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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Mitos e verdades sobre Acondroplasia: entenda tudo sobre o tipo mais comum de nanismo

O diagnóstico é feito somente na infância? Apenas pais portadores podem ter filhos com a doença? Médico explica as principais questões acerca do assunto

 

Com incidência em 1 a cada 25 mil nascidos vivos, a acondroplasia é considerada uma doença rara, mas, ainda assim, é o tipo mais comum de displasia óssea desproporcional, que leva ao nanismo (1). Ainda que a baixa estatura seja o sintoma mais perceptível, a condição traz outros quadros clínicos que precisam ser acompanhados e tratados o quanto antes, portanto o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para que o indivíduo tenha mais qualidade de vida e que possa lidar com a prevenção de comorbidades.

"Em geral, os indivíduos com acondroplasia tem uma expectativa de vida cerca de 10 anos menor à de uma pessoa sem a mesma condição (2). Além disso, as crianças com menos de dois anos tem um risco aumentado de problemas devido à uma irregularidade na junção craniocervical. Portanto, ao receber a confirmação do diagnóstico, é essencial que a criança tenha acesso a uma equipe multidisciplinar, já que podem surgir complicações neurológicas, respiratórias e ortopédicas já na primeira infância", explica o endo pediatra Dr. Paulo Solberg.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se uma doença rara quando esta apresenta até 65 em cada grupo de 100 mil pessoas. No Brasil, cerca de 75% das doenças raras se manifestam na infância e, muitas vezes, esses pacientes se consultam com até 10 médicos de especialidades diferentes para chegarem no diagnóstico correto (3). Dessa forma, aumentar a discussão sobre acondroplasia é uma maneira de adiantar um possível diagnóstico e informar a sociedade sobre essa questão, além de fomentar a inclusão social e clínica da condição.

Abaixo o endo pediatra responde as principais dúvidas sobre acondroplasia:

Todos os tipos de nanismo apresentam os mesmos sintomas e causas.

Mito. O nanismo pode ser desencadeado por diferentes motivos, entretanto os principais são: o nanismo causado por uma displasia óssea, sendo a acondroplasia a mais comum, e o nanismo hipofisário. No último, a baixa estatura é resultado da produção insuficiente de hormônio do crescimento em que os membros crescem de forma harmônica e proporcional ao resto do corpo e o tratamento com hormônio do crescimento é recomendado (4). Já no nanismo causado pela acondroplasia, ocorre uma mutação no gene FGFR3 que passa a atuar de forma exagerada e impede o crescimento normal do indivíduo que, além da baixa estatura, apresenta também como sintoma o crescimento desproporcional dos ossos longos, assim como outros sintomas ortopédicos, neurológicos e respiratórios. Nesse caso, os tratamentos sugeridos são cirurgias de correção. "Contudo, a evolução da ciência tem proporcionado novas formas de incentivar o crescimento ósseo, reduzindo os malefícios da condição", conta.


O diagnóstico pode ser feito durante a gestação.

Verdade. A partir do terceiro trimestre de gestação é possível ter uma suspeita diagnóstica durante a ecografia de rotina, que mede os ossos longos do feto e para confirmar pode ser feito a amniocentese, um exame que se consiste na coleta do líquido amniótico para realizar a procura pela mutação no gene FGFR3 ou exames de imagem clínica como radiografias. Além disso, atualmente existem técnicas mais avançadas não invasivas que através do sangue materno se extrai células fetais e se procura a mutação. Mas, na maioria dos casos, espera-se o bebê nascer para que o diagnóstico seja feito com certeza.


Apenas pais com a acondroplasia podem ter filhos com a mesma condição.

Mito. Mesmo que se trate de uma doença genética, cerca de 80% dos casos de acondroplasia possuem origem em novas mutações, ou seja, a criança nasce com a doença mesmo que seus pais não tenham acondroplasia e apenas 20% dos casos são recorrentes de pais com a doença. Vale ressaltar que a idade pode influenciar, já que pais com mais de 45 anos têm maior risco de terem filhos com alguma doença genética, incluindo a acondroplasia (5). Além disso, por se tratar de uma doença autossômica dominante, se apenas um dos pais tiver doença, a probabilidade de terem um filho com a mesma condição é de 50%.

"Alguns pais ficam surpresos ao receberem o diagnóstico de acondroplasia dos seus filhos, já que não são portadores e não possuem nenhum histórico familiar, porém grande parte dos casos da doença são origem de novas mutações do gene naquela gestação. Essa mutação ocorre a partir de uma região do nosso DNA que está mais sujeita a esse tipo de evento, já que se observa em mais de 95% dos pacientes a mesma troca genética na mesma região, também conhecidos como regiões de hot spots. Entretanto, até o momento não está claro o motivo dessa região estar mais suscetível a mutações", complementa o Dr. Paulo Solberg.


A baixa estatura é o único sintoma da acondroplasia.

Mito. Além da baixa estatura, em que os homens apresentam uma altura média de 130 cm (variando de 120 a 145 cm) e as mulheres tenham uma altura média de 125 cm (variando de 115 a 137 cm), os indivíduos também podem apresentar cabeça de maior tamanho, testa proeminente, curvatura excessiva na coluna lombar, pernas arqueadas, articulações hiperextensíveis, infecções no ouvido recorrentes que podem levar à perda auditiva, atraso em alguns marcos de desenvolvimento infantil como caminhar, apneia do sono, obesidade, pressão arterial elevada e doença cardíaca. (6)

"As pessoas com acondroplasia podem lidar com diversas complicações ao longo da vida relacionadas à doença e por isso precisam de um acompanhamento médico reforçado desde o nascimento. Com o passar do tempo as especialidades médicas mais importantes mudam de acordo com as suas necessidades, mas a partir dos primeiros meses de vida é essencial que o paciente passe a se consultar com o otorrinolaringologista, neurologista, geneticista, pediatra e especialista de sono", explica o médico.


Não existe cura para acondroplasia.

