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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

30% das mortes no Brasil são ocasionadas por doenças cardiovasculares

Cardiologistas alertam que o estilo de vida é o principal responsável pelo quadro e é cada vez mais comum que pessoas jovens sofram de problemas cardíacos


A cada 90 segundos, um brasileiro morre em decorrência de alguma doença cardiovascular, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). As mortes por complicações do sistema cardíaco equivalem a 30% do número total, chegando a 400 mil óbitos por ano.

De acordo com o cardiologista André Gabriel Correa Neto, que atua no AME Itu, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", estima-se que, anualmente, cerca de 17 milhões de pessoas no mundo morram em função de infarto, hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras doenças cardiovasculares.

"Em uma sociedade que, a cada ano, cresce e envelhece mais, como é o caso da brasileira, o cuidado com a saúde cardíaca e a valorização do médico cardiologista são fundamentais para garantir a longevidade e bem-estar da população", alerta o Dr. André.

Segundo o médico, entre os problemas cardíacos que mais atingem os brasileiros está a doença isquêmica do coração, relacionada ao infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e ao acidente vascular encefálico. Dr. André ressalta ainda que condições patológicas como hipertensão arterial, dislipidemia - distúrbios do colesterol /triglicerídeos -, diabetes mellitus e a obesidade devem ser intensamente combatidas, pois são os maiores responsáveis pelo desencadeamento das doenças cardiovasculares.

"A melhor forma de evitar agravamento dos problemas cardíacos é fazer a prevenção, além de adotar o hábito de visitar periodicamente o cardiologista".

O especialista explica que durante a transição para a terceira idade, entre os 50 e 70 anos, é quando as pessoas têm uma disposição maior para o aparecimento dos sintomas cardíacos. Mas, em decorrência do estilo de vida, essa faixa-etária tem diminuído.

"Atualmente, podemos observar pessoas jovens, entre os 40 e 50 anos, com problemas do coração em função do estilo de vida. O infarto, por exemplo, pode ocorrer em pessoas ainda mais novas. Nesses casos, muitos por associação ao uso de drogas ou trombofilias, que são distúrbios hereditários da coagulação", explica.

Segundo Dr. André, até os 60 anos os homens têm mais chances de terem infartos, mas, a partir dos 70, os riscos se igualam e as mulheres passam a ter a mesma propensão.


Prevenção

Como a maioria dos problemas relacionados ao coração são causados pelo acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, algo que se inicia desde a infância, quanto antes forem adotadas medidas preventivas, menores serão as chances de o indivíduo desenvolver um infarto.

Segundo o cardiologista, esses hábitos incluem ter uma vida saudável, com a prática regular de atividade física e uma dieta balanceada, sem gordura, açúcar em excesso, massas e alimentos ultra processados.

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e manter a boa gestão emocional, bem como o sono reparador, podem ser bons aliados. Por fim, o médico alerta para o abandono ao tabagismo para as pessoas que buscam ter um coração saudável.


Tratamentos

As doenças cardiovasculares mais comuns pertencem ao grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e costumam ser degenerativas e progressivas. Não existe cura plena, mas é possível conter a progressão do quadro por meio de tratamentos.

Existem quadros leves e moderados, nos quais predominam as condições de vida normal ou bem próxima de tal, proporcionando a adoção de uma rotina bem saudável. Para casos mais graves ou terminais, quando há comprometimento da expectativa de vida, pode ser recomendada a realização de procedimentos e até de um transplante de coração.

"Cardiopatias graves podem levar à incapacidade na vida pessoal e profissional do paciente. Isso também gera desgaste físico e emocional, trazendo uma limitação laboral e, consequentemente, a aposentadoria, muitas vezes precoce", explica. A ciência e a tecnologia evoluíram muito e existem diversos tratamentos disponíveis para tratar os problemas cardiovasculares. Apesar disso, a recomendação do Dr. André é que, na medicina como um todo, a prevenção sempre é melhor opção.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Leucemia: Hematologista do IGESP explica os principais aspectos da doença

A leucemia é uma doença maligna e rara, que atinge as células do sangue e pode ser classificada como aguda ou crônica. As agudas são caracterizadas pela presença de novas células brancas chamadas de blastos, já as leucemias crônicas apresentam células atípicas, como linfocíticas ou mieloides anômalas, de diferentes tamanhos que podem estar presentes no sangue ou na medula óssea.


