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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Medir a idade biológica ajuda a combater de forma efetiva a Covid-19 e outras doenças

Cuidar da saúde tem de ser uma constante na vida do ser humano. Isso envolve exercícios físicos, alimentação saudável, mudança de estilo de vida e acompanhamento médico. Uma forma de medir se o ‘trabalho’ está sendo feito de forma efetiva é conhecer a idade biológica. Essa informação é uma espécie de “termômetro” para cada um de nós. Quanto mais avançada ela for, com relação à idade cronológica, mais a pessoa tem que ficar alerta e mudar hábitos -- urgentemente. 

E por que saber disso é importante? Estamos atravessando - e, quem sabe, nos livrando - de uma das maiores epidemias já vistas na história da humanidade, a da Covid-19. A rede de pesquisadores defende que, quanto menor for a idade biológica, maior é a chance de vencer o coronavírus. Isso porque, toda vez que o nosso organismo é desafiado, entra em contato com um vírus, precisamos desenvolver uma resposta para combatê-lo. 

Chamamos isso de resposta imune. Para que ela funcione adequadamente, o organismo precisa produzir algumas células e ativar outras. Assim, faz-se a divisão celular, que só ocorre de forma correta quando a célula tem o telômero (sequências repetitivas de DNA que existem nas extremidades de todos os cromossomos) adequado. Quanto mais encurtado ele for, mais propensa é a chance de a célula ser disfuncional e não dar o resultado necessário. 

Agora, se a pessoa tem uma idade biológica boa - leia-se menor do que a cronológica -, mesmo sendo mais velha, o sistema imune está mais competente e capaz de combater o coronavírus rapidamente. Com o processo de senescência (degradação das funções celulares), as células perdem a capacidade de desenvolverem a função de defesa e o organismo fica mais frágil. 

Em janeiro deste ano, a pesquisadora em oncologia molecular Maria Blasco publicou um artigo em que afirma que os telômeros de comprimento mais curto são observados em pacientes que apresentam evolução grave de Covid. Esses seriam os pacientes envelhecidos biologicamente. No mesmo texto afirma-se ainda que um dos mecanismos do envelhecimento é o encurtamento gradual dos telômeros, que são estruturas protetoras nas extremidades dos cromossomos. 

Telômeros extremamente curtos alteram a capacidade de regenerar tecidos e desencadeiam perda de homeostase e doença tecidual. O vírus SARS-CoV2 infecta muitos tipos diferentes de células, forçando a renovação e regeneração celular para manter a homeostase tecidual. A hipótese levantada, portanto, é que a presença de telômeros curtos em pacientes mais velhos limita a resposta efetiva contra a infecção do coronavírus. 

Nesse novo contexto é muito importante ter tecnologia para avaliar como o nosso organismo se comportará nessas condições. Assim, tenho muito orgulho do trabalho desenvolvido por nossa equipe de pesquisadores em Mato Grosso do Sul para o desenvolvimento do teste que avalia a idade biológica. 

O exame inovador permite medir com precisão essa idade por meio da aferição do comprimento dos telômeros. Logo, a ciência nacional traz benefícios à população e isso precisa ser propagado. O BioAge Teste, da Biological Age, empresa brasileira de tecnologia, faz a medição dos telômeros. Quanto mais bem-cuidada a pessoa, menor é a idade biológica dela e mais longo são os seus telômeros. 

O exame utiliza o DNA extraído da amostra de sangue que permite a avaliação do PCR. Com o material é possível quantificar o número de pares de bases que formam os telômeros que protegem as pontas dos cromossomos e guardam todo material genético - e medir seu tamanho. O comprimento deles é comparado com uma curva de referência, com tamanhos de telômeros esperados para uma população de pessoas saudáveis. A partir dessa comparação, estabelece-se a idade biológica do indivíduo, que deveria ser sempre menor do que a idade cronológica. 

Com este número em mãos, será possível o especialista avaliar a necessidade de acompanhamento médico, suplementação alimentar e, principalmente, a mudança no ritmo de vida do paciente, o que interfere, diretamente, no envelhecimento da idade biológica. Esta é uma das armas mais eficientes se, por um acaso, o vírus da Covid-19 chegar. A chance de sair vencedor nessa guerra contra o ‘inimigo invisível’ tende a ser maior e menos dolorosa, em todos os sentidos. Então devemos cuidar dos nossos telômeros e da nossa idade biológica.

 

Fevereiro Roxo: lúpus e fibromialgia acometem mais mulheres

Fevereiro Roxo: conscientiza sobre as doenças Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia

Créditos: Envato

O mês de fevereiro ganha a cor roxa para conscientizar sobre as doenças Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia. Com causas desconhecidas pela medicina, elas atingem grande parte da população. A principal intenção da campanha é fazer com que a sociedade entenda que esses distúrbios, apesar de diferentes, quando diagnosticados precocemente podem ter os sintomas controlados, melhorando a qualidade de vida de quem convive com eles.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o lúpus ocorre em qualquer pessoa, porém, as mulheres são muito mais acometidas, principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e afrodescendentes. Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 65 mil pessoas com lúpus. Já a fibromialgia, são mais de 150 milhões de pessoas que sofrem dessa doença no mundo. Segundo o estudo "A prevalência da fibromialgia no Brasil", calcula-se que existam quatro milhões de pacientes no Brasil, destes, entre 75% e 90% dos afetados são mulheres.

