações: https://www.mapadoacolhimento.org/

 

SOBRE NOSSAS

Uma organização sem fins lucrativos comprometida com o fortalecimento da democracia, da justiça social e da igualdade. Há mais de dez anos desenvolvendo projetos, táticas e estratégias de mobilização e solidariedade pelo Brasil inteiro.


Elas caminharam muito, mas podem chegar bem mais longe

Para especialista, ter mais mulheres em cargos de liderança é fundamental para inspirar outras a se emanciparem profissionalmente, economicamente e socialmente

 

A forte presença da mão de obra feminina no mercado de trabalho é um reflexo claro do longo caminho de emancipação social que as mulheres trilharam no século 20 e neste começo do século 21. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta que elas respondem por 51,03% do mercado de trabalho no País. Na década de 50, esse percentual era pouco mais de 13%.

Mas se neste Dia Internacional da Mulher comemoramos o grande avanço numérico das mulheres no mercado de trabalho, qualitativamente elas ainda têm um bom caminho a percorrer. Segundo o estudo “Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, realizado pelo IBGE e com dados de 2019, 37,4% das mulheres brasileiras ocupam algum cargo de gerência, seja como diretora ou gerente. O dado revela uma queda de 1,7% ponto percentual em relação ao estudo anterior, de 2016. Alcançar a equidade de gêneros no mercado de trabalho não é um problema só do Brasil, mas do mundo como todo. O Pacto Global, iniciativa da ONU voltada para empresas, estabeleceu como meta que até 2030 50% dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres.

Se depender da engenheira de alimentos e gestora de qualidade da indústria Marajoara Laticínios, Annyelle Galvão, de 37 anos, essa meta será, sim, alcançada. Coordenando uma equipe de 19 pessoas, da qual apenas uma é homem, Annyelle Galvão reconhece que a engenharia de alimentos, assim como muitas outras áreas profissionais, ainda tem uma grande predominância masculina. Mas ela avalia que a presença das mulheres em funções ou áreas antes dominadas pelos homens vem crescendo e se consolidando. 

Para a engenheira, essa desconfiança que se possa ter em relação ao trabalho da mulher, não faz nenhum sentido nos dias de hoje. “Os outros gestores e coordenadores com quem lido aqui na Marajoara, em sua maioria, são homens mas felizmente nunca tive problema algum. Mas acredito que a gente consiga passar a credibilidade, que precisa, demonstrando conhecimento, fazendo isso, qualquer desconfiança que se possa ter é logo dissipada, seja você mulher ou homem”, afirma a gestora de qualidade.

Para Patrícia Damascena, gestora de RH da Marajoara, ter mulheres em cargos de gestão e liderança, como é o caso dela própria e de Annyelle, é importante porque inspira outras profissionais a se emanciparem no mercado de trabalho, economicamente e socialmente. “Também desfaz um estereótipo que se tem ainda forte em nossa sociedade de que nós mulheres não temos capacidade para gerir e liderar. Isso independe de gênero", completa a gestora.

Annyelle argumenta que as empresas têm, inclusive, detectado nas mulheres características que têm feito muito diferença para cargos e funções de gestão e liderança. Muita gente ainda tem uma imagem de que a mulher é muito frágil e sensível demais, mas acho que temos uma capacidade de resiliência maior, uma força psicológica que compensa qualquer força física”, destaca.

Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Company, realizada em 2018 com mais de mil empresas em diversos países, revelou que a equidade de gênero nos cargos de gestão e liderança representa também mais lucro. O estudo apontou que as companhias com equipes executivas de maior equilíbrio entre gêneros têm 21% mais probabilidades de superar outras empresas na lucratividade e 27% mais chances de criar valor no longo prazo.



