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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Como será o trabalho no cenário de retomada? Nespresso Professional apresenta pesquisa com tendências e previsões pós-pandemia

Levantamento realizado pela pioneira em cafés de alta qualidade sustentável revela seis diferentes insights sobre o trabalho do futuro


Nespresso Professional, segmento da companhia responsável por soluções para escritórios, hotéis, restaurantes e cafeterias, apresenta a "Pesquisa Nespresso Professional: O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós Pandemia" que busca compreender as tendências sobre o futuro do ambiente de trabalho neste momento de volta para os escritórios. Desenvolvido em parceria com os institutos de pesquisa Nestlé C.Lab, Ginger Strategic Research e Innova.La, o estudo tem o propósito de fomentar diálogos por meio de conteúdo de relevância para o mercado brasileiro, principalmente com o cenário de retomada.

"O estudo de Nespresso Professional surgiu como uma consequência da série de questionamentos que temos visto sobre o futuro do trabalho, devido ao movimento de volta aos escritórios. Tal inquietude nos motivou a aterrissar essas dúvidas em algo tangível, como uma pesquisa, que pode nos guiar e inspirar durante o processo de retomada das atividades presenciais", afirma Ignacio Marini, CEO da Nespresso Brasil.

A pesquisa analisa diversas esferas, como os novos modelos de trabalho, os escritórios e espaços, interação entre colaboradores e líderes, além de aspectos como produtividade, saúde mental e bem-estar, a partir de seis principais insights sobre o tema:

O BRASILEIRO É SOCIÁVEL, E O ESCRITÓRIO PROMOVE ESSA COMUNICABILIDADE

No cenário pós-pandemia, as empresas precisarão adaptar seus escritórios pensando em ressignificar as relações entre os colaboradores. As perdas trazidas pela pandemia são claras, se antes o espaço de trabalho trazia uma sensação de coletivo e contato próximo, agora o funcionário se sente distante e sozinho. Porém, o trabalho em casa também trouxe uma maior flexibilidade e mais tempo para ficar com a família.

Na pesquisa de Nespresso Professional, alguns dos problemas citados foram:

• Diminuição de oportunidades de convivência com a equipe (72%)

• Dificuldade de comunicação (31%)

• Relacionamento mais impessoal (13%)

Isso mostra que, nessa retomada híbrida, que intercala o modelo presencial e remoto, os funcionários buscarão mais oportunidades de descontração e conversa com os colegas quando estiverem presencialmente no escritório, deixando as tarefas individuais para os dias que estiverem trabalhando de casa.

DESENCONTRO ENTRE VISÃO DOS GESTORES E COLABORADORES

Se por um lado os gestores acreditam que o home office pode melhorar o bem-estar dos colaboradores e permitir o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a pandemia intensificou problemas relacionados à saúde mental. A maioria dos gestores sabe que é um tema que precisa ser discutido, mas será que estão ouvindo seus colaboradores e investindo em ações que realmente farão a diferença?

De modo geral, percebe-se uma unicidade na opinião dos gestores entrevistados. Porém, o paradoxo está relacionado às divergências encontradas na comparação entre essas respostas e as dadas pelos colaboradores. Isto é, apesar da concordância entre líderes, fica claro como, de fato, a visão deles sobre os novos aspectos do trabalho é desconexa com a realidade vivida pelos funcionários.

• Entre os gestores, 99% acreditam que há necessidade de investir em ações de bem-estar pensando no trabalho presencial;

• Do outro lado, 47% dos funcionários consideram que a empresa na qual trabalham não tem investido em ações que contribuem com a saúde mental dos colaboradores, 43% afirmam que as ações são superficiais e 62% afirmam que são mais teóricas e menos práticas;

• 42% os funcionários afirmam que não se sentem tão à vontade para conversar abertamente com sua gestão sobre dificuldades que vem sentindo durante esse período.

O HOME OFFICE DA PANDEMIA NÃO REPRESENTA O IDEAL DE TRABALHO REMOTO

As desvantagens ligadas ao trabalho remoto estão, na verdade, muito mais relacionadas às circunstâncias da pandemia, e não podemos tomar a experiência de home office dos últimos meses como um modelo de como é, ou deveria ser, o ideal.

Algumas das vantagens do home office citadas pelos colaboradores são:

• Não pegar trânsito no deslocamento (66%);

• Poder passar mais tempo com a família (58%);

• Ter horários mais flexíveis (38%).

Porém, enquanto a obrigação do home office quebrou o mito do receio da falta de produtividade ao deixar funcionários em suas casas, outros problemas vieram à tona nas discussões sobre o trabalho.

• 42% dos entrevistados reclamam da falta de interação com os colegas;

• 31% da dificuldade de comunicação;

• 29% sentem dificuldade de conciliar as agendas.

O fato é que o que vivemos hoje não é o trabalho remoto. Tendo em vista as consequências - físicas e psicológicas - do distanciamento social, pode-se perceber que as maiores desvantagens relacionadas ao trabalho remoto dizem mais respeito às situações impostas pela pandemia. Ou seja, uma boa parte das desvantagens citadas, como a falta de interação, serão solucionadas organicamente com o fim da pandemia.

O modelo híbrido tem sido a principal aposta para este momento, por trazer versatilidade e flexibilidade em tempos incertos. Das empresas entrevistadas,

• 73% adotaram um único modelo durante a pandemia;

• 27% alternaram entre os sistemas.

SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR NÃO SÃO A MESMA COISA

Enquanto as empresas já entenderam a importância do investimento em iniciativas relacionadas ao bem-estar dos seus colaboradores, os mesmos seguem com a saúde mental prejudicada. Até 2030, a OMS projeta que a depressão será a principal causa de invalidez, ultrapassando problemas como doenças cardíacas e neurovasculares. Por isso, é essencial pensar no melhor modelo visando a saúde mental e bem-estar do colaborador, mesmo após a pandemia.

