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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Câncer é a doença que mais causa óbitos entre crianças e adolescentes

Crédito: Love Comunicação e Marketing
Campanha nacional Setembro Dourado alerta
para a importância do diagnóstico precoce

 

No Brasil, a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC) realiza o Setembro Dourado, com a finalidade de informar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença por meio da percepção dos principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o câncer infantojuvenil é a primeira causa de óbitos na faixa etária dos 5 aos 18 anos, e estima que a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença. Dados assim motivam campanhas de alerta e de prevenção no mundo todo.

Outro objetivo do Setembro Dourado é, a exemplo dos países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançar 85% de chances de sobrevida para crianças e adolescentes com câncer - atualmente, esse índice no Brasil é de 60%. Ao longo deste mês de setembro, dezenas de ações são realizadas pela CONIACC para destacar a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil e disseminar informações ao público em geral e aos agentes de saúde de todos os municípios brasileiros.

“Não é justo que uma criança ou adolescente tenha menor chance de cura por falta de informação e atendimento rápido em local especializado”, exemplifica Rocco Francesco Donadio, presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha (Domus), sediada em Caxias do Sul (RS). A Domus é uma das 48 filiadas nacionais da CONIACC que realiza ações de sensibilização na divulgação da campanha junto às comunidades onde estão inseridas.

 

A importância do diagnóstico precoce

Crianças com câncer de países de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) podem ter até 85% de chances de sobrevida. Em países de baixo IDH, as chances caem para 20%. Isso demonstra que o investimento na saúde da população afeta diretamente as chances de sobreviver ao câncer, e que campanhas como o Setembro Dourado têm importância fundamental. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estima que 12.500 novos casos por ano surgiram no país (biênio 2018-2019). Cabe destacar que, de acordo com as estimativas, anualmente cerca de 3.800 crianças não conseguem sequer chegar ao tratamento. “Diferente do adulto, raramente detectamos na criança exposição a fatores externos que estejam vinculados ao aparecimento da doença. Comumente, sua origem é embrionária, ou seja, a sua origem está na maioria das vezes nas células responsáveis pela formação dos diversos tecidos da criança na vida intrauterina. Como estas células têm alto grau de replicação, o câncer oriundo destas células é mais agressivo, e de evolução rápida. Porém, respondem melhor ao tratamento quimioterápico convencional, tendo maior chance de cura. Se diagnosticarmos precocemente, tratarmos com protocolos controlados e em hospitais adequados, esta chance de cura poderá ocorrer em mais de 70% dos casos”, destaca Donadio.

 

Para saber mais e participar:
www.coniacc.org.br


69% das brasileiras desconhecem os sintomas da endometriose, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 74% das entrevistadas.


A endometriose é uma doença crônica que pode causar dor, desconforto e infertilidade. Muitas mulheres têm a doença, mas, pelos sintomas serem muito parecidos com os da menstruação, podem ficar muito tempo sem identificar o problema. Além de dor pélvica intensa, a endometriose pode causar menstruação abundante, cãimbras durante a relação sexual, e dor ao urinar. 

E conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 69% das brasileiras desconhecem esses sintomas. Principalmente as mulheres mais jovens, dos 18 aos 24 anos, com 74% das entrevistadas. Já os dados por estado demonstram que o Ceará é o estado em que mais mulheres conhecem os sintomas da endometriose, 38% das entrevistadas. No Rio de Janeiro, o percentual é de 35%, e no Distrito Federal, 33%. Já em São Paulo e no Espírito Santo, 30% das entrevistadas sabem sobre os sintomas da doença. E o Acre, é o estado em que menos mulheres têm esse conhecimento, com 9% da população.

O alto percentual de mulheres que não tem conhecimento sobre os sintomas, faz com que o percentual de diagnósticos seja baixo. E, embora 47% das brasileiras sintam dor pélvica intensa, um dos principais sintomas da endometriose, somente 5% relataram já terem sido diagnosticadas com a doença. O percentual aumenta entre as mulheres dos 35 aos 39 anos, e 10% já foram diagnosticadas. Já entre as dos 40 aos 44 anos, 13% têm esse diagnóstico.

Ademais, em abril de 2021, a OMS reconheceu a doença como um problema de saúde pública. Por ter um percentual tão alto de mulheres portadoras da doença, e que não têm conhecimento sobre ela, espera-se que após esse reconhecimento, sejam desenvolvidas ainda mais políticas públicas voltadas para a doença.


Problemas auditivos e as emoções: Têm relação?

Entenda como um problema emocional pode se manifestar em forma de doença auditiva


Apesar de pouco conhecida e, logo, pouco discutida, a misofonia é uma doença auditiva que afeta muitas pessoas todos os anos. Essa síndrome é a resposta emocional ou condicionada da aversão a determinados sons. “Ao ouvir o som que traz desprazer, ocorre uma reação desproporcional do sistema nervoso e do sistema límbico, sem haver alterações anormais do sistema auditivo”, explica a médica otorrinolaringologista especialista em otoneurologia, Dra. Rita de Cássia Guimarães.

Alguns tipos de sons que causam desconforto aos misofônicos

  • Geralmente o padrão de som é repetitivo e de baixo volume.
  • Som da mastigação, respiração, digitação causam enorme desconforto.
  • Outro exemplo de misofonia é quando o paciente não suporta um som em um determinado ambiente, como uma música, mas em casa ele se sente normal ao ouvir este mesmo som.

Assim, essa disfunção está relacionada a um problema emocional, de modo que, embora os sons sejam o causador de desconforto, o problema se molda à medida em que o sistema nervoso sente desprazer.

