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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Gasolina encarece os alimentos e se torna grande vilã da inflação; entenda a alta

Aumento do combustível eleva o frete dos produtos

 

No final do mês de agosto, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou uma nova alta no preço da gasolina,  a agência mostrou que, em alguns Estados, o preço do litro do combustível era vendido a valores acima de R$ 7 — em Tocantins, chegou a R$ 7,36. A média nacional quase bateu em R$ 6 (exatos R$ 5,959). Motoristas, é claro, já sentiram o baque, mas não são apenas os donos de veículos que sofrem com a disparada das tarifas nas bombas do país. Quem faz as compras do mês já notou que as etiquetas dos supermercados apresentam números maiores do que os do mês anterior. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, a cesta de dez itens do prato feito sofreu uma variação de 22,57% no acumulado em 12 meses até julho deste ano. O preço do arroz disparou 37,5%. O da carne bovina, 32,69%. O feijão preto completa o pódio: 18,46%. "Com os preços de combustível aumentando, sobe tudo o que é transportado. Principalmente os alimentos. Quando os alimentos sobem, a inflação também sobe. Tarifas, alimentos, combustíveis", enumera Antônio Carlos Morad, advogado especialista em direito tributário e empresarial e sócio e fundador do escritório Morad Advocacia Empresarial.


Por que a gasolina está tão cara?

Na visão de Antônio Carlos Morad, o aumento do preço da gasolina é um reflexo de questões administrativas da gestão de Paulo Guedes, ministro da Economia. "As medidas que estão sendo tomadas em relação aos aumentos, baseados no alta do petróleo, em relação ao mercado internacional, faz com que o combustível não pare de subir. Até porque o dólar também está subindo. Isto está, de certa forma, fazendo com que a inflação venha de forma galopante, e não vai parar", afirma o advogado. Ludmila Bondaczuk, também especialista em direito tributário, do escritório Morad Advocacia Empresarial, cita as dificuldades logísticas na distribuição como um outro fator que impulsiona o aumento. "A complexidade da distribuição de combustíveis pelo Brasil, que demanda uma infraestrutura de custo elevado com a participação de diversos agentes econômicos, encarece o preço dos combustíveis para o consumidor final", afirma.

A questão da distribuição também faz com que exista uma grande diferença de preço dentro do próprio Brasil, com diversas regiões registrando valores muito diferentes uma da outra. Em um ranking com os preços médios dos Estados divulgado pela ANP, o Rio de Janeiro aparece com a maior tarifa (R$ 6,485), sendo seguido pelo Acre (R$ 6,450) e o Distrito Federal (R$ 6,357). Na outra ponta, o Amapá aparece com o menor preço médio (R$ 5,143), sendo seguido por São Paulo, (R$ 5,626) e Roraima (R$ 6,637). São Paulo também detém o menor valor encontrado pela pesquisa, com preço mínimo de R$ 4,990 o litro.

Ao falar sobre essa variação interna, Morad cita a privatização da BR Distribuidora e a distância de lugares afastados de refinarias e armazéns de combustível como responsáveis pelo fenômeno. "Existe uma variação alta em relação aos combustíveis por conta da venda da BR Distribuidora, que, antes de ser privatizada, tinha um valor específico para distribuição. Como é uma empresa privada, maximizam-se os lucros, e os preços em lugares mais longínquos se tornam mais altos também. Os preços que estão longe das distribuidoras, dos depósitos de combustível, das refinarias... Eles aumentam. E a BR Distribuidora é uma das maiores culpadas em relação a isso", afirma o advogado. "Os custos de distribuição dos combustíveis são diferentes para cada Estado da Federação, a começar pelas alíquotas do ICMS, que são fixadas pelos Estados. Mas o tributo estadual não é o principal vilão, pois ele não é cumulativo, ou seja, permite compensação entre as operações que antecedem a venda ao consumidor final", acrescenta Ludmila.

A advogada diz que as perspectivas para o preço da gasolina e dos combustíveis, de modo geral, não são animadoras. "A tendência é de alta nos preços enquanto não normalizar a demanda mundial pelo produto", aposta. Morad segue a mesma linha, afirmando que outros combustíveis, como diesel, óleo combustível e o álcool, vão continuar aumentando. "O governo pode tentar barrar esse aumento mudando sua política econômica. Em primeiro lugar, o Brasil não pode fazer uso da política internacional, do aumento do petróleo, pois não tem capacidade para aguentar. O país também vem comprando muito combustível de fora, que vem a preços de mercado internacional. O Brasil tem que produzir mais. Nossas refinarias estão ociosas. Isso poderia contribuir muito para o equilíbrio dos preços."



www.morad.com.br

 

Por que ser professor no Brasil

Porque não há outra coisa mais importante a fazer do que dividir com crianças e jovens ideias e ferramentas de construção de uma utopia de país melhor. E é na escola - o espaço de construção e de formação dos hábitos da cidadania - o melhor lugar e tempo para fazer isso. O professor, como lembrava a filósofa Hannah Arendt, é o adulto responsável por apresentar o mundo às crianças e aos jovens, e por dizer o que é importante manter e o que é interessante mudar. Dizer não no sentido de ordenar, doutrinar, como gostam de falar hoje em dia. 

