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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

12 de novembro - Dia Mundial da Pneumonia: a cada 47 segundos uma criança é vítima da doença 1

A vacinação é a principal forma de prevenção contra os agentes causadores da pneumonia 6 8 13


A pneumonia é a infecção que mais mata no mundo.1 Segundo um relatório atual da Global Burden of Disease (GBD), em 2019, a doença tirou a vida de 2,5 milhões de pessoas, sendo 1,9 milhão representado por crianças menores de cinco anos e adultos com mais de 69 anos.1 Neste mesmo ano, estima-se que 672 mil crianças, entre 0 e 4 anos, morreram da doença, ou seja, uma a cada 47 segundos.1 Além disso, quase 30% dos óbitos acontecem no primeiro mês de vida.1 A doença também é uma das principais causas de hospitalização e morte em crianças menores de cinco anos.2 3 4

Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre essa infecção, alertar sobre os riscos e formas de prevenção, no dia 12 de novembro comemora-se o Dia Mundial da Pneumonia.2 Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, especialista em imunologia e gerente científica e de assuntos médicos de vacinas da GSK, explica um pouco mais sobre a doença.

"A pneumonia pode ser causada por múltiplos agentes, incluindo vírus, bactérias e fungos, sendo o Streptococcus pneumoniae, conhecido como pneumococo, o mais comum entre as pneumonias bacterianas, que também pode causar otite média, bacteremia e meningite. Os sintomas mais comuns são tosse com expectoração, dor torácica, mal-estar geral e febre. A transmissão da doença, assim como a COVID-19, pode ocorrer através de gotículas contaminadas com estes microrganismos, liberadas ao tossir ou espirrar. As crianças são as principais transmissoras, mesmo assintomáticas. Estima-se que praticamente todas as crianças, em algum momento da fase pré-escolar, tenham sido transmissoras do pneumococo em pelo menos uma ocasião, assim como adultos que têm contato direto com elas. Em idosos, a doença também pode ser grave e fatal", afirma Ana.

Por proteger contra o pneumococo, bactéria responsável por 60% dos casos de pneumonia, a vacinação pneumocócica é uma das principais formas de prevenção da doença.4 5 6

Importância da vacinação pneumocócica

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2010.5

Segundo Ana Medina, o advento das vacinas pneumocócicas conjugadas representou um importante avanço na redução do número de casos e óbitos relacionados à doença pneumocócica. "Em 2020 atingimos a marca de 10 anos da introdução da vacina pneumocócica 10-valente (VPC10) no Brasil. Primeiramente é preciso destacar que é mais uma conquista do nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI). Em segundo lugar, é importante registrarmos que, desde sua introdução em 2010, a VPC10 produz resultados muito positivos para saúde pública não somente no combate a pneumonia, mas em todo o espectro da doença pneumocócica, que inclui otite média aguda (OMA) e doença pneumocócica invasiva, como a meningite pneumocócica. Além disso, os dados disponíveis mostram importante efeito de rebanho com a VPC10, ou seja, a proteção de indivíduos não vacinados através da proteção gerada nos indivíduos vacinados. Embora estejamos no rumo correto, é preciso notar que atualmente as taxas de coberturas vacinais estão muito abaixo do recomendado, o que reforça o papel que todos nós temos na sociedade, garantindo que a caderneta de vacinação dos nossos filhos esteja atualizada", aponta a Ana.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde (MS), recomenda duas doses da vacina pneumocócica 10-valente (VPC10) aos 2 e 4 meses de idade, além de um reforço aos 12 meses.7 Crianças que iniciaram o esquema primário após 4 meses de idade devem completá-lo até os 12 meses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses do esquema primário e 60 dias da 2ª dose para o reforço.7 Crianças sem comprovação vacinal, entre 12 meses de idade e 4 anos, 11 meses e 29 dias, tem direito a receber uma dose única.7 Para os pacientes com indicação clínica especial, há a disponibilidade de imunizantes para o pneumococo, como a VPC13 e a VPP23, conforme as indicações dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs)8 - unidades públicas com infraestrutura e logística para atender indivíduos com quadros clínicos especiais, tais como imunodeficiências, doenças crônicas, transplantados, entre outras condições.9

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que o uso das vacinas pneumocócicas conjugadas na infância siga um esquema de três doses primárias, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com uma dose reforço entre 12 e 15 meses de idade.10

Dra. Tatiana Guimarães de Noronha (CRM-RJ 68876-2), médica infectologista, pediatra e epidemiologista, pesquisadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz, reforça a importância de atenção à caderneta de vacinação das crianças, não só em relação à doença pneumocócica, como também contra outras doenças infectocontagiosas para as quais existem vacinais gratuitas, disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). "Nos últimos anos temos observado uma queda nas coberturas vacinais em geral, o que nos traz uma grande preocupação quanto ao retorno de doenças potencialmente graves, até então, controladas pelas ações de vacinação", ressalta.

Baixa cobertura vacinal

Apesar de sua importância, as taxas de cobertura vacinal têm apresentado queda.14 "Desde 2010, quando passou a integrar o PNI, a vacina pneumocócica nunca atingiu a meta de adesão de 95% do público-alvo. E nos últimos anos temos acompanhado uma queda importante nas coberturas vacinais, não apenas para vacinação pneumocócica mas para a vacinação como um todo. Em 2019, a cobertura vacinal da pneumocócica, englobando o esquema primário (primeira e segunda doses) e o reforço, ficou em 86,27%. Em 2020, com a pandemia de COVID-19, a situação das baixas coberturas vacinais se agravou, nos deixando com 76,26% das crianças vacinadas. Esse ano, os dados atualizados até agosto mostram uma cobertura vacinal de 61,01%. Isto é preocupante, especialmente neste momento em que muitas das atividades retornaram ou estão retornando, como a volta às aulas e a ressocialização de uma forma geral, o que favorece a transmissão de doenças infectocontagiosas. Nesse momento é ainda mais urgente a recuperação das altas coberturas vacinais e a proteção da população com as vacinas disponíveis", alerta Ana.

