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domingo, 6 de março de 2022

Sesc Consolação oferece diversão e brincadeiras para crianças e famílias nos finais de semana

  Contação de histórias, atividades recreativas, lúdicas e a estreia do espetáculo infantil 

Mequetrefe Sorrateiro no Teatro Anchieta 

Erika Coracini e Mariana Blanski | Foto: Alexandre Krug 

 

Nos finais de semana do Sesc Consolação, as crianças e suas famílias contam com uma programação animada para ninguém ficar parado; são atividades lúdicas, culturais, recreativas e muita diversão. A partir do dia 5, acontecem as oficinas de confecção de bonecas Abayomi, feitas com retalhos de pano, e a vivência de Ginástica: Trampolim, Artística e Rítmica com a equipe Tramp Brasil; dia 6, tem início a série de contação de histórias com o repertório Sinto Isso Tudo e Muito Mais, conduzida pelo grupo Tá na Boca do Conto e, no dia 12, estreia a peça infantil Mequetrefe Sorrateiro, com Aquela Cia., no Teatro Anchieta; os ingressos podem ser adquiridos em sescsp.org.br ou nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo.   

 

Vale lembrar que é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (duas doses ou dose única para maiores de 12 anos e primeira dose para crianças de 05 a 11 anos) e um documento com foto para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo*. Além disso, é obrigatório o uso de máscara em todos os espaços.  

*O acesso as unidades do Sesc estão sujeitas a legislação municipal em relação a Covid-19. 

 

 

Confira a programação completa:  

 

PARA CRIANÇAS 

 

Confecção de Bonecas Abayomi 

Com Lucia Makena 

Até 26/3, sábados, das 13h às 15h   

Área de Convivência 

Indicação: Livre 

Grátis 

 

Os participantes são convidados a confeccionar bonecas Abayomi, feitas com retalhos de pano, ouvir histórias afro-brasileiras e compartilharem suas experiências, sob o comando de Lucia Makena, pedagoga, bonequeira, arte-educadora e produtora cultural. 

 

 

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 

 

Sinto Isso Tudo e Muito Mais 

Com Grupo Tá na Boca do Conto 

domingo, das 13h às 14h 

Indicação: livre 

Grátis 

 

A cada sábado, o grupo Tá na Boca do Conto conta uma história diferente do repertório “Sinto Isso Tudo e Muito Mais” com a finalidade de trabalhar os sentimentos e ajudar as crianças a compreenderem um pouco mais do seu universo interior. 

As atividades são conduzidas por Erika Coracini, atriz, diretora, contadora de histórias e pesquisadora, e Mariana Blanski, atriz, contadora de histórias e psicóloga. Veja os temas: 

 

 

13/3 - Laços de Mãe 
Sala Gama  

 

Uma canção intermeia todas as histórias e conta de um cordão imaginário que faz a mãe sentir no coração todas as descobertas do seu filho. A partir desta canção outras histórias se desenvolvem como uma mãe que revela aos filhos que também tem medo como eles, até medo bobo, como de uma indefesa lagartixa; ou de uma mãe que precisa arrumar a casa e pede ajuda aos filhos, e eles, ao invés de arrumar, sempre encontram um jeito para desarrumar; de repente, uma coisa estranha acontece com a mamãe, ou de como a mãe chuva tem que às vezes se separar de seu filho, mas essa separação só faz o amor deles crescer. 

 

 

20/3 - Cores do Humor 
Sala Gama  

 

Três irmãos brigam sempre para conseguir a atenção da mãe; um morre de ciúme do outro, mas o que será que acontece quando a mãe vira 3?  Nesta contação, as crianças conhecerão as cores das emoções vivenciando com as histórias sentimentos bastante conhecidos: vergonha, ciúme e inveja. 

 

 

27/3 - Calma aí que eu estou com raiva! 
Sala Gama  

 

O filho da chuva tem que lidar com a presença e a ausência da mãe que tem que chover em outros lugares; um morador de uma aldeia aprende a compartilhar algo muito especial, e uma raiva pequena, quase imperceptível, começa a crescer e a dar um grande trabalho. Nessa contação, as crianças entrarão em contato com sentimentos como raiva, egoísmo e amor.   

 

 

ESPETÁCULO INFANTIL 

 

Mequetrefe Sorrateiro 

Com Aquela Cia. 