Dizer para que as crianças ouçam alguém que já está aqui há bastante tempo dando um testemunho de sua experiência no mundo. Esse é, aliás, o sentido que Hannah Arendt dá ao termo responsabilidade. Para ela, muito adulto se faz professor achando que precisa apenas transmitir conteúdos e não testemunhos; que basta repetir o que a humanidade produziu nos últimos séculos, mas não tomar posição em relação a isso, como se as crianças fossem capazes de aprender como uma tábua rasa, sem referência ou sem o compromisso dos que estão aqui. Não. O papel do professor é, antes de tudo, ser o adulto que insere os novos na nave chamada mundo, apontando os instrumentos de navegação, os cursos possíveis e os riscos inerentes, além das limitações da máquina e suas virtudes incomparáveis. Também cabe ao professor navegar na frente dos alunos, mostrar que tudo o que ensina ele também aprendeu e que, se hoje tem proficiência, houve tempo em que sua mão também tremia e ele também cometia erros, mas, por sorte, teve um professor, um adulto responsável que mostrou a ele o que deveria fazer e o que poderia inventar depois de saber o que deveria fazer. E só assim, respeitando o que existe e sabendo que tudo pode ser mudado - e até fundado de novo, reinaugurado sob nova direção - é possível ter confiança em um mundo melhor. Confiança é diferente de esperança. 

Com esperança, torcemos que algo aconteça e então esperamos, cheios de medo, que é o sentimento de que algo pode ocorrer como não desejamos. Na confiança - laço construído entre as pessoas - dividimos a fé de que, não importa o que aconteça, continuaremos firmes no nosso propósito de viver melhor.

Ser professor é compreender essas tarefas e exercê-las como quem veste uma segunda pele. Não como sacrifício ou como missão, como é comum dizer, equivocadamente. O sacrifício é uma negação do desejo, e ser professor é uma das coisas mais prazerosas que existem; a missão é uma tarefa auto imposta, como o pagamento de algo ou por algo que se espera receber em troca. Não. Ser professor é um ato político, no sentido grego do termo: um encontro entre pessoas iguais em direitos, em um espaço de liberdade com responsabilidade - no qual a voz é o guia e a garantia da não violência -, a memória das experiências vividas, o menu de ações conjuntas e a confiança em um mundo melhor - cuidando do que é bom e mudando o que pode ser melhor - o propósito mais importante.

Tudo isso pode estar distante da realidade brasileira, que é sempre um retrato do momento. Como uma nuvem no céu. Ser professor é ter a capacidade de soprar, dando vida a propósitos desejados. Não negar essa possibilidade e não fugir dessa responsabilidade parece ser o que melhor nos define. 

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros

4 dicas para o dinheiro deixar de ser tabu dentro de casa

Estudos revelam que assunto ainda não é 100% falado de forma natural entre familiares


 

Em muitos círculos, conversar sobre dinheiro ainda é considerado um grande tabu. Porém, no Brasil, um levantamento realizado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Banco Central, mostrou que esse cenário pode estar mudando - 85% dos entrevistados afirmaram falar de gastos e ganhos em casa.

 

Para Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online, essa mudança de cultura pode ser motivada pela pandemia, quando as famílias acabaram vivendo uma convivência forçada, e, precisaram aprender a falar sobre finanças para entender as reais necessidades do lar nessa situação de crise“. As pessoas precisam entender que é extremamente importante falarmos sobre dinheiro dentro de casa. Aliás, é o lugar crucial para falarmos disso e ensinarmos nossos filhos. Compartilhar a situação financeira com seus familiares, principalmente aqueles que moram e dividem contas com você, faz com que juntos possam desenvolver um plano, controlar gastos e até conseguir poupar para outras metas e conquistas pessoais”, explica Thaíne

 

Pensando nisso, ela elenca 4 dicas para fazer o assunto dinheiro deixar de ser um tabu em casa. 

 

1.           Falar sobre salários

Quando existe uma relação sólida dentro de casa, principalmente entre um casal, é importante que falem sobre os salários, podendo, assim, dividir de forma justa os gastos. “Esse formato diminuirá os riscos de uma das partes se endividar, além de criar uma relação de maior confiança entre ambos”, completa Thaíne.

 

2.  Compartilhem faturas

É claro que é importante que cada pessoa tenha sua individualidade e compras pessoais que não quer compartilhar, mas, em um planejamento financeiro familiar, é recomendado que falem sobre os boletos, faturas e pagamentos de cada mês, podendo inclusive ajudar um ao outro quando um dos lados estiver mais apertado.

 

3.    Deixe a situação clara para os filhos 

“Temos que entender que falar sobre dinheiro com os filhos não é dizer a eles o quanto ganha e quais são as contas da casa. É sobre ensiná-los a ter um planejamento com o dinheiro que eles ganham, seja da avó, dos pais, de uma mesada, de um tio, ou seja, transmitir ética e valores sobre prioridades, necessidades e conquistas”, comenta a especialista.

 

Uma outra forma também interessante de ensinar é por meio de desenhos ou filmes que falem sobre o assunto de forma leve e descontraída. Por fim, é importante saber negar alguns pedidos que extrapolam suas finanças, explicando o motivo disso. 