Incidências e tipos

De acordo com a Dra. Youko Nukui, hematologista do hospital IGESP, as crianças são acometidas pela leucemia linfoblástica aguda, sendo um pouco mais frequente em meninos, com poucos casos observados após os 60 anos. "A leucemia linfoblástica é mais comum em crianças e jovens até os 15 anos de idade por ser uma doença que atinge células mais imaturas. Ela corresponde a um quarto de todos os cânceres infantis e três quartos de todas as leucemias nessa faixa etária. O pico ocorre entre os 2 e 4 anos de idade", esclarece.

No caso da leucemia linfoblástica crônica, a incidência é mais comum em adultos acima de 50 anos na sociedade ocidental e é incomum em asiáticos. Já no caso das leucemias mieloides, tanto a aguda quanto a crônica, são mais comuns em adultos.


Sintomas

A médica explica que os sintomas mais comuns são de anemia, manifestados por palidez cutânea, fadiga e letargia. Nos idosos, geralmente, aparecem falta de ar, cefaléia e dor no peito. No caso de alguma infecção vigente, podem aparecer sangramentos e febre. Alguns pacientes, também, podem apresentar adenomegalias, condição que ocorre quando os gânglios linfáticos aumentam de tamanho.

Segundo a especialista, é importante que as pessoas fiquem atentas a quaisquer sintomas atípicos, desde uma náusea e vômitos até alterações neurológicas e renais, e procurem um médico para investigação.


Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio do hemograma completo, que analisa os níveis de células vermelhas, brancas e plaquetas. Quando o exame está alterado pode demonstrar aumento do número de leucócitos com blastos. Para que o diagnóstico seja confirmado é necessário avaliação dos exames de medula óssea. Em caso positivo para leucemia, o paciente deve procurar por um hematologista para identificar o tipo de leucemia e iniciar o tratamento.


Tratamento

A especialista explica que, normalmente, o tratamento é a quimioterapia, mas para cada uma das leucemias existe um tipo de tratamento específico. "A escolha está vinculada aos tipos de células brancas anômalas envolvidas."

Em casos avançados da doença, a hematologista recomenda que os pacientes evitem exposição às doenças infectocontagiosas, atualizem as vacinas e sejam amparados por medidas de suporte domiciliar ou hospitalar, como nutricional, transfusional e de uso de antibióticos, além de receber todo o conforto paliativo, quando necessário.


Existe prevenção?

Dra. Youko explica que não há medidas preventivas para evitar a leucemia, mas comenta que existem situações clínicas mais suscetíveis. "Crianças com síndrome de Down têm de 10 a 30 vezes mais chances de ter leucemia linfoblástica aguda e, em pequena porcentagem, de apresentar a leucemia mieloide aguda. Pacientes com imunodeficiência congênita, alterações mutacionais ou genéticas podem ser mais predispostos. Irradiação e contato com benzeno podem, também, desencadear a doença."


Avanços nos tratamentos

Atualmente, novos tratamentos estão sendo pesquisados, mas como todos os medicamentos, levam anos para serem comercializados, como explica a hematologista. "O tratamento clássico de pacientes com leucemias agudas é composto de uma fase de indução, consolidação e de manutenção. Nos últimos anos, as leucemias crônicas foram as mais beneficiadas com um número maior de tratamento e ótimos resultados", finaliza.



Hospital IGESP

www.hospitaligesp.com.br


Oncoguia e Outubro Rosa | Veja nosso conteúdo sobre câncer de mama

http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/cancer-de-mama/20/12/

http://www.oncoguia.org.br/cancer-de-mama-avancado/


 

Matérias em nosso portal e porta-vozes estão à disposição da imprensa


Existem vários tipos de câncer de mama e maneiras diferentes de descrevê-los. O tipo de câncer de mama é determinado pelas células específicas da mama afetadas. A maioria dos cânceres de mama são carcinomas, que são tumores que começam nas células epiteliais que revestem órgãos e tecidos do corpo. Quando os carcinomas se formam na mama, geralmente são um tipo específico denominado adenocarcinoma, que começa nas células de um ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos).


Câncer de mama in situ versus Câncer de mama invasivo

O tipo de câncer de mama também pode se referir se o câncer se disseminou ou não. O câncer de mama in situ é um câncer que começa no ducto de leite e não cresce no restante do tecido mamário. O termo câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é usado para descrever qualquer tipo de câncer de mama que se disseminou no tecido mamário circundante.


  • Carcinoma ductal in situ (DCIS). Também conhecido como carcinoma intraductal é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo.
     
  • Câncer de mama invasivo. O câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é aquele que se disseminou pelo tecido mamário adjacente. Os tipos mais comuns são o carcinoma ductal invasivo e carcinoma lobular invasivo. O carcinoma ductal invasivo representa entre 70 a 80% de todos os cânceres de mama.