Para Bruna Burko Rocha Chu, reumatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), essas campanhas são importantes pois ajudam os pacientes a identificarem algo errado. “Movimentos como esse fazem as pessoas reconhecerem os problemas que sofrem e acabam procurando ajuda médica já na fase inicial. Com isso, a chance de um diagnóstico precoce e a melhora da doença ajudam numa melhor qualidade de vida desse paciente, já que as doenças não têm cura”, ressalta 

Segundo a especialista, a fibromialgia causa dor crônica em várias partes do corpo por mais de três meses. “São dores difusas envolvendo músculos, tendões e ligamentos. Quando uma dor não é explicada por exame, devemos suspeitar da doença. Além das dores, o paciente também sente muita fadiga, acordando cansado. A doença pode causar outras adversidades, como problemas intestinais, na urina, sensibilidade a barulhos, problemas de humor e ansiedade”, explica. Ela completa, ainda, que o exercício físico é um dos principais tratamentos para a doença, além da terapia cognitiva comportamental.

A professora explica que o lúpus também é uma doença crônica, porém, autoimune, no qual o sistema de defesa do nosso corpo acaba atacando os órgãos, ou seja, é um mau funcionamento do sistema imunológico. “A dor do lúpus melhora com movimento e piora com repouso, mas tem tratamento. É 10 vezes mais comum em mulheres do que em homens”, lembra.

Entenda cada tipo da doença de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia e a Associação Brasileira de Alzheimer:


Lúpus - O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos). São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e não pela presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.


Alzheimer - A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença, incurável, instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. O objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces.


Fibromialgia -  Cerca de 5% da população pode sofrer cronicamente com dores pelo corpo, a ponto de temer abraços e evitar o toque. A dor é sentida com maior frequência nos músculos. A esse quadro, soma-se também um sono não reparador. Os pacientes não acordam descansados. Exames e pesquisas recentes apontam que as dores são causadas por uma disfunção no cérebro que resulta em uma amplificação dos impulsos dolorosos. Estima-se que a doença atinge principalmente mulheres em sua idade produtiva – entre 30 e 55 anos, e  a cada dez pacientes com fibromialgia, entre sete e nove são do sexo feminino.

 

 

Universidade Positivo 

up.edu.br/


Especialistas explicam o uso de nebulizadores para pacientes com influenza e COVID-19

 

 Apesar de o assunto ser polêmico, uso em casa e tomando os cuidados do isolamento pode ajudar no tratamento

 

O cenário da pandemia mudou. Apesar do número de casos não parar de subir, a vacinação está ajudando as pessoas a não serem hospitalizadas e cumprirem a quarentena em casa. Além das novas variantes de coronavírus, o Brasil também enfrenta uma onda de influenza, que atinge as vias respiratórias da população. 

Um procedimento que vem ajudando muito os brasileiros a melhorarem dos sintomas é a nebulização, também muito conhecido como inalador. Especialistas da Omron Healthcare Brasil explicam que a nebulização é um procedimento terapêutico que desobstrui as vias aéreas, possibilitando a passagem do ar mais rapidamente e aliviando os sintomas incômodos, como chiado e respiração curta, proporcionando a sensação de alívio e bem-estar ao paciente. 

No início da pandemia, o uso de nebulizadores era contra indicado por conta do risco da transmissão. "O receio quanto ao uso de nebulizadores em 2020 e 2021, durante os períodos de altos números de internações, ocorria por conta do maior risco de transmissão, por causa dos aerossóis gerados durante a nebulização. Sabemos que a principal via de transmissão direta de coronavírus acontece por gotículas e os aerossóis são mais transmissíveis do que gotícula por possuírem menor tamanho e poderem se dispersar com mais facilidade. Algumas situações como ventilação não invasiva, intubação orotraqueal e nebulização aumentam a geração de aerossois e consequentemente o risco de transmissão viral", explicam os especialistas da Omron. 

Diante disso, é necessário levar em consideração que o receio de transmissão, com o uso de nebulizadores, ocorre quando se fala de locais com alta circulação de pacientes e sem o isolamento adequado, como, por exemplo os Pronto Socorros. 

Porém, o cenário mudou e o número de internações diminuiram radicalmente, por conta da maior parte da população brasileira estar vacinada. E agora, grande parte das pessoas que estão contaminadas com algum tipo de vírus conseguem se tratar em casa e podem utilizar o nebulizador como um auxiliar no tratamento, para melhoras as condições das vias respiratórias. 

"Atualmente, temos visto um quadro clínico bem diferente com as novas variantes, sobretudo a Omicron. O quadro de vias aéreas superiores é muito mais exuberante. Pacientes estão se queixando muito mais de obstrução nasal, maior rinorreia e temos visto muitos casos de complicações com sinusite. Desta forma, os quadros atuais de COVID passam a se assemelhar muito mais com os quadros de resfriado e gripe onde sabemos que muitos pacientes sentem conforto com a realização de nebulização", relatam os especialistas. 

Apesar do uso dos nebulizadores ajudar na melhora do quadro clínico, é necessário que o paciente faça o uso consciente e da maneira correta. A utilização em casa deve ser feita em quarto isolado e as pessoas que convivem devem ficar fora do ambiente da residência por um período de, pelo menos, 3 horas. 

É importante atentar para o sistema de ventilação da casa, verificando se há possibilidade de disseminação por meio da ventilação central ou local, como ar-condicionado. Os especialistas da Omrom indicam que o ideal é que a circulação do ar seja feita naturalmente com as janelas abertas e, nos dias mais quentes, com ventiladores. 

"Acreditamos que a inalação é sim uma aliada para aliviar os principais sintomas de influenza e covid neste momento que o país está enfrentando. Os benefícios são inúmeros e ter o alívio dos sintomas melhora o dia da pessoa, dando mais qualidade para ela fazer as tarefas do dia a dia ou, simplesmente, conseguir respirar melhor", finalizam os especialistas.