Respeito


Patrícia Damascena avalia que as mulheres avançaram muito no mercado de trabalho, não só aumentando a participação do público feminino na população economicamente ativa, mas também quebrando muitos tabus sem sentido sobre o que cabe ou não à mulher. A gestora de RH lembra inclusive, que existem hoje, felizmente, muitas leis que combatem situações no trabalho que possam gerar algum tipo de desrespeito, constrangimento ou desvalorização das mulheres.

Para a gestora de RH, a equidade entre gêneros dentro de uma empresa, dentre muitas coisas, passa necessariamente pela manutenção do clima harmônico e respeitoso na organização. “Para nós aqui da Marajoara, por exemplo, esses são valores fundamentais. É algo sempre muito bem pontuado dentro da empresa. Isso ocorre especialmente num momento que chamamos de ‘Integração’ que é aquele primeiro contato que temos com os novos colaboradores. Por meio de uma pequena palestra, nós apresentamos e detalhamos todos os nossos valores e normas de conduta”, explica a gestora, que ainda completa: “Essa questão de se manter um ambiente de trabalho harmonioso e respeitoso é tão importante para nós que, quando se percebe qualquer indício mais evidente de alguém teve algum tipo de desvio de conduta ou atitude desrespeitosa, não só contra as mulheres, mas contra qualquer colaborador, essa pessoa imediatamente desligada”.

“Felizmente aqui na Marajoara é bem tranquilo, porque eu e as outras colaboradoras mulheres sempre temos um respaldo muito grande por parte da empresa. Acho que as empresas de uma maneira geral precisam sim acreditar na capacidade das mulheres e dar mais oportunidades para que demonstrarem que podem fazer qualquer coisa que quiserem. Para mim, essa diversidade de capacidades e de visões traz ganhos para empresa e funcionários”, pontua.

 

Para todas as heroínas em busca da própria jornada

Em novo livro, escritora Elizabeth Cronise McLaughlin, ex-advogada do Wall Street redesenha paradigmas tradicionais da liderança feminina em combate às estruturas opressoras


Somos todas heroínas: uma ferramenta de luta contra a opressão sistêmica, institucional, interpessoal e internalizada do patriarcado supremacista branco. O lançamento da VR Editora, pelo selo Latitude, é uma novidade da escritora Elizabeth Cronise MCLaughlin. Advogada por 15 anos do Wall Street, ela largou a carreira jurídica e fundou a Gaia Project for Women’s Leadership – Projeto Gaia para Liderança das Mulheres, em português – fundação reconhecida por personalidades como Arianna Huffington, cofundadora do site de notícias The Huffington Post.

Para contribuir na jornada das leitoras heroínas contra cada uma das estruturas opressoras, a escritora apresenta quatro estágios para seguir durante o processo. Reconhecimento, reconciliação, revolução e renascimento, são instrumentos para a construção da liberdade e igualdade de gênero. “O que escolhemos fazer juntas agora vai nos levar ao mundo no qual viveremos pelos próximos séculos. Esse futuro depende da cura e do renascimento das heroínas em todos os lugares, de dentro para fora”, explica Elizabeth.

Aos que questionam a diferença da jornada do herói para a jornada da heroína, a escritora destaca que a primeira é normalmente originada por uma razão individual, como uma guerra ou uma mulher, ao exemplo da mitologia grega, com o objetivo da glória e prestígio. No entanto, a jornada para a qual o sexo feminino é chamado busca um benefício coletivo, em que cada indivíduo é tomado por um espírito de resistência.

Divulgação/VR Editora
Somos todas heroínas é um convite para que cada leitora encontre a própria jornada a partir do pensamento e vivências de grandes mulheres. Conforme afirmou LaTosha Brown, cofundadora da Black Voters Matter, no prefácio da obra, “este livro fala diretamente com nós, mulheres, que precisamos colaborar e conspirar para fazermos um futuro melhor juntas, pois nenhuma será livre enquanto todas não formos”.