Apesar das queixas sobre o aumento da carga de trabalho com o isolamento social e dificuldade em manter a motivação, alguns benefícios são incontestáveis desse novo modelo.

• 64% dos respondentes da pesquisa aproveitam esse tempo para ficar com a família;

• 52% para praticar atividades físicas;

• 46% economizam de 1 a 2h por dia de deslocamento.

As empresas passaram a olhar mais para o colaborador e oferecer auxílio nesse momento para resolver esses problemas. "Na Nespresso, fizemos uma pesquisa interna com nossos colaboradores e quase 80% deles pediram mais ações voltadas a saúde mental. Com isso, passamos a promover rodas de conversa com uma consultoria externa especializada com psicólogos, além de palestras voltadas a esse pilar", comenta Bianca Carmignani, Head de Recursos Humanos da Nespresso no Brasil.

NOVAS PERSPECTIVAS DE TEMPO E ESPAÇO

O limite entre pessoal e profissional ficou tênue com a pandemia e as más práticas passaram a ser normalizadas. A dificuldade nessa separação impacta em longas jornadas de trabalho e menos momentos de respiro, e a busca por produtividade elevou os níveis de cobrança.

Alguns motivos que levam os trabalhadores a quererem trabalhar do escritório tem a ver com o espaço e infraestrutura. Segundo a pesquisa de Nespresso Professional, algumas das desvantagens relacionadas ao trabalho remoto foram:

• Menos networking (16%)

• Falta de estrutura em casa (13%)

• Menos eventos da empresa (11%)

Mas, será que as pessoas não podem alcançar esses objetivos no modelo híbrido?

A urgência da imposição do trabalho remoto não permitiu que as empresas se reorganizassem com calma, pensando em possibilidade condições agradáveis de trabalho. Acreditava-se que o trabalho remoto deixaria o dia mais tranquilo, no entanto, as atividades do trabalho se acumulam com as domésticas, principalmente no caso das mães.

MODELO HÍBRIDO NÃO É APENAS OFERECER DUAS OPÇÕES DE LOCALIDADE

O trabalho não pode mais ser visto como uma questão de ser presencial ou remoto, e os novos modelos híbridos estão exigindo que os líderes gerenciem diferenças e complexidades. Com os recursos certos, as pessoas podem ser produtivas e saudáveis de qualquer lugar.

O modelo exclusivamente online parece ser opção apenas no cenário de intensa epidemia ou casos pontuais, enquanto o modelo totalmente presencial já começa a ser visto como ultrapassado. A conclusão é que o modelo híbrido, se bem estruturado pelas empresas, passará a oferecer uma boa estrutura de trabalho em casa e ferramentas de comunicação adequadas ao cenário.

A saída é a digitalização, tanto por parte da empresa, quanto dos colaboradores. A melhor maneira de se adaptar às novas tendências é revolucionar a cultura organizacional e implementar a tecnologia em termos de processos, eficiência, produtividade e simplicidade.

Além disso, segundo pesquisa de Nespresso Professional, algumas habilidades que serão primordiais no modelo híbrido, na visão dos colaboradores, são:

• Proatividade (63%)

• Flexibilidade (53%)

• Espírito colaborativo (49%)

A pesquisa na íntegra está disponível nesse link.

 

 

Sobre a Nespresso Professional

Disponível desde 2017, oferecendo soluções específicas de fornecimento de cafés para restaurantes, hotéis, cafeterias, escritórios, hospitais e empresas de catering, Nespresso Professional é o segmento da marca líder em cafés porcionados focado em soluções profissionais. Com a constante busca por inovação, excelência e diferenciação na sua linha de produtos e serviços, para que o consumidor tenha sempre uma experiência completa e marcante, a linha profissional da Nespresso tem como missão levar a qualidade superior de seus cafés para operações fora do lar, agregando valor aos negócios e estabelecendo parcerias sólidas e duradouras com clientes e fornecedores. A marca pretende dobrar seu market share no Brasil até 2025, um dos principais mercados para Nespresso no mundo. Além de São Paulo e interior, Rio de Janeiro e região Sul, a Nespresso Professional está presente em todas as regiões do Brasil, atuando diretamente ou através de operadores parceiros, levando um café de alta qualidade sustentável para estabelecimentos comerciais e administrativos de diversos portes. O portfólio é adequado para operações de qualquer tamanho, já que para cada modelo de negócio contamos com soluções de fornecimento de cafés e tipo de máquinas que vão ao encontro com a dinâmica de consumo do parceiro profissional. Ao todo são 17 opções de cápsulas, além de dois novos lançamentos previstos para o primeiro semestre de 2022, e 4 linhas exclusivas de máquinas com design sofisticado e alta resistência, tudo pensado para satisfazer cada parceiro na medida que o negócio dele precisa.

https://www.nespresso.com/br/pt/

 

Viagens corporativas devem crescer em 2022


O Brasil foi um dos países que mais sofreram com a pandemia. Para se ter uma ideia, o índice do IPCA, medido em outubro pelo IBGE, ficou em 1,20% - o pior resultado desde 1995. Com este cenário, os economistas estão prevendo que 2022 será um ano de recessão, ou seja, retração do mercado, e consequentemente isso fará com que as empresas fiquem mais "travadas", focadas em retenção de custos.


Mesmo com essa previsão para o ano que vem, quase metade dos viajantes corporativos esperam voltar a viajar muito em breve. Desde o início da pandemia de Covid-19, o segmento de viagens corporativas apresentou retração à medida que os eventos foram cancelados e as empresas iniciaram um plano de trabalho home office, e utilização de soluções digitais para realização de reuniões de negócios. Passada a fase mais crítica, o setor apresenta recuperação. Uma pesquisa do Kayak mostra que as viagens corporativas retornarão até o fim deste ano para 23,9% dos entrevistados, enquanto 22,1% acreditam que isso acontecerá no início de 2022. Ao todo, mil brasileiros foram ouvidos durante o estudo.