OMRON Healthcare

 

15/02 - Dia Internacional do Câncer Infantil


Câncer infantil: diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura

Especialistas comentam a importância de descobrir a doença no princípio - e quais os sintomas suspeitos

 

 

A cada ano, cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil são diagnosticados no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a maioria dos pacientes são crianças de quatro a cinco anos de idade. Já os dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer estimam que, mundialmente, 215 mil novos casos são diagnosticados em crianças menores de 15 anos e cerca de 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos. 

Com o intuito de chamar atenção para a causa, a campanha do Dia Internacional do Câncer Infantil reforça as ações de conscientização sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura e o bem-estar dos pacientes. 

Para esclarecer o assunto, os oncologistas Dr. Gustavo Ribeiro Neves e Dr. Diego Greatti, ambos membros da Doctoralia, colaboraram explicando as principais dúvidass. Confira!

 

Quais são os tipos mais comuns de câncer? 

Não é possível ter apenas uma resposta, já que os tipos mais comuns de câncer variam de acordo com o sexo e população estudada. No entanto, quando se faz um recorte da população brasileira, na mulher, aproximadamente 30% de todos os diagnósticos de câncer são de mama, seguido de colorretal (intestino), colo de útero e pulmão. No homem, é mais frequente (também com aproximadamente 30%) os tumores de próstata, seguido de colorretal (intestino), pulmão e estômago”, afirma Dr. Diego Greatti. 

Porém, quando o paciente é criança, a resposta muda drasticamente. Neste caso, os mais comuns são a leucemia, os tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms. 

E se por um lado o câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, entre outros fatores que contribuem para a proliferação da doença, o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida. Por esse motivo, é muito importante o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento.

 

Fique atento aos sinais! 

O diagnóstico precoce para o tratamento do câncer é importante para aumentar a chance de cura do paciente. Em crianças e adolescentes, esse fator dobra de relevância já que os tumores costumam crescer rapidamente devido às mutações celulares. Por isso, os responsáveis devem ficar atentos a alguns sintomas: 

  • Perda de peso contínua incomum
  • Dores de cabeça na parte da manhã, que pode ser acompanhado de vômito
  • Inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações
  • Protuberância ou massa no corpo
  • Aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças na visão
  • Febres recorrentes sem causa aparente
  • Hematomas e sangramentos frequentes
  • Cansaço prolongado

 

 Por que o tratamento é considerado muito agressivo? 

O tratamento varia sempre de acordo com o tipo de câncer diagnosticado, mas a quimioterapia, habitualmente utilizada, é considerada um tratamento agressivo pois ela precisa ser eficaz na indução de morte de células cancerígenas. “Para isso, um dos efeitos colaterais de alguns tratamentos é também afetar células sadias do organismo do paciente, pois o medicamento não consegue distinguir a célula cancerígena da normal”, esclarece o Dr. Diego. 

No entanto, é senso comum entre os especialistas da área que, apesar do tratamento ser considerado agressivo pelos pacientes, por terem um sistema “novo”, as crianças levam a melhor probabilidade de resposta positiva ao tratamento. 

De acordo com o INCA, as chances de cura entre os jovens podem alcançar 80%. Isso acontece porque doenças malignas na infância são, em sua maioria, constituídas de células indiferenciadas, que ainda não possuem função especializada nem desenvolvidas por um estilo de vida, o que resulta em uma resposta muito melhor aos tratamentos.

 

 Doctoralia



Você escuta um "barulhinho" incômodo?

Mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com o zumbido

 

O zumbido pode ser definido como uma ilusão auditiva, que é, basicamente, uma sensação sonora não relacionada à uma fonte de estímulo. Tontura, perda auditiva, sensibilidade a sons são fatores que acompanham o zumbido, mas principalmente, a surdez. Outras causas como diabetes, doenças cardiovasculares, medicamentos irregulares e transtornos mentais como ansiedade e depressão também podem desencadear problemas auditivos.

"Na maior parte dos casos, é uma percepção 'fantasma', ou seja, só pode ser sentida pelo paciente, o que dificulta no diagnóstico e tratamento", comenta a dra. Rita de Cássia, especializada em Otoneurologia. Esse sintoma pode parecer um chiado, cigarra, cachoeira e, em casos raros, o paciente ouve o barulho do coração batendo. Deve-se ficar alerta com zumbidos após a exposição a ruídos intensos e inesperados, visto que nessa situação o zumbido pode ser uma lesão cóclea do ouvido interno, onde estão as células auditivas. Tal lesão costuma ser permanente e sem tratamento, pois as células não se regeneram.

Por ser um sintoma como a febre ou a dor de cabeça, ele pode ter diversas causas, podendo aparecer em qualquer idade, crianças, adultos ou idosos, porém, é mais frequente na terceira idade. Cerca de 28 milhões de brasileiros sofrem com esse desequilíbrio corporal.

A prevenção desse sintoma é simples, mas para alguns indivíduos acaba se tornando uma tarefa que não se pode realizar. "É indicado o afastamento de ruídos intensos, uso de headsets, uso de fones de ouvido em volume baixo, por isso, para operadores de telemarketing, pilotos de aeronaves ou operadores de áudio e vídeo a prevenção é complicada, por se tratar de seus trabalhos.", comenta a especialista. 

 

 Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR.

Telefones: (41) 3225-1665 ou (41) 99216-9009

Blog: http://canaldoouvido.blogspot.com 

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com 

Endereço: Rua Fernando Simas, n° 705. Bairro: Mercês. O consultório fica no quarto andar, nas salas 41 e 42. Curitiba, PR.