De 12/3 a 16/4, sábados e domingo, 13/3, das 11h às 12h   

Teatro Anchieta 

Indicação: livre 

Ingressos*: R$ 24 (inteira) l R$ 12 (credencial plena e meia entrada mediante comprovação). Gratuidade para crianças até 12 anos. 

*Ingressos disponíveis para venda em sescsp.org.br ou nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo.  

 

Uma história sobre o universo afetivo de uma menina diante da separação de seus pais e sua transição da infância para a adolescência. Com muita música, poesia e animações, a história de Menina é contada a partir de suas tristezas e alegrias e as consequências que estas trazem em seu aprendizado e amadurecimento. 

 

 

ATIVIDADE FÍSICO-ESPORTIVA 

 

Ginástica: Trampolim, Artística e Rítmica 

Com a Equipe Tramp Brasil  

Até 27/3, sábados e domingos, das 14h às 17h 

Ginásio Vermelho 

Inscrições no local 

Indicação: Livre 

Grátis 

 

Espaço criado para crianças, adolescentes e suas famílias se movimentarem de maneira lúdica e descontraída, com um gênero esportivo diferente a cada mês, iniciando, em março, com o tema “Ginástica”.

 

Nesta atividade, o público poderá vivenciar movimentos de equilíbrio, acrobacias e sequências pedagógicas de modalidades da ginástica: trampolim, rítmica e artística. Haverá um trampolim acrobático, airtrack e espaço livre. 

 

 

Horário de funcionamento  
Terça a sexta, das 7h às 22h  
Sábados, das 10h às 19h  

Domingos e feriados, das 10h às 18h  

 

Sesc Consolação 
Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo  
Informações: (11) 3234-3000  
Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha Amarela   
sescsp.org.br/consolacao  
Facebook, Twitter e Instagram: /sescconcolacao  

 

Menos de 4 entre 10 meninos tomam duas doses de vacina contra HPV apesar de gratuidade no SUS

De 2013 a 2020, apenas 36,4% dos meninos de 11 a 14 anos receberam a segunda dose de vacina contra o vírus HPV. Entre as meninas de 9 a 14 anos, pouco mais da metade (55,6%) receberam as duas doses. Nos dois cenários, o número está abaixo da meta de 80% de 

Conhecida por sua íntima relação com o câncer de colo do útero, a infecção pelo papilomavírus humano também é causa para o surgimento de outros tumores malignos. O Centro de Controle de Doenças (CDC) aponta que 63% dos casos de câncer de pênis são atribuíveis ao HPV. É alta também a associação do vírus com o desenvolvimento de câncer de vagina (75%), vulva (69%), ânus (91%) e orofaringe (70%). Ainda de acordo com o CDC, entre os cânceres causados pelo HPV, 92% são atribuíveis aos tipos de HPV que estão incluídos na vacina contra o HPV e poderiam ser evitados em casos de cobertura vacinal adequada.

Dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), por sua vez, apontam que de 2013 a 2020 o patamar mínimo de 80% foi atingido apenas pela primeira dose para meninas de 9 a 14 anos, tendo alcançado 83,4% de cobertura. A segunda dose para meninas chegou a 55,6%, ao passo que entre meninos de 11 a 14 anos os índices foram de 57,9% para a primeira dose e de 36,4% para a segunda dose.

“Para o controle do câncer, é muito negativo não haver uma cobertura vacinal ideal contra o vírus HPV. Para a ação ser efetiva, precisamos imunizar também os meninos, pois somente assim é que seremos capazes de evitar toda a cadeia de transmissão”, destaca a oncologista clínica Andréa Gadêlha Guimarães, do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR).

A vacina quadrivalente (que protege contra os HPV do tipo 6, 11, 16 e 18) é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos. Segundo a SBIm, a probabilidade de infecção por HPV em algum momento da vida é de 91,3% para homens e 84,6% para mulheres, sendo que mais de 80% das pessoas de ambos os sexos contraem o vírus antes dos 45 anos de idade. 


11 MITOS E VERDADES SOBRE HPV E CÂNCER

Em alusão ao 4 de março, dia de conscientização mundial sobre HPV, a oncologista clínica Andréa Gadêlha Guimarães responde as principais dúvidas em torno do tema câncer e infecção pelo vírus HPV.