E pensando nesse momento da economia brasileira, junto com a necessidade das empresas pensarem em viagens corporativas, nada mais correto do que pensar em uma política de viagens. Por permitir criar regras e diretrizes bem estabelecidas em relação a compras de serviços de viagens, é uma ótima estratégia de economia e melhoria de processo. Através dela a empresa conseguirá definir o teto de gasto com diárias de hotéis, ou por exemplo, a antecedência de compra de uma passagem aérea. Grande parte dos custos de viagens estão associados à antecedência de compra e a políticas não controladas, além de ter uma política bem desenhada, é importante ter sistemas que dê aderência a mesma. 


Alguns tópicos que devem conter em uma política de viagens são: objetivo da política, quem se destina a política, papéis e responsabilidades, tipos de viagens, canais de compras autorizados, regras de aéreo, regras de hospedagem, regras para locação de veículos, regras para reembolso de despesas de viagens, adiantamentos, prestação de contas e fluxo de aprovação.  


 

Como implementar a política de viagens?


Há algumas estratégias que são utilizadas para facilitar a implementação e aderência a política. Entre elas estão:

  • Alinhar com o RH e implementar um processo para highlight dos principais tópicos da política no onboarding dos funcionários;
  • Implementar um processo regular de comunicação de boas práticas - uma agência pode ajudar os clientes enviando SMS e E-mail para os colaboradores, com os principais pontos da política;
  • Flyer no café ou TV Corporativa;
  • Lista de distribuição no whatsapp;
  • Além disso, ter um sistema de viagens que permita a gestão da política criando alertas ou até mesmo bloqueando caso seja uma política mais restritiva, é 70% do caminho.

A principal vantagem da política é sem dúvidas a economia e a melhoria de processo. Já tivemos um case de economia de 18% só com a implantação de uma política de viagens. Além disso, o fato de você deixar claro para o colaborador desde o princípio o que pode, e o que não pode dentro da política, isso diminui o atrito em um caso, por exemplo, de prestação de contas, onde o colaborador gastou R$ 50,00 para o café, e o permitido era R$ 30,00. Dificilmente o colaborador irá lembrar de todos os itens da política, por esse motivo para que tenha o benefício da relação empresa e colaborador, é necessário um sistema que faça esse gerenciamento. 

Portanto, já é possível entender como a política de viagens corporativas bem aplicada nas empresas, pode ajudar na redução de custo de uma corporação. Além disso, é preciso contar com a ajuda de uma agência que revise constantemente: os acordos comerciais com as companhias aéreas e locadoras de veículos, reestruturação de hotéis e negociação de tarifas, revisão da política de viagens, análise histórica de compra, entender quanto que a empresa deixou de economizar e porquê. Fazendo esses passos, a empresa terá um desdobramento de vários planos de ações que serão realizados em conjunto, tenho certeza, trará economia imediata. 

 

Leonardo Bastos - CEO na Kennedy Viagens Corporativas


Relações Públicas em um mundo pós-pandêmico: 7 previsões para 2022

A chegada da Covid-19 acelerou a transformação digital, ao mesmo tempo em que trouxe uma nova forma das empresas e a mídia conduzirem as relações públicas (RP), na qual se tornou fundamental ter informações mais precisas, respostas mais rápidas e estratégicas a situações imprevistas, além de monitoramento de mídia abrangente e inteligente. 

O Instituto de Relações Públicas (IPR) entrevistou recentemente 300 executivos de comunicação e gerentes seniores para entender como as empresas estão preparadas para o cenário pós-pandemia. O estudo mostra que os executivos corporativos entendiam a necessidade da comunicação para lidar com a pandemia. Mais de três quartos (81%) dos entrevistados consideraram o papel de comunicação de sua empresa em face do Covid -19 como "essencial" ou "muito importante". Embora a maioria das empresas tenha feito todos os esforços para se preparar para cenários críticos, apenas 30% sentiram que suas empresas estavam “extremamente” preparadas para lidar com uma crise, enquanto 55% disseram que estavam “um pouco” preparadas. No entanto, mais da metade dos entrevistados (44%) disse que seu plano de comunicação de crise não incorporou as diretrizes para doenças pandêmicas. Pior, 10% dos entrevistados acreditam que não têm um plano de comunicação de crise. 

Cenários como este demonstram a necessidade da comunicação estratégica e relações públicas. No Brasil, por exemplo, uma marca de roupas foi duramente criticada após colocar à venda quatro modelos diferentes de máscaras faciais a preços exorbitantes, o que resultou em repercussões tão negativas que o Procon entrou em ação. 

Essas “novas” crises, criadas em um cenário inesperado, precisam de uma estratégia distinta que só pode ser executada por uma equipe de RP forte e eficiente. Com base nisso, listamos 7 razões pelas quais o RP se tornou (ainda) mais essencial durante a pandemia de Covid-19.

 

1.    Capacidade de lidar com crises 

Embora muitas empresas de RP tenham tido um 2020 desafiador, as equipes de comunicação corporativa e de RP trabalharam incansavelmente para ajustar suas mensagens, dando entrevistas, desenvolvendo planos de comunicação para crises e mantendo o público calmo. Dessa forma, o PR demonstra não apenas sua habilidade de navegar em águas complexas, mas também o quão importante o setor é.

 

2.    Rentabilidade 

Com algumas exceções, incluindo as indústrias de saúde e entretenimento, a pandemia teve uma influência prejudicial sobre os gastos de marketing da maioria das organizações. Então, para onde eles redirecionaram o dinheiro? Muitos recorreram ao RP, o primo mais lucrativo da publicidade, com o difícil desafio de persuadir os outros de que o investimento valia a pena.