Como manter a saúde em 2022

Para especialistas do Hospital Santa Catarina - Paulista, a adoção de alguns hábitos pode contribuir para a boa saúde do corpo e da mente 

 

Novo ano, novas metas: de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Real Time Big Data, 88% dos brasileiros têm planos para 2022. Dentre os principais objetivos relatados pelo público estão: maior convivência com amigos e familiares (69%), melhora na alimentação (61%) e a prática de exercícios físicos (41%). Para as pessoas com esses objetivos em comum, especialistas do Hospital Santa Catarina - Paulista dão dicas que podem contribuir para a boa saúde da mente e do corpo. 

  

Mente em paz 

Assunto que veio à tona em tempos de pandemia, a saúde mental se tornou uma grande preocupação para as pessoas que passaram grande parte dos últimos meses em isolamento.  

Segundo a psicóloga Giovana Lenzi, a importância de viver o presente está diretamente associada à manutenção da saúde mental e do bem-estar do indivíduo; assim, a valorização dos momentos de descanso, uma boa noite de sono, pausas periódicas durante o dia e técnicas de respiração auxiliam as pessoas a descansar a mente.  

O artesanato e a realização de tarefas manuais, por exemplo, foram atividades descobertas por muitas pessoas nos últimos meses; assim como a retomada das práticas de esportes e atividades como dança e ioga.  

“O processo de auto-observação é muito importante, e uma pergunta que ajuda nesse desenvolvimento é ‘o que gera uma sensação de bem-estar e prazer em você?’. Após essa reflexão, a ideia é ter uma rotina de autocuidado e não abrir mão disso no dia a dia.”, propõe a especialista. É claro que, com a necessidade de se adaptar a uma nova rotina, o auxílio de um profissional pode ser muito importante: "Neste ano, estamos todos muito vulneráveis. O aumento dos casos de Covid-19 podem gerar sintomas de ansiedade por se tratar de um contexto de constantes mudanças, demandando a ajuda de um profissional da saúde mental como forma preventiva a quadros emocionais mais graves.”, conclui a psicóloga. 

  

Corpo ativo 

O ortopedista Dr. Rômulo Brasil ressalta a importância do hábito de realizar alongamentos antes e depois de praticar exercícios físicos: “Não queira fazer tudo num dia só, é preferível começar progressivamente, assim diminui o risco de lesões tendíneas e musculares. É importante recordar que talvez a pessoa esteja parada há um tempo, então é preciso ir com calma. Ela pode e deve colocar um objetivo ou meta no futuro, como estímulo para exercitar desde que sejam concretas”, afirma o ortopedista.  

Segundo o especialista, a alimentação também tem impacto direto na prática de atividades físicas, dado que o corpo necessita de uma nutrição adequada para a queima de energia. A escolha de um local arejado, sem aglomeração e do calçado apropriado,por exemplo,também são muito importantes para uma boa prática esportiva e de lazer.  

Para quem gosta das atividades em grupo e de convívio social na hora de se exercitar, a tecnologia pode se tornar uma aliada em tempos de pandemia: o uso de tablets e celulares possibilita o e o engajamento àqueles que sentem falta do contato humano e se sentem estimulados pela presença virtual dos colegas de sala.

 

Medidas seguras em meio à pandemia 

Já a infectologista Dra. Vanessa Infante ressalta a importância da higiene para quem procura uma boa qualidade de vida e bem-estar em 2022. Além da manutenção do uso da máscara em ambientes abertos e fechados, a médica sugere a atualização da carteira vacinal, em especial das doses periódicas contra Covid-19 e Influenza, além, é claro, do uso de álcool nas mãos sempre que houver contato físico em locais públicos. O contato das mãos com a boca, nariz e olhos também deve ser evitado, uma vez que muitas doenças são transmitidas pelo contato de mucosas. Por último, vale ressaltar o risco de locais com aglomeração de pessoas, que podem representar um maior índice de vírus e bactérias no ar e, consequentemente, um maior risco de contaminação.  

Caso o indivíduo apresente quadro gripal, o ideal é o autoisolamento e a realização de testes para chegar a um diagnóstico, procurando o serviço de pronto atendimento apenas nos casos de persistência de sintomas como febre e falta de ar. 

  

Sinergia corporal 

De acordo com o endocrinologista Dr. Ricardo Rienzo, o bem-estar de um paciente é composto por fatores mentais, físicos e sociais; assim, estão diretamente ligados à boa alimentação, hábitos saudáveis e à boa relação com o meio em que se vive. Dessa maneira, Rienzo recomenda que todas essas áreas sejam consideradas ao planejar metas gerais e também mais particulares, como a elaboração de cardápios recomendados por um médico, a realização de atividade física e a organização de uma rotina.  

“Uma alimentação pode ser considerada saudável quando ela não contém açúcares refinados, assim como alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas. Evitar gorduras trans e saturadas, bem como ingerir alimentos ricos em fibras e carboidratos complexos também faz parte”, diz o endocrinologista.  

  

Dicas para a pele 

A dermatologista Dra. Rafaella Caruso sugere que, para se prevenir do câncer e ter uma boa saúde da pele, é importante o uso de produtos com proteção solar adequada, especialmente na época de verão. O check-up dermatológico anual também é de extrema importância, principalmente para aqueles que possuem sardas, pele e olhos claros, e histórico pessoal ou familiar de câncer de pele. Produtos adequados são recomendados em consultas periódicas e ajudam na manutenção da saúde da pele.  

Algumas dicas gerais incluem a remoção da maquiagem antes de dormir e a manutenção de pés e dobras do corpo secas após o banho, que não deve ser feito com água muito quente ou por períodos muito longos.  