HPV é uma infecção sexualmente transmissível
Verdade.
 O HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que em 90% dos casos é contraído por meio do contato sexual, genital ou oral. O HPV é tão comum que afeta quase 80% das pessoas sexualmente ativas.


O HPV é um vírus único


Mito
. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, sendo que 40 deles podem infectar a região genital e provocar alguns tipos de câncer (colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe) e outros podem causar verrugas genitais. Existem 12 tipos identificados como de alto risco (HPVs tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) que têm probabilidades maiores de persistirem e estarem associados a lesões pré-cancerosa. Os de tipo 16 e 18 são os responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero.


O HPV é silencioso, não apresenta sintomas


Verdade
. A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. As primeiras manifestações surgem entre 2 a 8 meses do contato, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. Na maioria das vezes a infecção tem resolução espontânea pelo próprio organismo em um período de 24 meses.


O uso de preservativo durante a relação sexual protege do HPV


Mito
. Apesar da importância do uso de preservativo durante a relação sexual para prevenir IST’s, o seu uso pode não impedir a infecção pelo HPV, pois o vírus pode estar presente em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal).


O HPV só atinge as mulheres


Mito. 
O HPV também pode infectar os homens e além de ser um agente transmissor do vírus para as mulheres. O  HPV no homem é fator de risco para desenvolvimento do câncer no pênis, ânus, boca e garganta. Por isso, os meninos também devem receber a vacina contra HPV.


O HPV é a principal causa do câncer de colo de útero


Verdade. 
A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, sendo que 40 deles podem infectar a região genital e provocar alguns tipos de câncer (colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe) e outros podem causar verrugas genitais.  Existem 12 tipos identificados como de alto risco (HPVs tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) que têm probabilidades maiores de persistirem e estarem associados a lesões pré-cancerosa. Os de tipo 16 e 18 são os responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero.


Existe uma vacina que pode prevenir o HPV


Verdade.
 A vacina contra o HPV existe e é a principal forma de prevenção do câncer de colo de útero. A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde ou pode ser tomada também em clínicas particulares. A vacina oferecida pelo Ministério da Saúde no Brasil é a quadrivalente que protege contra os vírus 6, 11, 16 e 18, o câncer de colo de útero e as verrugas genitais. Após tomar a vacina o corpo produz anticorpos necessários para combater os vírus cobertos pela vacina e caso a pessoa seja infectada por estes vírus, ela não desenvolve a doença.

A vacina é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Para esse grupo são recomendadas 02 doses da vacina, com intervalos de seis meses entre elas.

Além desse grupo, ela também é recomendada para um grupo especial: homens 9 a 26 anos e mulheres dos 9 aos 45 anos portadores do vírus HIV; transplantadas de órgãos sólidos, medula óssea ou pacientes oncológicos. Nesse caso, são recomendadas três doses, sendo que a segunda dose é feita após 2 meses da primeira e a terceira dose após seis meses da primeira dose. A vacina não é um tratamento, ela é uma forma de prevenção e sua eficácia é menor em pessoas que já iniciaram a vida sexual, pois já podem ter estado em contato com o vírus.


A vacina protege contra todos os tipos de HPV


Mito.
 A vacina oferecida pelo Ministério da Saúde no Brasil é a quadrivalente que protege contra os vírus 6, 11, 16 e 18, o câncer de colo de útero e as verrugas genitais.


Todas as mulheres com HPV terão câncer


Mito
. Na maioria das vezes não terá. Na maior parte dos casos o sistema imune elimina o vírus, no entanto, alguns tipos de HPV podem levar à formação de verrugas genitais e/ ou alterações pré-tumorais no colo do útero. Caso estas células anormais não sejam tratadas, podem originar câncer, podendo demorar vários anos a desenvolver-se, por isso a detecção e tratamento precoce é muito importante.


Minha parceira/meu parceiro disse que tem HPV, eu também tenho o vírus


Mito
. Não é uma regra, mas a infecção por HPV geralmente afeta o casal. Se houver sinais de HPV, é importante que o casal procure avaliação médica. Não há testes aprovados para rastreamento de HPV em homens, mas as mulheres devem fazer o exame de Papanicolau regularmente e em alguns casos, os testes para rastrear o HPV no colo do útero.