Já a Dra. Tatiana aproveita para fazer um apelo aos responsáveis pelas crianças para que fiquem atentos às cadernetas de vacinação dos menores sob os seus cuidados e procurem profissionais de saúde para esclarecer suas dúvidas. "É importante que os profissionais de saúde estejam disponíveis para esse esclarecimento, em toda oportunidade de contato, explicando a importância da vacinação para o crescimento saudável das nossas crianças", afirma .

Pneumonia e outras doenças

A doença pneumocócica abrange formas invasivas, como a meningite, a sepse e algumas pneumonias, e formas não invasivas como a maior parte das pneumonias, a otite média aguda (OMA), sinusite e conjuntivite.11

"Além da importância na prevenção das formas invasivas da doença pneumocócica, cujos exemplos incluem meningite e sepse, a vacinação pneumocócica protege também contra outras formas de doença pneumocócica menos graves, mas muito importantes pela frequência de acometimento na população e necessidade de uso de medicamentos, como a otite média aguda por exemplo. Estima-se que mais de 80% das crianças com até 3 anos de idade tenham a doença pelo menos uma vez na vida. Os principais sintomas da otite média aguda são dor no ouvido, febre, irritabilidade e dificuldade de dormir", explica Ana Medina.

Além da vacinação, outras formas de prevenção da doença pneumocócica incluem lavar as mãos, não fumar, ter acesso a água potável e evitar aglomerações.12

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 


GSK

https://www.casadevacinasgsk.com.br/

 


Referências:

1 JUST ACTIONS. The missing piece. Why the global pandemic is an inflection point for pneumonia control. Disponível em. Acesso em 19 Out 2021.

2 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Notícias. Dia Mundial da Pneumonia: como prevenir as mortes pela doença? Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

3 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Vigilância das pneumonias e meningites bacterianas em crianças menores de 5 anos. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

4 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Notícias. 12 de novembro: Dia Mundial da Pneumonia. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

5 INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Notícias e Artigos. 10 anos da vacinação pneumocócica no Brasil. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

6 PORTAL FAMÍLIA SBIM. Vacinas. Vacinas pneumocócicas conjugadas. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

7 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da criança. Disponível em. Acesso em: 27 set. 2021.

8 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vacinação. Anexo V - Instrução Normativa referente ao Calendário Nacional de Vacinação 2020. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

9 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

10 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2021/2022 (atualizado até 10/05/2021). Disponível e m. Acesso em: 27 set. 2021

11 INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Doença pneumocócica: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

12 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Pneumonia: especialista esclarece sintomas e formas de prevenção. Disponível em. Acesso em: 27 set. 21.

13 Pesquisa realizada na base de dados do DATASUS. Utilizando os limites "Imuno" para Linha, "Ano" para Coluna, "Coberturas vacinais" para Medidas, "2014-2020" para Períodos Disponíveis e "Todos os imunos" para Imuno. Disponível em. Acesso em: 06 de Julho de 2021.


Queda de cabelo pós-Covid tem solução

Crédito: Matheus Campos
Problema deriva de inflamação que interfere no ciclo capilar e tratamento com médico tricologista acelera a recuperação

 

Vai levar anos até que a Medicina descubra todos os efeitos da Covid-19 no corpo humano, mas uma consequência já foi detectada logo início da pandemia, em 2020. Muitos pacientes tiveram queda de cabelo cerca de dois ou três meses a doença. "Não é um sintoma raro, pelo contrário. No ano passado falavam que entre 25% e 30% dos pacientes teriam queda de cabelo no pós-Covid. Hoje já se fala em 80%. A Covid-19 gera um processo inflamatório muito grande no organismo, mesmo nos casos assintomáticos. O risco de ter queda de cabelo devido à inflamação é grande", explica a Dra. Aliny Regina Gallico, dermatologista e tricologista da Clínica Eclat, em Campinas (SP).

A Covid-19 provoca outras reações negativas e a queda de cabelo contribui para a perda de autoestima do paciente. A boa notícia é que a tricologia - especialização da medicina que cuida da saúde dos cabelos - é uma opção que permite não apenas o combate ao problema em si, mas também a outros efeitos secundários provocados pela doença.

A consulta com um tricologista, explica a Dra. Aliny, é bem detalhada e vai muito além do tratamento no couro cabeludo. "Precisamos entender qual foi a gravidade da Covid-19, qual medicação o paciente utilizou, como está o sono, alimentação e, também, a saúde intestinal, que é muito importante para o cabelo. Esse levantamento completo permite que tracemos todos os pontos que estão ruins naquele momento. Sono ruim ou um quadro depressivo, por exemplo, podem criar uma resistência ao tratamento no cabelo", afirma a tricologista.

Os pacientes que tiveram Covid já estão com o emocional abalado e notamos que, quando ocorre a queda de cabelo, a autoestima cai ainda mais. Os que iniciam o tratamento apresentam melhora na queda de cabelo e têm um ganho no bem-estar, no sono e na alimentação. Os benefícios são múltiplos porque a qualidade de vida melhora como um todo. O cabelo é um reflexo do que está acontecendo com a saúde", detalha a Dra. Aliny.

A dermatologista explica que a Covid-19 é uma inflamação e interfere no ciclo capilar, que é composto por quatro fases. A primeira, de crescimento, é a fase anágena. Dura seis anos e cerca de 80% dos fios estão nesta etapa. Depois vem a fase de repouso, que tem duração de duas a três semanas. A terceira, chamada de telógena, é de queda e leva três meses. No último período, o fio já saiu e o óstio folicular está sem folículo (fase quenógena).

Segundo a Dra. Aliny, diante de inflamação ou doença, o organismo dá início a um recrutamento de células, que são direcionadas para a região do problema que precisa ser reparado. Isso provoca uma carência nos folículos. "O cabelo vai receber menos células, nutrição e vitaminas porque há demanda para outra região mais importante naquele momento. Isso faz com que uma porcentagem dos fios da fase anágena sofra uma antecipação para a fase telógena, que pode ser aguda, e durar semanas, ou crônica, com mais de seis semanas. Como a Covid-19 é uma inflamação intensa, a mudança no ciclo capilar é frequente", destaca a médica.

A indicação da Dra. Aliny para quem sofre com o problema é a tricologia médica, ciência que estuda todos os minerais, vitaminas e carências do corpo humano que podem interferir no cabelo. A reposição desses nutrientes pode ser feita de forma endovenosa ou oral, mas também existe a possibilidade de aplicações diretamente no couro cabeludo. O objetivo é melhorar a saúde do folículo, a oxigenação e a entrega de vitaminas e nutrientes.