“As pessoas com misofonia geralmente não entendem o porquê desses problemas auditivos e sentem, ao ouvirem algum tipo determinado de barulho, desespero, falta de ar e é comum a queixa de não conseguirem se concentrar”, alerta a médica. É como se algo fora do seu controle chamasse a sua atenção a ponto de você não conseguir fazer nada além de se concentrar no som.

O tratamento da hipersensibilidade varia conforme o caso e é necessária a consulta a um médico otorrino especialista em hipersensibilidade sonora.

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009

. Só 13% das brasileiras avaliam ter conhecimento pleno de planejamento reprodutivo, mostra pesquisa

Adotada por 58% das entrevistadas, pílula é método contraceptivo mais usado no país; levantamento revela que 43% das mulheres desejam saber mais sobre cada método e suas diferenças

 

Pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano pelo Instituto Ipsos, por encomenda da farmacêutica Organon, revela que a falta de conhecimento é o principal motivo para as brasileiras não planejarem sua vida reprodutiva. Foram entrevistadas 450 mulheres de todas as classes sociais e regiões do país. O resultado:  52% delas usam algum método contraceptivo, mas só 13% afirmam ter domínio pleno de planejamento reprodutivo.

De acordo com o trabalho, 51% das brasileiras dizem já ter ouvido falar em planejamento reprodutivo, mas consideram não saber o suficiente sobre o tema. Já 36% admitem não ter nenhum conhecimento do assunto. Os números ganham relevância na semana do Dia Mundial da Contracepção: 26 de setembro, próximo domingo, conforme estabelecido pela Organização Mundial da Saúde e divulgado em mais de 140 países pela Organon.

“Muitas mulheres do Brasil escolheram a maternidade de forma autônoma e consciente. Viva elas! Outras não. Muitas e muitas brasileiras foram privadas de escolhas, muitas engravidaram ainda adolescentes, abandonaram a escola e se viram mães ainda meninas”, diz a dra. Ana Tereza Derraik Barbosa, ginecologista, obstetra e mestre em Saúde da Família.

O levantamento mostra que o método contraceptivo mais utilizado pelas brasileiras é a pílula oral (58%), seguido do preservativo (43%), que é o meio mais comum entre as entrevistadas que usam mais de um tipo de contraceptivo.  Na sequência, vem o DIU de cobre (8%) e a injeção mensal (6%). A contracepção natural – tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal – é o recurso de 6% das mulheres entrevistadas e a laqueadura, de 4%.

Segundo a pesquisa do Ipsos, 43% das mulheres entrevistadas desejam ter mais informações sobre cada método e suas diferenças. Além disso, 45% querem que os métodos sejam mais acessíveis e 50% gostariam que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecesse mais opções de contraceptivos.

Lançado em 2010, o Dia Mundial da Contracepção mobiliza empresas e organizações que promovem a saúde de meninas e mulheres ao redor do planeta. A Organon é uma das companhias globais que difunde a data. Desde sua fundação, em 1923, a companhia desenvolve pesquisas e medicamentos contraceptivos femininos e está globalmente comprometida em promover conscientização sobre planejamento reprodutivo e contracepção para contribuir para a redução de gestações não planejadas.


Primavera-verão: o calor pode afetar a sua saúde ginecológica


Ginecologista e Nutricionista explicam que comer e evitar certos alimentos podem reduzir ou prevenir infecções por fungos no verão

 

Vivemos no Brasil, onde o clima costuma parecer brutalmente quente o ano todo. É importante nos protegermos, não só esquecendo do “protetor solar”. Reconhecer que o calor pode impactar no nosso corpo de maneira geral, e especificamente em relação à saúde ginecológica.

Com a chegada do verão, aumentam os casos de uma das doenças que mais afetam a saúde feminina: a candidíase. Trata-se de uma infecção localizada nas regiões da vulva e da vagina, causada por um fungo, em geral a Cândida Albicans. Para evitá-la, além de ficar espertos ao consumir alguns alimentos, os cuidados com a higiene pessoal devem ser redobrados nesta época do ano, onde há o aumento da temperatura. 

A ginecologista carioca Dra. Camila Ramos (@dracamilaramos), explica que o calor causa a alteração da acidez na vagina e a redução dos bacilos de defesa da flora de proteção, facilitando a proliferação da doença. “Inchaço, coceira, inflamação vulvar e vaginal, além de secreção esbranquiçada e densa, são os principais sintomas da candidíase. A doença tem a alteração da flora vaginal, sua principal causa”, ressalta a médica. 

No entanto, vários alimentos e mudanças na dieta também podem ajudar. De acordo com a nutricionista Luna Azevedo (@lunanutri), referência em alimentação plant-based, a saúde de seu sistema digestivo depende muito de um bom equilíbrio entre as bactérias “boas” e “más” que vivem em seu intestino. As bactérias “boas” que normalmente residem em seu intestino são importantes para a digestão, pois ajudam a processar amidos, fibras e alguns açúcares. 

Quando a microbiota intestinal fica desequilibrada, você pode ter problemas digestivos, incluindo prisão de ventre, diarreia, náusea, gases, cólicas e distensão abdominal. 

Da mesma maneira, tendo em vista que todos nós temos o fungo Candida albicans no intestino, seu aumento pode nos trazer um desequilíbrio (disbiose), gerando prejuízos para nossa saúde. Estudos recentes indicam que um supercrescimento de Cândida está associado a várias doenças do trato gastrointestinal, incluindo colite ulcerativa e doença de Crohn, ressalta a nutricionista.

 

CONSIDERE ESTAS DICAS GINECOLÓGICAS AO ENFRENTAR O CALOR NESTA TEMPORAA DE PRIMAVERA-VERÃO:

A ginecologista carioca recomendou algumas dicas para você aproveitar a temporada de primavera-verão sem ter dor de cabeça. Confira:

 

Se viajar, planeje com antecedência - Tente marcar uma consulta com a sua ginecologista, leve uma receita com medicamento antifúngico para o caso de emergência. Assim se a candidíase aparecer, não vai atrapalhar sua viagem.