A vacina contra o HPV é segura para meu filho e filha


Verdade
. Todas as evidências científicas mostram que a vacina é extremamente segura. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e praticamente todos os países do mundo recomendam a vacinação. A maioria das reações são temporárias e restritas ao local da injeção.

 

IUCR - O Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), especializado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente com câncer.


5% a 10% dos casos de câncer colorretal têm origem hereditária e mapeamento genético permite reduzir risco desta doença em parentes

 Risco de desenvolver câncer colorretal é de aproximadamente 70% entre os que apresentam mutação genética associada com síndrome de Lynch e pode chegar a 100% naqueles com polipose adenomatosa familiar. A identificação dos pacientes permite a adoção de medidas eficazes de rastreamento e prevenção, beneficiando inúmeros familiares portadores assintomáticos dessas alterações genéticas. Investigação é feita em um painel de até 42 genes


Excluindo o câncer de pele não melanoma, o segundo tipo de câncer mais comum em homens (atrás apenas do câncer de próstata) e em mulheres (superado apenas pelo câncer de mama) é o colorretal. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são previstos 41 mil novos casos no Brasil, em 2022, de câncer colorretal (intestino grosso/cólon e reto). O risco de desenvolver a doença é maior após os 50 anos e, majoritariamente, está associado com o estilo de vida, no qual os principais fatores de risco são a dieta com alimentos processados, sedentarismo, obesidade, etilismo, bebidas açucaradas e tabagismo.

Por sua vez, em 5% a 10% dos casos, o câncer colorretal tem como protagonista uma alteração genética hereditária, alerta a Igenomix Brasil, em alusão ao março azul marinho, mês de conscientização sobre a doença. As duas síndromes genéticas mais frequentemente associadas com o câncer colorretal são a polipose adenomatosa familiar e o câncer colorretal hereditário não polipose, também chamado de síndrome de Lynch. Na síndrome adenomatosa familiar, causada por uma mutação no gene APC, o risco de desenvolver câncer colorretal após os 50 anos é de quase 100%. Já o risco que um portador de alterações em genes relacionados com a síndrome de Lynch desenvolver a doença pode chegar a 70%.

A síndrome de Lynch é a mais comum no câncer colorretal hereditário. Ela é caracterizada por alterações herdadas, principalmente, nos genes MLH1, MSH2, MHH6, PMS2 e EPCAM. Ao menos 7 entre 10 pessoas com uma destas mutações desenvolverá a doença ao longo da vida. “Isso ocorre porque estes genes têm a função de corrigir os danos que são causados ao DNA. Com a mutação, o gene deixa de funcionar corretamente, resultando assim em um acúmulo de erros no DNA durante o processo de divisão celular”, explica Rodrigo Guindalini, oncologista clínico, oncogeneticista e consultor científico da Igenomix.

Com o avanço do sequenciamento de nova geração (NGS), é recomendável realizar a análise de um painel com um amplo espectro de genes relevantes de predisposição ao câncer. Como exemplo, o painel Gastrointestinal investiga 42 genes que são associados com risco hereditário para câncer colorretal, estômago, pâncreas, esôfago, duodeno e intestino delgado.  “Podemos indicar painéis ampliados de genes que investigam a predisposição para câncer de acordo com as características clínicas e histórico pessoal e familiar. Ao identificar a mutação, somos capazes de oferecer um cuidado mais adequado, como antecipação da idade e maior frequência de colonoscopias e outras medidas profiláticas, reduzindo o risco de desenvolvimento da doença”, ressalta Rodrigo Guindalini.


Cuidado personalizado em câncer hereditário - O acompanhamento dos pacientes com alteração genética associada com maior predisposição hereditária deve seguir o guideline do National Comprehensive Cancer Network (NCCN). Caso seja identificado a síndrome de Lynch, por exemplo, o rastreamento neste paciente, com exame de colonoscopia, começa aos 25 anos e deve ser repetido anualmente, mesmo que nenhum pólipo tenha sido encontrado na avaliação anterior.