Tipos especiais de câncer de mama invasivo

Alguns cânceres de mama invasivos têm características especiais ou se desenvolvem de maneiras diferentes que afetam seu tratamento e prognóstico. Esses cânceres são menos comuns, mas podem ser mais graves do que outros tipos de câncer de mama.

  • Câncer de mama triplo negativo. O câncer de mama triplo negativo é um tipo agressivo de câncer de mama invasivo, representa cerca de 15% dos cânceres de mama. É um câncer difícil de ser tratado.
    • Câncer de Mama Inflamatório. O câncer de mama inflamatório é um tipo raro de câncer de mama invasivo, que representa de 1 a 5% dos cânceres de mama.


Tipos menos comuns de câncer de mama

Existem outros tipos de câncer de mama que afetam outros tipos de células na mama. Esses cânceres são muito menos comuns e às vezes precisam de diferentes tipos de tratamento.

    • Doença de Paget. A doença de Paget começa nos dutos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando de 1 a 3% dos casos de câncer de mama.
       
    • Angiossarcoma. Os sarcomas da mama são raros, representando menos de 1% dos cânceres de mama. O angiossarcoma começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos. Pode envolver o tecido mamário ou a pele da mama. Alguns podem estar relacionados ao tratamento radioterápico prévio dessa região.
       
    • Tumor Filoide. É um tipo de tumor de mama muito raro, que se desenvolve no tecido conjuntivo (estroma), em contraste com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lóbulos. A maioria é benigna, mas existem outras que são malignas (câncer).


Sinais e Sintomas do Câncer de Mama

Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico.

A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já passaram a menopausa, o autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.

Qualquer alteração que você venha a observar deve ser comunicada imediatamente ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois da última mamografia que você realizou ou do exame clínico das mamas feito por um médico.

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa. Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares é muito provável que seja um tumor maligno, mas os cânceres de mama podem ser sensíveis ao toque, macios ou redondos. Eles podem até ser dolorosos. Por esse motivo, é importante que qualquer nova massa, nódulo ou alteração na mama seja examinada por um médico.

O câncer de mama também pode apresentar vários sinais e sintomas, como:

  • Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
  • Nódulo único endurecido.
  • Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
  • Dor na mama ou mamilo.
  • Inversão do mamilo.
  • Eritema (vermelhidão) na pele.
  • Edema (inchaço) da pele.
  • Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
  • Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
  • Linfonodos aumentados

Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, vermelhidão, inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares são provocados por processos inflamatórios ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se acompanhados de dor.

Mas como existe uma forma rara de câncer de mama que se manifesta como inflamação, esses achados devem ser relatados ao médico imediatamente e a mulher deve realizar um exame clínico, obrigatoriamente.

Apesar da importância do diagnóstico precoce para aumentar e melhorar as chances de cura e sobrevida para as mulheres com câncer de mama, muitos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados, inclusive com metástases, que é quando o tumor já se espalhou para outros órgãos. Nesses casos, os sinais e sintomas, além dos descritos acima, podem variar de acordo com a área afetada pelo avanço do câncer. As metástases do câncer de mama em geral atingem os ossos, fígado, pulmões ou cérebro.


Como o Câncer de Mama se Dissemina

O câncer de mama pode se disseminar quando as células cancerígenas entram no sangue ou no sistema linfático e são transportadas para outras partes do corpo.

A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são drenados por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície à profundidade, formando uma rede linfática que se comunica entre si. É importante entender o sistema linfático para compreender a forma como a doença pode se disseminar. Esse sistema tem várias partes.

Os linfonodos são pequenas coleções de células do sistema imunológico, em forma de feijão, conectados pelos vasos linfáticos. Os vasos linfáticos são como pequenas veias, que drenam a linfa da mama. A linfa contém líquido e detritos, bem como células do sistema imunológico. As células cancerígenas da mama podem entrar nos vasos linfáticos, chegar até os gânglios linfáticos e crescer neles. A maioria dos vasos linfáticos da mama drena para os:

  • Linfonodos axilares.
  • Linfonodos supraclaviculares e infraclaviculares.
  • Linfonodos da cadeia mamária interna.

Se as células cancerígenas se disseminarem para os linfonodos, existe uma chance maior de que as células possam ter percorrido o sistema linfático e se disseminado (metástase) para outras partes do corpo. Quanto mais células cancerígenas da mama houver nos linfonodos, maior a probabilidade da doença ter se disseminado também para outros órgãos. Encontrar células cancerígenas em um ou mais linfonodos influencia o esquema de tratamento a ser adotado. Geralmente, a cirurgia para retirar um ou mais linfonodos será necessária para saber se a doença está disseminada.