 

3.    Confiança 

Segundo comunicadores e jornalistas de Relações Públicas, a maior estratégia para superar uma crise é construir confiança, o que vai melhorar a reputação das organizações para as quais trabalham. Vimos uma combinação das áreas de RP, marketing, mídia social e comunicação corporativa como nunca antes.

 

4.    Inovação tecnológica 

As agências de RP tiveram que se adaptar, implementando ferramentas tecnológicas para coletar mais informações e monitorar questões importantes, tanto na mídia tradicional (rádio, imprensa e televisão) quanto na digital.

 

5.    Adaptação e interpretação de cenários 

A pandemia demonstrou que agora, mais do que nunca, os profissionais de RP devem ser capazes de compreender rapidamente novos cenários. Entender a situação dos clientes - no caso das agências e acompanhá-los do ponto de vista 360 é fundamental para evitar erros. O mundo está cada vez mais rápido e esse acompanhamento deve ser constante.

 

6.    O toque humano 

Os consumidores de hoje exigem e apreciam a empatia, e os profissionais de RP estão comprometidos em entregá-las. As pessoas perceberam a fragilidade não só da nossa existência, mas também da nossa dependência e relacionamento com os outros em momentos de tanta incerteza, razão pela qual as relações públicas são tão importantes.

 

7.    O poder dos influenciadores 

Devido à pandemia, os influenciadores receberam um aumento notável nas interações e no envolvimento de seu conteúdo. É do conhecimento geral que muitas campanhas tradicionais foram paralisadas, atrasadas ou suspensas, principalmente no setor de turismo e hotelaria. Portanto, foi necessário que as marcas aprendessem a se reinventar para superar essa crise e continuar crescendo.

Os desafios da pandemia, bem como os novos cenários que surgiram em decorrência dela, têm causado mudanças em organizações em todo o mundo. A maneira como muitos se comunicavam e se posicionavam antes que seu público-alvo se tornasse desatualizada e tivesse que mudar. Tecnologia, pensamento estratégico e adaptabilidade são essenciais para a comunicação em um mundo pós-covid-19.

Se você gostou desse texto e está precisando de ajuda na sua empresa com, entre em contato conosco clicando aqui. Nossos especialistas estão prontos para ajudá-lo com a estratégia de comunicação, imprensa e ações para aumentar a visibilidade, posição e fortalecer a reputação da sua marca.

 

 Ari Lisjak - CEO ISource Marketing

ISource Marketing - agência de marketing e comunicação especializada na indústria de tecnologia


Agronegócio de São Paulo foi mais forte do que todas as crises, diz FAESP

 Pandemia, geadas, frio Intenso, incêndios e problemas hidroenergéticos não barraram crescimento da agropecuária paulista e de suas exportações.

 


Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), enfatiza a resiliência e capacidade de superação dos produtores rurais paulistas, num cenário de imensa dificuldade. “Os obstáculos enfrentados, porém, não impediram que o setor crescesse 13,1% de janeiro a setembro de 2021 em relação aos primeiros nove meses do ano passado”, salienta. 

Resultados positivos também se observam no comércio exterior: no acumulado de janeiro a outubro, o valor das exportações do agro de São Paulo foi de US 15,87 bilhões, significando aumento de 10% na comparação com o mesmo período de 2020. As importações cresceram 10,4%, somando US 3,72 bilhões. O superávit setorial, portanto, foi de 12,15 bilhões, montante 9,9% maior do que o registrado nos dez primeiros meses de 2020. O mês de outubro de 2021 apresentou, isoladamente, saldo positivo de US 1,06 bilhão. De janeiro a outubro, o agronegócio representou 36,3% do total exportado e 6,7% das importações totais do Estado. 

“Os dados sobre produção e comércio exterior, os mais atualizados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, demonstram com absoluta clareza a importância do agronegócio para a economia paulista, a segurança alimentar, o abastecimento de biocombustíveis e o suprimento de commodities”, frisa Meirelles, acrescentando: “Aliás, os produtores rurais de nosso Estado também têm participação relevante, de cerca de 20%, no total nacional do setor”.

Ainda segundo os dados divulgados em dezembro pelo IEA, dentre os principais grupos de produtos exportados pelo agro paulista, o complexo sucroalcooleiro continua sendo o mais representativo, com US
5,42 bilhões (34% do total do setor), seguido pela soja (US 2,31 bilhões) e carnes (US 2,18). O grupo de sucos (US1,34 bilhão) e os produtos florestais (US1,33 bilhão) fecham a lista dos cinco maiores, cujo agregado correspondeu a 79,2% do total exportado pelo agro paulista de janeiro a outubro. Quanto às variações observadas, o complexo soja, com 21,5%, sucos (18,4%) e carnes (16,6%) apresentaram maiores aumentos nas vendas externas. 

O presidente da FAESP observa que dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), referentes ao terceiro levantamento da safra de grãos 2021/2022, divulgados em dezembro, corroboram a força do agro paulista. A previsão de recuperação da safra de São Paulo mantém-se. É estimado crescimento de 3,9% na área plantada, totalizando 2,49 milhões de hectares. O ganho de 13,9% em produtividade, estimada em 4.113 kg/ha, deve contribuir para o incremento de 18,3% na produção, avaliada neste último levantamento em 10,25 milhões de toneladas. 

Os cultivos de primeira safra seguem avançando. As lavouras de amendoim, arroz, feijão e soja já foram semeadas, e mais da metade das de algodão estão implantadas. A área em cultivo de algodão no estado é estimada em 5,4 mil hectares, apontando para um aumento de 14,9% em comparação à safra anterior. A produção de caroço é avaliada em 13,3 mil toneladas, contra as 11,4 mil toneladas do último ciclo (+16,7%). 