Ficha técnica:
Título:
Somos todas heroínas
Autora: Elizabeth Cronise MCLaughlin
Número de páginas: 262
ISBN: 978-65-89275-19-0
Editora: VR Editora, selo Latitude
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 59,90
Link de venda:
VR Editora

 

Sobre a autora: Elizabeth Cronise McLaughlin é doutora em Direito pela George Washington University Law School, Estados Unidos. Foi uma advogada de sucesso em Wall Street e após uma carreira de 15 anos fundou a Gaia Project Consulting, LLC, empresa de consultoria executiva. Cinco anos depois criou o Gaia Project for Women’s Leadership – Projeto Gaia para Liderança das Mulheres. Seu trabalho foi reconhecido por mulheres como Arianna Huffington, cofundadora do site de notícias The Huffington Post; Amanda Steinberg, fundadora do DailyWorth, plataforma de mídia financeira para mulheres; Chantal Pierrat, fundadora do Emerging Women Live, projeto de liderança feminina. Palestrante em corporações sem fins lucrativos, pretende transformar os paradigmas tradicionais de liderança.


Elas não querem só igualdade, querem é viver sem medo.

Com a chegada do mês de março e do Dia Internacional da Mulher recrudesce toda a discussão sobre o feminismo e suas vertentes, bem como, o debate sobre as pautas feministas. Esse (res)surgimento do interesse pelo tema, em especial nas redes sociais, é chamado de quarta onda do feminismo. Movimentos mais radicais, anticapitalistas, acreditam que o capitalismo é a raiz da desigualdade de gênero, e outros, mais comedidos, como a campanha da ONU chamada “HeforShe”, que incentiva os homens a ajudar na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingirem o seu potencial, têm tornado o tema recorrente e acessível. No entanto, entre tantas reivindicações, destacam-se algumas e podem ser consideradas as principais pautas de tais movimentos: o combate à violência contra a mulher, a igualdade de tratamento entre homens e mulheres e o fim do assédio sexual.

Nesse sentido, em âmbito nacional, a Lei no. 13.104/15 alterou o Código Penal, criando a figura do “Feminicídio”, que, numa linguagem mais fácil, se caracteriza por matar uma mulher por razões da condição de sexo feminino, considerando-se que existem razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar, bem como, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Ainda que de má lavra, o texto legal apena a conduta com reclusão mínima de 12 anos e máxima de 30 anos. De toda sorte, ainda que tenhamos toda a dificuldade estatal em apurar e perseguir toda sorte de crimes, a lei representa um alerta à uma situação fática, que se escancara: mulheres morrem nas mãos de seus maridos, pais e até filhos. Os números trazidos pelo Instituto Maria da Penha ilustram bem tal realidade em nosso país: aproximadamente 30 mulheres fisicamente atacadas por minuto, uma mulher vítima de arma de fogo a cada 2 minutos, cerca de 3 mulheres espancadas por minuto e por aí vai.

Noutra seara, no mercado de trabalho há uma grande diferença entre os sexos nas posições de liderança e chefia nas empresas. Estudo da McKinsey mostra que há apenas uma mulher em cargo de chefia para cada 10 homens. Além disso, em 2018, foi realizada uma pesquisa pela Catho, que demonstra que entre aproximadamente 8 mil profissionais examinados, as mulheres ganham menos que os colegas do sexo oposto em todos os cargos, áreas de atuação e níveis de escolaridade, sendo que as maiores diferenças salariais se dão entre os profissionais de nível superior e MBA, sendo que em alguns casos as mulheres ganham quase a metade do salário dos homens. Mais ainda: muitas vezes mulheres não são contratadas porque estão em idade de procriar e a lei lhes garante a estabilidade e a licença maternidade. Outros empregadores evitam a contratação de mães com filhos pequenos, por conta da ameaça de se ausentarem pontualmente em caso de doença de seus pequenos. Mulheres convivem com o receio da maternidade na vida profissional.