 

4.   Tenham metas e poupem dinheiro

Para Thaíne, todos podem e devem ter sonhos, metas e objetivos de conquistas que dependem de questões financeiras, como viagens ou bens materiais. “Ou seja, isso também deve ser falado entre as pessoas da casa, para que todas possam compartilhar juntas de um sonho, sejam eles iguais ou diferentes, incentivando um ao outro a poupar um determinado valor por mês e ajudando nas contas necessárias, sem perder de vista as prioridades”, conclui ela. 

 

 

Simplic


Três perguntas que todo empreendedor deve responder para si mesmo diariamente

Empreender não é uma tarefa fácil, não existem atalhos. Só existe um caminho para conseguir o sucesso: é preciso estudar, buscar conhecimento e assumir o controle da sua vida. Atualmente, há tantas formas de encontrar bons conteúdos na Internet. Na minha época, além de não existirem tantos cursos como agora, o valor era muito alto.

A minha trajetória empreendedora começou em 23 de agosto de 1993, quando meu ex-marido e eu abrimos, com muito sacrifício, a NEODENT, uma empresa de implantes dentários. Naquela época, comecei a cuidar da área comercial da empresa, mas, para mim, não bastava vender, eu queria entender o que vendia. Então, decidi estudar odontologia. E a jornada tripla, apesar de cansativa, não me desanimava. Pelo contrário, eu via a empresa crescer e isso me dava, ainda mais, força para continuar.

Com 15 anos, a empresa se tornou líder nacional em seu segmento e, aos 42 anos, me graduei em odontologia. Portanto, com base na minha experiência, quero deixar como reflexão três perguntas que todo empreendedor deve responder para si mesmo todos os dias.


1- Como eu posso crescer?

Ao contrário do que muitos empreendedores pensam, pausar um período estipulado, diariamente, para focar no crescimento da sua empresa é positivo e não atrapalha a produtividade. Essa reflexão diária nos ajuda a reconhecer oportunidades qualificadas e solucionar questões limitadoras;


2- O que eu posso doar?

Os profissionais que praticam ações voluntárias costumam se sentir recompensados pela oportunidade de dedicar tempo, conhecimento e esforços em prol da coletividade. Além de praticar o bem comum, manter ações voluntárias é uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional e de ajudar a sociedade a minimizar problemas sociais;


3- O que eu posso celebrar?

Reconhecer e celebrar pequenas conquistas que constroem a jornada empreendedora é essencial para ativar sentimentos positivos dentro de nós. Esse registro mental feito diariamente, a longo prazo, nos estimula diante de novos desafios, além de aumentar a confiança e autoestima profissional, características que são importantes para o perfil empreendedor.

Agora, qual é o seu próximo passo para traçar as suas metas e realizar os seus sonhos?

 


Clemilda Thomé - foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país. Clemilda, faz parte do Instituto Sou 1 Campeão que oferece cursos voltados para performance física, prosperidade financeira e equilíbrio emocional, ao lado do Treinador Comportamental e esposo Mamá Brito e do ídolo do MMA mundial Rogério Minotouro.


Crianças aprendem e discutem sobre as privações do trabalho infantil

Alunos do Colégio Marista Arquidiocesano estão produzindo o projeto interdisciplinar denominado “Valorização da vida: A criança e seus direitos”


A partir de algumas discussões nas aulas a respeito da desigualdade social, os alunos do 3º ano do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), se sensibilizaram para desenvolver um projeto refletindo sobre o tema. Os estudantes ponderaram sobre como muitas crianças têm sido prejudicadas, sem ter acesso a uma boa educação ou oportunidade de continuar os estudos de forma adequada, adequada e moradia digna; o mínimo necessário para ter qualidade de vida.

“Observamos que com a pandemia da Covid-19, esse problema aumentou. Algumas crianças precisaram parar os estudos e trabalhar para ajudar as suas famílias no sustento da casa ”, avalia a professora Rosangela Hanssen Nunes de Siqueira.  

O projeto interdisciplinar denominado “Valorização da vida: A criança e seus direitos” está sendo conduzido pelas professoras Adriana Maria Viana de Souza e Rosangela Hanssen Nunes de Siqueira, orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS ) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

Com isso, foi discutido a respeito dos direitos das crianças e suas necessidades, inclusive com uma apresentação sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os estudantes foram sensibilizados a refletir sobre as condições que possuem para praticar a empatia, se colocando no lugar essas crianças, que não têm um mínimo necessário para um bom desenvolvimento.

“Nas aulas de Língua Portuguesa, também foram alguns poucos poucos anúncio a respeito do trabalho infantil e mais uma vez nossos alunos questionaram o respeito dos direitos das crianças que não são respeitados eo quanto a realidade é bem diferente de muitas crianças”, explica a professora Adriana Maria Viana de Souza.

Como docentes discutiram uma discussão, usando o livro “Meninos Malabares - Retratos do Trabalho Infantil no Brasil” de autoria de Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano, que relata várias histórias de crianças que desde muito pequenas, vivem como adultos, enfrentando o trabalho desde muito jovens.

Os alunos também conheceram o livro “Where children sleep” (Onde dormem as crianças, em tradução livre) do fotógrafo britânico James Mollison. Na obra, Mollison passou cinco anos fotografando crianças e adolescentes criando em relação entre elas, o mundo e os lugares onde dormem.