Nesta temporada, a área cultivada com amendoim primeira safra deverá ser 12% superior à da última temporada, totalizando 168 mil hectares. Com isso, o mesmo incremento é esperado para a produção, que deve somar 621,6 mil toneladas. Para o milho, a expectativa é de que sejam produzidas 1,84 milhão de toneladas, enquanto para o feijão, 110,2 mil toneladas. Por outro lado, a previsão de colheita para a soja é ainda mais positiva que na última temporada. A safra 2021/22 deve alcançar 4,49 milhões de toneladas de soja, contra as 4,29 milhões de toneladas recordes do ciclo passado, indicando aumento de 4,6% frente aos resultados anteriores. 

 

Protagonista do PIB

Os dados mais atualizados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostram que o PIB do agronegócio de São Paulo avançou 8,27% em 2020, em plena pandemia. “Trata-se do maior crescimento desde 2010, quando o aumento foi de 12,17%”, ressalta Meirelles. Com isso, no ano passado, o agronegócio paulista representou 14% do PIB do estado, sendo esta a maior participação da série histórica, iniciada em 2008. Tal fomento abrangeu a pecuária e a agricultura. “São mais números consistentes reiterando a força, competência e capacidade de superação dos nossos produtores rurais”, acentua.

O Estado de São Paulo tem um moderno sistema agroindustrial, sendo o maior do Brasil e um dos mais expressivos do mundo. Possui um território de 24,8 milhões de hectares de clima tropical, solo fértil e água abundante, no qual 8,8 milhões (35,55%) são utilizados pela agricultura e 4,6 milhões (18,6%) por pastos. 

O capital humano altamente qualificado faz com que o Estado concentre 50% das agritechs, startups ligadas ao agronegócio - brasileiras. A tecnologia desenvolvida no estado permite que sua produção rural tenha alto desempenho em diversas culturas agrícolas. 

Alguns indicadores reforçam o significado da relevância do agro de São Paulo: responsável por cerca de 47% da produção brasileira, o Estado é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar. O interior paulista é o maior produtor mundial de suco de laranja, respondendo por mais da metade do total mundial. De cada 10 copos consumidos no planeta, cerca de seis são de origem paulista.


Revisão de moto: quais são os itens essenciais para rodar tranquilo?

Além de garantir a segurança do motociclista e dos demais usuários da pista, a revisão periódica pode aumentar a vida útil do veículo

 

Com a proximidade do verão, muitos motociclistas aproveitam o clima quente para pegar a estrada e curtir o vento no rosto sobre duas rodas. Contudo, além da atenção básica para a quantidade de combustível no tanque, estado dos pneus e calibragem recomendada pelo fabricante, é muito importante verificar se o veículo está em boas condições de uso antes de viajar, principalmente se a motocicleta não estiver sendo usada frequentemente. 

“Ao assumir a direção de qualquer veículo, é extremamente importante ter em mente que alguns cuidados devem ser tomados, principalmente referente a manutenção das peças e da dirigibilidade”, aponta Rodrigo Villatore, analista de produto da Laquila, empresa líder do mercado de motopeças na América Latina. “Se a motocicleta estiver com pneus excessivamente desgastados, por exemplo, as chances de acidente aumentam consideravelmente”, diz. 

Contudo, engana-se quem pensa que a revisão está apenas relacionada com a segurança do motorista e dos demais usuários da pista. Ao cumprir com o cronograma de revisão, a maior vantagem é o aumento da vida útil do veículo. “Todas as motocicletas comercializadas atualmente possuem no manual do proprietário uma tabela de manutenção periódica para garantir uma maior durabilidade e condições de dirigibilidade”, comenta o especialista.

 

Kit transmissão

O kit transmissão, também conhecido como kit relação, com folga excessiva ou desgaste pode resultar em uma corrente quebrada com risco de queda ao motociclista. “Devido à falta de regulagem, a corrente pode pular e travar a roda traseira”, alerta Villatore. Vale ressaltar que tanto a regulagem quanto a lubrificação devem ser realizadas conforme especificação do fabricante. “Hoje, o mais recomendado para lubrificação é o óleo SAE 90 ou 80, por sua capacidade de se manter entre os elos durante o trabalho do conjunto de transmissão”, explica.

 

Óleo no motor

Quando falamos em lubrificação do motor, o analista de produtos da Laquila ressalta que o óleo lubrificante possui uma data de validade, mesmo que a motocicleta não rode a quilometragem que o fabricante coloca como limite. “Se o manual do proprietário de uma CG 160 recomenda verificar o óleo do motor diariamente e sua troca a cada 6 mil quilômetros ou 6 meses, o que vencer primeiro, é sempre bom ficar atento a data também da troca do óleo do motor”, diz. “Caso sua motocicleta seja apenas para uso casual, é bem provável que a troca de óleo tenha que ser efetuada pela validade de data”, complementa.

 

Vela de Ignição

Por ser um dos principais componentes responsáveis pela queima assertiva da massa de ar/combustível dentro da câmara de combustão, é sempre recomendado verificar o estado da vela. “Antes de pegar a estrada, o motociclista precisa conferir se o GAP (distância entre eletrodo lateral e central) está correto conforme manual e se a vela não está carbonizada ou até mesmo desgastada, ocasionando uma queima ineficiente ou falha”, aponta.

 

Cabos de Comandos

Todos os cabos, sejam eles de acelerador, embreagem ou de freios, necessitam de uma atenção especial para que não estejam partidos, com fios rompidos ou até mesmo travando. Neste caso, Villatore recomenda levar a motocicleta para uma revisão com um mecânico de confiança.