Ao ser identificada a alteração genética associada com câncer colorretal hereditário é importante que o resultado do teste genético e as informações recebidas em consultas de aconselhamento sejam compartilhados com seus familiares. Este cuidado pode beneficiar as futuras gerações. Comparativamente, com um parente de primeiro grau, cerca de metade (50%) de seus genes são compartilhados. Um quarto (25%) de seus genes são compartilhados com parentes de segundo grau, enquanto parentes de terceiro grau compartilham 12,5% dos genes.


Principais recomendações quando o assunto é câncer colorretal hereditário:

- Para pacientes assintomáticos (sem antecedentes pessoais de câncer) com diagnóstico de síndrome de Lynch, realizar colonoscopia a cada 1-2 anos, começando aos 20-25 anos de idade, ou 2-5 anos antes do câncer de cólon mais precoce, se diagnosticado antes dos 25 anos.

- Para pacientes assintomáticos com diagnóstico de síndrome de Lynch e câncer de cólon, as chances de desenvolver mais de um tumor no cólon também são altas. Por conta disso, ao invés de retirar apenas a parte do intestino com câncer, em casos selecionados, também se recomenda uma colectomia total. Nessa cirurgia, o todo o cólon do paciente é removido, mas o reto, em geral, é preservado.

- Em alguns casos, principalmente na polipose adenomatosa familiar, a vigilância com colonoscopias periódicas pode começar na adolescência. Quando o exame identifica uma quantidade considerável de pólipos (mais frequente no começo da vida adulta) uma colectomia total é indicada. Nessa cirurgia, todo o intestino grosso do paciente é removido. Outra possibilidade é a realização de proctocolectomia total, em que o reto do paciente é removido cirurgicamente, juntamente do cólon (intestino). Essa cirurgia é indicada quando há muitos pólipos no reto que não podem ser removidos por colonoscopia. 

 


Igenomix - laboratório de biotecnologia que ajuda no sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida, diagnóstico e prevenção de Doenças Genéticas.


No Dia Internacional da Mulher, um alerta: atenção aos exames periódicos

Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional São Paulo (SBM-SP) alerta para que as mulheres não deixem de fazer exames periódicos, e principalmente atentem para a realização da mamografia, o melhor método na detecção precoce do câncer de mama.

 

A SBM e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) indicam o rastreamento mamográfico (quando não há sinais nem sintomas) anual do câncer de mama para todas as mulheres a partir dos 40 anos, ou antes em casos de câncer de mama na família. “Essa é uma medida focada em identificar precocemente o câncer, conseguindo assim traçar uma abordagem mais eficaz e aumentar as chances de cura”, explica o médico André Mattar, diretor da SBM-SP.

As mamografias são produzidas por meio de um aparelho que obtém raios-x de baixa dose e que geram as imagens radiográficas. Em todos os casos, há a necessidade de compressão das mamas, para se alcançar imagens de alta qualidade e diminuir a dose de radiação. É considerado um exame extremamente seguro.

Como preparação do exame, é bom evitar cremes, desodorantes, perfumes e  talcos na região dos braços e seios; é recomendável que seja feita 10 após a menstruação, quando as mamas estão menos doloridas; evitar bebidas e alimentos ricos em cafeína, como energéticos, chás e café, alguns dias antes do procedimento; e não é necessário jejum nem interromper o uso de medicamentos.

 

Brasil fecha 2021 com recuperação no número de mamografias

O ano de 2021 apresentou uma retomada no número de mamografias realizadas no país pelo sistema público de saúde em relação ao mesmo período de 2020, mas ainda bem abaixo ao nível de 2019, período anterior à pandemia de covid-19, segundo levantamento feito pela mastologista Jordana Bessa, membro da SBM-SP.

Com o represamento de exames no Brasil, em 2020 mais de 800.000 mulheres entre 50 e 69 anos deixaram de fazer mamografias, e possivelmente cerca de 4.000 casos de câncer de mama deixaram de ser diagnosticados, segundo o artigo publicado na Revista de Saúde Pública em abril de 2021 pela dra. Jordana Bessa, com o título Breast imaging hindered during covid-19 pandemic in Brazil

Na atualização do artigo, o sistema público de saúde nacional registrou em 2021 um aumento no número de exames feitos, mas ainda abaixo do registrado em 2019 - pré-pandemia. Abaixo, a tabela com os totais de exames realizados entre 2019 e 2021. O mesmo levantamento aponta recuperação no número de exames no Estado de São Paulo, mas também ainda abaixo do resultado de 2019.