Verdade. Até o momento, não foi encontrado uma cura para acondroplasia. Porém, já existe um tratamento em aprovação em diversos países, inclusive no Brasil, para bloquear o sinal controlado pelo gene defeituoso FGFR3, permitindo o crescimento ósseo em crianças com acondroplasia.

No entanto, realiza-se atualmente um tratamento com foco em controlar todas as complicações e sintomas relacionados à acondroplasia. Para o déficit de crescimento, o hormônio de crescimento é pouco efetivo e pode-se recorrer à cirurgia de alongamento, porém trata-se de um procedimento complexo que ao ser escolhido necessita de um acompanhamento multidisciplinar. (7)

 


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Referências
1. https://www.achondroplasia.com/pt-br/what-is-achondroplasia/. Acesso em 07 de julho de 2021.
2. 10-year reduction in overall life expectancy.Wynn J, et al. Am J Med Genet A. 2007;143A:2502-2511. Hunter AGW, et al. J Med Genet. 1998;35:705-712. 4Hecht JT, et al. Am J Hum Genet. 1987;41:454-464. 5Simmons K, et al. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2014;100:247-249.
3. https://muitossomosraros.com.br/visao-geral/raras-porque/. Acesso em 07 de julho de 2021. 4. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/nanismo/. Acesso em 07 de julho de 2021. 3. https://muitossomosraros.com.br/visao-geral/raras-porque/. Acesso em 07 de julho de 2021.
4. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/nanismo/. Acesso em 07 de julho de 2021.
5. Glass, L., Shapiro,I., Hodge, S. E., Bergstrom, L., & Rimoin, D. L. (1981). Audiological f indingsofpatientswithachondroplasia.Internationaljournalofpediatricotorhinolaryngology, 3(2), 129-135.
6. Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_

Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple.Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple.
7. https://somostodosgigantes.com.br/nanismo-acondroplasico-e-o-mais-comum/. Acesso em 08 de julho de 2021.



Mais de 10 milhões de vidas podem ser perdidas, até 2050, pelo fenômeno da resistência antimicrobiana

Mais de 70% das bactérias que causam infecções são resistentes a, pelo menos, um dos medicamentos mais comumente usados para tratá-las

 



Vários estudos têm alertado que, mais de 70% das bactérias que causam infecções associadas aos cuidados de saúde, são resistentes a pelo menos um dos medicamentos mais comuns em seu tratamento. Tais doenças estão intimamente ligadas à resistência antimicrobiana e, muitas vezes, são causadas por um risco maior de estirpes resistentes de bactérias encontradas no corpo. A resistência antimicrobiana tem sido uma das questões de saúde global mais urgentes atualmente, devido suas consequências.

Informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertam sobre a magnitude do problema caso medidas imediatas não forem tomadas, pois o número de mortes causadas por bactérias resistentes poderá aumentar para 10 milhões de vidas por ano até 2050, com um custo cumulativo para a produção econômica global de 100 trilhões de dólares.

Com o objetivo de aumentar a conscientização global sobre a resistência microbiana, a Organização Mundial da Saúde (ONU), tem promovido discussões sobre o tema, além de incentivar as melhores práticas entre o público em geral, trabalhadores da saúde e formadores de políticas públicas para prevenirem o desenvolvimento e a propagação de infecções resistentes aos antimicrobianos.

No Brasil, em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), instituiu a Câmara Técnica de Resistência Microbiana (Catrem), com a finalidade de assessorar a Diretoria Colegiada (Dicol) na elaboração de normas e medidas para o monitoramento, o controle e a prevenção da resistência microbiana em serviços de saúde no país. Posteriormente, foi criado o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, estabelecendo metas para o enfrentamento do problema por aqui.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência antimicrobiana é o fenômeno resultante da capacidade de certos microrganismos, como bactérias e vírus, de neutralizar o efeito de medicamentos, como os antibióticos. Ela surge através da mutação do microrganismo ou da aquisição do gene de resistência.

A gerente clínica de Medical Solutions da Essity Brasil, Rosângela Oliveira, ressalta que escolas e hospital merecem uma especial atenção à proliferação de doenças mais comuns, que podem ser verdadeiros vilões da resistência antimicrobiana. “Como os sistemas imunológicos das crianças não estão totalmente desenvolvidos e a exposição à infecção é parte de seu processo de desenvolvimento, reunir crianças pequenas em um espaço confinado é sinônimo de propagação de doenças”, destaca Rosangela.

Embora algumas doenças sejam inevitáveis, melhores padrões de higiene nas pré-escolas e escolas, como o incentivo à higienização das mãos, têm um impacto positivo relacionado à saúde.

A resistência antimicrobiana coloca doenças em risco de complicação que podem, eventualmente, levar à morte. Em um cenário menos negativo, as infecções provenientes de bactérias multirresistentes, adquiridas em hospitais, resultam em estadias prolongadas dos pacientes.

“A boa notícia é que até 70% das infecções associadas aos cuidados de saúde podem ser prevenidas, e a maneira mais eficaz e econômica é melhorar os padrões tanto de saneamento hospitalar, quanto de higiene das mãos entre os profissionais de saúde e a população geral. Outro ganho é a utilização de produtos inovadores e focados no tratamento avançado de feridas, como as fitas adesivas Leukoplast® ou o uso de curativos Cutimed®, que utilizam uma abordagem específica para reduzir a carga biológica em feridas, e que podem auxiliar na redução do uso excessivo de antibióticos”, pontua a gerente clínica da Essity Brasil.

Obviamente, existem formas simples e eficazes na solução da resistência antimicrobiana. Evitar a automedicação, não pedir antibióticos aos médicos quando não for necessário e seguir à risca as instruções do tratamento prescrito é, sem dúvidas, a mais importante, assim como a lavagem regular das mãos e práticas higiênicas na vida diária, ajudam a prevenir infecções.