 

Pastilhas e/ou Lonas de Freio

Uma viagem segura é aquela que permite ao motociclista parar a motocicleta instantaneamente em um caso de emergência. Para o especialista, um detalhe importante é verificar o desgaste das pastilhas ou lonas de freios para que não exista o risco de ficar sem freio no meio da estrada.

 

Filtro de Ar

Responsável por entregar a massa de ar para a câmara de combustão, é necessário verificar esse componente para que não esteja sujo, obstruído ou com sua validade vencida, assim evitando que a motocicleta tenha um consumo excessivo ou falhas



Reeleição: vamos nos proteger das nossas escolhas?

 

Muito se fala sobre o instituto da reeleição e sua conturbada aprovação pela Emenda Constitucional n.º 16, em 1997, às vésperas do lançamento da campanha de recondução de Fernando Henrique Cardoso para a Presidência da República. Até aquele momento era proibida a reeleição para mandatos consecutivos de cargos no Poder Executivo, o que gerava um impedimento na manutenção de políticos que desenvolviam um trabalho popularmente aceito nos cargos de Presidente, Governador e Prefeito.

Na época, a reeleição surgiu como uma conquista para bons mandatos, muito motivada por regras semelhantes adotadas em boa parte das democracias avançadas no mundo, em que a reeleição era uma realidade constante. Desde então, o brasileiro se acostumou a manter uma postura “comedida” pelas mudanças políticas, e a reeleição se tornou algo muito corriqueiro. Basta, tomar como exemplo, as campanhas presidenciais desde 1998, que reconduziram todos os candidatos que tentaram um mandato consecutivo. E tal postura se repete nos Estados e Municípios, onde o candidato que busca a recondução tem uma chance muito grande de vencer o pleito eleitoral. Aliás, costumamos demonstrar surpresa quando um candidato que concorre à reeleição perde o pleito ou não vai para o segundo turno de uma campanha eleitoral.

Apesar de ser um “sucesso de público” em matéria de “crítica”, a reeleição sofre de forma constante com os embates relacionados à sua ineficácia, às situações de utilização da máquina pública nas campanhas e possíveis situações viciosas relacionadas à manutenção de políticos no poder. Mas, a pergunta que eu faço é: Será que a reeleição é o problema?

O político que considera o instituto da reeleição uma mazela, tem a escolha de não fazer uso da mesma, e finalizar seu mandato sem tentar a reeleição. Esse político não precisa da proibição da legislação eleitoral para “não cair em tentação”; ele pode simplesmente considerar a reeleição incompatível com seus posicionamentos. O mesmo vale para a população que, diante de um mandato popularmente aceito, pode tomar a decisão de não votar em um candidato que concorre pela segunda vez consecutiva, aliás, já tivemos esses casos no Brasil.

O mais curioso é que em boa parte das democracias maduras pelo mundo a reeleição não é considerada um problema estrutural, mas  simplesmente uma escolha do eleitor, que tem maturidade suficiente para tomar suas decisões e exercer seus direitos políticos. Ou você nunca ouviu falar da chanceler alemã Angela Merkel ou dos primeiros-ministros britânicos, que permaneceram nos seus cargos, reconduzidos pela população, por mais de uma década? Achar que os europeus têm maturidade política e são livres para reconduzir seus políticos e nós precisamos nos proteger dos nossos pecados, é um tanto quanto contraditório.

Se algo deve ser discutido relacionado à reeleição, talvez seja a possibilidade de afastamento do candidato do cargo que exerce pelo menos durante o período de campanha, para se evitar a utilização da máquina pública durante a disputa eleitoral. No  mais, não podemos considerar que a reeleição seja um problema grave. A nossa história pós-Constituição de 1988 demonstra que políticos que fazem mandatos contestados ou não satisfatórios tendem a não ter êxito eleitoral em tentativas de reeleição, mesmo com todas as benesses relacionadas aos exercícios do mandato em curso.

Considero que a alternância no poder é fundamental, assim como, mudanças de rumos quando o caminho não está satisfatório, mas a proibição da reeleição, que foi aprovada por maioria qualificada no Congresso Nacional, não é a saída para tal situação. Proibir uma escolha política por considerar tal conduta reprovável ou não favorável aos meus cálculos eleitorais é como pedir a absolvição para os pecados que os outros cometem.

 


Francis Ricken - advogado e mestre em Ciência Política, é professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).


O acesso dos motoristas e entregadores de aplicativos aos benefícios do INSS

Os direitos dos trabalhadores que atuam como motoristas e entregadores de aplicativos estão em discussões nos principais tribunais do país. Atualmente, esses profissionais vivem sem nenhuma cobertura previdenciária e sem nenhum acesso aos direitos trabalhistas como FGTS e 13º salário, por exemplo. Entretanto, o Colegiado da 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de forma inédita, formou maioria no julgamento da matéria que discute a existência de relação de emprego entre o motorista por aplicativo e a plataforma da Uber.  

O relator do julgamento, ministro Mauricio Godinho Delgado, havia proferido seu voto em dezembro de 2020. Na época, o relator foi favorável ao reconhecimento do vínculo empregatício.  Na retomada do julgamento no último dia 15 de dezembro, o ministro Alberto Luiz Bresciani, acompanhou o voto do relator e também considerou da relação de emprego entre a plataforma e o motorista. 

Desta forma, com dois votos favoráveis, a 3ª Turma do TST já formou maioria no entendimento sobre o assunto, uma vez que é composta por três ministros, restando apenas o voto do ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, que pediu vistas do processo e travou o julgamento. 

E essa discussão cresceu na pandemia, pois muitos trabalhadores perderam seus empregos com carteira assinada e, como forma de sobrevivência, migraram para outras atividades ligadas aos aplicativos, como motorista ou entregador de delivery. 