“Ao escutarem as histórias, os alunos informados bem comovidos com a realidade essa triste. Por isso, estamos elaborando também uma exposição de maquetes de diferentes quartos, produzidas pelos pequenos, além de uma campanha de doação de livros e brinquedos para uma instituição que cuida de crianças em situação de vulnerabilidade social ”, revela a professora Rosangela Hanssen.

O número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil chegou a 160 milhões em todo o mundo, um aumento de 8,4 milhões de meninas e meninos nos últimos quatro anos, de 2016 a 2020. Além deles, outros 8,9 milhões correm o risco de ingressar nessa situação até 2022 devido aos atos da Covid-19, de acordo com um relatório publicado recentemente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

 


Colégios Maristas

www.colegiosmaristas.com.br


O Brasil é líder mundial em golpes de phishing, revela estudo.

Saiba como proteger o seu negócio e a si mesmo

 

Um em cada cinco brasileiros sofreu pelo menos uma tentativa de ataque em 2020; crimes cresceram mais de 120% na pandemia

 

O Brasil foi o país mais afetado por tentativas de roubo de dados pessoais e financeiros de pessoas na internet ao longo 2020, segundo pesquisa sobre práticas de phishing e spam no mundo realizada pela Kaspersky, empresa internacional de segurança cibernética. De acordo com a pesquisa, o percentual de usuários brasileiros que tentaram abrir links enviados para roubar dados pelo menos uma vez representa 19,9% dos internautas do país. Em segundo lugar no ranking vem Portugal (19,7%), seguido da França (17,9%), Tunísia (17,6%), Camarões (17,3%) e Venezuela (16,8%). 

O crime de phishing, no Brasil, está previsto na Lei nº 12737, de 2012 (crimes de informática). De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a infração também pode ser qualificada como furto qualificado, previsto no art. 155, § 4º, inciso II, do Código Penal Brasileiro, pela utilização de fraude para obtenção de dados da vítima. 

Brasil não está sozinho. No ano passado, os e-mails de spam representaram em média pouco mais de 50% de todo o tráfego global de e-mail. Além disso, o PhishLabs identificou um aumento de 47% nas tentativas de phishing entre 2020 e 2021. Eles se tornaram muito comuns: aqueles e-mails incômodos que inundam sua caixa de entrada, projetados apenas para desviar suas informações pessoais e mais confidenciais sem você saber.

 

Por que é importante falar sobre phishing? 

Phishing é um termo originado do inglês (pescaria) que na informática é um tipo de roubo de identidade online. Esta ação fraudulenta é caracterizada por tentativas de aquisição ilícita de dados pessoais de outra pessoa, sejam eles senhas, dados financeiros, dados bancários, números de cartão de crédito ou simplesmente dados pessoais. 

O fraudador usa e-mail, aplicativos e sites que são projetados especificamente para roubar dados pessoais. O criminoso se faz passar por uma pessoa ou empresa confiável, enviando uma mensagem para atrair suas vítimas. Assim, ao enviar uma mensagem para um e-mail, aplicativo ou outra ferramenta, o fraudador apenas espera até que o destinatário a receba e abra a mensagem. Em muitos casos, isso é suficiente para que a vítima caia no golpe. Em outras, é necessário que a vítima clique em um determinado link para que o criminoso tenha acesso às informações que deseja. 

Como em uma pescaria real, há mais de uma maneira de fisgar a vítima e esse tipo de crime está se tornando cada vez mais sofisticado. Os golpistas digitais tornaram-se adeptos a fazer e-mails fraudulentos parecerem exatamente iguais aos legítimos, geralmente de empresas ou estabelecimentos com os quais você está familiarizado e confia. E-mails de phishing geralmente se fazem passar por empresas, mas contas de mídia social também são um alvo em alta, já que muitos usuários são mais descuidados em protegê-las.

Os phishers vão atrás de qualquer um, mas tendem a visar CEOs e CFOs, escritórios de advocacia, recursos humanos e instituições financeiras. Além disso, nos últimos anos, as lojas online e as redes sociais têm visto um aumento nos ataques. Esses grupos têm dados de clientes e informações confidenciais que os invasores visam e precisam estar em alerta máximo para se protegerem de golpes de phishing.

 

A diferença entre phishing e spam 

Embora muitas pessoas acreditem que seja a mesma coisa, o phishing é muito diferente do spam. Na prática, enquanto o spam está relacionado apenas a uma grande quantidade de emails e mensagens, sem qualquer finalidade criminosa, o phishing, como se vê, é uma prática que visa prejudicar a vítima, acessando dados e informações pessoais. 

Geralmente, o spam é bastante comum na Internet. Todos os dias, inúmeras mensagens de sites, lojas e aplicativos preenchem a caixa de entrada da maioria dos usuários. Apenas cria o transtorno com a desorganização da caixa de entrada, mas não representa nenhum risco para o destinatário. 

Por outro lado, o phishing utiliza o envio de mensagens em massa para enganar o alvo, induzindo-o a clicar em links falsos e / ou fornecer informações pessoais, sempre com o objetivo de prejudicar a vítima.

 

Como se proteger e sua empresa contra phishing 

Existem no mercado softwares anti-phishing, com filtros anti-spam eficazes, que avisam sobre indícios de irregularidades nos e-mails. Quanto aos sites, existem antivírus e firewalls que fazem a varredura e notificam irregularidades ou bloqueiam o acesso, quando detectam qualquer possibilidade de fraude. 