A resistência antimicrobiana é a maior ameaça global aos sistemas de saúde pública. A Essity, consciente disso, ampliou sua parceria com as Nações Unidas, e juntou-se a um grupo de especialistas de diferentes setores na luta contra este fenômeno, com o objetivo de acelerar as mudanças e gerar maior impacto. Além disso, por meio de nossos produtos, trabalhamos todos os dias para que as pessoas se sintam mais protegidas e tenham soluções confiáveis que lhes proporcionem segurança.


Essity

www.essity.com


InCor prepara testes clínicos da vacina em spray contra a covid-19

Anvisa recebeu hoje documento com detalhes técnicos e metodológicos das fases I e II, que devem ter início em 2022


O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) deu entrada nesta quinta-feira (21/10) no pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para início dos estudos clínicos fases I e II da vacina contra a covid-19 administrada em spray nasal. O desenvolvimento brasileiro é inédito no mundo não apenas pela sua forma de administração pelas narinas, mas também pelos componentes derivados do vírus que ele utiliza para a imunização e pelo veículo que os transporta (nanopartículas).

As pesquisas experimentais realizadas até agora mostram que os animais imunizados com a vacina do InCor apresentam altos níveis de anticorpos IgA e IgG e também uma resposta celular protetora. "Estamos esperançosos nos resultados clínicos desta vacina em spray, pois todos os testes que nos propomos a fazer têm nos mostrados importantes conquistas no combate ao vírus", diz o pesquisador chefe do estudo, Dr. Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor e professor Titular da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP).

O objetivo é que os testes sejam iniciados em janeiro de 2022. O estudo contará com 280 participantes distribuídos em 7 grupos - seis deles tomarão doses diferentes entre si, para testar a melhor dosagem, e o último receberá apenas placebo . As duas primeiras fases dessa etapa clínica terão duração de até três meses e contemplarão a análise de segurança, a resposta imune e o esquema vacinal (dose) mais adequado.

O imunizante desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor conta com a parceria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e das seguintes unidades da USP (Universidade de São Paulo): FM (Faculdade de Medicina), Instituto de Ciências Biomédica (ICB) e FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas).

Kalil explica que o modelo em formato de spray de aspiração nasal visa combater o Sars-Cov-2 no local mais importante da infecção, as vias aéreas. "O vírus entra no organismo pelo nariz infectando a mucosa. O nosso foco é criar uma vacina que atue diretamente no sistema respiratório, fortalecendo a resposta imune de toda essa região, de forma a evitar a cadeia de infecção do indivíduo, desenvolvimento da doença e transmissão para outras pessoas".

Diferente das vacinas atuais, que usam a proteína spike para induzir a resposta imune do organismo, a vacina do InCor utiliza peptídios sequenciais (biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos) derivados de proteínas que compõe o vírus. Para fazer a administração pelas vias aéreas superiores, os pesquisadores desenvolveram uma formulação também inédita. A proteína vacinal é inserida em nanopartículas capazes de atravessar a barreira de cílios e muco presentes no nariz, chegando às células.

O mecanismo, diz Kalil, tem se mostrado capaz de aumentar o nível de imunoglobulinas A, anticorpos que são os grandes defensores das mucosas, e também potencializar a resposta celular local, elevando sua proteção.

"O coronavírus vai persistir na sociedade. Sabe-se que as vacinas atualmente em uso não garantem a proteção por longos períodos, sendo necessário um reforço vacinal. Como a maioria da população brasileira está imunizada, iremos recrutar voluntários já vacinados contra covid-19 e com isto poderemos analisar o efeito de potencializar a resposta imune", esclarece.


O histórico da pesquisa

Kalil conta que logo no início da pandemia "resolvemos desenvolver uma vacina que fosse uma alternativa ao que estava sendo desenvolvido no exterior e que fosse um projeto essencialmente brasileiro com completa autonomia de ação. Graças ao financiamento do MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações), através da Rede Vírus, congregamos cientistas de nosso laboratório com larga experiência na área de vacinas (Edecio Cunha Neto, Keity Santos e Verônica Coelho), associados à Dra. Silvia Boscadin e o Dr Edison Durigon (ICB-USP), além do Dr. Marco Antônio Stephano, da FCF. Foi incorporada também no grupo a Dra. Daniela Santoro. Agora, na fase dos ensaios clínicos, contaremos com a ajuda do Dr. Pedro Giavina-Bianchi. Em volta destes pesquisadores no núcleo central do projeto, agregam-se hoje mais de 30 especialistas, entre cientistas sêniores e alunos de pós-doutorado e pós-graduação, que se dividem nas múltiplas tarefas do complexo desenvolvimento de uma nova vacina. Para chegar aos parâmetros de proteção contra a covid-19 que balizaram o modelo da vacina, nós contamos com o estudo da resposta imune de proteção de 220 voluntários convalescentes da doença, ao longo do primeiro semestre de 2020.

 


Sobre o InCor

O InCor é um hospital público de alta complexidade, especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica. Além de ser um polo de atendimento - desde a prevenção até o tratamento -, o Instituto do Coração também se destaca como um grande centro de pesquisa e ensino. O Incor é parte do Hospital das Clínicas e campo de ensino e de pesquisa para a Faculdade de Medicina da USP - Universidade de São Paulo. Para a manutenção de sua excelência, o Instituto tem suporte financeiro da Fundação Zerbini, entidade privada sem fins lucrativos.


5 dicas para prevenir a osteoporose

Você sabia que uma em cada três mulheres têm osteoporose em todo o mundo? Entre os homens, a incidência é um pouco menor: 1 em cada 5 apresenta o diagnóstico. Essa doença do metabolismo provoca a perda de massa óssea e a incapacidade de reconstrução das células do tecido ósseo. Por isso, separamos 5 dicas sobre osteoporose para ajudar você, confira:


- Aumente o consumo de cálcio

Apesar de não ser o único tratamento, os alimentos ajudam muito no combate à osteoporose. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o ideal é ingerir pelo menos 800 mg de cálcio por dia.