Ao considerar os cuidados específicos em relação à prevenção do Coronavírus - o uso da máscara e do álcool em gel, por exemplo -, Caruso ressalta a importância de manter a pele sempre hidratada e, consequentemente, evitar dermatites e irritações causadas pelos equipamentos de proteção e pelo uso do álcool nas mãos. 

 

Cuidados com o coração 

Para cuidar melhor do coração, o cardiologista Dr. Ediberto Castilho Junior recomenda a prática regular de atividades físicas, alimentação balanceada, moderação na ingestão de bebidas alcoólicas e boas noites de sono - sem dispensar, é claro, o eventual "check-up" no consultório médico.  

“Pode parecer que são dicas difíceis de serem cumpridas diariamente, mas com o passar dos anos, trazem uma melhor qualidade de vida e aumentam a longevidade, já que um dos principais órgãos do corpo humano está sendo bem cuidado”, ressalta o cardiologista. 

 

Sono melhor  

Segundo o Dr. Caio Simioni, neurologista, para ter uma noite revigorante é recomendado estabelecer uma rotina de sono, com horários para o repouso e o despertar. Ao chegar em casa, as preocupações com o trabalho precisam dar espaço a alguma atividade diferente, como conversar com os familiares, ouvir música, ler um livro, assistir a uma série de televisão, relaxar, entre tantas outras.   

“Algo que pudemos aprender nos últimos anos é ‘viver bem cada dia’, devido à insegurança do momento. Assim, o sono deve ser priorizado como item indispensável para boa saúde, ao lado da alimentação, prática de atividades físicas regulares e tratamento de doenças crônicas. Tempo insuficiente de sono, bem como sua má qualidade, trazem impacto negativo direto na concentração e desempenho no trabalho”, aconselha o especialista.   

Outro ponto importante para conservar a qualidade do sono é evitar exposição à luz, tanto da iluminação da casa quanto a de telas de computador e celular durante a noite. Técnicas de relaxamento e meditação também vêm se mostrando úteis para a melhora da qualidade do sono. Caso estas medidas não surtirem o efeito desejado, é aconselhável agendar uma consulta médica nas especialidades de neurologia, pneumologia e otorrinolaringologia.

 

Hospital Santa Catarina


Pediatras reforçam orientação para que crianças não tomem a vacina contra a COVID-19 junto com outras previstas no calendário

Freepik
No início de 2022, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de crianças da faixa etária de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO)

 

Uma das estratégias nacionais para incentivar que as famílias vacinem as crianças de forma efetiva, sempre foi evitar várias idas aos postos e clínicas de saúde. Assim orientou-se sempre as famílias a fazerem diferentes imunizações ao mesmo tempo. No entanto, para a vacinação contra a COVID-19 essa prática não é possível. O reforço nessa orientação é da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS).

O intervalo entre a imunização contra COVID-19 e outras vacinas para as crianças de cinco a 11 anos é necessário, neste momento, por motivos de farmacovigilância, isto é, para que seja mais fácil identificar algum evento adverso que porventura aconteça e não haja confusão sobre qual imunizante causou a reação.

“O indicado é não realizar vacina contra COVID-19 com nenhuma outra vacina do calendário vacinal na faixa etária de 5 anos a 11 anos 11 meses e 29 dias. É necessário aguardar o intervalo mínimo de 15 dias entre vacinas (antes ou após a vacina COVID-19). Caso a criança esteja com atraso vacinal de rotina, priorizar a vacina contra a COVID-19 e agendar retorno para após esse período”, explica o membro do comitê de infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha.

Por fim, é importante seguir a programação das segundas doses ou de reforço, se houver, além de manter o uso de máscara, higienização das mãos e evitar aglomerações.

 

 Marcelo Matusiak


Pacientes oncológicos obtém importante vitória no SUS: aprovado o uso de HIPEC

 A incorporação da cirurgia de citorredução com quimioterapia intraperitoneal hipertérmica oferecerá grande avanço no prognóstico e sobrevida para os pacientes com indicação para o tratamento

 

Foi aprovada na última semana a incorporação da cirurgia de citorredução com quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) em pacientes com Mesotelioma Peritoneal Maligno (MPM) e Pseudomixoma Peritoneal (PMP) no SUS pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC).

 

A aprovação aconteceu após um longo processo, que incluiu uma consulta pública realizada em novembro de 2021. 

“É uma grande vitória essa aprovação no SUS, um avanço na saúde pública do país. Com a inclusão, pacientes com estas doenças que não possuem plano de saúde ou condições para arcar com os custos deste tratamento, agora terão acesso”, afirma Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  cirurgião geral e oncológico, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP. 

De acordo com o protocolo aprovado, a realização da cirurgia de citorredução com HIPEC no âmbito do SUS poderá ser realizada nas unidades de saúde que disponham de capacidade de monitoramento adequado dos pacientes tratados, visto que se trata de um procedimento complexo, com necessidade de envolvimento de vários setores hospitalares e, principalmente, pelo risco considerável de morbidade e mortalidade.

 

Assim, a resolução destaca que o serviço deverá viabilizar os meios necessários, incluindo equipe multiprofissional formada por cirurgiões oncologistas especialistas no procedimento, além dos demais profissionais envolvidos no tratamento, tais como oncologista clínico, patologista, anestesista com expertise em cirurgias oncológicas avançadas; radiologista intervencionista; endoscopistas, entre outros.


 

HIPEC

 

A quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) é uma técnica de quimioterapia quente no abdome no intra-operatório, que teve início na década de 1980, desenvolvida pelo cirurgião norte-americano Dr. Paul H. Sugarbaker.