E esses trabalhadores não se encaixam em nenhuma legislação trabalhista atual. E o chamado fenômeno da “uberização”, no qual os trabalhadores que utilizam aplicativos para prestar serviços são vistos como “parceiros” das empresas de tecnologia.

E para não ficarem sem nenhuma cobertura previdenciária, esses profissionais têm algumas alternativas para contribuir para a Previdência Social. Para isso, é necessário que contribuam como MEI (Microempreendedor Individual) ou autônomo, já que não possuem, atualmente, vínculo empregatício formal com a empresa. 

No caso do MEI, o trabalhador deve se formalizar como “motorista de aplicativo independente”, categoria criada em 2019. Ao pagar os valores mensais da formalização, a contribuição previdenciária, cuja alíquota é de 5% do salário mínimo, é feita automaticamente. 

Já para o motorista ou entregador que opte pela contribuição como autônomo, há duas possibilidades. A primeira é com a alíquota de 11% do salário mínimo, no Plano Simplificado. Outra opção é pagar 20% como contribuinte individual sobre valores acima do mínimo até o teto do INSS, de R$ 6.433,57 neste ano, sendo essa única modalidade dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição ou permite um benefício maior. O requisito é que a renda não seja inferior a 20% do mínimo ou maior do que 20% do teto do INSS. A contribuição como MEI garante todos os direitos e tem o menor valor, mas dá só aposentadoria por idade.

Ao realizarem a opção por qualquer uma dessas alternativas, os motoristas ou entregadores de aplicativo poderão ter acesso aos benefícios previdenciários: aposentadoria por idade, auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária), salário-maternidade, pensão por morte, aposentadoria por invalidez (aposentadoria por incapacidade permanente), auxílio acidente (em caso de sequela), dentre outros.

 Com o recolhimento mensal para a Previdência pública, o trabalhador de aplicativos irá sair do limbo previdenciário atual em que se encontram. E mesmo que a decisão recente do TST prospere, é importante frisar que os direitos desses trabalhadores serão assegurados apenas através da via judicial, pois ainda não existe nenhuma lei que garanta o acesso deles aos direitos trabalhistas e previdenciários das outras categorias profissionais no país.

 


João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

 

Especialista alerta para os riscos da aquisição da casa própria por meio de leilão

Os leilões de imóveis realizados por bancos sempre foram um grande atrativo para investidores, já que o valor da compra era abaixo do que o de mercado. De uns tempos para cá, com a facilidade de realização de leilões online, a modalidade tem atraído cada vez mais pessoas e mudando um pouco o foco de investimento para aquisição para uso próprio. Contudo o participante deve ter uma atenção especial para situação do imóvel, pois pode acabar caindo em uma armadilha.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, ao optar pela aquisição de imóvel via leilão ao invés de uma compra e venda direta com o vendedor, o adquirente deve ter em mente que o imóvel que ele vai comprar pode estar ocupado. “Por pessoas ligadas ou não a um financiamento habitacional/imobiliário com o banco que está realizando o leilão. Isso pode acabar se tornando um empecilho para tomar posse do imóvel, fato que pode acabar demorando anos”, alerta.

Já quando se adquire um imóvel diretamente do vendedor, por contrato, é possível estipular uma data certa para desocupação ou transferência da posse do imóvel para o comprador, como esclarece Vinícius Costa. “Estando tudo certo, não havendo a desocupação, o comprador pode pedir a imissão na posse imediata, além das penalidades e perdas e danos que forem cabíveis ao caso concreto.”

No caso de leilão, nem sempre é possível fazer um acordo com o ocupante, isso porque não se sabe a relação dele com o imóvel, nem mesmo as intenções dele para com o adquirente. “A medida, muitas vezes, se resolve em ação de imissão na posse, que pode durar mais ou menos tempo, de pendendo de vários fatores, como por exemplo a existência de outros processos contra o agente financeiro questionando o financiamento ou a execução do contrato, ação de manutenção na posse etc.”, conta o presidente da ABMH. 

Portanto, ele aconselha que se há interesse na aquisição de imóvel por leilão para uso próprio, o interessado deve ter em mente que o negócio precisa ser feito com cautela. “Caso o imóvel esteja ocupado, o risco da demora em tomar posse será somente de quem arrematou o imóvel, e não da instituição financeira.”

 


 Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH

 

Manual de defesa contra o cyberbullying

Eu mesma sofri quando menina, mas naquele tempo tudo se resolvia de pronto, na base do Código de Hamurabi.

Atualmente, a situação é um pouco pior, pois o ataque psicológico vem muitas vezes por trás de uma tela de computador ou de celular, com covardia e crueldade, expondo, ridicularizando e menosprezando particularidades físicas ou intelectuais. É praticamente o mesmo comportamento, os mesmos ataques repetidos, porém agravados por um “suposto” anonimato.

Cyberbullying é a violência realizada com o uso de tecnologias da informação em ambientes digitais. Essa prática tem como intuito ofender, humilhar ou ainda envergonhar e intimidar a vítima da ação. O Brasil é o 2º país com mais casos de cyberbullying no mundo, segundo o Instituto Ipsos, ficando atrás somente da Índia.

A falta de compaixão, tolerância e respeito, conforme consta da lei Nacional de Diretrizes e Bases da Educação, são as principais características do cyberbullying. Porém, acredito que o fato de os agressores poderem praticar esse ato sem serem vistos, cria uma falsa sensação de impunidade. Acham que são super heróis, pessoas acima do bem e do mal e com todos os direitos e nenhum dever.

Em tempos de pandemia, os casos de cyberbullying aumentaram de forma exponencial. Em razão disso, as escolas e universidades estão investindo cada vez mais na capacitação dos seus professores, a fim de evitar indenizações milionárias contra as instituições educacionais.