 

- Pare de tomar refrigerante

O refrigerante em excesso aumenta consideravelmente os níveis de fosfato no sangue, afetando os ossos e impedindo que o organismo absorva o cálcio.

 

- Preste atenção à Vitamina D

A vitamina  D melhora a saúde dos ossos porque ajuda o corpo a absorver o cálcio. Por isso, o cálcio sozinho não vale. Ele só é absorvido pelo organismo e bem utilizado quando existe uma quantidade suficiente de vitamina D. 

 

- Faça atividades físicas

Manter uma rotina de exercícios físicos ajuda a fortalecer os ossos e a atrasar a perda de massa óssea. O ideal é que sejam atividades mais leves e com o mínimo de impacto, como a caminhada.

 

- Consulte seu médico e faça a densitometria

A osteoporose é uma doença silenciosa, que demora a ser notada porque não dá sinais de dor nem qualquer outro sintoma. Como ela não se expressa facilmente, poucas pessoas acabam descobrindo antes de sofrer a primeira fratura. Por isso, é muito importante que você consulte o seu médico regularmente e faça a densitometria óssea se ele recomendar.

 


Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.


Gengivite: entenda por que o problema pode aparecer na gravidez

 

A gravidez é um acontecimento especial na vida da mulher. Mas tirando toda aquela visão floreada, é inevitável afirmar que também é uma etapa problemática. Paralelamente ao desenvolvimento do feto, a mãe passa por alterações hormonais que mexem com praticamente todo o corpo. As mudanças são sentidas de diversas formas: nos enjôos, no ganho de peso, no crescimento acentuado de pêlos e de unhas e no aumento do fluxo sanguíneo.


E é exatamente o aumento desse fluxo que impacta na saúde bucal. A produção de progesterona, um dos hormônios que aparecem com vigor durante a gestação, fica mais intensa, elevando a quantidade de sangue no corpo, em particular na região da gengiva. Isso deixa o tecido mais inchado e sensível, deixando mais suscetível ao aparecimento de placas bacterianas, que provocam a chamada gengivite gravídica.


A gengivite pode aparecer entre o 2º e o 8º mês de gravidez, mesmo para as mães mais cuidadosas quando se trata de higiene bucal. Por outro lado, em geral não chegar a ser um problema grave. “Os vasos sanguíneos nessa região ficam muito carregados, e isso provoca sangramentos durante a escovação e o uso do fio dental. Mas a primeira orientação é a mais importante: a mulher precisa continuar fazendo a limpeza completa normalmente”, explica Dra. Juliana Fernandes, cirurgiã dentista da Clínica Pataro, mestre e doutoranda em odontologia pela UFMG.


Para evitar novos ferimentos, a escova de dente deve ter cerdas macias e, no caso de usar enxaguantes bucais, o produto não pode conter álcool. “É a manutenção da saúde bucal que vai contribuir para combater as placas que provocam a gengivite. Além disso, manter em dia as visitas ao dentista, até para combater a inflamação, e manter uma alimentação equilibrada e saudável, com o mínimo possível de açúcar. São os caminhos para contornar o problema”, orienta Dra. Juliana.



Parto prematuro

Há, no entanto, alguns casos que exigem cuidado mais extremo sobre a gengivite gravídica. Segundo o periodontista, há estudos bastante recentes que associam o problema bucal a partos prematuros. Os riscos aumentam ainda mais quando a gengivite se agrava a ponto de tornar-se uma periodontite. Nesses casos, explica a especialista, as bactérias tomam conta não só dos tecidos, mas também de ligamentos e até mesmo ossos de sustentação dos dentes.

“A inflamação da gengiva é uma resposta do organismo ao surgimento de bactérias. Mas algumas dessas bactérias, quando se proliferam a ponto de agravar para uma periodontite, conseguem viajar para outras partes do corpo, inclusive para o útero. Nesse momento, o sistema imunológico reage com a produção de prostaglandina, que combate os microorganismos, mas que também é abortivo”, esclarece, antes de concluir: “não há mistério. O mais importante é manter a saúde bucal em dia e ir ao dentista”.


Saiba o que são as indenizações por dano material e como solicitar a reparação

As indenizações por dano material existem para reparar um dano material causado e estão previstas no Código Civil


Uma forma de reparar prejuízos materiais causados por uma pessoa ou instituição é por meio das indenizações, são os denominados danos patrimoniais, ou até mesmo danos materiais. Todavia, esse tipo de indenização não se aplica somente ao prejuízo causado no momento da ação. Também existe a possibilidade de conferir a indenização à pessoa que deixou de obter por conta do dano.

Lembrando que o dano é configurado pela ação ou efeito de causar prejuízo, mal, ofensa a uma outra pessoa. Já a palavra material faz referência ao dinheiro, aos bens materiais.

Dra. Eliana Saad Castello Branco, advogada e uma estudiosa das questões humanistas, exemplifica o dano material ou patrimonial causado a pessoa: “Supomos que em uma rodovia o condutor de um veículo, de maneira imprudente, ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com outro veículo. Nessa situação, o segundo condutor precisará de um reparo no valor de R$ 1 mil. Neste cenário o condutor responsável pelo acidente causou dano material ao condutor do segundo veículo, danificando seu bem material; Assim, o infrator fica obrigado a suportar os prejuízos que ele causou para o condutor do outro veículo, ou seja, os danos materiais causados terão que ser reparados, no nosso exemplo, o conserto do veículo deverá ser feito, para que o carro fique como estava antes da colisão”.

Ainda, de acordo com a advogada pode o dano material constituir um prejuízo ou perda que atinge o patrimônio corpóreo de outra pessoa, que obrigatoriamente deverá ser indenizada. O entendimento legal acerca dos danos materiais está previsto no artigo 186, do Código Civil onde diz que “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Seguindo o mesmo entendimento, o artigo 927, do Código Civil, determina que: “Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Essas são previsões legais que garantem o direito de reparação da pessoa que sofreu os danos materiais, portanto, ela tem o direito de pleitear o prejuízo suportado, por meio de uma ação de indenização por danos materiais”, afirma Dra. Eliana Saad Castello Branco, especialista em indenizações.