Entretanto, nem todas as mulheres com células cancerígenas nos linfonodos apresentam metástases, e outras que não tinham doença nos linfonodos podem desenvolver metástases posteriormente.

 


Fonte: Luciana Holtz de Camargo Barros (Presidente e Diretora Executiva, Psicóloga, Psico-Oncologista, Especialista em Bioética). Temos também médicos oncologistas onluntários e podemos ajudar na busca por pacientes para personagem.

 

Oncoguia


Dia do Idoso - 1º/10

 Entenda como cuidar da visão na terceira idade


Consultas regulares ao oftalmologista, alimentação rica em vitaminas e uso de equipamentos adequados de proteção ajudam a chegar na ‘melhor idade’ com a saúde ocular em dia


A realização de exames oftalmológicos é essencial em qualquer faixa etária e, quando se aproxima o Dia do Idoso, celebrado em 1º de outubro, a especialista da Olhar Certo lembra da importância do acompanhamento da saúde ocular para evitar o aparecimento de doenças entre a geração prateada. Assim, exames de rotina, medida da pressão ocular e fundo de olho são os mais indicados, mesmo em pacientes assintomáticos. "Pessoas acima de quarenta anos precisam realizar consultas oftalmológicas de rotina. Além dos exames mais comuns, em casos considerados fatores de risco para determinadas doenças, o médico oftalmologista poderá ampliar os exames para acompanhamento", diz Priscilla Drudi, oftalmologista e sócia-proprietária da rede de clínicas oftalmológicas Olhar Certo.

Entre as doenças mais comuns que atingem pessoas com mais de 60 anos está a catarata. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), três em cada quatro casos de deficiência visual é em decorrência da catarata ou pela falta de acesso a óculos. "A catarata é a doença oftalmológica mais prevalente entre os idosos e é a cirurgia mais realizada no mundo. O procedimento com remoção do cristalino e sua substituição por uma lente intraocular é capaz de devolver a qualidade visual do paciente que não apresente outras comorbidades", afirma Priscilla.

A especialista também destaca que o glaucoma, as degenerações da retina relacionadas à idade, bem como retinopatia diabética também são comuns em idosos. "O glaucoma, por exemplo, pode não apresentar sintomas no início. O seu avanço, pode levar à cegueira e, consequentemente, a perda de qualidade de vida e até sobrevida no idoso. No entanto, tanto esta como as outras doenças podem ser evitadas com um acompanhamento regular de um oftalmologista", completa.


Cuidados extras

Além dos exames de rotina, o consumo de vitaminas e o uso de acessórios para a proteção dos olhos em determinadas situações podem auxiliar na manutenção da saúde ocular. "A ingestão de alimentos como fígado, gemas de ovo e óleos de peixe, ricos em vitamina A, proteção dos olhos contra excesso de exposição à raios ultravioletas, uso de equipamentos de proteção individual para profissões de risco, somados às consultas regulares ao oftalmologista são fatores que ajudam a conservar a saúde ocular, não só na terceira idade, mas também ao longo da vida", conclui a oftalmologista.

 


Olhar Certo


Outubro Rosa: Cirurgião Plástico Luiz Haroldo Pereira esclarece mitos e verdades sobre implantes de silicone e mamografia

Pixabay
‘O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem um índice muito grande de cura. Infelizmente essas lendas sobre o assunto acabam comprometendo o diagnóstico precoce e dificultando o tratamento’, afirma o médico da SBCP


O Brasil é considerado o país campeão na realização de cirurgias plásticas no mundo. As próteses de silicone nos seios estão entre as cirurgias mais procuradas pelas brasileiras. Com isso, é natural que algumas dúvidas acabem surgindo, e uma das mais comuns é se as próteses de silicone podem atrapalhar ou não a realização de exames de imagem das mamas, como a mamografia. Aproveitando a chegada do mês de outubro e, com ele, a campanha do Outubro Rosa, que busca conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção do câncer de mama, Luiz Haroldo Pereira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarece mitos e verdades sobre o assunto.

 

O médico, com mais de 40 anos de experiência e pioneiro na lipoaspiração no Brasil, reforça a importância sobre os exames preventivos e a necessidade de desmistificar certas lendas envolvendo a prótese de silicone: “O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem um índice muito grande de cura. Infelizmente essas lendas sobre o assunto, como a de que quem tem prótese não pode fazer mamografia, acabam comprometendo o diagnóstico precoce e dificultando o tratamento”.