Para ser um cyberbullie (valentão, agressor digital), não é preciso ser o mais forte, o mais popular ou o mais temido do grupo, agora basta apenas ter acesso a um celular com internet. O poder de destruição do cyberbullying sobre as vítimas é maior, porque o público, aquela plateia que "assiste" aos ataques, ultrapassa as fronteiras da escola e repercute de forma mundial. Isso ocorre porque as ofensas são transmitidas com grande velocidade para outras esferas de convívio da vítima, como os amigos, familiares e colegas, conforme consta do manual antibullying feito pelo Ministério Público de São Paulo.

Além do bullying virtual, outra prática recorrente na internet e que pode ser grande ameaça a crianças, adolescentes e mulheres em geral é o cyberstalking (ou, em português, perseguição virtual), em que um indivíduo ou grupo de indivíduos utiliza a tecnologia para perseguir alguém.

 As duas práticas podem ter impacto na autoestima, autoconfiança e até mesmo na segurança das vítimas, e estão previstas em lei com penas variadas, que vão de multas a reclusão.

Veja como se proteger:


  1. Não responda aos ataques

Quando percebem que suas provocações têm efeitos na vítima, é possível que os agressores enxerguem nessa reação um estímulo e, desse modo, invistam cada vez mais na agressão. Embora não responder a essas intimidações pareça um conselho óbvio e difícil de seguir, essa é uma das melhores maneiras de desestimular os chamados bullies (quem pratica bullying), já que a indiferença pode fazer com que eles desistam de seus alvos. Além disso, outra razão importante para não responder às provocações é evitar incorrer na mesma prática do agressor, proferindo ofensas e propagando informações caluniosas como vingança.


  1. Salve evidencias

Diferentemente de outras formas de intimidação e perseguição, o cyberbullying e o cyberstalking costumam deixar rastros pela forma e pelo meio em que são praticados. Felizmente, esses registros podem ser utilizados posteriormente a favor da vítima. Nesse sentido, devem ser guardadas todas as provas dos ataques sofridos — como capturas de telas de mensagens e ameaças ou ainda a comprovação da instalação de stalkerwares, por exemplo — já que esses materiais podem ser utilizados em uma possível denúncia ou processo judicial. Vale lembrar também que é necessário que todos esses registros mostrem claramente os endereços de e-mail, nomes de usuário ou números de telefone de que partiram os ataques.


  1. Peça ajuda a parentes, amigos e profissionais

Sempre que se sentir atingido por uma agressão, mais do que apenas buscar auxílio na lei, é importante pedir ajuda a pessoas de confiança para não precisar lidar com a pressão sozinho.


  1. Entre em contato com o suporte das redes sociais

Caso sofra ou presencie ataques partindo de perfis em redes sociais como Instagram, Facebook e Twitter, por exemplo, é importante contatar o suporte da plataforma pelos canais de ajuda. Nesse contato, você deve informar a conduta e o perfil envolvido na prática de cyberbullying ou cyberstalking, denunciando a conta do agressor.

Após reportar uma prática de cyberbullying, também é importante denunciar e bloquear o perfil envolvido na ação, para evitar que o agressor entre em contato com novas intimidações. Vale lembrar, no entanto, que os assediadores têm a prática comum de criar mais perfis falsos para realizar intimidação sistemática, o que pode gerar um ciclo sem fim de bloqueio e surgimento de perfis. Por isso, é importante reunir todo o acervo de provas necessário para denunciar e comprovar a prática reiterada de abusos.


  1. Caso nada funcione, use a lei a seu favor

A prática de cyberbullying pode se enquadrar em crime contra a honra, previsto nos artigos 138 a 140 do capítulo IV do Código Penal brasileiro. Para ele, já existe punição no Brasil, com uma pena que pode ser aumentada em casos que envolvam crianças ou adolescentes.

Além disso, desde 2018 o Código Penal também prevê, em seu artigo 218-C, punição de um a cinco anos de reclusão para quem oferecer, transmitir, publicar ou divulgar, sem o consentimento da vítima, fotos, vídeos ou qualquer outro tipo de mídia que contenha, por exemplo, cena de sexo, nudez ou pornografia. Essa pena pode ser aumentada caso o crime envolva menores de idade e/ou mulheres.

Ainda se tratando de bullying, há a Lei 13.185, de 2015, que instaurou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Nela, são caracterizados atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por indivíduos ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las — como, por exemplo, o bullying. O texto legal determina que escolas, clubes e agremiações recreativas desenvolvam medidas de conscientização para prevenção e combate à prática.

Por fim, a Lei 14.132, sancionada em março de 2021, acrescentou ao Código Penal a previsão do crime de perseguição, que inclui a prática de cyberstalking. Caso haja condenação, ele pode render ao infrator multas ou ainda penas de reclusão com períodos que variam de seis meses a dois anos.

Vale lembrar, no entanto, que, para que essas legislações sejam colocadas em prática, é necessário que seja buscada ajuda. A vítima ou seu representante legal — em caso de menores de 18 anos ou incapazes — tem de declarar às autoridades que quer que o agressor seja investigado e processado.


Como perceber os sinais em crianças e adolescentes?

Crianças e adolescentes às vezes têm dificuldades de se abrir sobre casos de bullying ou stalking sofridos na Internet.

Oscilações de humor abruptas, dificuldades para dormir, perda de apetite e desinteresse por atividades cotidianas são algumas das alterações que podem indicar um possível caso de cyberbullying. Além disso, exclusão repentina de perfis nas redes sociais ou falta de vontade de participar de aulas e eventos sociais também podem significar que há algo de errado nesse sentido.

Por isso é importante que pais ou responsáveis mantenham um diálogo aberto com seus filhos, buscando entender que tipo de conteúdo eles consomem.

 


Ana Cláudia Cardoso Braga - militante em Direito Digital e advogada da Toledo e Advogados Associados.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


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