Tipos de indenizações por dano material

São dois: de danos emergentes e de lucros cessantes. O primeiro se refere aos prejuízos que a pessoa sofre na ação, ou seja, aquilo que a pessoa perdeu. Dra. Eliana lembra que em muitos casos o prejuízo visível. “Como no exemplo do veículo que bateu no outro por infração de trânsito e causou danos”.

O segundo, de lucros cessantes, é aquele que envolve os prejuízos patrimoniais, ou seja, o dinheiro que a pessoa deixou de ganhar por conta do problema. “Como no caso de um motorista de aplicativo que é vítima de um condutor infrator, ele pode pleitear a indenização pelos dias parados com o carro no conserto e impossibilidade de obter rendimento, neste caso ele também teve um prejuízo por conta dos lucros que deixou de ganhar. Enfatizo que o juiz também avalia se houve intencionalidade ou negligência na hora do fato ocorrido. Tudo isso influencia no valor final que deve ser cobrado por quem sofreu os danos materiais. Nem sempre os cálculos são simples, pois envolvem diversos fatores que precisam ser analisados pelo juiz. Por isso, é importante ser amparado por advogados especialistas neste tipo de ação”, alerta Dra. Eliana Saad Castello Branco.

Ela reforça que esse entendimento se encontra previsto no Código Civil. “Está lá no artigo 402 que diz: “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”. Portanto, não restam dúvidas da necessidade de indenizar a vítima deste dano”.


Como e quando pleitear uma indenização por dano material?

         Como vimos, segundo indica nossa legislação, toda pessoa que sofre um dano tem o direito de ser reparada, que abarca pessoas físicas e jurídicas. “Os danos materiais são os prejuízos financeiros que a pessoa tem por conta da ação de um terceiro e requerem alguma comprovação para que a indenização aconteça. Na maioria dos casos, isso ocorre por meio de notas fiscais, contratos de serviços ou objeto danificado, que também funciona como prova em determinados casos”, explica Dra. Eliana, que ressalta que em alguns casos pode haver a necessidade de testemunhas. “Isso ocorre principalmente quando há algum litígio envolvido no processo”.

         Portanto, cabe à vítima comprovar os prejuízos sofridos. Portanto, durante a tramitação da ação, deve demonstrar que o evento danoso que resultou no seu direito de danos materiais, bem como a extensão deste prejuízo. “Em outras palavras, no momento de pedir a indenização por danos materiais, a pessoa que ingressou com a ação tem o ônus da prova, ou seja, deve comprovar o tamanho do seu prejuízo e como ele foi causado”, adverte.

         “O dano material nasce do sentimento de perda, deterioração de um bem patrimonial ou prejuízo financeiro causado por outra pessoa e implica na necessidade de buscar instrumentos jurídicos que possibilitem a reparação do dano, de acordo com sua extensão e quantificação”, destaca. 

         Ela lembra ainda que o dano material pode ser atrelado ao dano moral. “Nesse cenário, a pessoa além de sofrer o prejuízo financeiro, é acometida por transtornos psicológicos ou emocionais. Este tipo de indenização tem um valor muito variável. É importante contratar um bom advogado para que uma boa análise do prejuízo seja feita. Assim, a pessoa que sofreu o dano consegue recuperar todas as perdas envolvidas. Para isso, é essencial analisar os tipos de danos materiais que possam ter sido causados”, afirma Dra. Eliana Saad Castello Branco.


O papel de um especialista no assunto

A ação de indenização por dano material pode ser distribuída em Juizado Especial Cível, que é uma instância judicial que resolve causas de menor complexidade, de maneira mais rápida. Todavia, para ingressar nesse juizado o valor da causa não deve ser maior que 40 salários-mínimos. Quando o valor da causa é maior que 20 salários-mínimos, para pleitear a ação de indenização por danos materiais é imprescindível a presença do advogado. “Embora em algumas situações a presença do advogado não seja obrigatória, lembre-se que mesmo no juizado especial, em todas as etapas da ação existem diversos critérios técnicos, que exigem a atuação de um profissional com conhecimento jurídico. Por outro lado, em casos mais complexos, em que o prejuízo sofrido ultrapassa 40 salários-mínimos, a atuação do advogado será sempre necessária. Este profissional é detentor de todos os conhecimentos necessários para ingressar com a ação de indenização por danos materiais, ele que auxilia e orienta sobre cada etapa do processo”, completa a especialista em ações indenizatórias.

 

 

Eliana Saad Castello Branco - advogada e sócia do escritório Saad Castello Branco, especializado em indenizações e responsabilidade civil, que está em atividade há três gerações desde 1977. Diplomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo reconhecimento aos trabalhos prestados, é importante palestrante do meio jurídico, empreendedor e de gestão de pessoas. Soma importantes conquistas jurídicas, como em favor dos consumidores que tiveram seu nome inscritos indevidamente no Serasa e SCPC, das vítimas de erro médico e da falta de atendimento em plano de saúde. Participou da 3ª Turma de Criação de Novos Negócios e Empreendedorismo, GVPEC e se especializou em Direito Empresarial do Trabalho pela FGV/Law.

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Não voltaram: 20 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina Covid-19 atrasada

Foto: Myke Sena/MS
Índice de pessoas completamente vacinadas contra a doença já teria passado dos 80% do público-alvo, caso não houvesse atraso na imunização 


Para garantir a máxima proteção contra a Covid-19, tomar a segunda dose da vacina se faz extremamente necessária e indispensável. Mas dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 20 milhões de brasileiros deixaram de voltar ao posto de vacinação para completar o esquema vacinal. Caso não houvesse descumprimento da recomendação, o Brasil já teria mais de 80% da público-alvo completamente vacinado contra a Covid-19.