 

Tenha cuidado quando se trata da depilação - Durante o verão, as mulheres tendem a remover os pelos pubianos com frequência. Dependendo do método de remoção, a limpeza pode causar pêlos encravados, queimaduras incômodas com lâmina de barbear e infecções dos folículos capilares ou foliculite. A limpeza também pode causar lesões na pele, incluindo queimaduras por cera quente, cortes ao barbear e até micro-abrasões expostas aos olhos, todas as quais podem ser infectadas e aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (DSTs), incluindo o vírus do papiloma humano ( HPV) e molusco contagioso.  Também é importante manter uma boa higiene após qualquer tipo de depilação e manter a área limpa enquanto monitora quaisquer sinais de infecção.

 

Não seja excessivamente agressivo com a higiene vaginal - A vagina não precisa de atenção extra ou limpeza apenas por causa do clima mais quente; é uma parte incrível da anatomia feminina, com a capacidade de suportar todos os tipos de mudanças no pH de fluidos como sangue menstrual e ejaculação pós-relação sexual. Sua vagina pode se ajustar rapidamente às condições normais por conta própria, e isso não mudará durante o verão. Apesar ducha vaginal poder dar um conforto

 

AS INFECÇÕES VAGINAIS POR FUNGOS PODEM SER EVITADAS?

●   Mantenha sua área vaginal limpa. Use água e sabão neutro sem cheiro. Enxágue bem.

● Depois de usar o banheiro, limpe da frente para trás para evitar espalhar leveduras ou bactérias de seu ânus para a vagina ou trato urinário.

● Use roupas íntimas que ajudem a manter a área genital seca e não retenha o calor e a umidade. Uma boa opção é a roupa íntima de algodão.

●  Evite roupas justas, como meia-calça e jeans justos. Isso pode aumentar o calor corporal e a umidade na área genital.

● Troque o maiô molhado imediatamente. Vestir um maiô molhado por muitas horas pode manter sua área genital quente e úmida.

● Troque os absorventes ou tampões com frequência.

● Não use desodorantes ou sprays, perfumes. Esses itens podem alterar o equilíbrio normal dos organismos em sua vagina.

 

ALIMENTOS PARA COMBATER INFECÇÕES POR FERMENTAÇÃO DE CANDIDÍASE.

O mais importante no que se refere ao tratamento da infecção pela Candida é melhorar a função digestiva e o sistema imunológico, assim ela não encontrará ambiente propício para o crescimento excessivo, então a alimentação pode garantir que a Candida não aumente sua colonização ou que tenha um crescimento insignificante. Vamos entender agora quais alimentos atuam como antifúngicos e quais corroboram na proliferação de bioagentes patogênicos.

 

1. Óleo de coco

Estudos com ácido láurico, um ácido graxo saturado amplamente estudado por seus efeitos antimicrobianos e antifúngicos, mostram que é muito eficaz contra as leveduras Candida albicans. O óleo de coco tem quase 50% de ácido láurico, e isso o torna uma das fontes dietéticas mais ricas desse composto, que raramente ocorre em grandes quantidades nos alimentos. Além disso, um estudo feito por Crook (1995) na Universidade de Iceland mostrou que o ácido caprílico, também encontrado em óleos de coco, foi eficaz e rápido na eliminação de três espécies de Candida.

 

2. Probióticos e prebióticos.

Vários fatores podem tornar algumas pessoas mais propensas a infecções por Candida, incluindo diabetes e um sistema imunológico enfraquecido ou suprimido. Os antibióticos também podem aumentar o risco, já que dosagens fortes às vezes matam uma parte das bactérias benéficas do intestino.  

Essas bactérias fazem parte das defesas naturais do seu corpo contra as leveduras Candida. Eles protegem contra infecções competindo com eles por espaço e nutrientes.  

Os probióticos podem ajudar a restaurar essas populações de bactérias benéficas, pois são microrganismos que atribuem auxílio à saúde do hospedeiro quando utilizados da maneira correta. Já os prebióticos são elementos alimentares não digeríveis pelo organismo, sendo os principais a inulina e frutooligossacarídeos (FOS), e têm a função de estimular e proliferar a atividade das bactérias benéficas do intestino, contribuindo também, na absorção de minerais. E, de forma paralela, têm a capacidade de inibir o crescimento de bactérias patogênicas. Alimentos que contém tais componentes englobam cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, alho, frutas e cereais. 

Estudos indicam que há evidências de que o uso de probióticos em conjunto com a alimentação possa contribuir para a homeostase da microbiota intestinal, seja na prevenção ou no tratamento das perturbações inflamatórias e imunológicas, e os probióticos atuam como recurso terapêutico facilitador no controle de candidíase vulvovaginal, até mesmo na de repetição. 

Mas é importante ressaltar que há sempre particularidades que devem ser levadas em consideração, pois em alguns casos, dependendo do grau do desequilíbrio das bactérias intestinais, da gravidade da candidíase e da existência de alguma outra doença como a SIBO (síndrome do supercrescimento bacteriano), o uso tanto de probióticos, como o de alimentos fermentados (como kombucha, kefir, chucrute, picles), podem agravar ainda mais. Por isso é importante que o consumo de probióticos seja sempre orientado por um médico ou nutricionista.

 

3. Uma dieta com baixo teor de açúcar e farinhas refinadas 

O açúcar modifica o pH intestinal, deixando o ambiente alcalino, o que favorece a proliferação dos fungos e a diminuição das bactérias não-patogênicas que protegem o meio. Além disso, esses fungos liberam uma toxina que interfere em alguns neurotransmissores, o que aumenta o desejo em comer doces, já que os fungos precisam de açúcar para sobrevivência. A ingestão de carboidratos refinados e simples, como biscoito, arroz, macarrão e pão branco, também devem ser evitados, pois são rapidamente absorvidos pelo organismo em forma de glicose.