 

De acordo com o Dr. Arnaldo Urbano, o procedimento é realizado em associação com a cirurgia de citorredução (CRS) e representa um grande avanço no prognóstico e sobrevida dos doentes acometidos por tumores abdomino-pélvicos que evoluíram para a carcinomatose peritoneal.

 

“Com a administração de HIPEC, são conseguidas concentrações muito superiores de quimioterápico na superfície peritoneal do que quando o tratamento é administrado de forma sistêmica, endovenosa”, explica.

 

A HIPEC consiste numa perfusão uniforme e em grande concentração de quimioterápicos na cavidade peritoneal, cuja ação é potencializada pelo calor de 41°C a 43°C por 30 a 90 minutos (a depender dos quimioterápicos usados), de forma a erradicar a doença microscópica residual e consolidar os resultados obtidos. 

“Esta técnica vem permitindo a muitos pacientes a cura da carcinomatose, ou proporcionando sobrevidas muito mais longas”, conclui.


A esperança diferencia o estresse do Burnout, diz especialista

 

Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre as diferenças entre estar estressado e ter desenvolvido uma síndrome

 

A síndrome de burnout, muitas vezes causada pelo excesso de trabalho, leva ao cansaço físico e mental que acarreta na redução da capacidade de um indivíduo. Nesse contexto, o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu alerta que o burnout pode levar a despersonalização associada à percepção de ter cometido erros, deterioração pessoal e familiar, problemas físicos como dores de cabeça, insônia, dor osteomuscular, problemas gastrointestinais, riscos cardíacos, fadiga crônica, alterações na anatomia do cérebro acarretando em comportamentos que afetam o emocional e a inteligência, depressão, comportamentos de alto risco, entre muitas outras consequências que podem resultar em diversas doenças a depender do grau do burnout e genética do indivíduo. 

Durante o isolamento social rígido e todas as mudanças de rotina causadas pela pandemia de covid-19, os números de casos de síndrome de burnout aumentaram. “A necessidade constante de o indivíduo se apresentar como produtivo, eficiente e eficaz, desencadeou o surgimento de algumas habilidades  para conviver nessa sociedade tecnológica'', explica o especialista. 

Para ele, é necessário ainda compreender as diferenças entre o estresse e o burnout. “O burnout é gradativo, piora ao longo do tempo e o estresse, por sua vez, oscila. Porém, se o estresse for mantido pode levar ao surgimento do burnout”, explica. O neurocientista defende que a esperança é um ponto chave de diferenciação entre o estresse e o burnout. “Pessoas estressadas podem imaginar que se conseguirem manter tudo sob controle, se sentirão melhor. Há esperança. Já pessoas que sofrem de burnout muitas vezes não vêem esperança”, pontua. 

A síndrome de burnout pode ainda deixar evidente algumas alterações na produtividade profissional de cada indivíduo em diferentes âmbitos. “Há sintomas físicos, mentais e emocionais. Há negligência profissional, lentidão e contato impessoal, por exemplo”, detalha o neurocientista. 

Para melhorar o ambiente de trabalho e evitar a síndrome de burnout, o Dr. Fabiano acredita que pode-se organizar horários, sentir domínio de funções, não esperar reconhecimento e ter autoconfiança. “Pense que 'metas são motivos de vida', então às crie, coloque como desafios, eles impulsionam e quando conquistados resultam em sensação boa de recompensa”, pontua. 

É necessário ainda, dormir 8 horas por dia, acessar menos as redes sociais e evitar ambientes caóticos. “Não assuma toda a responsabilidade, você não precisa mudar o mundo. Assuma o tamanho da responsabilidade que consiga lidar”, aconselha.

 

Link para o estudo: 

https://recisatec.com.br/index.php/recisatec/article/view/39/37

 

 

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.


Doenças sem cura são lembradas na campanha Fevereiro Roxo

Além da conscientização sobre a leucemia, o mês de fevereiro também ganhou a cor roxa, que alerta sobre as doenças ainda sem cura como o Mal de Alzheimer, lúpus e fibromialgia. De acordo com o clínico geral do Hospital Santa Casa de Mauá Valdir Russo, embora as doenças sejam bastante diferentes elas são crônicas e quando identificadas na fase inicial, os sintomas podem ser controlados ou retardados, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes. 


• Mal de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, além do comprometimento das atividades diárias. O primeiro sintoma é a perda de memória recente, seguido pela perda de memória remota, irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e tempo. Embora não tenha prevenção, o especialista recomenda manter alguns hábitos saudáveis e, principalmente, atividades que ajudam a manter o cérebro ativo.   


• Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar vários órgãos e tecidos como a pele, articulações, rins e cérebro. Pode ser de quatro tipos, a discoide - fica limitada à pele, com lesões avermelhadas no rosto, nuca e coro cabeludo; sistêmico - mais comum e pode ser leve ou grave. A inflamação acontece em todo o organismo e compromete vários órgãos. Induzido por drogas - ocorre a partir de drogas ou medicamentos que provocam inflamações parecidas com a do tipo sistêmico e desaparece assim que o uso da substância termina. Neonatal é o tipo mais raro e afeta filhos de mulheres que têm lúpus. Ao nascer, a criança pode ter erupções na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células sanguíneas, mas esses sintomas desaparecem após alguns meses. 

Vale ressaltar que os sintomas podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente, sendo moderados ou graves, temporários ou permanentes. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta sintomas moderados, que aparecem durante uma crise. Os mais comuns são fadiga, febre, dor nas articulações, rigidez muscular e inchaços, vermelhidão nas bochechas e ponta do nariz (podendo piorar com a luz do sol). O diagnóstico não é simples, mas pode ser feito a partir de exames de sangue, urina e análise dos sintomas. Ainda não existem formas de prevenção. 