Quem vai ao posto de vacinação tomar a primeira dose já sabe quando precisa retornar para completar o esquema vacinal. O Ministério da Saúde reforça a importância dessa ação dentro do intervalo recomendado para cada imunizante. Só assim as vacinas irão atingir a efetividade necessária contra a Covid-19.

O boletim epidemiológico divulgado todos os dias pela Pasta revela que a média móvel de óbitos registra uma queda de 87% se comparado com o pico da pandemia. Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil assiste a um cenário pandêmico bem mais arrefecido do que foi visto em abril deste ano, quando a média móvel de mortes pela doença estava em 3 mil, por conta da ampla campanha de vacinação, considerada a maior campanha da história do Brasil.

“Os números de hoje mostram que o Governo Federal tomou o caminho certo no combate à pandemia: a vacinação. Vacinar os brasileiros é a saída para acabar com o caráter pandêmico dessa doença. Não é à toa que vemos uma queda nos números de casos, óbitos e internações. Tudo se deve à ampla campanha de vacinação e das medidas assertivas do Governo no combate à Covid-19. Por isso, convidamos quem ainda não tomou a sua segunda dose que compareça a um posto de vacinação”, contou o ministro.

Até o momento, o Ministério da Saúde enviou aos estados e o Distrito Federal mais de 320 milhões de doses de vacina Covid-19. Como resultado de uma ampla campanha de vacinação, o Brasil chega hoje a quase 95% do público-alvo vacinados com a primeira dose. Além disso, 69,9% completaram o esquema vacinal com as duas doses ou dose única do imunizante no braço. Vale lembrar que a Pasta iniciou o reforço na população. Mais de 4,6 milhões receberam o reforço na imunização.

 

Fernando Brito
Ministério da Saúde

O dilema do reconhecimento da paternidade

O pedido de reconhecimento de paternidade muitas vezes é constrangedor para a mulher e assustador para o homem. Geralmente, quando há dúvidas de quem é o pai, o pedido de reconhecimento vem de uma relação passageira. Podemos citar um caso muito conhecido, como o do Pelé, que nunca reconheceu uma de suas filhas, fruto de um relacionamento fugaz. A vereadora Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto, falecida em 2006, lutou por anos para ser reconhecida pelo pai e mesmo com o exame de DNA confirmado, Pelé chegou a declarar que até poderia ser o pai biológico, mas pelo fato de nem sequer conhecer a moça, que na época tinha 27 anos, não tinha nenhum sentimento por ela.

Outro caso que causou alvoroço na mídia foi do ex-jogador Edmundo, que foi obrigado a reconhecer o filho após o exame de DNA confirmando a paternidade. O fato é que o menino era fruto de uma relação extraconjugal. Nos dois casos, apesar de o juiz determinar os direitos e deveres dos genitores, não houve vínculo.

Infelizmente, essa é uma realidade no nosso país. Em 2021, mais de 100 mil crianças nascidas não têm o nome do pai no registro civil, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).  Na maioria dos casos, a mãe não tem dinheiro para entrar com a ação de reconhecimento. Outras não querem vínculo com o pai biológico, ou ele está desaparecido.

O processo de reconhecimento de paternidade é demorado, pode chegar até dois anos, dependendo da postura do pai, se ele vai se defender primeiro ou já aceitar fazer o exame de DNA. É preciso procurar advogado e apresentar provas ao juiz de que aquela pessoa é o possível pai.

A ação envolve o princípio da veracidade dos fatos e da presunção da verdade. Portanto, se houver provas consistentes e o homem negar que é o pai, automaticamente, o juiz vai presumir que pelo fato de ter negado ele é o pai, e pedir o exame de DNA.

O pedido de paternidade também pode acontecer após a morte do genitor para integrar o inventário. Nesse caso, existe um processo de análise dos restos mortais que pode comprovar o DNA. Se for confirmado, o filho passa a integrar o inventário.

Curiosamente há homens que só confessam a existência de outro filho no testamento. Ou seja, todos descobrem somente após a sua morte.

Por outro lado, há processos em que, após registrar a criança, o homem descobre que não é o pai biológico. Nesse caso, é preciso entrar com ação de negação da paternidade. Essa situação costuma ser bastante traumatizante para o pai e para a criança, uma vez que já criaram vínculos. No entanto, se o homem registrar a criança já sabendo que não é o pai biológico, não cabe ação. É um caminho sem volta.

Após o reconhecimento da paternidade a pensão alimentícia começa a valer. Assim como todos outros deveres, como herança, sobrenome na identidade, entre outros. O pai também tem direitos sobre a criança, podendo participar da vida dela para criar vínculo.

Por fim, não podemos esquecer que, no final das contas, esse direito de ter um pai é da criança e, também, um dever do pai em prestar todo auxílio devido, além de claro, ter acesso ao seu filho e ao seu desenvolvimento.

 


Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


O impacto do atendimento humanizado no setor da saúde

O homem é um ser social, mas ao adoecer, uma das principais atitudes que ele toma é recolher-se. Lógico que em alguns momentos este tipo de ação é fundamental para o bem estar psicossocial, mas, neste caso, isso acontece pelo indivíduo ficar em um quadro mais sensível e fragilizado.

Neste momento, certamente é quando é necessário ainda mais cuidado e atenção; entretanto, o que as pesquisas realizadas entre os séculos XX e XXI têm provado é que este cuidado não depende, exclusivamente, de uma porção de remédios, curativos e medicamentos.

Um desses estudos - possivelmente o mais longo sobre a vida adulta - foi feito pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Nele, investigaram há mais de 75 anos, o que nos mantêm saudáveis e felizes enquanto passamos pela vida e, a conclusão mais evidente foi que ‘ter bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e saudáveis’.

Quando uma pessoa fica doente, ela rapidamente vai até o hospital mais próximo e, a partir desse primeiro contato, ficam disponíveis para ela as melhores equipes, tecnologias e instrumentos do local. Mas agora, outra ‘ferramenta’ que os hospitais, centros clínicos, convênios médicos e o próprio setor investe é em trazer um atendimento mais humanizado ao paciente.