 

4. Diminuição do consumo de leites e derivados

A lactose, açúcar do leite, é um tipo de carboidrato altamente fermentável, que promove o crescimento de Candida, sendo assim, o seu consumo pode favorecer ainda mais a proliferação de fungos e bactérias lácteas, grandes causadoras de doenças como candidíase e cistite. 

 

5. Alho

O alho é um alimento funcional rico em alicina que possui ação antiviral, antifúngica e antibiótica, e contém considerável teor de selênio agindo como antioxidante. O alho fresco (Allium sativum) amassado também apresenta atividade fungicida frente a C.albicans, o que o torna uma alternativa para o tratamento de infecções causadas por fungos ou bactérias.

 

6. Alimentos antioxidantes e outros óleos 

A ingestão de alimentos antioxidantes, como o Cranberry (Vaccinium macrocarpon), por exemplo, pode inibir o crescimento e a adesão de microrganismos na parede do intestino. A cúrrcuma ou açafrão-da-terra também tem sido amplamente estudada quanto ao seu potencial antimicrobiano, anti-inflamatório, nefroprotetor e antioxidante, e seu extrato revelou potente atividade antifúngica sobre a C. albicans, revelando ser um fitoterápico que apresenta efeito inibitório e potencial para controlar o crescimento desta levedura.

 Estudos também mostram que a ação dos óleos de cravo e orégano é promissora, já que os efeitos observados são semelhantes aos medicamentos usados no tratamento de candidíase, porém sem afetar a população bacteriana, o que reduziria os riscos de recorrência. 

 

O RESULTADO FINAL

Os suplementos e alimentos relacionados à candidíase vaginal devem ser utilizados de forma correta como estratégia na sua prevenção e erradicação, após cuidadosa avaliação de um médico e um nutricionista, sendo que bons hábitos alimentares mantêm o pH vaginal equilibrado, evitando o meio mais ácido e consequentemente, impedindo a proliferação do fungo.

 

 


Dra. Camila Ramos - ginecologista com ênfase em reprodução humana e climatério - CRM: 52-95691-0 - se destaca na área de congelamento de óvulos, climatério e é referência em reprodução humana na Clínica Vida e Gerar Vida desde 2017. Além disso, é diretora médica da Clínica Médica da Barra de 2018 até hoje. http://instagram.com/dracamilaramos



Dra Luna Azevedo - Nutricionista incentivadora da alimentação consciente, com grande influência com o público Vegetariano/Vegano. CRN: 1410020, formada em Nutrição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). É idealizadora do projeto “Vida por Luna”, projeto este que tem bases da sustentabilidade para informar indivíduos sobre a consciência ambiental e possui especialização em Ortomolecular e Fitoterapia https://www.instagram.com/lunanutri/?hl=pt-br



Luna Nutri - colunista especial dos sites EU ATLETA/Globo.com - protocolos plant based para atletas, e VEGMAG - materno infantil e lançou seu segundo curso de pós graduação, junto do Instituto Luciana Harfenist.


Dicas para cuidar bem do ouvido

 

Dra.Tanit Ganz Sanchez medica Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, especialista em zumbido, alerta para problemas do ouvido que podem  afetar a qualidade de vida do indivíduo e a importância do diagnóstico precoce.


Sobre o ouvido:

Muito se conhece sobre grandes partes do organismo, como o sistema nervoso, cardiovascular e digestório. Porém, pouco se fala sobre um dos menores órgãos do corpo, o ouvido, que esconde sua parte principal (cóclea e labirinto) atrás da orelha, do canal auditivo, do tímpano e dos três menores ossos do corpo (martelo, bigorna e estribo). Essa parte nobre do ouvido é do tamanho de uma bolinha de gude infantil, mas trabalha 24h por dia, 7 dias por semana (até durante o sono).


O ouvido é um órgão de respostas sutis e precoces; seus sintomas não matam, mas ele é um dos primeiros a mostrar que algo não está bem no organismo.


O que você sente quando algo está errado na parte externa do ouvido?

Dor, coceira, sensação de tampado ou saída de secreção (clara, pus ou sangue), conforme descrito abaixo:


Rolha de Cera

A cera não é sujeira, ela é uma proteção contra bactérias. O ouvido usa a cera como hidratante ou lubrificante; depois, os pelos a expulsam para fora do canal. Por isso, não remova a cera que está dentro do canal com nenhum objeto (hastes de algodão, grampos, palitos etc). O jeito certo de limpar o ouvido é esperar a cera ser expulsa (porque já foi usada) e remover apenas essa parte com toalha ou lenço umedecido, sem colocar nada dentro do ouvido. Assim você não se machuca, não perfura o tímpano e nem empurra a cera mais para dentro. Algumas pessoas produzem excesso de cera e ela se acumula no canal, causando ouvido tampado, perda auditiva ou zumbido. Só nesses casos, ela deve ser removida. 

 

Descamação da pele

A pele do canal do ouvido é como a do resto do corpo: ela também descama de vez em quando. Às vezes, pedaços de pele descamada ficam presos no canal do ouvido e precisam ser removidos da mesma maneira que ocorre com a cera.


Sensação de água no ouvido

Se a água ficar presa no canal do ouvido, pingue algumas gotas de álcool com um conta-gotas. Como ele evapora rápido, o ouvido seca logo e o desconforto melhora. NÃO FAÇA se o tímpano estiver perfurado!