• Fibromialgia é uma condição que tem como principal sintoma dor muscular generalizada e crônica, além de sono não reparador e cansaço, distúrbios do humor como ansiedade e depressão. O diagnóstico é feito por exames físico e laboratoriais e análise dos sintomas. Pode se manifestar em pacientes com outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus.

O tratamento é mais comportamental, com a recomendação de exercícios físicos e terapia psicológica e as medicações são usadas para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição do paciente. 

“Essas doenças precisam de um diagnóstico correto para que o tratamento seja feito de forma eficaz e segura a fim de proporcionar bem-estar e qualidade de vida aos pacientes. Por isso, é fundamental conhecer melhor essas doenças e seus sintomas para saber o momento para procurar a ajuda de um especialista”, acrescenta o médico Valdir Russo.

 


Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300


Dia da Síndrome de Asperger (TEA): como lidar com a condição na infância


O dia 18 de fevereiro foi instituído como o Dia Internacional da Síndrome de Asperger. A data foi escolhida em homenagem ao aniversário de Hans Asperger, pediatra austríaco que descreveu a síndrome pela primeira vez em 1944.

 O objetivo é conscientizar a sociedade a respeito dessa condição. De acordo com a nova classificação da CID-11, a síndrome de Asperger se tornou parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo considerada um tipo de autismo brando. Segundo dados do Center of Diseases Control and Prevention (CDC), uma a cada 59 crianças em todo o mundo é acometida por esta condição.

 

Quais os sintomas na infância

Chamada de autismo leve ou autismo nível 1, ela provoca os mesmos sintomas do autismo clássico, mas em uma escala menor, afetando o neurodesenvolvimento, gerando dificuldade de comunicação e socialização, uso da imaginação para jogos simbólicos e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. 

“O transtorno pode ser identificado na infância, sendo mais comum em meninos do que em meninas e não tem relação com etnia ou raça, nem com padrão social”, afirma a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). 

Segundo ela, o diagnóstico começa pela observação do comportamento da criança. “Ela costuma ter atitudes incomuns, como empurrar uma pessoa para atrair atenção ou falar sem parar sobre um único assunto, sem perceber se a outra pessoa está interessada a ouvir”. 

Além destes, há vários sinais que identificam a condição:

 - Ao falar com alguém, não olha nos olhos. Costuma observar outras partes do corpo da pessoa, menos os olhos

 - Tem dificuldade com a comunicação não verbal: não gesticula ao falar, tem expressões faciais limitadas e inexpressivas, e olhar fixo característico 

- Costuma ter uma linguagem excessivamente formal ou monótona 

- É desorganizado e tem dificuldade para resolver e finalizar tarefas, incluindo o trabalho escolar 

- Tem movimentos motores descoordenados 

- Costuma ser muito sensível a ruídos, odores, gostos ou informações visuais, podendo gerar irritação 

- Tem dificuldade para identificar quando alguém está provocando ou fazendo ironias 

- Tem rotinas e rituais repetitivos, e fica muito incomodado ou desconfortável quando sua rotina muda

 

Diagnóstico e tratamentos

Para a psiquiatra, reconhecer que uma criança tem o transtorno é desafiador, já que os sinais são subjetivos, principalmente entre as crianças. “Daí a importância da observação atenta dos pais e educadores. Apesar de não se tratar de uma doença, o transtorno requer uma identificação precoce para que a criança consiga desenvolver suas competências sociais o quanto antes”, alerta a especialista.  

Tanto o diagnóstico como o tratamento exigem a participação de uma equipe multidisciplinar, envolvendo fonoaudiólogo, psiquiatra, psicólogo e neurologista. Como o transtorno não tem cura, os objetivos dos tratamentos são controlar os sintomas, melhorar a interação social e trabalhar possíveis dificuldades de aprendizagem. 

Segundo Danielle Admoni, as crianças com esta condição têm a capacidade cognitiva preservada e dificilmente apresentam comportamentos agressivos. “Muitas crianças demonstram inteligência média ou acima da média, e não têm uma deficiência total de competências linguísticas. Por isso, embora precisem de auxílio para processar a linguagem, algumas conseguem se expressar muito bem, chegando à vida adulta com um bom grau de independência, mesmo com dificuldade para interagir socialmente”.

 

Apoio familiar

Os cuidados da família com a criança são cruciais para o seu desenvolvimento: 

- Estabeleça horários/limites para aquelas atividades repetitivas e sugira outras tarefas 

- Estabeleça horários para as atividades cotidianas, como fazer lição de casa, refeições, tomar banho, dormir, entre outras 

- Seja bem claro nas instruções 

- Use palavras simples e precisas 

- Evite usar expressões figurativas

 - Se for preciso, repita quantas vezes forem necessárias 

- Não fale alto e tampouco gritando 

- Não faça ameaças ou promessas em vão 

- Parabenize a criança por suas realizações, especialmente as sociais 

“Vale lembrar que o apoio e a transparência da família nesse processo são de extrema importância para que a criança se sinta acolhida e amada, aprendendo desde cedo a valorizar seus pontos fortes e entender que diferenças não são fraquezas”, finaliza Danielle Admoni.



É possível melhorar a resposta imunológica da vacina contra a Covid-19?