O atendimento humanizado é um tipo de atendimento em que há mais proximidade e uma construção mais firme de confiança entre os especialistas da saúde e o paciente. Nele, é comum que esses profissionais estejam mais abertos a ouvir, aconselhar, informar e respeitar opiniões do paciente. É um cuidado regado a empatia, atenção e acolhimento integral.

Este tipo de procedimento também amplia a eficiência do tratamento e pode contribuir no processo de cura e reabilitação do paciente; além disso, possibilita uma chance maior de responder mais rápido aos procedimentos clínicos.

Entre os principais pontos de um atendimento humanizado estão: tratar cada paciente de forma individualizada, ter empatia, entender o sofrimento do paciente, transmitir confiança e apoio ao paciente e sua família, esclarecer cada procedimento e conduta aplicada, cumprimentar e chamar o indivíduo pelo nome, levar informações periódicas ao paciente e para a família, atentar-se ao estado emocional dos envolvidos no quadro; ou seja, é um atendimento muito mais sensível e próximo.

Mesmo que todos os modelos de atendimento, seja no setor público ou privado, em hospitais, clínicas, postos de saúde ou laboratórios, já estejam valorizando isso, o home care ainda é o mais avançado, devido à facilidade de direcionar e personalizar o atendimento ao cliente.

Com o atendimento e o cuidado em casa, o especialista fica em contato direto com o quadro clínico de saúde do paciente e vai além, chegando às características psicossociais. Sem contar que neste modelo, o paciente já conta com um apoio maior de uma equipe multidisciplinar preparada para atendê-lo, e fica em contato direto com amigos e familiares.

Além disso, o paciente fica mais longe de possíveis contaminações hospitalares, recebe orientações mais precisas do seu quadro, que melhora no entendimento da sua evolução, tratamento e recuperação. Ele também recebe boletins diários e fica em contato com uma infraestrutura completa, seja de telemonitoramento ou não.

Tudo isso ainda contribui para uma forte tendência no setor da saúde, que deve unir cada vez mais a eficiência em atendimentos e a satisfação de pacientes. Os convênios deverão investir em home care com o objetivo de entregar um cuidado mais qualitativo do paciente e permitir a desospitalização, reduzindo superlotação e filas de espera. Já o atendimento humanizado, passará a ser notado mais ainda no setor, para garantir que os direitos dos pacientes sejam assegurados e que eles se sintam cada vez mais queridos, principalmente no momento em que eles precisam de mais apoio e cuidado.

 


João Paulo Silveira - CEO e fundador da Domicile Home Care, assistência médica em domicílio e é membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Hospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), já trabalhou em locais como o Grupo Hospitalar SOBAM/Hospital Pitangueiras com assistência domiciliar e, antes disso, como fisioterapeuta da UTI Geral do Hospital São Camilo. Além disso, possui curso de liderança 360 na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), MBA em administração hospitalar e sistemas de saúde pela Fundação Getúlio Varg.


7 erros comuns de quem trabalha com alimentos

Uma pergunta aos empreendedores da área de Alimentação: vocês pesam os seus produtos na hora que eles são entregues? Caso não, pode ser que você já tenha sofrido prejuízo, recebendo uma quantidade menor do que o comprado.

Essa é uma das pegadinhas que podem acontecer no mundo de quem trabalha na área da Alimentação, se não houver uma conferência adequada. São tantos procedimentos básicos que precisam estar alinhados, que nada melhor do que um curso para orientar o empreendedor que já tem o negócio ou aquele que quer começar pelo caminho certo. Dessa forma, vou lançar no dia 26 de outubro o curso Sucesso na Cozinha, com mentorias, com o objetivo de incentivar e motivar as pessoas a empreenderem de forma segura na área de alimentos.

Adquiri muita experiência durante a minha trajetória profissional onde comecei fazendo coxinha na cozinha e hoje sou consultora. Posso afirmar que existem dois tipos de empreendedores. Um é aquele que quer empreender, mas sempre tem uma desculpa (filho pequeno, cozinha é pequena, entre diversos outros motivos). O segundo tipo é aquele que começa sem base alguma, correndo o risco do insucesso.

Por esse propósito trabalho com consultoria, ajudando as pessoas a não perderem dinheiro, nem a esperança.

O primeiro módulo do curso é o básico abrangendo conceitos de administração, formatação de custos, segurança de alimentos, redes sociais, cotação e controle de compra e de recebimento. Mas já posso adiantar os principais erros cometidos pelos empreendedores e como evitá-los para ter sucesso na cozinha:

  1. Sociedade – geralmente a sociedade na área de Alimentação é formada por famílias ou amigos, em que todo mundo acha que é patrão. Fuja de sociedade, a família de ambos os lados se envolve. Mas caso precise de um sócio, o casamento perfeito só acontece se definir as regras no início. Por exemplo, você cuida da operação e eu do financeiro, e um nunca pode interferir no serviço do outro;
  1. Falta de foco - Se montar uma casa de bolos, dedique-se para fazer o melhor. O foco facilita na estruturação do projeto. Não queria abraçar o mundo, aposte somente nos bolos. Pesquise nas redes sociais, como Instagram e Facebook, a opinião dos moradores daquele bairro sobre quais estabelecimentos faltam no local. Não entre na modinha de montar o que já está em alta;
  1. Gastos desnecessários - Na hora de montar sua cozinha, compre apenas os equipamentos necessários apenas após a elaboração do cardápio;
  1. Não se abrir para as redes sociais – Esses canais são um mundo de oportunidades para divulgar o seu produto. Você pode apostar em Marketing e Comunicação por meio de reels e fotos, além de interagir com o público. Portanto aposte nas redes;
  1. Misturar finanças – Separe o dinheiro de casa, do negócio. Deixe uma reserva até que o negócio amadureça e se torne conhecido. Essa reserva vai bancar os compromissos financeiros fixos e básicos;
  1. Já começar grande – Avalie a necessidade de abrir um estabelecimento, que gera muito mais custo ou a opção de começar em casa com serviços de delivery. Caso abra uma loja física não deixe de oferecer o serviço de delivery, uma das modalidades mais utilizadas pelos clientes.
  1. Não se atentar ao básico de segurança os alimentos – Siga o manual de segurança dos alimentos. Ele detalha todas as exigências que os estabelecimentos devem seguir na área da alimentação, desde aquisição, armazenamento, manipulação, preparo, transporte e descarte dos alimentos. Um negócio que não cumpre devidamente esses requisitos corre o risco de levar uma multa ou ser fechado pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