Eczema

A pele do canal também pode ter alergia: ela coça, solta uma “aguinha” e descama. Pode ser algo simples, mas o uso de hastes de algodão para aliviar a coceira pode provocar dor e piorar o problema. Procure seu médico!


Fungos (otomicose)

Os fungos gostam de locais úmidos e quentes, por isso a micose afeta várias partes da pele, inclusive os ouvidos. Ela é mais trabalhosa para tratar do que as infecções por vírus e bactérias. Quando ela se repete na mesma pessoa, deve-se avaliar se o sistema imunológico (nossa defesa) está alterado.


Perfuração do tímpano

o tímpano é uma membrana fina que protege 3 pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo). Ele pode perfurar por infecção (otite), acidente com hastes de algodão ou mudança abrupta de pressão e altitude. Pode cicatrizar logo ou ficar perfurado. Nesses casos, não deve entrar água para evitar infecções e uma cirurgia pode ser necessária.

Procure seu otorrinolaringologista de confiança!

Quanto antes tratar, melhor!

 

 

Dra. Tanit Ganz Sanchez •          Médica Otorrinolaringologista formada pela Universidade de São Paulo; •          Profa. Livre Docente e Associada da Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo •          Orientadora de pós-graduação da Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo;•       Pesquisadora dos incômodos dos ouvidos há mais de 25 anos, reconhecida internacionalmente como referência para assuntos relacionados sobre a “Quadrilha do Ouvido;  •          Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez que há mais de 10 anos que é direcionado exclusivamente ao estudo e atendimento de pessoas com Zumbido, Misofonia e Hiperacusia;•          Criadora e coordenadora do: - GANZ: Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido; •          Idealizadora do  Novembro Laranja (Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido); -•          Idealizadora da TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br); •          Blitz do Ouvido (no Programa Bem Estar Global) •          Membro da ABORL-CCF; •          Membro do Corpo Editorial das revistas científicas: Clinics, International    Archives of Otorhinolaryngology e Brazilian Journal of Otorhinolaryngology; •          Pesquisadora incansável sobre o comportamento humano e seus desdobramentos em saúde.

 

Instituto Ganz Sanchez

http://www.institutoganzsanchez.com.br/


Qual o cenário da saúde e do home care no Brasil?


Você já parou para pensar que, se não fosse pela medicina, a população mundial morreria até hoje de uma simples dor de dente? A cura de doenças e o próprio conceito do ‘que é ser saudável’ modificou-se durante anos até chegarmos aqui, no século XXI.

Em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a definição de saúde como ‘um estágio de bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doenças ou enfermidades’ e esse conceito, sem dúvidas, mudou a forma como vemos a saúde.

O conceito recebeu, ainda, uma mudança maior tendo em vista que os padrões e tipos de doenças mudaram do século passado para cá. Se seguíssemos essa premissa de 1948, milhões de pessoas de todas as idades seriam reprovadas por não atingir um grau satisfatório em nível saudável, até porque a população está cada vez mais velha e os problemas crônicos, deficiências e acidentes permanecem presentes na rotina de um hospital.

Essa antiga definição ainda minimiza o papel da capacidade humana de lidar com desafios físicos, emocionais e sociais. Com isso, ao entender que as pessoas conseguem seguir com uma sensação de realização e bem-estar mesmo quando sofrem de uma condição crônica e deficiência, levou de novo os pesquisadores a buscarem novas definições.

Passamos também por uma série de mudanças tecnológicas e científicas. Os profissionais passaram a se especializar em assuntos alternativos e com outras especificidades da medicina. Hoje, o paciente entende que uma equipe multidisciplinar, o bom atendimento médico, um diagnóstico precoce, a prevenção, o apoio e contato com a família são importantes para qualquer fase de um tratamento, independente do quadro e da gravidade dele.

Todas essas evoluções abrem espaço para o home care. Segundo o Censo Nead-Fipe 2019/2020 a geração de empregos para esse setor, cresceu. São cerca de 106 mil profissionais empregados na atividade. E de acordo com o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), em 2018 eram 18 empresas atuando nesse mercado, hoje, já são mais de 830. Com o avanço do entendimento da população sobre a saúde, os convênios médicos e a própria saúde pública passou a investir mais em tecnologias e formatos de atendimento.

Essa modalidade de atendimento, que prevê a continuidade de um tratamento no domicílio do paciente, possui inúmeros benefícios para pacientes e hospitais. O home care permite a desospitalização precoce, que impacta na redução da lotação de hospitais, diminui riscos de infecção e reinternação de pacientes. Além disso, o cuidado em casa pode acelerar o restabelecimento da saúde do paciente, pela proximidade do contato com médicos e equipes multidisciplinares, qualidade de serviço e pela proximidade com amigos e familiares.

Com a pandemia, vimos saltar a adesão ao home care em cerca de 40%, o que mostra avanços em questão de confiabilidade desse tipo de serviço. Para o futuro da saúde no Brasil, poderemos ver o setor apoiado cada vez mais em tratamentos home care, ou seja, uma adesão ainda maior a essa modalidade e, consequentemente, gerando mais empregos. Hoje, felizmente, também já vimos outros benefícios nesse tipo de atendimento e veremos daqui para frente mais investimentos de aparelhos, tecnologias, profissionais e estudos acerca do home care no Brasil.

Ainda para o futuro do setor, veremos o modelo abraçando cada vez mais pacientes de idades variadas e em todos os serviços, que vão desde a consulta médica, atendimento semanal de um fisioterapeuta, até um paciente que precisa de uma estrutura mais complexa, como é o caso de internação. Para garantir a continuidade dos cuidados e a segurança dos pacientes, destacam-se também as plataformas de telemedicina, que permitem o atendimento a distância por videoconferência. Além da possibilidade de fazer uma teleconsulta, uma reunião entre familiares do paciente por videoconferência, envio online de receitas e exames e com o desenvolvimento da tecnologia 5G veremos mais agilidade e qualidade dos aparelhos, inclusive aqueles que realizam monitoramento de sinais vitais e alteração do quadro de saúde do paciente.