Embora o eflúvio telógeno (queda de cabelo) melhore depois que a inflamação da Covid-19 passa, a demora gera preocupação e abala o paciente. "A tricologia médica entra para amenizar esses danos provocados pela inflamação. É realizada a tricoscopia, um exame para avaliar como está o couro cabeludo e os fios, e muitas vezes já utilizamos procedimentos médicos para conter essa queda o mais rápido possível", explica a Dra. Aliny.

Dúvidas comuns

1) A queda de cabelo atinge apenas o paciente que teve quadro grave de Covid-19 ou pode afetar também quem teve sintomas leves ou mesmo os assintomáticos?
Em quadros graves há maior chance de queda mais intensa, mas pacientes com sintomas leves ou assintomáticos também apresentam o problema de forma significativa.

2) Depois de quanto tempo da infecção, em média, a queda de cabelo costuma se manifestar?
O tempo é muito variável, pode acontecer dois ou quatro meses após a infecção. Em alguns casos, até mesmo durante a Covid-19 já ocorre queda de cabelo. Depende muito de como estava a saúde do paciente antes da doença e da gravidade de cada caso.
3) Jovens que contraíram Covid-19 também podem apresentar o problema ou ele afeta mais as pessoas idosas?

Jovens também apresentam queda de cabelo e o atendimento dessa faixa etária é frequente.
4) Além da reposição de nutrientes no couro cabeludo, o tratamento com um tricologista cuida de outros aspectos da saúde do paciente?
Sim. Para cuidar da saúde capilar, o tricologista analisa a saúde de outros órgãos, em especial o intestino, responsável pela produção de vários hormônios e pela absorção dos principais nutrientes que vão para o sangue. Os pacientes são orientados sobre a importância de reduzir o consumo de alimentos inflamatórios, como leite, glúten, óleo e açúcar. Quanto menor a inflamação no intestino, maior será a produção de hormônios bons e a absorção dos nutrientes. No pós-Covid, mesmo que não haja sinais como diarreia, o intestino sofre uma inflamação silenciosa. Quem tem um problema capilar nesse período deve ficar atento a vários pontos que precisam ser tratados.



Dra. Aliny Regina Gállico - médica dermatologista, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com pós-graduação em Dermatologia pela BWS Núcleo de Ensino Superior em Ciências Humanas e da Saúde - São Paulo e também pós-graduação em Medicina Estética BWS - São Paulo. Em 2018 habilitou-se em Tricologia e Transplante Capilar pela Diolaser Internacional SPA (Flórida/EUA); estudou Medicina Estética em Miami/EUA, 2019; fez curso de atualização em implante capilar FUE em 2020 e participou de vários workshops de procedimentos dermatológicos.


Clínica Eclat

Instagram: @clinica.eclat / Facebook: Clinica Eclat

Atendimento: segunda a sexta: das 8h às 20h/sábados, das 8h às 13h

Telefones: 19-99688-4818 / 19-3295-1070

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16 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil e metade desconhece doença, afirma especialista

Acesso à informação tanto dos pacientes quanto equipe multidisciplinar e adesão ao tratamento são maiores desafios. No próximo domingo, 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, doença considerada uma das grandes vilãs na saúde pública no país.

Conforme dados apurados pela International Diabetes Federation (IDF), há no mundo 537 milhões de pessoas, atualmente, vivendo com diabetes, mantendo crescente projeção para os próximos anos. A doença metabólica crônica, segundo dados da OMS, atinge 16 milhões de brasileiros, sendo que metade desta população ainda não foi diagnosticada. Os números apurados são alarmantes e ajudam a avaliar o tamanho do desafio para combater essa doença.

Segundo o Dr. Márcio Krakauer, endocrinologista do núcleo de tecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, dentre os que já sabem que convivem com a doença, 50% não fazem bom controle, o que aumenta as dificuldades do tratamento e pode levar o paciente a ter complicações. “Informação e conhecimento devem ser considerados os dois pilares mais importantes para a redução da incidência e/ou adesão ao tratamento por parte dos pacientes, pois assim conseguiremos melhorar programas de prevenção, bem como tratar de forma adequada os pacientes já diagnosticados, além de mapear outros pacientes ainda sem diagnóstico, reduzindo drasticamente o número de complicações”, explica o especialista.

O diabetes tem duas causas principais: nos pacientes com tipo 1, o organismo deixa de produzir insulina, o hormônio que leva a glicose para dentro das células, para que o açúcar seja usado como combustível. Já em pacientes com tipo 2, o organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue empregar de forma adequada o hormônio produzido.


Desperte Para Você

Com o intuito de conscientizar a população em relação a importância do autocuidado, neste Dia Mundial do Diabetes, a biofarmacêutica Biomm, pioneira no setor de medicamentos biotecnológicos, lança nas redes sociais a campanha Desperte Para Você.

Em 2021, a campanha convoca grandes porta-vozes da causa a enxergarem o reflexo do autocuidado, destacando o valor de olhar para si mesmo com atenção e carinho, buscando entender os sinais que o corpo dá em diferentes momentos, como é o caso dos sintomas do diabetes.

Influenciadores digitais como Noelly Dantas, paciente com diabetes que comanda um perfil sobre nutrição e educação em diabetes, e Fred Prado, da página Vida de Diabético, serão alguns dos que participarão da campanha que busca entender quais cuidados e pequenas atitudes cada um realiza, no intuito de ouvir o próprio corpo.

Em Desperte Para Você, a ideia é mostrar as possibilidades de entender os sinais, sintomas e características do diabetes, quando se reserva um tempo real para si mesmo, ou seja, para o autocuidado. Além disso, a mensagem gira em torno do respeito aos limites de cada um e ao ato de saber a hora de descansar. Afinal, corpo e mente descansados são capazes de ir muito mais longe.

“Acreditamos que essa é mais uma iniciativa da Biomm que visa não somente impulsionar a conscientização em saúde, mas também promover melhor qualidade de vida aos pacientes, ao incentivar maneiras de se cuidar e respeitar seus limites”, destaca Caio Campos, gerente de Marketing da companhia.