 

Elaine de Araújo - especialista em Segurança de Alimentos pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), consultora para novos negócios na área de Alimentos, palestrante da feira Equipotel e trabalhou como docente do curso de Gastronomia e Hotelaria do SENAC Jundiaí e Prefeituras de Louveira e Jundiaí. Há 30 anos fundou a consultoria La Belle Cuisine, empresa especializada na área de alimentos, nutrição, gastronomia, gestão e eventos, atuando para empresas públicas e privadas em todo território nacional, personalizando cada atendimento e serviço de acordo com a necessidade de cada cliente. 

 www.labellecuisine.com.br ou @elainearaujol


Os investimentos tecnológicos necessários para garantir segurança dos dados de empresa online

·        A tecnologia implantada deve assegurar, por exemplo, que o ataque conhecido como “força bruta” seja impossível de acontecer 

·        Aqui o case: o que a empresa Prabem precisou adquirir tecnologicamente para se tornar a única do setor funerário a oferecer um atendimento 100% online

 

O e-commerce já era uma tendência no Brasil, mas com a pandemia do coronavírus o crescimento foi acima das expectativas. Uma empresa que ousou neste sentido foi a Prabem, que se tornou a única do setor funerário a oferecer um atendimento 100% online para pessoas interessadas em adquirir seus planos. Para isso, fez investimentos de quase meio milhão de reais em tecnologia e segurança, com o objetivo de atender de forma prática, rápida e fácil e da melhor maneira pessoas que não se sentem bem em falar sobre o assunto com um vendedor. 

Para obter este potencial tecnológico foi necessário que a Prabem adquirisse servidores de grande desempenho, links dedicados de alta capacidade, além de firewalls de ponta, que fazem a inspeção dos dados com Anti-DDOS e Anti-Ransonware. A empresa também investiu em equipamentos e softwares de auditoria e controle de perda de dados (DLP), evitando riscos de sequestro de dados. Além disso, os contratos, assinados de forma virtual, contam com certificação digital totalmente sem risco de fraude ou vazamento de dados, devido à chave de 4096 bits. 

No mercado é comum a utilização de chaves inferiores, na sua maioria 2048 bits, com menor valor criptográfico. Os bancos de dados da Prabem são criptografados com os algoritmos de proteção, que possuem as maiores chaves do mercado, o que deixa o ataque conhecido como “força bruta”, por exemplo, impossível de acontecer, segundo o CERT.br. Esse ataque consiste em uma tentativa de violar uma senha ou um nome de usuário, encontrar uma página da Web oculta ou descobrir uma chave usada para criptografar uma mensagem, usando uma abordagem de tentativa e erro e esperando que, em algum momento, seja possível adivinhá-la. “Adaptamos nossos processos para que não ocorra nenhum incidente de segurança, evitando riscos tanto no ambiente digital - como em computadores e celulares - quanto físico, em impressões, documentos de clientes e contratos”, afirma Vinicius Chaves Mello, diretor-executivo do grupo Riopae, que administra a Prabem.  

Ainda segundo Chaves Mello, são várias as vantagens trazidas pelo e-commerce, como evitar as limitações de circulação impostas pela pandemia e a insegurança de ir até o local ou receber um vendedor em casa, além do incômodo de receber telefonemas e mensagens de ofertas.  “No caso do setor funerário, o atendimento online é mais uma forma para quem prefere pesquisar valores e serviços disponíveis e com tranquilidade, conforto e segurança”, reitera. 

De acordo com a Nielsen as vendas do e-commerce brasileiro bateram o recorde de R$ 53,4 bilhões no primeiro semestre de 2021, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período em 2020. No caso do mercado funerário, criar um canal online para vendas dá às pessoas a alternativa de escolher um plano funerário de forma autônoma e pessoal, sem a interferência de terceiros, o que é de extrema importância em um momento de vulnerabilidade. 

Para Chaves Mello, ainda hoje, há uma grande resistência em falar sobre assuntos relacionados aos serviços funerários. “A morte de uma pessoa querida traz consigo mais que a dor da perda. Há também uma série de decisões a serem tomadas, às vezes, em poucos minutos. Mesmo assim, muita gente deixa de conversar com familiares sobre o assunto e prefere não pensar sobre o momento da morte, o que pode causar frustrações, constrangimentos, traumas e gastos desnecessários, em uma hora que já é bastante difícil”, alerta. 

Os planos funerários da Prabem têm abrangência nacional e podem ser adquiridos diretamente no site, com preços a partir de R$ 8,11. Além da assistência funeral completa, que inclui translado, cerimonial e toda a parte burocrática, a Prabem tem diferenciais, como seguro de vida e de acidentes pessoais para o titular do plano, participação em sorteios semanais de até R$ 50 mil e acesso ao clube de vantagens, com descontos em produtos e serviços de parceiros credenciados, como Carrefour, Avon, Hoteis.com, Dafiti, Asus e Centauro. Todos os planos oferecem também a opção de cremação ao associado e aos dependentes – que não precisam ter vínculo familiar – e assistência pet, que dá apoio no momento da morte de animais de estimação.

 

 

Vinícius Chaves Mello - Formado em Gestão Financeira, pós-graduado em Gestão e Planejamento Empresarial e MBA em Marketing e Comunicação, construiu sua carreira no Rio Grande do Sul, atuando nas áreas administrativa e comercial. É diretor executivo da Riopae desde 2014.


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