Seguindo essas 10 dicas, você estará no caminho certo para se tornar um especialista em defesa contra golpes de phishing. 

1.    Em vez de clicar em um link em um e-mail, abra uma nova página do navegador e digite o endereço / URL do site que você pretende visitar. Às vezes, um link fraudulento será muito semelhante a um confiável, apenas alterando algumas letras imperceptíveis.

2.    Atualize o sistema operacional e o software do navegador. As versões mais recentes da maioria dos navegadores vêm equipadas com filtros anti-phishing. À medida que os invasores planejam novos ataques, as atualizações de software aprimoram seus filtros.

3.     É uma boa ideia bloquear pop-ups ao navegar na Internet. Você pode navegar na web sem a ajuda de instruções não solicitadas.

4.    Nunca insira informações pessoais em janelas pop-up, a menos que tenha total certeza de que são do site pretendido.

5.    Para uso diário do computador, use uma conta de usuário padrão em vez de uma conta de administrador. Mude para a conta de administrador apenas quando as funções de administrador forem necessárias. Isso protege seu computador, reduzindo o acesso a funções administrativas críticas.

6.    Exclua e não abra mensagens de e-mail suspeitas. Pode ser tentador e, às vezes, o assunto pode ser cativante ou tão genérico que você deseja aprender mais - mas evite a tentação e simplesmente exclua-o.

7.    Aceite apenas certificados confiáveis ​​em páginas da web. Não ignore os avisos do navegador. Às vezes recebemos tantos avisos de nosso computador ou navegador que é quase como o menino que gritou lobo. Não simplesmente ignore os avisos que você acha que viu sem lê-los completamente e considerar as implicações.

8.    Não clique em links que o levarão a um site ou endereço IP desconhecido.

9.    Esteja atento a quaisquer avisos inseguros do navegador. Por exemplo, o Chrome exibe um triângulo de aviso com "Não seguro" na barra de endereço se um site não tiver o protocolo de segurança HTTPS habilitado. Ative a proteção contra malware. Isso geralmente pode detectar e deter a maioria das ameaças sem que você precise fazer nada.

10. Em geral, se você receber um e-mail de phishing, não o abra, não clique em nenhum link ou anexo e exclua-o imediatamente. Se você continua recebendo e-mails suspeitos, denuncie-os ao Grupo de Trabalho Anti-Phishing (APWG).


As organizações podem se proteger contra phishing habilitando a autenticação, relatório e conformidade de mensagens com base em domínio (DMARC). DMARC é um protocolo de e-mail que determina a autenticação e relatórios de e-mail para ajudar a prevenir phishing e spoofing. 

Depois de habilitar e aplicar o DMARC, sua organização pode solicitar um Certificado de Marca Verificada (VMC) que permite que você coloque sua marca em marketing e comunicações por e-mail. Um VMC permite que você renderize o logotipo de sua marca no campo do remetente de clientes de e-mail para que os usuários saibam que sua mensagem foi autenticada. É semelhante a ser verificado nas redes sociais, com os benefícios de segurança adicionais de validação e DMARC para proteção contra phishing. 

O phishing é uma prática criminosa muito prejudicial no mundo virtual, que causa prejuízos financeiros, danos a equipamentos e danos morais. Os fraudadores estão continuamente em busca de novos temas e sistemas para capturar novas vítimas. Manter-se atualizado com as técnicas, truques e travessuras dos cibercriminosos e usar software anti-phishing, antivírus e firewall são as melhores maneiras de escapar dessa terrível ameaça

 

Dean Coclin - Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da DigiCert

DigiCert, Inc.

@digicert.


Governo divulga quais vacinas serão aceitas para entrar nos EUA

Pessoas vacinadas com Moderna, Pfizer, Janssen, Oxford/AstraZeneca, CoronaVac, CoviShield ou Sinopharm deverão apresentar comprovante de vacinação, e um teste com resultado negativo para covid realizado no máximo 3 dias antes do voo.


 

Foi divulgado no início desta noite que os Estados Unidos passarão a aceitar a entrada de viajantes internacionais que já estejam completamente vacinados (duas doses para as marcas de vacinas que exigem dupla vacinação).

 

A decisão, tomada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), e comunicada a agência de notícias Reuters, engloba praticamente todas as vacinas que vêm sendo aplicadas, com exceção da Sputnik V.

 

Desta forma, pessoas vacinadas com Moderna, Pfizer, Janssen, Oxford/AstraZeneca, CoronaVac, CoviShield ou Sinopharm deverão apresentar comprovante de vacinação, além do visto americano válido e um teste com resultado negativo para covid realizado no máximo 3 dias antes do voo para entrarem nos EUA.

 

“É importante frisar que o CDC ainda não divulgou nenhuma informação sobre a idade mínima necessária para apresentar comprovante de vacinação. Mais detalhes devem ser divulgados pela agência americana nos próximos dias” – ressaltou Felipe Alexandre, advogado brasileiro/americano de imigração.

 

“Em setembro, a Casa Branca já havia divulgado que pretende finalmente retirar em novembro as restrições de viagens impostas a 33 países, incluindo o Brasil. Além disso, a Embaixada e Consulados americanos no Brasil já voltaram a disponibilizar agendamentos online para quem precisa solicitar algum tipo de visto. A expectativa é que todas as operações consulares retornem completamente ao normal até o fim do ano” – frisou Felipe Alexandre, que também é proprietário da AG Immigration, escritório americano que atende centenas de brasileiros em seus processos de green card e vistos para os EUA.