 

O cirurgião plástico conta que a mamografia é indicada a partir dos 40 anos, mas que o autoexame e a ultrassom, devem ser feitas a partir dos 18 anos: “Na faixa de 40 a 50 anos, a indicação é que a mulher se submeta a esse método a cada dois anos, se não houver nenhuma alteração. A partir dos 50 anos, a mamografia deve ser anual. Já mulheres com histórico de câncer na família, ou seja, cujas mães, avós ou irmãs tiveram câncer de mama, devem iniciar a mamografia mais cedo, aos 35 anos, por conta do fator hereditário. O exame de mamografia é uma das principais armas de combate ao câncer de mama e temos que nos munir dela”.

Pixabay

Confira a lista com mitos e verdades realizada pelo Dr. Luiz Haroldo Pereira: 

 

1- Quem tem silicone não pode fazer mamografia 

Mito! Todas as mulheres, quando na idade indicada, podem e devem fazer a mamografia anualmente. E o fato de terem próteses de silicone não impede em nada que esse importante exame de prevenção seja feito.

 

2- Silicone pode prejudicar o exame de mamografia

Mito! A primeira coisa que é preciso saber e deixar claro é que a mamografia pode ser feita em mulheres com próteses de silicone normalmente. No entanto, alguns cuidados são necessários no momento da realização do exame. 

 

3- O silicone pode romper durante a mamografia

Mito! Nos casos em que a mulher possui próteses de silicone, o aparelho de mamografia é ajustado para fazer uma pressão menor do que em mulheres sem implantes e assim evitar o risco de que o silicone se rompa.

 

4- A mamografia pode ser dolorida 

Verdade! O exame de mamografia consiste na compressão das mamas para obtenção das imagens. Sendo assim, é possível que o exame cause certo desconforto em algumas mulheres, independentemente da presença ou não dos implantes.

 

5. Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores

Verdade! A mamografia é a principal forma de diagnóstico precoce da doença. Quem tem histórico familiar deve fazer o exame a partir dos 25 anos. As demais, após os 35, 40. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

 

6- A localização do implante pode influenciar no exame 

Verdade! Há duas posições básicas de inserção do implante mamário: atrás da glândula mamária – o chamado implante retroglandular – e atrás do músculo peitoral – a posição retromuscular. 

 

Quem define a posição do implante é o cirurgião plástico, pois depende da conformação, do tamanho da mama e do que se espera do resultado estético. Do ponto de vista radiológico, os implantes colocados atrás do músculo peitoral são os que possibilitam melhor deslocamento posterior com exposição completa da glândula mamária para a realização da mamografia. 

 

7. Faço o autoexame em busca de caroços. Não preciso de outros exames

Mito! O autoexame das mamas é uma prática positiva, que deve ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura.

 



Dr. Luiz Haroldo Pereira - que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e face no Brasil. Ele se especializou na França, onde participou da equipe do Dr. Pierre Fournier. O médico tem mais de 25 artigos publicados nas mais diversas e importantes revistas nacionais e internacionais sobre cirurgia plástica e é autor de vários capítulos de livros sobre lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, sendo considerado fonte no Brasil para todos estes assuntos. Já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspirações, implantes de silicone e outros procedimentos.

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Quase 3 milhões de mulheres deixaram de rastrear ou diagnosticar o câncer de mama durante a pandemia, segundo a Dasa

Quase 3 milhões de mulheres deixaram de rastrear ou diagnosticar o câncer de mama durante a pandemia, segundo a Dasa

 

Um levantamento feito pelo time de Data Analytics da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, aponta que 2,8 milhões de mulheres com idade elegível e indicação clínica para a realização de mamografia deixaram de fazer exames de rastreio ou para o diagnóstico de câncer de mama, no último ano, nas unidades da rede. A análise revela que 91,1% das brasileiras podem não estar com o acompanhamento em dia nesse período, e em algumas regiões do País, a lacuna de diagnóstico chega a 99,4%. Nesse contexto, a Dasa estima que mais de 49 mil casos suspeitos de câncer de mama deixaram de ser rastreados dentro da rede, o que representa 1,7% do universo de mulheres que não realizaram os exames entre agosto de 2020 e de 2021. 

Na capital paulista, o gap de mamografias nos últimos 12 meses foi de 84,3%. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número cresce para 89,3%, enquanto em outros locais do Estado o total chega a preocupantes 99,4% de abandono da prevenção.  

No Estado do Rio de Janeiro a abstenção foi de 89,3%. O Distrito Federal apresentou 95,5%; a Região Sul, 96,8% e, no Nordeste, 96,4% das pacientes não retornaram para o rastreio do câncer de mama na pandemia.  