Biomm 

www.biomm.com


A saúde do ouvido pede cuidados no verão

Excesso de umidade, causada pelo banho de mar ou de piscina, pode levar ao surgimento de infecções doloridas que comprometem o descanso e a diversão


Imagine fazer aquela tão sonhada viagem de verão para uma praia paradisíaca. Após meses de planejamento e expectativa, você finalmente coloca o pé na areia branca e... sente uma pontada insuportável dentro do ouvido. Mais comum do que parece, a otite pode afetar pessoas de todas as idades e tem "preferência" pelas altas temperaturas para "atacar".

A médica otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, da USP, conta que a infecção de ouvido pode ser média, quando ocorre atrás do tímpano e é causada por vírus ou bactérias associados a problemas respiratórios, como rinite, sinusite, gripe e resfriado; ou externa, ocasionada por excesso de água nos ouvidos ou trauma causado pela inserção de objetos, como hastes flexíveis, grampo etc.

"No verão, vemos um aumento da frequência da otite externa justamente por conta dos banhos de mar e piscina. O canal auditivo é bastante estreito. A água entra e não seca totalmente, deixando a pele muito úmida e gerando fissuras que levam às infecções", explica a médica.

Bastante incômoda, a otite tem como sintomas a redução da audição, a sensação de ouvido tampado, dor aguda, zumbido, tontura e febre. "Na maioria dos casos, a perda auditiva é transitória e o paciente volta a ouvir normalmente no final do tratamento. Porém, há casos em que o tímpano é perfurado e aí a perda auditiva pode perdurar", conta Dra. Maura.

O tratamento, de acordo com a Dra. Maura Neves, é feito com remédios e, dependendo da gravidade, demanda que o paciente deve fique 10 dias longe do mar e da piscina. Logo, para evitar que a otite estrague as férias, é preciso evitar deixar a água entrar nos ouvidos e mantê-los sempre secos, sem usar objetos para limpar ou secar o órgão. "O cerúmen é produzido para proteger a pele do canal. Só deve ser removido se causar alterações auditivas", diz Dra. Maura.

No caso das otites médias, a médica orienta a prevenção com o tratamento da rinite e vacinas para bactérias específicas, como as haemofilos, pneumocócicas conjugadas, vacina da gripe e outras, além de manter uma boa alimentação e descanso, que mantêm a imunidade em alta.

Abaixo, a otorrrino enumera algumas dicas para prevenir a otite:

1. Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha.

2. Se sentir a presença de água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para a saída do líquido.

3. Se a água não sair e ao menor sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

4. Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem apenas para limpar a parte externa da orelha e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

5. O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não colocar nenhum tipo de objeto dentro do ouvido para aliviar a sensação. É preciso prestar atenção, principalmente nas crianças, para que não se machuquem.

6. Em caso de dores, não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.


Estudo alerta para vulnerabilidade de pacientes com câncer em meio ao cenário de pandemia

Realizada pelo Núcleo de Pesquisa Clínica da Rede de Hospitais São Camilo SP, pesquisa aponta maior propensão à intubação e risco elevado de mortalidade deste grupo

 

Diante dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19 à comunidade médica e científica, diversas pesquisas foram conduzidas a fim de aperfeiçoar técnicas e diretrizes para o cuidado de pacientes com outras doenças e comorbidades, mais propensos ao agravamento do quadro infeccioso. Este foi o objetivo do estudo conduzido pelo Núcleo de Pesquisa Clínica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Publicado em recente edição da Revista Einstein, o trabalho desenvolvido pela equipe de pesquisadores visou alertar para a vulnerabilidade dos pacientes oncológicos no cenário de pandemia, abordando aspectos clínicos e epidemiológicos associados ao pior desfecho da Covid-19.

O estudo avaliou 105 pacientes com idade entre 18 e 92 anos. Com taxa de mortalidade geral de 40,95%, os pesquisadores identificaram maior prevalência entre pacientes do sexo masculino e com baixo nível de performance status, tendo a dispneia como sintoma inicial mais frequente (em 30,4% dos casos).

“Nossos dados contribuíram para as nossas adaptações institucionais e uma seleção mais adequada de pacientes, que podem se beneficiar de isolamento mais rigoroso e eventual descontinuação do tratamento anticâncer para reduzir exposição à infecção”, explica a oncologista e pesquisadora Dra. Lilian Arruda do Rego Barros, responsável pela condução do estudo.

Dra. Lilian frisa que estudos anteriores já relatavam riscos mais elevados de graves eventos em pacientes com câncer em tratamento, com dados que sugerem o aumento do risco de mortalidade devido à Covid-19. A especialista destaca que uma análise realizada com pacientes com câncer que foram contaminados pelo novo Coronavírus revelou, ainda, que esse grupo tinha propensão maior à intubação.

Com relação aos subtipos de câncer, a pesquisadora aponta que a mortalidade foi mais elevada em casos de neoplasias hematológicas e câncer de pulmão. No entanto, diz que não foram encontradas associações entre o tipo de tratamento realizado e a taxa de mortalidade.

“A partir daí, passamos a pesquisar e desenvolver diretrizes com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia entre os pacientes oncológicos, aprimorando o atendimento tendo em vista as necessidades específicas desse público em um momento tão delicado para a saúde global”, finaliza.

Confira o estudo completo aqui.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Pacientes com diabetes demandam maior atenção com os seus pés

  

Doença Vascular e Neuropatia em diabéticos podem levar à perda do membro


Em 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, doença que acomete 7,4% da população brasileira, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2019. A doença, caracterizada pelos altos níveis de glicose no sangue, provoca diversos efeitos no corpo.

Normalmente, a neuropatia surge quando o indivíduo já possui o quadro de diabetes e não nota o aparecimento de úlceras, calosidades ou lesões nos pés. Aproximadamente 20% das internações de diabéticos são decorrentes de lesões nos membros inferiores. Os pacientes apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida.