João Paulo Silveira - CEO e fundador da Domicile Home Care, assistência médica em domicílio e é membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Hospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), já trabalhou em locais como o Grupo Hospitalar SOBAM/Hospital Pitangueiras com assistência domiciliar e, antes disso, como fisioterapeuta da UTI Geral do Hospital São Camilo. Além disso, possui curso de liderança 360 na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), MBA em administração hospitalar e sistemas de saúde pela Fundação Getúlio Vargas.


29 de setembro - Dia Mundial do coração

Um alerta para a importância dos cuidados com a saúde desse órgão vital


As doenças cardiovasculares ainda são as principais causas de mortes no mundo, com mais de meio bilhão de pacientes acometidos anualmente por enfermidades relacionadas ao sistema cardiovascular. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 14 milhões de pessoas sofrem de doenças cardíacas e o infarto é responsável por mais de 30% das mortes no Brasil.

 

Com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre a importância de manter hábitos saudáveis e preservar a saúde do coração, foi criado pela Federação Mundial do Coração o Dia Mundial do Coração, comemorado no dia 29 de setembro.

 

Alguns fatores de risco podem ser determinantes para a ocorrência das doenças cardíacas como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, estresse e colesterol alto, bem como histórico familiar. Para combater as principais doenças que afetam o coração, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de atividades físicas aliada a uma alimentação balanceada, com baixa concentração de sódio e açúcar, além de acompanhamento médico e nutricional.

 

 “A saúde do coração de uma pessoa está muito relacionada ao estilo de vida, por isso, é importante reforçar os hábitos saudáveis para evitar problemas no sistema cardiovascular. Ao combater o sedentarismo, as chances de desenvolver doenças como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, são menores”, observa Ana Claudia Hadid, gerente do Núcleo Farmacêutico da Poupafarma.

 

“A prevenção é o melhor caminho para evitar doenças cardiovasculares. É recomendado fazer um check-up pelo menos uma vez por ano e seguir rigorosamente as orientações médicas. O coração é um dos órgãos vitais do nosso organismo, por isso é fundamental tomar todos os cuidados para preservar seu bom funcionamento”, conclui Ana Claudia.

 

 

 

Poupafarma

https://poupafarma.com.br/


Estrutura hospitalar dentro de casa é possível para qualquer família, revela empreiteiro


Quem acompanhou o documentário sobre Michael Schumacher no Netflix pôde conhecer alguns detalhes até então desconhecidos da mídia sobre a vida e a carreira do esportista. No entanto, o pouco que se sabe sobre a condição atual do piloto foi comentado por sua esposa, Corinna: “Ele está diferente, mas está aqui”.

 

Situações como essa do piloto alemão levam a crer que ele vive em um ambiente similar a um hospital, recebendo cuidados médicos 24 horas por dia. Serviços como esse não são raros, mas requer uma mudança na estrutura da casa da família que vai receber o paciente. Conforme explica o empreiteiro Márcio Inverneiro, “o home care é um serviço de suporte para pacientes que precisam de atenção especial, mas não necessita de ficar por dias, meses ou anos no hospital. É uma forma de fazer o acompanhamento médico em que a pessoa pode estar ao lado de sua família”.

 

Sobre a estrutura deste ambiente, ele recomenda que o paciente seja acomodado em um local confortável: “Pode ser um quarto, mas o ideal é que ele seja amplo, arejado, bem iluminado e que ofereça espaço para o conforto do paciente e das pessoas que lhe farão o suporte ali”. Em alguns casos, Márcio observa que até uma pequena reforma já vai atender a esses requisitos: “Dependendo do tamanho do lote onde a pessoa mora, é até viável construir um cômodo extra ou ampliar as paredes de um daqueles que já existem. É uma obra simples que vai possibilitar o melhor atendimento para quem precisa”.

 

Dentro daquela estrutura, o empreiteiro lembra que ela precisa dos mesmos equipamentos como se fosse um hospital: “É preciso de uma estrutura que possibilite a colocação do cilindro de oxigênio, uma cama hospitalar, um espaço para os equipamentos de suporte, um armário para guardar os medicamentos, outro para colocar a rouparia, e um espaço para que os profissionais, como o técnico de enfermagem ou o médico possam transitar pelo ambiente. Assim o ambiente onde aquela pessoa está instalada fica muito parecido com aquele que ela encontraria em um hospital”.

 

No entanto, não é um serviço barato. “Muitos planos de saúde ainda não cobrem esse serviço, mas acredito que será algo mais comum nos próximos anos. Apesar de tudo, é uma possibilidade que vai desafogar os hospitais e pode permitir que o paciente tenha a sua família por perto, o que lhe vai dar um conforto e bem-estar tão essenciais para o êxito de qualquer tratamento”. Mas, antes de construir, o ideal é procurar os médicos, recomenda Márcio: “Não faça isso de qualquer maneira. O ideal é ter uma avaliação do quadro do paciente e se seus médicos estão de acordo com essa medida. Afinal, este é um assunto muito sério e todos os riscos devem ser calculados antes de partir para essa ideia”, completa.

 

 

MF Press Global


Após 19 meses de pandemia no Brasil, curados da Covid-19 ainda sofrem com danos neurológicos

Novos estudos brasileiros revelam que mesmo após a cura, pacientes apresentam alterações no córtex cerebral e no padrão de conectividade funcional do cérebro

 

O novo coronavírus (Sars-Cov-2), causa da síndrome respiratória aguda grave que há mais de um ano e meio afeta países por todo o mundo, apresentou ao longo desse período uma grande evolução em seu quadro de sintomas e efeitos sobre o organismo. Muito além de comprometer apenas a capacidade pulmonar, sabe-se que o vírus também provoca acometimentos renais, cardíacos, hepáticos e, sobretudo, neurológicos. 