“Com medo do contágio pelo coronavírus, as mulheres deixaram de lado a rotina de cuidados: consultar o ginecologista e realizar os exames de rastreio, entre eles, a mamografia. Muitas biópsias, cirurgias e sessões de radioterapia e quimioterapia também foram adiadas, resultando em diagnósticos tardios e a necessidade de tratamentos mais invasivos”, explica Emerson Gasparetto, diretor geral de negócios hospitalares e oncologia da Dasa. 

A avaliação do gap de rastreio segue as diretrizes da Sociedade Brasileira de Mastologia, que recomenda que o exame seja feito anualmente para mulheres a partir dos 40 anos, de acordo com critérios médicos individuais. O diagnóstico precoce nessa faixa etária melhora o prognóstico da doença, a efetividade do tratamento e diminui a morbidade associada. Realizada de forma preventiva, a “mamografia de rastreio” é indicada para mulheres que não possuem sinais ou sintomas sugestivos de câncer. Seu objetivo é identificar alterações indicativas à doença e, assim, encaminhar as pacientes com resultados anormais para uma investigação aprofundada. 


Exames presenciais e a Covid-19 

Para a Dasa, divulgar esse levantamento tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre o quão segura e necessária é a retomada dos exames preventivos e periódicos. “Nossos hospitais e laboratórios têm um fluxo específico para tratar casos ou suspeitas de Covid-19 e esses pacientes não se misturam ou interagem com os que vão fazer exames eletivos”, garante Gasparetto. 

“Quanto mais cedo o câncer de mama for descoberto, melhores são as chances de sucesso no tratamento e prognóstico positivo para as pacientes. A mamografia pode salvar vidas, pois o exame é capaz de identificar com precisão lesões não palpáveis e milimétricas que, quando detectadas e tratadas precocemente, aumentam as chances de cura em 90% dos casos”, explica Flora Finguerman, mastologista da Dasa .  


Data Intelligence a favor da saúde 

Com o objetivo de diminuir o impacto na saúde global por causa do atraso na busca pelos exames de mama, a Dasa utiliza data intelligence, por meio do Nav, plataforma que consolida a jornada integrada de saúde dos usuários, para identificar mulheres que adiaram o acompanhamento anual e as convida para retomarem a rotina preventiva. 

“Sabendo que, em todo o Brasil, quase 3 milhões de mulheres estão com o rastreio do câncer de mama atrasado, é missão da Dasa, como um ecossistema integrado, acolher, empoderar e facilitar a vida dessas pessoas para que retomem os cuidados com a sua saúde, incentivando que o hábito de zelar por si deve ser mantido constantemente”, conclui Gasparetto.  


Os números do câncer de mama no Brasil  

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres – excluindo os tumores de pele não melanoma –, com a estimativa de cerca de 2 milhões de casos novos em 2020, ou seja, 24,5% dos diagnósticos de câncer entre elas. É a primeira causa de morte por câncer na população feminina e o intervalo entre os exames de rastreio e diagnóstico não deve extrapolar o prazo máximo de dois anos. 

Nesse cenário, e para chamar a atenção para a necessidade de manter os cuidados com a saúde, a Dasa “antecipou” o começo do Outubro Rosa para o mês de agosto, com o intuito de reforçar a mensagem e abrir diálogo com as pessoas sobre a importância de buscar unidades especializadas para priorizar a prevenção em todos os momentos. Desde o final de agosto, as mais de 900 unidades da rede no Brasil já estão comunicando que o Outubro Rosa é Agora e estão preparadas para atender às mulheres na retomada de suas mamografias. 

No mundo todo, a campanha Outubro Rosa é um movimento de conscientização para o combate ao câncer de mama que foi criado na década de 1990. Trata-se de um dos momentos mais relevantes do ano em relação aos cuidados com a saúde da mulher.  

 


Dasa 

dasa.com.br   


Os desafios de encarar a perda auditiva na terceira idade

É fundamental ouvir bem para levar uma vida saudável na velhice


Nestes tempos difíceis em que vivemos, é preciso, acima de tudo, cultivarmos a alegria do convívio com familiares e amigos, e estarmos conectados ao mundo. Para quem chegou aos 60 anos, os desafios são ainda maiores: aceitar as limitações que a idade impõe e saber envelhecer. Para isso, é fundamental manter uma boa audição. Só assim é possível participar das conversas, curtir uma boa música e assistir a um programa na TV. A surdez é uma das mais cruéis dificuldades que afetam o dia a dia do idoso porque pode afastá-lo da vida em sociedade.