Especialistas afirmam que sim, se manter ativo pode ajudar tanto a não infecção quanto para a recuperação da doença. Um novo lockdown poderia trazer consequências sérias à saúde da população

 

Apesar da vacinação avançada no Brasil, os casos ultrapassam taxas históricas. Segundo os dados divulgados por meio do consórcio de imprensa no último domingo (30), 149,6 milhões de brasileiros estão totalmente imunizados contra a covid-19, e no mesmo dia o Ministério da Saúde também divulgou que há 134.175 novos casos de covid-19 diagnosticados no país. À medida que as taxas de transmissão aumentam, a população segue em busca de formas para melhorar a saúde e manter a imunidade alta, complementando a vacinação. 

A atividade física, por exemplo, é uma das ações que precisam ser tomadas e incentivadas para se ter uma vida mais saudável, pois previne doenças e ajuda no tratamento de outras, seja ela Covid-19 ou influenza. Recentemente, a Universidade de São Paulo (USP) realizou um levantamento com 1.095 voluntários que tomaram o imunizante Coronavac, e entre eles, 898 tinham doenças autoimunes, dos quais 494 foram classificados como ativos fisicamente e 404 sedentários. 

Além disso, no restante dos voluntários, 197 não eram imunossuprimidos. Desse percentual, 128 participantes foram considerados ativos e 69 inativos. A pesquisa mostrou que nos participantes ativos houve maior produção de anticorpos (IgG total), os mecanismos de defesa contra a covid-19. A pesquisa também apontou que a quantidade de anticorpos neutralizantes (NAb), que impedem o contato do vírus com as células humanas, aumentou. 

Em outra pesquisa publicada, desta vez pelo Doutor em Ciências da Saúde, Paulo Gentil, comprova a relação positiva entre exercício físico e a resposta imunológica da pessoa. Ele explica que fez uma revisão de literatura e metanálise concluindo que as evidências mostram pessoas fisicamente ativas desenvolvem mais anticorpos. 

“As conclusões que a gente tirou desse estudo foram que o exercício pode ser muito bom, e dependendo da forma como ele for realizado, pode ser um remédio ou um veneno pro sistema imune. Ou seja, os exercícios de duração mais longa podem deprimir a imunidade, já os exercícios de duração mais curta costumam estimular a imunidade. Por isso é extremamente importante que o exercício seja prescrito e acompanhado por alguém que entende desse tema”, explica o Doutor em Ciências da Saúde. 

O infectologista Victor Bertollo, aponta que apesar dos poucos estudos associando os imunizantes contra a covid e atividade física, há evidências dessa relação com outras vacinas. “Pessoas que praticam regularmente atividade física tendem a ter uma melhor resposta à vacinação, tanto a resposta celular quanto a produção de anticorpos. E isso potencialmente estaria associado a uma maior eficácia e efetividade das diferentes vacinas”, acrescenta o médico do Hospital Anchieta de Brasília.

 

Atividade física pós infecção por covid-19

Fraqueza, cansaço, falta de ar e dores articulares, são algumas das diversas sequelas que o coronavírus pode deixar no corpo da pessoa recuperada da doença. Thais Yeleni, presidente do Sindicato das Academias do Distrito Federal (Sindac-DF) explica a importância da atividade física para o paciente pós-covid, “ a pessoa que se mantém ativa, com uma boa alimentação, atividade física regular de média a baixa intensidade, e um bom sono, tende a diminuir em até 60% os efeitos do pós-covid”, acrescenta. 

“Fizemos estudos em relação ao nosso segmento, nos tornamos mais seguros do que vários outros ambientes, tais como mercados, farmácias, shopping, lojas, restaurantes, bares, inclusive até o próprio hospital”, explica a presidente do Sindac-DF. Ela continua: “temos um estudo que mostra que os protocolos aplicados tornaram o ambiente extremamente seguro. Então nossos protocolos inclusive foram validados, melhorados por infectologistas da USP, baseados em protocolos de outros países que tiveram muito sucesso na retomada das atividades”, conclui.

 

Lockdown e saúde física: como melhorar essa relação 

Um estudo sobre os efeitos psicológicos e físicos causados pelo lockdown, publicado em janeiro de 2022 pelos pesquisadores Jonas Herby, Lars Jonung e Steve H. Hanke, explica que apesar dos dados apresentarem números reduzidos de contágio por covid-19 durante a interrupção de serviços, essa ação pode causar sérias mudanças no comportamento das pessoas. É extremamente difícil diferenciar os efeitos da conscientização e do que os autores chamam de NPI (non-pharmaceutical intervention). 

A pesquisa defende que há outras maneiras mais saudáveis de impedir que o vírus se prolifere, como o distanciamento social voluntário, uso de desinfetantes para as mãos e uso de máscaras, apesar de ser uma área com poucos estudos mostrando sua validez em comparação aos estudos de lockdown. Outro ponto relevante para a análise do lockdown é a inatividade, ou seja, as pessoas se movimentam menos, trabalham sentadas e não veem que isso pode trazer sérios riscos à imunidade e à saúde mental. 

Para melhorar este aspecto, não importa se a atividade física é feita em casa ou na academia, antes ou após a vacinação, ela simplesmente precisa ser praticada, como explica o doutor em Ciências da Saúde, Paulo Gentil. “Por exemplo, quando a gente observa a função imune e o risco de adoecimento de pessoas fragilizadas, como idosos e pessoas com doenças crônicas, percebemos que pessoas com alta aptidão física adoecem menos e têm melhor imunidade. Por outro lado, se a pessoa tiver uma baixa aptidão física e levar uma vida sedentária e começar a fazer atividade, a imunidade dela melhora e o risco de adoecimento cai rapidamente. Então o ideal é que se esteja fisicamente ativo, independente do momento”, conclui.

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