Não fosse o bastante, convivem com as mais variadas formas de importunação sexual. Seja no trabalho, na escola, na rua ou na balada, não raras as vezes têm de lidar com a falta de limites de alguns que acham que toda mulher gosta de ser cantada. Novamente mergulhando nos números, também com base nos dados do Instituto Maria da Penha, a cada 1,4 segundo uma mulher é assediada, a cada 4,6 segundos uma mulher é assediada no trabalho e cada 6,1 segundos uma mulher é assediada em transporte público. Mesmo que tenhamos aprimorado nossa legislação penal, com figuras como a importunação sexual e o próprio assédio sexual, mulheres têm que se defender o tempo todo, pois o inimigo pode estar ali, ao seu lado, como colega de trabalho ou passageiro do ônibus que a leva para casa.

Como será viver assim, sempre com receio do que se espreita? Pode parecer exagero, mas não é: o risco está sempre aqui e acolá, mais próximo do que parece.

Particularmente, não creio que estejamos em tempo de debater apenas sobre a igualdade entre homens e mulheres. Acredito que, de algum modo, todos saibamos que sim, somos todos iguais em direitos. Contudo, afirmo que a luta da mulher é por viver sem medo. Devemos, todos, homens e mulheres, entes públicos e privados, pessoas físicas ou jurídicas, dedicar nossas ações e atenções para assegurar que mulheres não vivam com medo. Maior ou menor, não importa, mulheres têm medo de viver porque somos violentos, em vários sentidos, para com elas. Devemos repensar costumes, crenças e atitudes, de modo que elas não sintam mais medo por serem quem são. Cabe a cada um de nós vigiar e atuar para combater essa cultura da ameaça e violência que cerca a mulher, seja no trabalho, no condomínio, na rua, onde for. Devemos nos lembrar que, acima de tudo, somos humanos.

De verdade, elas desejam é viver sem medo, como todo ser humano deveria viver.

 

Marcus Vinicius Ramos Gonçalves – Sócio da BRG Advogados. Prof. de Compliance – da Pós-Graduação da FGV-RJ. Presidente do ILADEM (Inst. Latino-Americano de Defesa e Desenvolvimento Empresarial.

 

Operadoras enviaram no ano passado quase 763 milhões de SMS com alertas de risco de desastres naturais e sobre Covid-19

 Chuvas intensas, baixa umidade do ar e mensagens sobre Covid-19 foram os temas mais usados nas mensagens. Em janeiro de 2022, foram enviados mais de 116 milhões de SMS com alerta de risco

 

As operadoras de telefonia móvel enviaram gratuitamente no ano passado 762,9 milhões de mensagens de texto (SMS) com alertas para o risco de desastres naturais, como chuvas fortes, alagamentos e granizo e mensagens sobre a Covid-19. Desde quando o serviço foi criado, em 2017, 2,6 bilhões de mensagens já foram enviadas aos usuários cadastrados para receber os alertas.
 
Em 2021, foram emitidos pela Defesa Civil 18.176 alertas e, desde 2017, o total acumulado foi de 58.334. O conteúdo da mensagem é definido pela Defesa Civil e um mesmo texto é enviado para vários usuários cadastrados que estejam na região a ser afetada.
 
A grande maioria dos alertas foi sobre chuvas intensas, o que correspondeu a 67% dos SMS enviados. Informações sobre baixa umidade do ar somaram 12% das mensagens e informações sobre doenças infecciosas virais (Covid-19) somaram 8% dos alertas, seguida de alertas sobre granizo (3%). Também foram enviados SMS com alertas sobre deslizamentos, vendavais, alagamentos, inundações, onda de frio, enxurradas e incêndios.
 
Além dos SMS emitidos pela defesa Civil sobre a Covid-19, outros 107 milhões de mensagens foram enviadas pelas operadoras sobre a pandemia, demandados pelo governo federal e governos estaduais.
 