Com o passar do tempo, as células auditivas se degeneram devido ao desgaste natural do corpo. Mas não é só. Hábitos ruins que cultivamos ao longo da vida, como o contato frequente com sons altos e ambientes barulhentos, podem agravar o processo de perda auditiva, que é contínuo. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a dificuldade auditiva. E pessoas que não escutam bem podem ter problemas de relacionamento, preferindo o isolamento que pode levá-las à depressão e até à demência.

"Ainda percebemos uma forte resistência dos idosos em admitir a perda auditiva. Muitos relutam durante vários anos. Com isso, o convívio em família fica mais difícil. E entre casais, é um fardo pesado para o marido ou a esposa ter de conviver com alguém que finge simplesmente que a dificuldade de ouvir não existe. Por isso, é importante tentar convencer esses idosos a buscar tratamento. E para tal, o tratamento é a adaptação de aparelhos auditivos, que traz melhorias significativas na comunicação e na qualidade de vida", afirma a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.

O processo de perda auditiva é diferente em cada indivíduo. Depende de vários fatores, inclusive genéticos. No entanto, depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de dificuldade para ouvir.

"O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso reduza a dependência e resgate a autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já ficou grave. A perda de audição é lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não for tratada, atinge um estágio mais avançado", explica a fonoaudióloga da Telex.

Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo avaliar a audição e indicar qual tipo e modelo de aparelho auditivo é o mais indicado para cada caso.

"Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada é uma grande aliada. Os modernos aparelhos auditivos digitais, bem pequenos, otimizam a audição, sem constrangimentos, e facilitam, inclusive, a interação com o mundo virtual, por meio de conexão sem fios com laptops, celulares e outros eletrônicos", conclui a especialista.


Sintomas que podem indicar os primeiros indícios de perda auditiva:

- Assistir à TV em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo constantemente para aumentar o som;

- Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo;

- Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião;

- Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram;

- Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;

- Ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;

- Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa;

- Fazer uso de leitura labial durante uma conversa;

- Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem;

- Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.

 

Especialistas alertam para a necessidade de intervalo entre vacina da Covid-19 e a realização de exames de rastreamento de câncer de mama

BP Medicina Diagnóstica recomenda exames de mama antes da primeira dose ou um mês após a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus


Após os recentes mutirões de vacina contra a Covid-19, alguns centros de medicina diagnóstica do País verificaram a ocorrência de gânglios aumentados nas axilas de mulheres que tomaram a vacina e realizaram exames de mamografia ou ultrassonografia de mama na sequência. Esse fato observado foi comprovado por estudos recentes[i], [ii], [iii] que afirmam que entre 15% e 16% dos pacientes na faixa etária de 18 a 64 anos apresentaram aumento do volume dos linfonodos cerca de 2 a 4 dias após a vacina. 

“Toda vez que tomamos alguma vacina que evoca uma resposta imune forte, seja contra o sarampo, varíola, gripe ou mesmo contra Covid-19, pode ocorrer reação inflamatória dos linfonodos na axila, no mesmo lado do braço que recebeu a vacina”, explica a radiologista Carla Benetti, da BP Medicina Diagnóstica, marca da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo para serviços diagnósticos e terapias. “Por isso, a anamnese, isto é, aquela conversa prévia que o médico tem com a paciente antes dos exames como os de rastreamento de câncer de mama, como mamografia e ultrassonografia de mamas, por exemplo, deve incluir perguntas sobre o status da vacinação, a data que ela foi realizada, qual o braço recebeu a dose e qual o tipo de vacina recebida, de forma a não haver nenhum fator que influencie o diagnóstico”, explica a médica. 

De acordo com João Prats, infectologista do Hospital BP, um dos hospitais da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, os gânglios linfáticos (linfonodos) são estações do corpo onde há uma grande quantidade de células de defesa (linfócitos principalmente). “Durante uma resposta imunológica, o mecanismo natural de defesa é que uma amostra da infecção/vírus seja levada para o linfonodo, como se fosse uma base. Lá, essas células de defesa se multiplicam para combater a ameaça e montar uma resposta imune”, conta o médico. “No caso das vacinas, é natural o aumento dos linfonodos, já que o sistema imunológico foi estimulado para que as células combatam a infecção. Os linfonodos mais palpáveis no corpo humano costumam aparecer na axila e na virilha e, em algumas vezes, no pescoço”, explica João Prats.

 

Recomendações

De acordo com recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e endossadas pela BP Medicina Diagnóstica, os exames de rastreamento para câncer de mama (pacientes assintomáticas) devem ser realizados antes da primeira dose ou após 4 semanas da segunda dose da vacina para Covid-19.