 

 


 

Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo "American Institute of Legal Counsel" como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

 

AG Immigration 

https://agimmigration.law/


Caráter taxativo do rol da ANS garante segurança aos contratos dos planos


O rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) é, por essência e conforme regulação aplicável, taxativo ao estabelecer a cobertura mínima obrigatória a ser oferecida por todos os planos de saúde. Essa relação contempla os processos considerados indispensáveis ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de todas as enfermidades listadas na CID (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial de Saúde.

 

A importância da taxatividade – a exigência de cobertura somente do que está relacionado no rol da ANS – está ligada à segurança, eficácia, custo e efetividade para se chegar a um preço ao beneficiário. A discussão em voga no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que considera a possibilidade de o rol ser exemplificativo, é preocupante para o setor de saúde suplementar, pelo risco de inviabilizar o acesso aos planos privados de saúde no Brasil a uma parcela ainda maior da população. Uma cobertura ilimitada acaba com a previsibilidade de custos, o que é determinante para o valor do contrato, bem como, diametralmente oposta à sustentabilidade de um sistema que busca proporcionar mais acesso à saúde populacional.

 

A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), apoiando a regulação aplicável, tem se posicionado a favor da manutenção do caráter taxativo do rol, preocupada não só com a segurança jurídica dos contratos já celebrados, mas também com a futura oferta dos preços aos beneficiários. 

 

A segunda seção do STJ decidirá por meio do Embargo de Divergência em Recurso Especial 1.733.013/PR a discordância entre a 3ª e 4ª Turma do STJ a despeito do rol de procedimentos de planos de saúde, fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), se constitui uma cobertura mínima obrigatória taxativa ou exemplificativa dos procedimentos. 

 

Na ação em comento, uma operadora de saúde recorre de uma decisão da 3ª Turma do Tribunal que a obrigou a custear tratamento fora do rol da ANS, por considerar a lista com caráter meramente exemplificativo. A cooperativa de saúde em questão invocou precedente da 4ª Turma, segundo o qual o rol constitui garantia para propiciar direito à saúde, com preços acessíveis, contemplando a camada mais ampla e vulnerável da população, conforme o 2º parágrafo da Resolução Normativa nº 439 da ANS, reforçando o caráter taxativo do rol.

 

A Abramge, em todos os momentos que se manifesta sobre o tema, ressalta também o importante papel da ATS (Avaliação de Tecnologia em Saúde) na avaliação de custo e efetividade dos procedimentos. A ATS aparece como um processo multidisciplinar que resume informações sobre questões médicas, sociais, econômicas e éticas relacionadas ao uso das tecnologias em saúde e que funciona como uma ferramenta para a tomada de decisão consciente pela incorporação de tecnologias. Assim como o rol taxativo garante contratos e coberturas a preços mínimos para o consumidor final.

 

Importante apenas destacar que, no mundo, a ATS surgiu nos anos 1960 e se tornou um instrumento fundamental para auxiliar na tomada de decisão de diversas áreas ligadas à saúde. Se disseminou na América do Norte, na Europa, na Austrália e, posteriormente, nos países em desenvolvimento. O processo de institucionalização da ATS se deu pela criação de redes e de um aumento progressivo do número de agências membros da International Network of Agencies for Health Technology Assessment (INAHTA).

 

O entendimento de que o rol de procedimentos da ANS precisa ser taxativo para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de planos de saúde também é compartilhado por especialistas que participaram do seminário “Jornada Jurídica da Saúde Suplementar”, promovido pelo IESS. O ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão falou da preocupação com a excessiva judicialização de questões de saúde e defendeu a segurança jurídica e os precedentes vinculantes dos tribunais superiores. Já o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega abordou a divergência entre as Turmas, ao dizer que isso cria uma incerteza, pois o rol da ANS é a base do cálculo da mensalidade do plano de saúde. Para ele, torná-lo exemplificativo é deixar uma página em branco, criando dificuldades de operacionalização. 

 

É sabido que a incorporação de tecnologias no setor de saúde é um processo complexo e requer estudos minuciosos. Nos Estados Unidos, a título de exemplo, as operadoras possuem discricionariedade para oferecer contratos diversificados, desde que sempre observadas as coberturas consideradas mínimas e obrigatórias. Isso é uma forma de prover maior acesso e escolha ao consumidor final. E, assim como disciplinado aqui no Brasil, eles comumente recorrem à ATS para a análise quanto à inclusão ou não de novos procedimentos. Ou seja, não há plano ilimitado a todo e qualquer tratamento. Há uma cobertura completa daquilo que estiver listado, que deve estar contemplado em todos os planos comercializados.

 

Estamos no caminho do avanço para aumentar a cobertura do beneficiário em menos tempo. Lembro que, desde o ano passado, incluímos testes variados e alguns exames para fins de desospitalização, houve alteração do rol com a incorporação de uma série de novos procedimentos no segundo semestre, e está em discussão a inserção do teste antígeno para Covid-19. O debate continua ainda com projetos de lei relacionados ao tema e a MP (Medida Provisória) para a redução do prazo de avaliação da ATS. Com respeito aos contratos, somos capazes de promover incorporações contínuas de procedimentos cada vez mais céleres, sem inviabilizar a saúde suplementar no Brasil. 