Segundo o angiologista, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Nelson De Luccia, o pé de Charcot, neuroartropatia também relacionada ao diabetes, é outra condição que pode gerar deformidades articulares e consequências graves. “Este quadro variado, que pode acometer os pés dos diabéticos, explica a dificuldade da compreensão e manejo desta situação. Muitos, por desconhecimento ou simplificação, acreditam que o pé diabético se aplica apenas às condições infecciosas decorrentes da neuropatia, o que atrapalha, confunde e retarda o tratamento adequado”, explica o especialista que também é professor da disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Faculdade de Medicina da USP.

O reconhecimento do pé do paciente diabético começa com o próprio diagnóstico do diabetes, que pode ser do tipo I ou II.  Dr. Nelson De Luccia esclarece que muitas vezes as manifestações nos pés precedem o diagnóstico do diabetes sistêmico.

E quando já existe histórico de ulceração prévia tratada ou deformidades, e a pré-existência da neuropatia, recomenda-se a confecção de calçados customizados. “Em lesões cutâneas abertas, os calçados especiais desempenham papel coadjuvante, auxiliando no alívio de carga e na criação de espaços adequados para o manejo de curativos”, declara o cirurgião vascular.

Nelson De Luccia também analisa que a identificação da neuropatia é importante para profissionais que se dedicam ao cuidado de unhas e calosidades, já que na ausência da dor referida pelo paciente, lesões podem ser provocadas pelo manuseio inadequado.

As lesões demandam mais tempo para cicatrizar por conta da neuropatia diabética, o que pode resultar em infecções e podem levar à amputação do membro. Como doença sistêmica de alta prevalência atual, outras consequências do diabetes são bastante conhecidas, como a arteriosclerose periférica e coronariana, hipertensão, insuficiência renal e retinopatia. Além do controle da glicemia, orientado pelo endocrinologista, as demais manifestações necessitam de outros especialistas de diferentes áreas clínicas.

O diagnóstico correto do diabetes, a realização de exames e o acompanhamento médico adequado são as formas mais efetivas de evitar maiores agravamentos dessa doença. A SBACV tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para a população. Para outras informações acesse o site.

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SBACV 

Meta prevista para 2030 no número de pessoas com diabetes é atingida em 2020

O mundo atingiu, em 2020, a meta prevista para 2030 no número de pessoas com diabetes. Nos dois últimos anos o aumento foi de 16%, segundo dados preliminares que integram o novo Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes.


Atualmente a doença já atinge 537 milhões de adultos, com idades entre 20 e 79 anos, sendo 32 milhões nas Américas do Sul e Central. A previsão é que esse número aumente para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045.

Em 90% dos casos, o Diabetes se manifesta como o Tipo 2, que está relacionado ao sobrepeso, obesidade e maus hábitos de vida.

"Ainda não saíram os dados brasileiros, mas em 2019 estávamos em 5º lugar no mundo e o 6º de subdiagnóstico, estima-se que a metade das pessoas que têm diabetes no mundo nem têm diagnóstico, apesar da importância do tratamento precoce, que visa evitar complicações da doença", declarou a endocrinologista, Tarissa Petry.

Ela apresentou os dados preliminares, nesta quinta-feira (11), no XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariártica e Metabólica, que acontece até o dia 13 de novembro, em São Paulo. O novo Atlas do Diabetes será lançado oficialmente, no dia 06 de dezembro.

Ainda de acordo com o Atlas, 81% dos adultos com diabetes vivem em países com baixa e média renda. No próximo domingo, dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, com o objetivo de incentivar o diagnóstico e tratamento precoce.

Cirugia para o Diabetes

A cirurgia metabólica para o tratamento do diabetes tipo 2 será discutida por cirurgiões e endocrinologistas durante dois dias - 11 e 12 de novembro - no Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica . O debate "Novas Fronteiras no Tratamento do Diabetes Tipo 2", conta com a participação de representantes de entidades que atuam diretamente com pacientes portadores da doença.

A cirurgia metabólica é realizada de forma semelhante a cirurgia bariátrica, porém o objetivo principal é o controle da diabetes e não a redução de peso. É indicada principalmente para os pacientes que não obtêm sucesso no controle clínico e medicamentoso da doença.

O procedimento foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2017, mas seu acesso ainda não é garantido por planos de saúde. No Sistema Único de Saúde (SUS), a cirurgia para o diabetes apesar de regulamentada enfrenta a lentidão das filas.

Segundo o presidente da SBCBM, Dr. Fábio Viegas, ampliar o acesso ao tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 é importante para evitar complicações e óbitos causados pela doença. "O procedimento é seguro, eficaz e realizado por videolaparoscopia. Essa alteração promove a passagem mais rápida do alimento do estômago para o intestino e traz mudanças metabólicas como a aceleração da produção de hormônios, que atuam no pâncreas melhorando a produção de insulina, o que normaliza os níveis de glicose no sangue", informa.

Estudos têm demonstrado benefícios a médio e longo prazo para a qualidade de vida destes pacientes como, por exemplo, que 45% dos pacientes entram em remissão do diabetes (deixam de tomar medicamentos e insulina) já no primeiro ano de cirurgia.

Além disso, a cirurgia metabólica é uma ferramenta eficaz para prevenir complicações graves do diabetes como a insuficiência renal, a retinopatia diabética, acidentes cardiovasculares e os problemas de úlcera e gangrena dos membros inferiores que levam muitos pacientes a ter de amputar parte da perna.





XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Pesquisa aponta que, mesmo sabendo dos riscos, a adesão do paciente ao tratamento do colesterol alto é abaixo do esperado

De acordo com o levantamento, apenas 41% dos diagnosticados afirmaram estar usando algum medicamento para controlar o colesterol alto

 

Mesmo sendo a principal causa de mortalidade no Brasil desde a década de 601, os fatores metabólicos de risco para doenças cardiovasculares ainda não são adequadamente conhecidos. Segundo pesquisa realizada pela Novartis em parceria com a Minds4Health, empresa de pesquisa e consultoria especializada no segmento healthcare, apenas 41% das pessoas que afirmaram ter recebido o diagnóstico de colesterol alto de um médico permaneciam usando algum medicamento para controlar a condição, embora 77% do total dos entrevistados afirmasse saber que o colesterol alto é um fator de risco para doenças cardiovasculares e 78% declarasse conhecer alguém que faleceu em decorrência da doença. 