 Já no caso de detecção de um aumento palpável de gânglio axilar unilateral em mulheres que receberam a vacina nas 4 semanas anteriores (sempre no lado que recebeu a imunização), sem lesão mamária suspeita concomitante, a recomendação é realizar uma nova ultrassonografia de mama para controle após 4 a 12 semanas da segunda dose da vacina. “No caso de persistência do achado o médico deve, então, considerar a biópsia do linfonodo para excluir qualquer outra etiologia que não seja reacional, como uma possível doença maligna oculta da mama”, conclui a radiologista da BP.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 

 

Covid em crianças: quais os cuidados a serem tomados?

A vacinação contra a Covid-19 já está em fase avançada em diversos países, dentre grande parte das faixas etárias. As crianças, contudo, ainda não se enquadram entre as que podem receber qualquer uma das doses disponíveis em diversas regiões, uma vez que o tema que vem sendo amplamente discutido ao redor do mundo. Enquanto ainda caminhamos nesse processo de imunização, os cuidados com os pequenos devem ser constantes, mesmo nos sintomas mais inocentes perceptíveis.

Em uma análise de todos os casos registrados da doença nos jovens, os sintomas podem variar conforme cada faixa etária. Até os cinco anos, sintomas respiratórios como coriza, tosse e febre baixa são os mais comuns. Para crianças acima de dez anos, que se enquadram dentre as que mais apresentam casos graves, podemos notar frequentemente dores abdominais, cefaleia e prostração, principalmente. Mesmo sem sequelas vistas na grande maioria, a falta de atenção e cuidado pode levar a consequências sérias.

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe, compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil é o segundo país com mais mortes de crianças por Covid-19 até os nove anos – atrás apenas do Peru. Por mais que grande parte dos casos registrados tenham apresentado sintomas leves, o isolamento para os pequenos também se torna uma das melhores medidas contra a doença, junto com o tratamento adequado, recomendado pelo pediatra. Mas para tranquilidade dos pais, a mortalidade pela Covid-19 ainda é baixa na faixa etária abaixo de 18 anos, quando comparada às outras – mesmo com a variante Delta. Até a metade desse ano, inclusive, o número de mortes caiu em relação à 2020.

O uso de máscaras também é recomendado, mas apenas para os maiores de dois anos. Crianças menores a essa faixa etária se encontram em uma intensa fase oral, com salivação constante, o que pode prejudicar tal eficácia. Ainda, existe o risco de asfixia pela anatomia da via aérea própria da idade. A partir dos dois anos, vale ir apresentando de forma lúdica, pois nessa fase eles costumam ainda levar muito a mão ao rosto, perdendo a eficácia da proteção.  Já a partir dos cinco anos, a máscara deve ser utilizada, escolhendo uma que fique confortável no rosto. É importante apresentá-la de forma lúdica para uma melhor adaptação, especialmente a partir dos cinco anos, quando já conseguem ter um melhor entendimento sobre sua importância.

No ambiente escolar, seu uso é ainda mais importante. Por mais que muitos pais ainda estejam inseguros em permitir que seus filhos retornem às aulas presenciais, a grande maioria das instituições está preparada para recebê-los com a infraestrutura adequada para garantir sua máxima proteção e, com uma equipe adequadamente treinada para utilização de máscara e medidas de higiene. O impacto da ausência da escola na vida das crianças foi grande, e isso terá que ser bem acompanhado ao longo dos próximos anos.

Se tem algo que aprendemos com essa pandemia é que um corpo saudável apresenta um melhor desfecho. Então, mais uma vez, temos que olhar a qualidade da alimentação dos nosso pequenos, dando preferência sempre aos alimentos in natura e evitando os ultraprocessados. Vários estudos estão sendo publicados, relacionando uma alimentação mais saudável com uma melhor evolução frente à infecção pela Covid-19. Mantenha as rotinas dos seus filhos com o pediatra e os exames deles em dia.

Ainda temos muito o que descobrir sobre a Covid-19 e seus danos à saúde, tanto nas crianças quanto nos adultos. Por isso, os pais devem ficar constantemente alertas a qualquer sintoma diferente que a criança tenha e, não apenas aos mais característicos e comuns da doença. O melhor tratamento ainda é a prevenção: evite aglomerações, use máscaras e priorize a vacinação dos grupos adequados, a fim de proteger também os que não podem ser vacinados. Em qualquer suspeita, entre em contato com seu pediatra para que ele oriente a conduta e acompanhe o desenvolvimento dos sintomas.

 


Dra. Patrícia Consorte - pediatra e especialista em nutrição materno-infantil.

https://www.drapatriciaconsorte.com.br/

 

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