O Estado que mais recebeu mensagens de alerta foi São Paulo, com 347,2 milhões de SMS. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 112,1 milhões de SMS de alertas, e em terceiro lugar, vem Minas Gerais com 108,1 milhões de mensagens. Os três estados são os que mais têm acessos de telefonia móvel. São Paulo tem 73,4 milhões de acessos, Minas Gerais 23,7 milhões e Rio de Janeiro 20,3 milhões de acessos.


Janeiro

Em janeiro de 2022, foram enviados 116,9 milhões de SMS com alertas para o risco de desastres naturais, sendo que 80% foram sobre chuvas intensas. O estado com maior número de SMS enviados em janeiro deste ano foi São Paulo, com 58,3 milhões de SMS, seguido por Minas Gerais com 21,5 milhões, e pelo Rio de Janeiro com 12,8 milhões.
 
Coordenado pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional, o sistema foi implantado pelas operadoras em parceria com a Defesa Civil dos Estados e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
“O envio de SMS se soma a uma série de iniciativas do setor de telecom para melhorar o dia a dia da população. O envio de SMS é uma ferramenta importante e, vale destacar, o serviço é gratuito. A pessoa só precisa se cadastrar”, afirmou Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis Brasil Digital. 

As pessoas cadastradas no sistema pelo celular recebem os alertas gratuitamente, pois todos os custos referentes ao envio das mensagens são arcados pelas prestadoras.

Para receber os alertas, o usuário deve enviar uma mensagem pelo celular para o número 40199, com o CEP do endereço que deseja ser monitorado. O sistema de envio de alertas começou em fevereiro de 2017, por Santa Catarina, e foi gradativamente sendo ampliado, estando disponível para todo o país desde fevereiro de 2018.

 

Conexis Brasil Digital

https://conexis.org.br


Últimos dias de inscrição para a Maratona de Cibersegurança

 

 Segurança passou a ser desafio ainda maior após migração forçada para o universo digital nos últimos anos

  

A Cisco, em parceria com o Paula Souza, oferece série de cursos que, ao final, pode render oportunidades de estágios e empregos aos melhores colocados 

 

Uma Alunos das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais têm até quarta-feira (9) para se inscrever para a Maratona de Cibersegurança promovida pela Cisco Network Academy – programa global de TI e segurança cibernética – em parceria com o Centro Paula Souza (CPS). Interessados em participar que não sejam alunos das unidades do Paula Souza devem fazer sua inscrição somente até esta segunda-feira (7). 

Para começar a estudar, é preciso fazer uma avaliação básica que dura cerca de uma hora. O estudante tem três semanas para cumprir a primeira etapa, que termina no dia 27 de março. Durante esse período é preciso completar as 30 horas do curso Fundamentos em Cibersegurança. 

Os melhores colocados avançam para o Programa de Capacitação Profissionalizante, com 140 horas de atividades divididas em dois cursos: CCNA 1 (70 horas) e Network Security (70 horas). São cerca de dois meses para a conclusão de cada um. Ao final, uma prova de seleção em inglês indica os alunos que poderão receber oportunidades como estagiários ou mesmo funcionários efetivos de empresas parceiras. 

As instituições que inscreverem mais alunos e tiverem um número maior de estudantes na reta final da maratona concorrem a uma série de prêmios, de placas a vouchers de certificação, tanto para alunos como para professores. 

“O foco maior é na segurança da informação”, explica o professor João Carlos Lopes Fernandes, da Fatec São Caetano do Sul, coordenador das Academias Cisco no CPS. “Assistimos à migração forçada para o universo digital nos últimos anos. E, com isso, vieram também os grandes ataques”, analisa Samuel Lange, coordenador do programa CiberEducação, da Cisco, lembrando que, no Brasil, esse é um trabalho com mais vagas que profissionais capacitados. 

Para se inscrever, é preciso estar cursando o último ano do Ensino Médio ou Técnico, ser graduado ou estar cursando o nível superior. 

Mais informações no site www.cisco.com/br/cibereducacao.

 

 

Centro Paula SouzaAutarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 228 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 94 mil alunos.


Posts mais acessados