 

Casos conhecidos agora como "covid longa", "covid-19 pós-aguda" ou "síndrome pós-covid", têm provado que a doença pós-viral é mais prevalente do que se imaginava inicialmente. Além dos sintomas neurológicos presentes na fase inicial da doença, pacientes que não apresentaram complicações primárias ou comorbidades durante a infecção passaram a experimentar, meses depois, sequelas neurológicas críticas. 

 

Um trabalho realizado pela Unicamp e Universidade de São Paulo (USP), junto ao Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriu alterações tardias na estrutura do córtex cerebral, mesmo em pessoas com sintomas leves de Covid-19. Tal região está ligada a funções fundamentais, como consciência, memória, linguagem, cognição e atenção. A pesquisa também mostrou que o vírus é capaz de infectar e se replicar nos astrócitos - células de suporte e as mais numerosas do sistema nervoso central - prejudicando o funcionamento dos neurônios. 

 

Outros dados preliminares de um recente estudo conduzido na Unicamp sugerem que, mesmo nos casos brandos, a Covid-19 pode alterar o padrão de conectividade funcional do cérebro, provocando uma espécie de “curto-circuito”. No cérebro normal, enquanto determinadas áreas estão sincronizadas durante uma atividade, outras permanecem em repouso. Nos indivíduos que tiveram Covid-19, notou-se uma perda severa da especificidade das redes cerebrais. Para compensar a falha no sinal, o cérebro ativa todas as redes simultaneamente, gastando mais energia e trabalhando de forma menos eficiente, o que pode indicar uma tentativa do cérebro de restabelecer a comunicação nas áreas afetadas.

 

Entenda o impacto da Covid-19 no cérebro

 

Estimativas sinalizam que cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com Sars-CoV-2 apresentaram problemas neurológicos, como encefalite (inflamação no cérebro), anosmia (perda de olfato), acroparestesia (sensação de formigamento), aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico (AVE), síndrome de Guillain-Barré e outras diversas doenças. 

 

"Nesse espectro de síndromes tardias associadas à Covid-19, os mais comuns atualmente incluem fadiga, névoa cerebral, dores musculares e nas articulações, distúrbios do sono, enxaquecas, dor no peito, erupções cutâneas, nova sensibilidade a cheiros e sabores, além da disautonomia, uma condição normalmente rara que causa um aumento rápido e desconfortável dos batimentos cardíacos quando a pessoa tenta realizar qualquer atividade", explica o Dr. Feres Chaddad, Professor de Neurocirurgia da UNIFESP, especialista em danos neurológicos e Malformação Artério-Venosa.

 

A prevalência dos sintomas neurológicos é explicada pela forma como o vírus pode adentrar o cérebro. O Artigo “Lifting the mask on neurological manifestations of COVID-19”, publicado na revista Nature, avaliou que o novo coronavírus pode entrar no Sistema  Nervoso Central (SNC) por duas vias distintas: disseminação hematogênica e disseminação neuronal retrógrada. Na disseminação hematogênica, o vírus se espalha por todo o corpo através da corrente sanguínea e, em seguida, entra no cérebro cruzando a barreira hematoencefálica, enquanto a disseminação viral retrógrada ocorre quando um vírus infecta neurônios na periferia e usa a maquinaria de transporte dentro dessas células para obter acesso ao SNC.

 

Necessidade e urgência do acompanhamento neurológico prolongado

 

“A implementação de centros de triagem neurológica é urgente. O acompanhamento longitudinal pós-infecção precisa ser indicado o quanto antes para pacientes recuperados e devem incluir avaliação neurológica, de imagem, laboratorial e neuropsicológica cuidadosa para examinar vários domínios cognitivos. Determinar em que medida a interação entre a infecção central e sistêmica leva a danos no SNC e alterações neurológicas, de maneira precoce, pode reduzir a incidência de danos graves e diminuir riscos futuros", reforça o Dr. Chaddad. 

       

O maior desafio nesse cenário é o monitoramento dos danos colaterais para o grupo de assintomáticos e não diagnosticados. A desatenção a sintomas neurológicos leves e intermediários, especialmente desses grupos ou com sintomas leves que não acessam o sistema de saúde, esconde a verdadeira taxa de danos presentes nos pacientes pós-covid. Para endereçar o desafio, os sistemas médicos precisam incluir em seus protocolos de acolhimento a anamnese correlacionando uma possível ligação entre danos neurológicos e o COVID-19, além de desenvolver estruturas de acompanhamento longitudinal para pacientes ambulatoriais de rotina. O investimento em políticas públicas também deve ser avaliado com maior atenção, visto que o contexto pode implicar impactos para todos os setores. 


Setembro Lilás coloca luz às discussões sobre Alzheimer

Apesar de não haver cura para este diagnóstico, rotina e atividades regulares podem amenizar os sintomas e o avanço da doença


Neste mês, acontece a campanha Setembro Lilás, em referência ao Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21/09). Esta é uma oportunidade para sensibilizar a população sobre a doença que atinge 1,2 milhão de brasileiros, segundo a ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer). Os dados são alarmantes: a cada três segundos, um novo diagnóstico de demência acontece pelo mundo; e seis em cada dez são de Alzheimer. 

O Alzheimer é um tipo de demência que afeta, principalmente, pessoas acima dos 65 anos. É uma condição neurodegenerativa, ainda sem cura, que atrofia o cérebro de maneira lenta e prejudica funções cognitivas, comportamentais, entre outras. Se identificado precocemente, é possível amenizar os sintomas e o avanço do quadro, por meio de tratamentos que garantem melhor qualidade de vida ao idoso e seus familiares.

