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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Do embrião ao colo

Com objetivo de auxiliar no planejamento de fertilidade, Waldemar Carvalho, ginecologista e obstetra especializado em reprodução humana, auxilia os tentantes a darem passos em direção ao que antes parecia impossível: constituir famílias por meio de tratamentos inovadores no âmbito da reprodução assistida


Por muito tempo considerado ficção científica, o congelamento de óvulos é hoje uma realidade para as mulheres que desejam adiar a maternidade. É respeitando essa escolha e entendendo a importância do planejamento reprodutivo nos dias atuais, que o ginecologista e obstetra Waldemar Carvalho, se tornou referência no âmbito da reprodução assistida. A frente atualmente, clínica especializada em reprodução humana, ele acredita que a decisão de quando engravidar é um poder exclusivo da mulher e é por isso que, ao longo dos seus 23 anos de carreira, se dedica a preservação da fertilidade feminina e auxilia a mulher também na sua gestação, desde o embrião até o colo.

Com o objetivo de "povoar o mundo", Carvalho já realizou muitos partos ao longo de sua carreira. Atualmente, além de atuar na área de reprodução humana, videolaparoscopia e videohisteroscopia, o especialista acompanhou toda evolução da reprodução assistida no Brasil e tem contribuído também para a mudança do atual cenário do planejamento reprodutivo e para o crescimento do acesso ao congelamento de óvulos, possibilitando que mulheres, ao optar pela preservação da fertilidade, se sintam seguras e acolhidas.

Foi pela paixão da profissão do pai, seu grande inspirador e um dos pioneiros em reprodução humana no Brasil, que Waldemar Carvalho decidiu trilhar o caminho da medicina. Nascido e criado na capital paulista formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Em seguida fez residência médica na Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP (Universidade Estadual Paulista). Vendo a oportunidade de expandir ainda mais seu conhecimento, Carvalho fez especialização no Portland Fertility Center em Londrese deu o primeiro passo para ingressar na área da medicina reprodutiva, em 1999.

De volta ao Brasil, o especialista ingressou em uma instituição especializada em saúde reprodutiva, que hoje tem o nome de Instituto Ideia Fértil no qual é membro do corpo clínico até hoje, e também deu um importante passo na sua trajetória quando, no mesmo ano, abriu a sua clínica particular.

"Já me deparei com inúmeros desafios ao longo da minha carreira e todos foram especiais e contribuíram para minha evolução como profissional. Desses, um dos mais marcantes foi quando ajudei um tentante solteiro, que era HIV positivo, a realizar seu sonho de ser pai. Dado esse dilema da sua condição de saúde, optamos pela melhor forma de realização do sonho dele com segurança e apresentei o caso para o Conselho Regional de Medicina (CRM) sugerindo a lavagem de sêmen antes da fecundação do óvulo, técnica a qual possuo referência no país. Quando o CRM me deu parecer positivo, demos andamento e foi um sucesso, tanto no desenvolvimento do caso, quanto para a segurança de todos os envolvidos. Hoje ele já é pai e mora em outro país com a criança", conta o médico.

Atualmente, Carvalho também está a frente do centro cirúrgico e de reprodução humana para pacientes com infecções virais crônicas do Instituto Ideia Fértil. Reconhecido por sua atuação no setor, mestre em ciências da saúde, é membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR). Ao longo da sua carreira, já publicou cerca de diversos artigos científicos e é coautor de livros na área reprodutiva.

Com uma abordagem humanizada e sempre respeitando a escolha da mulher, Carvalho realiza cesáreas, bem como partos naturais nas mais renomadas maternidades de São Paulo. Além disso, realiza consultas, exames e acompanhamento de fertilização e pré-natal na sua clínica particular. Visando proporcionar mais conforto e um ambiente acolhedor, o especialista expandiu e reestruturou a sua clínica, que recentemente passou a se chamar remetendo a questão de preservação de fertilidade da mulher. O espaço conta com a estrutura necessária para um atendimento humanizado, realização de exames, colhimento e congelamento dos óvulos e fertilização in vitro. Além de consultas para quem optar por reprodução assistida e reprodução humana. A está localizada na Avenida Vereador José Diniz, 3300, no Campo Bela, Zona Sul da capital.

 


Waldemar Carvalho - CRM/SP 86.113 - @waldemarcarvalho - ginecologista e obstetra especializado em reprodução humana pela Portland Fertility Center, de Londres, Inglaterra. Com 23 anos de carreira, é referência Fertilização Assistida, preservação da fertilidade feminina e laparoscopia/histeroscopia. Atualmente, além de realizar cesáreas, bem como partos naturais nas mais renomadas maternidades de São Paulo, também gerencia sua clínica particular, onde atende seus pacientes em consultas, exames, colhimento e congelamento de óvulos e fertilização in vitro. A clínica Tempo Fértil está localizada na Avenida Vereador José Diniz, 3300, Campo Belo, Zona Sul de São Paulo.