“Os dados nos mostram um desafio que precisa ser endereçado urgentemente e de forma intersetorial para que possamos efetivamente evitar que milhares de pessoas, aproximadamente 400 mil por ano só no Brasil, venham a óbito por eventos que podem ser prevenidos”, afirma Fabiana Roveda, diretora médica da área cardiovascular da Novartis Brasil. “É necessário trabalhar para uma cultura de prevenção e promoção da saúde que envolva não tão somente as pessoas em geral, mas também oriente o sistema de saúde para a implementação de uma linha de cuidado que pense o continuum da doença com o envolvimento das equipes de saúde como um todo no seu enfrentamento, considere o paciente de ponta a ponta e integre os vários setores da saúde e de políticas complementares como a política da assistência, educação e esportes”, completa Fabiana. 

O levantamento da Novartis aponta ainda que embora 76% dos entrevistados afirmassem saber o que é risco cardiovascular, 24% disseram não ter recebido orientação alguma sobre o assunto. Daqueles que receberam orientações, 45% afirmaram ter recebido essa orientação de um cardiologista, sendo o clínico geral a segunda especialidade mais citada, seguida de médico da família, enfermeira e ginecologista.

 

Ciclo “A Sociedade Brasileira e o Cuidado da Saúde Cardiovascular” 

Com o intuito de estimular reflexões sobre o impacto das Doenças Cardiovasculares nos diversos setores da sociedade, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e a farmacêutica Novartis promoveram o ciclo de seminários online “A Sociedade Brasileira e o Cuidado da Saúde Cardiovascular”, de 27 a 30 de setembro. A atividade foi o ponto de partida de um esforço conjunto para ampliar as discussões e estudos multissetoriais sobre saúde do coração, tendo em vista os impactos desse grupo de doenças na qualidade de vida da população, na economia e nos sistemas de saúde do Brasil.

 


Novartis 

 http://www.novartis.com.br

 

 


Referências:

1. Ribeiro ALP, Duncan BB, Brant LCC, Lotufo PA, Mill JG, Barreto SM. Cardiovascular health in Brazil: trends and perspectives. Circulation. 2016;133(4):422-33. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.114.008727.

» https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.114.008727


Covid em gestantes e puérperas: atualização do Observatório Obstétrico Brasileiro

O Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) fechou a mais recente atualização dos dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave por COVID-19 na população de gestantes e puérperas (OOBr COVID-19), além da população infantil até 2 anos (OOBr COVID-19 1000 dias). São números baseados no SIVEP-Gripe disponível pelo Ministério da Saúde no site https://opendatasus.saude.gov.br/dataset  de 10 de novembro de 2021.

 

Desde o início da pandemia, são 1.926 gestantes e puérperas mortas pela COVID-19. Contabilizamos 1.465 óbitos maternos em 2021, ou seja, 217% a mais do que 2020.

 

Um destaque é a letalidade da doença em casos graves (casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG): era de 7,3% em 2020 e saltando para 14,2% em 2021. Desde o início da pandemia, uma a cada cinco gestantes e puérperas mortas por COVID-19 não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 32,4% não foram intubadas.

 

Assim, entre março de 2020 até a última atualização, são 18.601 casos de SRAG confirmados por Covid-19 e, repetimos, 1.926 óbitos (11,6% dos casos finalizados). Isso sem contar outros 14.024 de registros com 373 mortes entre gestantes e puérperas com SRAG não especificada, que podem ser também episódios de SARS-Covid-19.

 

Veja abaixo os gráficos do número de casos de SRAG por COVID-19, do número de óbitos por COVID-19 e da letalidade em casos graves de COVID-19 por semana epidemiológica de primeiros sintomas. Nos limitamos a apresentar os dados até 17/10/2021 por questões de subnotificação, uma vez que as notificações são realizadas em 15 dias da data dos primeiros sintomas, em média. Veja quadros com números de casos e óbitos ao término do e-mail.

 

Letalidade em casos graves (casos de SRAG):

 

O OOBr Covid-19 visa a dar visibilidade aos dados desse público específico e oferecer ferramentas para análise e fundamentação de políticas públicas para atenção à saúde de gestantes e puérperas durante a pandemia atual.

 

Clique no link  observatorioobstetrico.shinyapps.io/covid_gesta_puerp_br  para acessar o OOBr COVID-19.

 

 

OOBr COVID-19 1000 dias

 

Os primeiros 1000 dias de vida da criança é o período compreendido entre a concepção até os dois primeiros anos de vida (270 dias de gestação e 730 dias de vida da criança). Este é o intervalo de ouro que determina todo o futuro da criança no âmbito biológico (crescimento e desenvolvimento), intelectual e social. Este termo decorre de uma série de estudos publicados na revista de medicina inglesa Lancet, entre 2008 e 2013, que analisou os primeiros mil dias do ciclo de vida, demonstrando que o cuidado se inicia com a mãe durante a gravidez. A falta de políticas públicas de saúde comprometidas com a saúde integral da gestante e da criança desencadeia consequências irreparáveis que impactam diretamente na mortalidade infantil nesta faixa etária.

 

Desde o início da pandemia, são 12.118 casos de SRAG confirmados por COVID em crianças até dois anos e 977 mortes. Um destaque é a alta concentração de mortes nos primeiros meses de vida do bebê: 56,1% delas está concentrada até no terceiro mês (548 óbitos).

Dos bebês que morreram por Covid nessa faixa etária, 30,8% não foram para UTI e 38,5% não passaram por intubação, recursos importantes nessas situações. 

Se considerarmos todos os casos de SRAG nesse público infantil, foram 33.462 registros e 1.727 mortes em 2020. Neste ano, são 57.058 casos e 1.442 óbitos. Em 2019 (ano anterior à pandemia) foram 19.142 casos de SRAG e 576 mortes nessa faixa etária.

Em 2020, a porcentagem de desconhecimento do agente causador da SRAG é de 77,7% e essa porcentagem é de 72,7% em 2021. O problema não é novo mas se agravou na pandemia de Covid-19. Em 2019, por exemplo, 58% tinham agente etiológico desconhecido. 

Dentre os casos com agente etiológico conhecido, o coronavírus responde a 73,1% dos registros em 2020 e 42,8% em 2021. O restante fica por conta dos vírus que tradicionalmente afetam as crianças pequenas, como o adenovírus.