De acordo com a geriatra e responsável médica da Cora Residencial Senior, doutora Ana Catarina Quadrante, a subnotificação e a falta de estímulos no idoso podem contribuir para os avanços do estágio da doença. É preciso tempo, dedicação e saber lidar com idosos em momentos de agressão ou irritabilidade, perda de memória contínua, recusa em colaborar com o tratamento ou síndrome do pôr do sol, como exemplos. 

"Os idosos portadores dessa condição necessitam de cuidados específicos. Por isso, é preciso oferecer o cuidado com uma equipe multidisciplinar e humanizada, promovendo qualidade de vida e bem-estar não só do idoso, mas de sua família", afirma a especialista.

Quando a família percebe que necessita de ajuda para cuidar do idoso com Alzheimer, é preciso buscar um local que tenha expertise e promova acolhimento e evolução no bem-estar e qualidade de vida, atuando de forma humanizada.

Rotina e estímulos retardam o avanço do Alzheimer

Embora o Alzheimer não tenha cura, através de estímulos físicos e cognitivos - como caminhadas, rodas de conversa e artesanato - são possíveis ganhos em independência e qualidade de vida. "Como exemplo, antes de entrar na Cora, uma residente não andava sozinha, não interagia e utilizava fraldas. Ao participar das atividades dentro do Residencial, voltou a se locomover e não precisou mais utilizar fraldas”, celebra a enfermeira Joely Malachia, coordenadora de qualidade da Cora Residencial Senior.

Na Cora, a equipe multidisciplinar é formada por médicos geriatras, enfermeiros, cuidadores, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas, que realizam um trabalho em grupo, acompanhando o quadro clínico do residente. A equipe realiza reuniões frequentes para analisar a situação de cada idoso.

Os idosos, mesmo com a doença avançada, precisam ser estimulados e respeitados, considerando cada um de maneira individual e especial. O idoso com Alzheimer possui maior necessidade de contar com uma rotina e acompanhamento constante. A rotina traz para ele mais segurança e diminui a agitação, agressividade e recusa.  No caso de idosos com Alzheimer, as atividades também precisam ser focadas para seu estágio cognitivo.

De acordo com Joely, os profissionais da Cora utilizam diversas estratégias, conforme as características de cada residente. 

"Em alguns casos, o uso de música é excelente para atingir este objetivo. Por exemplo, temos um caso de uma residente que se recusava a participar das atividades, mas mudou de ideia quando a profissional colocou uma música de seu agrado" finaliza a especialista. 

5 fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber

Exames como ultrassom de mamas e mamografia são fundamentais para a detecção da doença, que é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres em todo o mundo

 

 Câncer de mama é o segundo tipo que mais mata mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos cânceres de pele do tipo não melanoma. Segundo informações da Fiocruz, quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. “Esse prognóstico é um acalanto para nós, mulheres, porque os tratamentos estão cada dia mais avançados. Porém, é preciso que o acesso aos exames, como ultrassonografia mamária e mamografia, sejam universalizados”, diz a Dra. Mariana Rosario, mastologista com especialização pelo Instituto Europeu de Oncologia, com sede em Milão. 

Dra. Mariana Rosario, que também é ginecologista e obstetra, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, em São Paulo, listou cinco importantes fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber:

 

1 – O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo – e também no Brasil – sem contar os cânceres de pele não melanoma. É, também, o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

 

2 – O câncer de mama pode ser hereditário ou ocasional. Assim, mulheres que não têm parentes com a doença também podem ser acometidas por elas.

 

3 – No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população (mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama. Quando há casos de câncer de mama na família, a situação muda: as mulheres precisam ser investigadas dez anos antes da idade em que apareceu o câncer em sua parente. Para que se entenda melhor, se sua mãe, tia ou irmã teve câncer de mama aos 30 anos, você deverá fazer mamografia a partir dos 20 anos.

 

4 – O autoexame não substitui exames como a ultrassonografia mamária e a mamografia. Na palpação, quando uma paciente percebe um nódulo, ele já tem tamanho considerado grande para o tratamento inicial. Já os exames de imagem conseguem diagnosticar microcalcificações e nódulos bem pequenos, permitindo maiores chances de sucesso no tratamento.

 

5 – O que ajuda na prevenção do câncer de mama é o estilo de vida adotado – e não exames. Para que se entenda melhor, exames são formas de se diagnosticar doenças – por isso, são importantíssimos e indispensáveis. No caso do câncer de mama, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maior é a chance de o tratamento levar à cura da paciente. Mas, realizar exames não significa que uma mulher não desenvolverá a doença. Já o estilo de vida pode interferir no desenvolvimento do câncer de mama. Mulheres que fumam, são obesas, usam álcool em excesso e fazem terapia de reposição hormonal por tempo prolongado têm mais chance de desenvolver a doença. Portanto, adotar boa alimentação, controlar o peso e praticar atividades físicas regulares, mantendo-se longe do cigarro e do álcool, podem ajudar na prevenção da doença.

 

Para abordar o assunto com propriedade, a mastologista Mariana Rosario está à disposição da imprensa. Ela tem especialização pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, em Milão, na Itália, um dos mais renomados do mundo, e pode falar sobre os temas mais atuais, como a polêmica das cirurgias em casos metastásicos, a redução dos efeitos colaterais da quimio e radioterapia, a terapia alvo, e o aumento da sobrevida das pacientes em estádio IV da doença, além, é claro, do alerta para a prevenção.

 

 

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979. Formada pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana Rosario possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais renomados do mundo. É membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no assunto. É membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.

 

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