Aguardarmos uma definição do tema nos órgãos superiores para que não paire insegurança jurídica e judicialização descontrolada sobre o tema, bem como diversas decisões monocráticas e sem uniformidade nacional de entendimento de uma questão sensível para o setor de saúde suplementar, que impacta indiretamente todo o sistema de saúde do país.

 


Nathalia Pompeu - Superintendente jurídica da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).


Simulado da prova teórica do Detran.SP ultrapassa a marca de 54,8 milhões de acessos no portal

Simulado da prova teórica do Detran.SP ultrapassa a marca de 54,8 milhões de acessos no portal 

Questões presentes na plataforma são as mesmas utilizadas no dia do teste para a obtenção da CNH

 

 



O simulado da prova teórica eletrônica disponível no portal do Detran.SP (www.detran.sp.gov.br/simulado) ultrapassou a marca de 54,8 milhões de acessos de usuários que buscam testar seus conhecimentos na obtenção da primeira habilitação. Desde que a ferramenta foi para o ar, em julho de 2012, até setembro de 2021, foram 54.881.705 acessos ao simulado que disponibiliza as mesmas questões aplicadas no dia da prova teórica. Neste ano, de janeiro a setembro, foram feitos 2.664.201 simulados.

O banco de questões do Detran.SP é aberto e acessível a todos os candidatos por meio do simulado. Para responder as questões é necessário que os alunos possuam conhecimentos em direção defensiva, noções de primeiros socorros, legislação de trânsito, mecânica e meio ambiente.

Tal como a prova do Detran.SP o teste é dividido em 30 questões objetivas, de múltipla escolha, com apenas uma resposta correta. As perguntas são distribuídas proporcionalmente ao número de aulas de cada conteúdo no curso teórico. São 12 questões de legislação (incluindo infrações e sinalização), dez de direção defensiva, três de primeiros socorros, três de cidadania e meio ambiente e duas de mecânica básica. Para ser aprovado, é preciso acertar pelo menos 70% das perguntas (ou seja, 21).

"Queremos garantir o conhecimento necessário para capacitar o motorista e consequentemente contribuir para um trânsito mais seguro. A dedicação ao aprendizado teórico, assim como ao das aulas práticas, reflete em um trânsito melhor", destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

O candidato pode estudar para a prova teórica de forma digital pelo portal do departamento ou também pelo aplicativo Simulado Detran.SP, disponível pelas plataformas Android e IOS


Fechamento das escolas é a consequência, não a causa da incapacidade brasileira de fazer melhor

Sempre começo uma aula de economia para não economistas com a frase: “Se o problema do Brasil é dinheiro e o governo tem uma máquina de fazer dinheiro, por que então não imprime dinheiro e resolve o problema de todo mundo?”. Rapidamente, mãos se levantam e ouço de todos os lados “porque isso causaria inflação”. Repito a pergunta de outro modo: “Então, se o dinheiro não é a solução, por que alguns países são ricos e outros são pobres?”. Silêncio. As pessoas, em geral, entendem que riqueza não é exatamente a quantidade de dinheiro, mas têm dificuldades em entender de onde a riqueza vem.

A riqueza de uma sociedade é, geralmente, medida pela quantidade de coisas reais que essa sociedade tem: produtos, prédios, carros, infraestrutura etc. Na verdade, essas coisas importam menos do que nossa capacidade de produzi-las: países ricos são ricos porque são mais produtivos. Como os países conseguem ser mais produtivos? A resposta inclui acessos aos insumos (capital e trabalho) e a quantidade de produtos que conseguimos tirar com a combinação desses insumos. Em resumo, depende da educação, seja formal ou não.

Desde meados dos anos 1970, a evidência dos retornos da educação não parece mais ser segredo. Já entendemos que não basta ter muitas escolas, mas sim escolas de qualidade. Já entendemos que qualidade não está, necessariamente, atrelada aos gastos, mas que gastos são um componente importante. Já aprendemos que dentre os ciclos educacionais, a educação infantil é a fase de maior retorno. Ainda assim, parece que o Brasil segue atrás em termos de suas prioridades. A falta de uma política educacional igualitária não só mantém nossos problemas sociais, como amplificam o abismo da desigualdade.

O relatório “Education at Glance”, publicado recentemente pela OCDE, confirma o ciclo vicioso: os países com menor escolaridade e baixo desempenho são os que fecharam as escolas por mais tempo durante a pandemia de covid-19. O Brasil, infelizmente, mas não surpreendentemente, é o segundo país no estudo com maior tempo de fechamento das escolas (atrás apenas do México) e entre os de pior desempenho. O dado reflete não só a má gestão da pandemia, o que nos dá a sensação de ser pior do que poderia ser, mas também, a má gestão educacional, tida pelos especialistas da área como o principal problema no Brasil.