Clique no link observatorioobstetrico.shinyapps.io/criancas_ate2anos para acessar o OOBr COVID-19 1000 dias.

 

 

Números de vacinação contra COVID-19

 

Ao considerar os dados de vacinação da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, divulgados em https://opendatasus.saude.gov.br/dataset/covid-19-vacinacao  e atualizados em 10/11/2021, são 1.739.579 doses aplicadas em gestantes e puérperas, com 756.938 gestantes e puérperas completamente imunizadas (com segunda dose ou dose única). 

 

Para outras informações sobre a vacinação COVID-19 para a população de gestantes e puérperas, clique no link https://observatorioobstetrico.shinyapps.io/vacinacao-covid19 e acesse os menus "Vacinação COVID-19", para informação das doses aplicadas diariamente e acumuladas, e "Vacinação estado e município", para recortes por estados e municípios brasileiros. Para as análises consideradas nesses dois menus, foram filtrados casos únicos identificados como ‘gestante’ ou ‘puérpera’, ano de vacinação em 2021, do sexo feminino e entre 10 e 55 anos.  

 

Os dados inconsistentes (casos de sexo masculino, com ano de vacinação diferente de 2021 e com idade menor que 10 anos e maior que 55 anos) não foram considerados nos números e análises descritos anteriormente e podem ser vistos no menu “Inconsistências vacinação”.


Alzheimer e COVID-19 compartilham um mesmo fator de risco genético

Um gene antiviral que impacta o risco de doença de Alzheimer e covid-19 grave foi identificado por uma equipe de pesquisa liderada pela UCL.

Os pesquisadores estimam que uma variante genética do gene OAS1 aumenta o risco de doença de Alzheimer em cerca de 3 a 6% na população como um todo, enquanto variantes relacionadas no mesmo gene aumentam a probabilidade de resultados graves de covid-19.

As descobertas, publicadas na Brain, podem abrir a porta para novos alvos para o desenvolvimento de drogas ou rastreamento da progressão da doença em qualquer uma das doenças, e sugerir que os tratamentos desenvolvidos podem ser usados ​​para ambas as condições. Os resultados também têm benefícios potenciais para outras doenças infecciosas e demências relacionadas.

O autor principal, Dr. Dervis Salih (UCL Queen Square Institute of Neurology e UK Dementia Research Institute at UCL) disse: "Embora o Alzheimer seja caracterizado principalmente pelo acúmulo prejudicial de proteína amilóide e emaranhados neurofibrilares no cérebro, há também uma extensa inflamação no cérebro que destaca a importância do sistema imunológico na doença de Alzheimer. Descobrimos que algumas das mesmas alterações no sistema imunológico podem ocorrer na doença de Alzheimer e na covid-19.

"Em pacientes com infecção grave por covid-19, também pode haver alterações inflamatórias no cérebro. Aqui, identificamos um gene que pode contribuir para uma resposta imune exagerada para aumentar os riscos de Alzheimer e covid-19."

Para o estudo, a equipe de pesquisa procurou desenvolver seu trabalho anterior, que encontrou evidências de um grande conjunto de dados de genomas humanos, para sugerir uma ligação entre o gene OAS1 e a doença de Alzheimer.

O gene OAS1 é expresso na micróglia, um tipo de célula imune que constitui cerca de 10% de todas as células encontradas no cérebro. Investigando a ligação do gene ao Alzheimer, eles sequenciaram dados genéticos de 2.547 pessoas, metade das quais com doença de Alzheimer. Eles descobriram que pessoas com uma variação específica, chamada rs1131454, do gene OAS1 eram mais propensas a ter a doença de Alzheimer, aumentando o risco basal dos portadores de Alzheimer em torno de 11 a 22%. A nova variante identificada é comum, já que se acredita que pouco mais da metade dos europeus a carrega, e tem um impacto maior no risco de Alzheimer do que vários genes de risco conhecidos.

Suas descobertas adicionam OAS1, um gene antiviral, a uma lista de dezenas de genes que agora se sabe que afetam o risco de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer.

Os pesquisadores investigaram quatro variantes do gene OAS1, todas as quais amortecem sua expressão (atividade). Eles descobriram que as variantes que aumentam o risco da doença de Alzheimer estão ligadas (herdadas em conjunto) com variantes OAS1 recentemente descobertas para aumentar o risco de base de necessidade de cuidados intensivos para covid-19 em até 20%.

Como parte da mesma pesquisa, em células imunológicas tratadas para imitar os efeitos do coronavírus, os pesquisadores descobriram que o gene controla o quanto as células imunológicas do corpo liberam proteínas pró-inflamatórias. Eles descobriram que as células da micróglia, onde o gene era expresso de forma mais fraca, tinham uma resposta exagerada ao dano tecidual, desencadeando o que eles chamam de "tempestade de citocinas", que leva a um estado autoimune em que o corpo ataca a si mesmo.

A atividade da OAS1 muda com a idade, portanto, pesquisas adicionais na rede genética podem ajudar a entender por que os idosos são mais vulneráveis ​​ao Alzheimer, covid-19 e outras doenças relacionadas.

O estudante Naciye Magusali (UK Dementia Research Institute at UCL) disse: "Nossas descobertas sugerem que algumas pessoas podem ter aumentado a suscetibilidade à doença de Alzheimer e covid-19 grave, independentemente de sua idade, já que algumas de nossas células imunológicas parecem ter um mecanismo molecular em ambas as doenças".

Após o surto da pandemia covid-19, pesquisadores do UK Dementia Research Institute da UCL voltaram sua atenção para a investigação das consequências neurológicas de longo prazo do vírus. Usando biomarcadores encontrados no sangue e fluido ao redor do sistema nervoso central, eles têm como objetivo rastrear a neuroinflamação e os danos aos neurônios.

Dr. Salih disse: "Se pudéssemos desenvolver uma maneira simples de testar essas variantes genéticas quando alguém testou positivo para covid-19, então seria possível identificar quem está em maior risco de precisar de cuidados intensivos, mas há muito mais trabalho a ser feito para nos levar até lá. Da mesma forma, esperamos que nossa pesquisa possa contribuir para o desenvolvimento de um exame de sangue para identificar se alguém está em risco de desenvolver Alzheimer antes de apresentar problemas de memória.