Cinco informações que toda mulher precisa saber sobre câncer ginecológico

Brasileiras ainda desconhecem fatores de risco e sinais de tumores que podem afetar o colo de útero, ovário, vagina, vulva e endométrio


Setembro também é época de alertar as mulheres de todas as idades sobre a importância da prevenção ao câncer ginecológico. O calendário é especialmente importante porque ainda há muita desinformação sobre o conjunto de tumores malignos que podem afetar não apenas o útero como outras partes que compõem o aparelho reprodutivo, como ovário, vagina e vulva. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), os cânceres ginecológicos são responsáveis por 19% dos diagnósticos da condição no mundo a cada ano. Apesar da aumentada incidência, poucos conhecem - e previnem - esses tipos de tumores femininos.

"O diagnóstico precoce pode salvar vidas, mas muitas mulheres ainda vêem esse assunto como um tabu e por isso acabam não levando suas queixas para os consultórios", explica Michelle Samora, oncologista do CPO Oncoclínicas.
Para a especialista, a falta de conhecimento faz com que sinais iniciais da doença sejam ignorados, contribuindo para identificação tardia do câncer em órgãos femininos.

Abaixo a médica destaca algumas informações essenciais sobre os diferentes cânceres ginecológicos:



Fique atenta aos sinais

O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum em mulheres, ficando atrás somente do câncer de colo de útero. A maioria absoluta das neoplasias de ovário - 95% - é derivada das células epiteliais, ou seja, aquelas que revestem o ovário. Os outros 5% vêm de células germinativas (as que formam os óvulos) e de células estromais (as que produzem a maior parte dos hormônios femininos).

Trata-se do sétimo tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo, com cerca de 314 mil novas pacientes diagnosticadas com a doença por ano. No Brasil, também ocupa a sétima posição entre as neoplasias mais incidentes no sexo feminino (excluídos os tumores de pele não melanoma). Para 2020, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estimou 6.650 novos casos no país.

Mas atenção: os sintomas do câncer de ovário são discretos e demoram a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros. Muitos sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Caso perceba qualquer alteração, é recomendado que a mulher procure um especialista.



Mioma e o anticoncepcional

Também ao contrário do que muitas mulheres imaginam, o mioma não é maligno e o uso de contraceptivos é benéfico à saúde do útero. O mioma é um tumor benigno que pode surgir no útero e não aumenta o risco de câncer. Além disso, o uso de anticoncepcional diminui o risco deste tipo de câncer. Aliás, o que diminui o risco de câncer de endométrio são dieta e exercícios físicos, uso de anticoncepcional e amamentação.



Hereditariedade

Apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára - causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. Em situações especiais, quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário é possível realizar exames específicos de análise genética. Caso seja comprovado a suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico.



Vacina do HPV e preservativo como forma de proteção

O HPV é o principal fator relacionado ao câncer do colo uterino, de vagina e de vulva. Quando tomamos conhecimento do agente causador do câncer do colo de útero, os dados são alarmantes, pois 90% das mulheres acometidas com câncer de colo do útero têm o vírus.



Tipos de câncer de útero

Muitas mulheres desconhecem que existem dois tipos de câncer que podem surgir no útero: o de endométrio (camada interna do útero) e o de colo de útero (porção mais inferior do útero). Apesar de surgirem no mesmo órgão, são tumores totalmente diferentes. O câncer de colo de útero está muito relacionado à infecção por HPV, já o câncer de endométrio tem relação com hormônio feminino. O diagnóstico preciso é feito através da biópsia.

5 perguntas sobre a terceira dose das vacinas de Covid-19 respondida

Especialista explica seus benefícios, para quem é direcionada e as medidas de proteção após a imunização completa


Até o dia 24 de agosto, mais de 220 milhões de doses das vacinas contra a COVID-19 já haviam sido distribuídas entre os estados brasileiros, com cerca 180 milhões de doses aplicadas entre primeiras e segundas doses ou dose única, segundo nota da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde. O avanço da vacinação em território nacional está acelerado e é responsável pela diminuição de 70% das mortes, sendo que a população de 60 anos ou mais apresenta 100% de cobertura para primeira dose e cobertura muito próximo a isso para a segunda.  

São números animadores, mas que ainda não protegem a população completamente, especialmente com a ascensão de novas variantes no mundo todo. Por essas e outras, a vacinação com a terceira dose de imunizantes se iniciou na população idosa e, até a segunda quinzena de setembro de 2021, está em vias de começar para os profissionais da saúde. De acordo com a Profª Drª. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina, dependendo da evolução da epidemia no país, bem como o surgimento de novas evidências científicas, a administração de doses adicionais para outros grupos poderá ser considerada. 