Mamografias no Brasil, em mulheres entre 50–69 anos, de 2019–2021 (Fonte DATASUS)

Brasil:

Ano – Exames
2019 – 1.964.013
2020 – 1.190.577
2021 – 1.675.317

 

No Estado de São Paulo:

Ano – Exames
2019 – 291.743
2020 – 186.636
2021 – 254.134

Fonte: DATASUS

Apesar da retomada, estes resultados podem apontar para uma possível epidemia de câncer de mama, causada pela queda de exames por causa da pandemia, pela maior incidência de câncer de mama globalmente (ultrapassou o câncer de pulmão), pelo aumento de casos em jovens (menos de 40 anos), e pelo fato de o Brasil ser um dos países com tendência de piora da mortalidade.


Mês da Mulher: a jornada das cientistas no estudo da saúde do cérebro

Celebrada em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher marca as conquistas ao longo dos anos e reforça os princípios de igualdade de gênero também no mercado de trabalho

 

De acordo com o mais recente Relatório de Ciências da Unesco, as mulheres representam 33,3% do total de pesquisadores e apenas 12% dos membros das academias de ciências nacionais. Apesar de ainda serem minoria na ciência, elas têm conseguido alcançar importantes achados nos últimos anos em relação à saúde do cérebro.  

Um exemplo recente é o estudo apresentado em outubro de 2021 no maior evento de cuidados neurológicos intensivos/críticos do mundo, o 19º Neurocritical Care Society Annual Meeting, em Chicago. As pesquisadoras Gisele Sampaio Silva, professora de Neurologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), juntamente com Nelci Zanon Collange, doutora em Neurocirurgia e coordenadora da Comissão das Mulheres na Neurocirurgia da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), lideraram um estudo1 que avaliou os efeitos no cérebro da ventilação mecânica prolongada em pacientes com Covid-19. As cientistas utilizaram a tecnologia da brain4care, healthtech brasileira pioneira no mundo na realização do monitoramento não invasivo das variações de volume/pressão intracraniana para concretização do estudo.  

Gisele Sampaio Silva também foi orientadora de um estudo em pacientes neurocríticos que correlacionou o monitoramento não invasivo da pressão intracraniana com o método invasivo2. Segundo a neurologista, a pesquisa demonstrou que a monitorização não invasiva pode oferecer muitas informações ao médico sobre o comportamento da pressão intracraniana do paciente e avaliar com antecedência se o paciente precisará ou não de um procedimento invasivo por meio de cirurgia intracraniana.  

A monitorização da pressão intracraniana também foi o foco de um estudo liderado pela pesquisadora Cristiane Rickli juntamente com José Carlos Rebuglio Vellosa, da Divisão de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) 3. Pela primeira vez na história da ciência foi possível monitorar os pacientes renais que realizam hemodiálise, antes e depois das sessões, usando o método não invasivo brain4care para avaliar as variações da pressão intracraniana durante o tratamento. A monitorização pode ajudar a diagnosticar a síndrome do desequilíbrio da hemodiálise, um evento grave que, na maioria dos casos, quando chega a ser descoberto, já está em estágio adiantado e o paciente não sobrevive. Se diagnosticada em fase inicial, o médico pode tomar medidas mais eficientes de manejo do paciente que podem salvar vidas. 

A PhD em neurociência, médica intensivista e professora Celeste Dias, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, foi precursora na realização de estudos comparativos que comprovam a equivalência entre os sinais obtidos por meio do monitoramento não invasivo da tecnologia brain4care e o padrão-ouro, obtido por meio de cateter introduzido cirurgicamente no interior do crânio dos pacientes. Seu estudo pioneiro abriu caminho para muitos outros e hoje a tecnologia brain4care está presente em mais de 40 publicações científicas. Em 2010, a pesquisadora conheceu Sérgio Mascarenhas, fundador da brain4care, em um evento na Alemanha e deu início às primeiras pesquisas com o método na Europa.  