Seria muito fácil criticar o fechamento das escolas, mas, na verdade, é justamente a falta de investimento e cumprimento das metas na área educacional que estão por trás dessa desigualdade. Ainda que alguns pensem diferente, essa desigualdade pressiona a economia para baixo em momentos de crise. Pessoas sem escolaridade não conseguem se inserir produtivamente na sociedade, recebem pouco porque produzem pouco, e, sem renda, não geram demanda e o resultado nós já conhecemos. A baixa escolaridade é, na maior parte das vezes, herdada dos pais, o que leva à falta de mobilidade intergeracional: filhos de pais com baixa escolaridade tendem a ter baixa escolaridade, ampliando os abismos da desigualdade.

Em termos de recursos, o Brasil investe em educação apenas um terço do investido, em média, pelos países da OCDE. A partir de 2018, desmontou-se a falácia de que o Brasil investe acima da média da OCDE em educação, ainda que os gastos por aluno, principalmente no ensino infantil, tenham sido sempre abaixo dessa média. Os dados mostram que alunos de nível socioeconômico mais baixo são justamente aqueles com maior dificuldade de estudar remotamente, o que acaba refletindo na alta proporção da população que não completou o ensino médio (28% contra a média de 15% da OCDE), e baixa proporção com ensino técnico e profissionalizante (9% contra a média de 28% da OCDE).

Por que, ao que parece, temos uma capacidade tão grande de ir contra as evidências científicas? Por que queremos sempre fazer as coisas do nosso jeito, mesmo que os resultados seculares apontem que estamos na estratégia errada há décadas? Por que entra governo e sai governo e as políticas educacionais, sociais e contra a desigualdade "passeiam" de um lado para outro como se a sua relevância fosse de fato, volátil e duvidosa? Talvez a educação seja, ela mesma, uma resposta a todos esses questionamentos. Enquanto isso, o Brasil continua sendo o país do futuro, aquele que nunca chega.

 


Walcir Soares Junior - doutor em Desenvolvimento Econômico e professor de Economia da Universidade Positivo.

professordabliu@gmail.com

 

6 dicas para evitar erros comuns e ter uma Black Friday de sucesso

A Black Friday é um momento muito importante para os lojistas e, ao mesmo tempo, extremamente desafiador. Afinal, como ser competitivo e oferecer descontos em um mercado cada vez mais acirrado? Como atrair consumidores com tantas ofertas disponíveis? Neste ano, os desafios serão ainda maiores, já que estamos passando por um período de crise econômica e está mais difícil negociar com fornecedores, já que, desde as matérias-primas dos produtos até as embalagens subiram de preço.

Pensando em ajudar quem já começou a se preparar para a Black Friday, o Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em marketplaces, lista as seis principais dicas para evitar erros e obter sucesso no período.


Black Fraude

Esse é, sem dúvida, um dos erros mais comuns e o pior de todos. Não tente, de maneira nenhuma, enganar o consumidor com promoções falsas. Você não só queimará o filme da sua empresa como se prejudicará o resto do ano inteiro! Sabemos o quanto é difícil fidelizar clientes e, numa tentativa de sair lucrando, pode perdê-los rapidamente, e de maneira irreversível.


Escolha os produtos certos

Sabemos que a Black Friday é realizada para o cliente comprar mais barato, mas, ao mesmo tempo, o lojista também precisa sair satisfeito. O maior foco dos consumidores no período são promoções vantajosas e chamativas e, justamente por isso, não há necessidade de colocar todos os seus produtos na promoção. Escolha aqueles que tenha negociado um bom preço com o   fornecedor, que possuem mais dificuldade de sair, e os venda com um desconto que chame a atenção. Mas não há motivo nenhum para colocar desconto nos itens curva A, ou seja, aqueles que se vendem sozinhos, o ano inteiro, por um preço mais alto. Este é o momento de ser estratégico!


Atendimento ao cliente

O atendimento ao cliente deve ser a principal prioridade durante o ano inteiro, e isso não seria diferente na Black Friday. Leve sempre em consideração as reclamações, considerações e necessidades do consumidor, pois, apenas dessa maneira, irá fidelizar e atrair novos clientes para o seu e-commerce. Ah, detalhe super importante: seja omnichannel - o consumidor precisa te encontrar em múltiplos canais de atendimento, como telefone, redes sociais e e-mail.  


Estoque

O planejamento e o controle de estoque são pontos-chave para uma Black Friday de sucesso. O seu estoque para o período deve ser feito durante todo o ano, aproveitando os momentos ideais, para comprar dos fornecedores certos, por um preço super acessível e revender, com desconto, mas com grande margem de lucro.  


Site

Um grande erro durante a Black Friday é não preparar o seu e-commerce para suportar o aumento no número de acessos, já que, durante o período, a tendência é o tráfego crescer até seis vezes em comparação com os dias comuns. Para evitar situações indesejáveis, o ideal é preparar o site, checar seus servidores para suportar o tráfego recebido, caso seja necessário. 


Divulgação e canais de venda

Por último, mas não menos importante, o que com certeza pode prejudicar as suas vendas é não divulgar as promoções do seu e-commerce. Não adianta nada se preparar para ser super competitivo durante a Black Friday e as suas promoções não chegarem ao consumidor final. Por isso, aposte em um bom planejamento de marketing específico para o período e organize, com antecedência, todas as publicações e os canais mais adequados para cada uma. 

Além disso, invista pesado na capilaridade dos seus canais de venda: marketplaces, e-commerce próprio, redes sociais e afiliados. Essa estratégia irá te ajudar a aumentar as suas vendas de forma significativa.

 

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