"Também estamos continuando a pesquisar o que acontece quando esta rede imunológica é ativada em resposta a uma infecção como a covid-19, para ver se isso leva a algum efeito duradouro ou vulnerabilidade, ou se está entendendo a resposta imunológica do cérebro à doençã, envolvendo o gene OAS1, pode ajudar a explicar alguns dos seus efeitos neurológicos".

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: A genetic link between risk for Alzheimer's disease and severe COVID-19 outcomes via the OAS1 gene, Brain (2021). DOI: 10.1093/brain/awab337


Tratamentos com células-tronco são promissores contra diabetes, apontam estudos

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Diretor do Grupo Criogênesis explica como pode beneficiar mais de 13 milhões de diabéticos no Brasil


Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, que tem por objetivo conscientizar a população acerca dos riscos, a importância da prevenção e tratamento adequado da doença. A data foi criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afim de debater o seu impacto global causado à saúde. A doença se configura pela falta de insulina no sangue, que é desencadeada devido à insuficiência de produção pelo pâncreas, levando ao aumento na taxa de glicose, que eleva a concentração de açúcar nas células sanguíneas.

De acordo com doutor Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, o diabetes é dividido em quatro tipos principais: o Tipo 1, que surge durante o nascimento e é considerado autoimune, o Tipo 2, mais comum por hábitos alimentares indevidos que causam resistência à produção de insulina, diabetes gestacional, que acontece durante a gravidez e tem relação direta com as alterações hormonais da mulher, e o pré-diabetes, descontrole e elevação do açúcar no sangue, entretanto insuficiente para um diagnóstico conclusivo. "A enfermidade causa um déficit na metabolização da glicose, que pode trazer riscos eminentes à saúde. Seus sintomas mais recorrentes são cansaço, alterações na visão, aumento do apetite, sensação de sede de forma exagerada e vontade frequente de urinar", explica.

Atualmente, cerca de 13 milhões de indivíduos são considerados diabéticos no Brasil, o equivalente a 7% da população, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes. Apesar de ser uma doença controlável, Tatsui afirma que não há cura, principalmente para o Tipo 1, que é considerado o mais grave. "Nesse caso, o sistema de defesa identifica as células ß do pâncreas, que realizam o equilíbrio de açúcar no sangue, e as destroem. Dessa maneira, é necessário a aplicação do hormônio injetável e o controle diário da taxa de glicose", comenta o hematologista.

Nos últimos anos novos tratamentos à base de células-tronco têm se mostrado promissores contra a patologia. Estudos publicados em diferentes revistas internacionais concluíram que células humanas foram transformadas em produtoras de insulina ou foram capazes de diminuir a destruição das células ß do pâncreas. Uma pesquisa, neste caso pioneira, foi realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), em conjunto com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que apontou que o transplante de células-tronco é potencialmente eficiente contra o diabetes Tipo 1. "Os pacientes necessitaram de menores índices de insulina, proporcionando uma maior qualidade de vida. Uma recente meta-análise demonstra que as células mesenquimais do tecido do cordão apresentam algumas vantagens, sendo pertinente a indicação da coleta do sangue de cordão e o tecido para familias com tendência ao diabetes", afirma.

Para o futuro, doutor Nelson declara que existe a expectativa de avanço no desenvolvimento de vacinas especializadas. O médico salienta que apesar de estarem em estágios iniciais, o imunizante pode ajudar a impedir o diabetes. "Resultados publicados no jornal acadêmico Diabetes Care indicam que em um dos subconjuntos de pacientes, a perda de insulina aconteceu de forma mais lenta, o que é bastante positivo. Novos estudos devem consolidar ainda mais os rumos de terapias bem-sucedidas no futuro", finaliza.


Criogênesis


Cannabis medicinal auxilia na prática esportiva

O canabidiol, uma das substâncias encontradas na planta Cannabis, pode ajudar na performance de atletas


A perfeição no esporte e uma vida sem dores físicas é algo quase que impossível de atingir. Atletas de alta intensidade, vivem a procura de substâncias que possam melhorar seu desempenho e aliviar o sofrimento físico, isso porque os suplementos devem ser seguros e de preferência naturais, além de obrigatoriamente estarem em concordância com as leis antidopagem.

Remédios à base de cannabis medicinal podem ser opções para ajudar os atletas com o tratamento de dor. Em discussões sobre o canabidiol (CBD), que em 2018 foi excluído da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), alguns médicos alertaram que essa mesma substância podia ser uma solução para competidores superarem lesões e dores musculares.

O periódico Sports Medicine, em junho de 2020, publicou um artigo intitulado "Cannabidiol and Sports Performance: a Narrative Review of Relevant Evidence and Recommendations for Future Research", sobre estudos pré-clinicos que sugerem o CBD como uma substância útil para atletas.

Os autores do documento descobriram que o CBD realmente pode promover efeitos fisiológicos, bioquímicos e psicológicos potencialmente benéficos para os atletas. "O uso do CBD antes do treino diminui o stress em aproximadamente 80% e aumenta a concentração na atividade física. Após a atividade o uso do CBD ajuda a diminuir a dor e acelerar a recuperação muscular graças as suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, regeneradora e relaxante muscular, eliminando também as câimbras. Outro ponto importante é que o CBD melhora o sono e, atualmente, está bem estabelecida a importância do sono na regeneração muscular e diminuição do stress", explica a médica Maria Teresa Jacob, que trabalha com o tratamento de dor crônica há mais de 20 anos e é atuante em medicina canabinóide.

Uma dúvida que fica é sobre a quantidade de CBD mais adequada para o organismo de um atleta. "Como em atletas é utilizado somente o CBD, não existe quantidade limite que possa ser relacionada com doping. O importante é uma dosificação específica para cada atleta pois o sistema endocanabinoide é extremamente individual. Desta forma conseguimos a dose adequada para cada um", conta a médica Maria Teresa, de acordo com sua experiência.

"O uso deve ser sob prescrição médica, feita por profissionais com especialização em sistema endocanabinoide e em cannabis medicinal", completa a médica.

 


Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.

Bem - Medicina Canábica e Bem Estar


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