 

 

brain4care  Com o propósito de desafiar os limites da medicina para vivenciar histórias de saúde e felicidade e a missão de reduzir a dor e o sofrimento de milhões de pessoas, a brain4care é uma healthtech brasileira que desenvolve e oferta uma tecnologia pioneira de monitorização da complacência intracraniana (CIC), um indicador de saúde neurológica que fornece uma informação adicional que qualifica o diagnóstico, orienta a terapêutica e indica a evolução de distúrbios neurológicos, aumentando a pertinência dos cuidados, a segurança do paciente e a otimização dos recursos do sistemas de saúde.  Certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponível comercialmente no Brasil desde 2019, a tecnologia está presente em 53 instituições de saúde em todo país. A healthtech conta com escritórios em São Paulo, São Carlos e Atlanta, nos Estados Unidos. 

 

 

Referências bibliográficas 

1 - SILVEIRA, AF et al. Could time of Mechanical Ventilation Affect Intracranial Compliance In COVID-19 Patients? 

2 - Moraes FM, Silva GS. Noninvasive intracranial pressure monitoring methods: a critical review. Arq Neuropsiquiatr, 2021. Disponível em < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34161530/>. Acesso em 16/02/2022  

3 - Rickli C et al. (2021) Use of non-invasive intracranial pressure pulse waveform to monitor patients with End-Stage Renal Disease (ESRD). PLoS ONE, 2021. Disponível em < https://doi.org/10.1371/journal.pone.0240570 >. Acesso em 16/02/2022. 


Síndrome de Burnout já é classificada como doença ocupacional

 Desde 1º de janeiro, a síndrome de Burnout, que muitos conhecem como a síndrome do esgotamento profissional, foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, os indivíduos diagnosticados (inclusive no Brasil) passam a ter as mesmas garantias trabalhistas e previdenciárias previstas para as demais doenças do trabalho. 

A OMS define como doença ocupacional os problemas de saúde contraídos pelo trabalhador após ficar exposto a fatores de risco decorrentes da sua atividade laboral, que afetam sua saúde física e mental. 

No Brasil, a síndrome passará a ter o código QD85, dentro da CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). O trabalhador diagnosticado terá direito a 15 dias de afastamento remunerado. Acima desse período, receberá o benefício previdenciário pago pelo INSS – o auxílio-doença acidentário, que garante a estabilidade provisória, ou seja, este indivíduo não poderá ser dispensado sem justa causa nos 12 meses após o seu retorno. 

De acordo com Nicoli Abrão Fasanella, médica psiquiatra, docente da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP e mestranda do programa de pós-graduação Educação nas Profissões da Saúde, a síndrome de Burnout é resultante do estresse intenso e crônico mal gerenciado no local de trabalho. Ela é caracterizada pelo esgotamento mental e físico, sentimentos de negativismo relacionados ao trabalho e redução da eficácia profissional. 

“Trata-se de uma condição que se desencadeia após um estado de tensão constante, seja no contexto físico e/ou mental. Quem sofre dessa doença sente que não possui mais recursos para enfrentar a situação estressante; sente frieza ou falta de empatia nas relações com os colegas de trabalho e, também, nota um sentimento de baixa produtividade, que pode vir acompanhado de culpa. Ou seja: é um grande sofrimento que impacta a vida dessas pessoas”, explica. 

O termo “burn out”, em inglês, significa “queimar por completo”. Trata-se de uma referência ao que ocorre com o a saúde psicológica do paciente conforme a doença se agrava: ele é tomado cada vez mais pelo estresse, até se esgotar completamente. 

A síndrome costuma prevalecer entre aqueles que atuam em áreas com alto nível de estresse ou enfrentam jornada dupla de trabalho, como os profissionais da saúde, policiais e professores, por exemplo. 

Ela foi descrita pela primeira vez em 1974, pelo médico Herbert Freudenberger. Desde então, a doença tem associação próxima com o contexto de trabalho. O próprio especialista a descreveu como “um estado de esgotamento mental e físico causado pela vida profissional”. 

Os sintomas mais comuns costumam ser cansaço excessivo, sensação de que não descansou mesmo após dormir, dores de cabeça frequentes, queda no rendimento profissional, distúrbios alimentares, entre outros. Eles servem como alerta de que o estilo de vida profissional do paciente precisa mudar de alguma forma, senão, sua saúde ficará cada vez mais comprometida. A síndrome pode ser agravada pelas condições de trabalho da atualidade, com o aumento da pressão por resultados.


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