Com a eminência dessa nova realidade, a especialista respondeu cinco questões sobre o tema para que a população possa se preparar e estar devidamente imunizada e segura contra a pandemia do coronavírus.  


Quais os benefícios da terceira dose da vacina? 

São dois os principais fatores que justificam o usa da terceira dose de vacinas contra COVID-19. Primeiramente, dados comprovam uma queda progressiva de proteção imunológica entre os idosos acima de 70 anos e, particularmente, acima de 80 anos. Logo, uma terceira dose poderia prolongar a proteção. Em segundo lugar, pessoas com alto grau de imunocomprometimento tendem a apresentar resposta imunológica reduzida e, nesse caso, uma terceira dose aumentaria essa resposta. “Recomendações sinalizam que, a vacina a ser utilizada para a dose adicional deverá ser, preferencialmente, de RNA mensageiro, como Pfizer e Wyeth, ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral, como Janssen ou AstraZeneca”, explica a docente.  


Qual o intervalo entre a segunda e terceira dose? 

O intervalo recomendado pelo Ministério da Saúde é de seis meses após a segunda dose ou dose única, independentemente do imunizante aplicado. Para indivíduos imunocomprometidos, esse período de intervalo deverá ser menor: somente 30 dias.  


Teremos que tomar uma nova dose de vacina todos os anos? 

A exemplo da vacina da gripe, pode ser necessária uma dose anual de imunizante para manter o controle da doença. “Isso deverá se repetir até que o vírus seja devidamente erradicado, ou seja, até que, depois de várias vacinações coletivas, não se observe mais a ocorrência da infecção na população de uma determinada região” afirma Raquel.  


A necessidade de uma terceira dose significa que ainda não estamos seguros? 

A terceira dose é considerada uma dose de reforço, que busca reduzir qualquer interferência em um conjunto de variáveis, como esclarece a professora. “Uma vacina, para que tenha efetividade, depende de vários fatores: comportamento de replicação viral, conservação, imunidade e capacidade de resposta do indivíduo. A terceira dose vem para fortalecer esses fatores”.  


E depois da terceira dose? Quais serão as medidas de proteção? 

A utilização de máscaras poderá seguir vigente, especialmente entre pessoas que apresentem síndrome gripal – essa deverá ser uma regra de etiqueta a ser adotada. E, como nenhuma vacina tem eficácia de 100% para a prevenção de qualquer doença, as medidas de proteção já conhecidas poderão seguir em avaliação. “Distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, limpeza e desinfecção de ambientes e isolamento de casos suspeitos e confirmados conforme orientações médicas são medidas que, quando utilizadas de forma integrada, favorecem o controle da transmissão da Covid-19 e suas variantes”, finaliza a doutora.  

 


Faculdade Santa Marcelina    


Setembro Verde: Comunicar à família o desejo de doação de órgãos é fundamental para que milhares de vidas sejam salvas

Apesar do Brasil ser o segundo país com maior número de transplantes, cerca de 40% dos familiares não autorizam a doação - por isso, autodeclaração da intenção de doar é essencial

Programa de Transplantes do Einstein, que faz parte do PROADI-SUS, é uma das iniciativas de apoio a transplantes na rede pública de saúde, e que, este ano, já garantiu o procedimento a 96 pacientes

 

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mesmo o Brasil sendo o segundo país do mundo em número de transplantes, cerca de 40% do total de potenciais doações não têm autorização da família, e outros 10% são perdidos por falhas no manejo clínico do paciente em morte cerebral. Agravando ainda mais o cenário, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a pandemia de Covid-19 reduziu em 20% o número de transplantes em 2020, o que afetou diretamente pacientes que estão na fila aguardando um doador - de acordo com a ABTO, em dezembro de 2020, eram 43.643 pessoas em espera.

Tendo em vista esse cenário, a Campanha Setembro Verde é realizada ao longo deste mês com o objetivo de sensibilizar a população para que mais pessoas se declarem doadores de órgãos e tecidos. A ideia é conscientizá-las sobre a importância de comunicar à família o desejo de doação, já que de acordo com o pneumologista Dr. José Eduardo Afonso Jr., "a falta de conhecimento sobre o desejo do parente em doar pode motivar os familiares a recusarem a ideia".

Dr. José Eduardo destaca também os desafios enfrentados durante o período de pandemia. "Até 2019, a quantidade de doações vinha em curva ascendente, não só em números absolutos, mas também em relação a doador por população. Naquele ano, tínhamos 18 doadores por milhão de habitantes, e estimava-se que chegaríamos a 20. Porém, tivemos uma queda de 12,7%, voltando ao patamar equivalente a 2017, e não tendo doadores, o número de transplantes é impactado diretamente".

Houve uma variabilidade entre as regiões do Brasil: Sudeste e Centro-Oeste tiveram 5% de redução; Sul teve 13%; Nordeste, 28%; e Norte do país, 43%. Apesar da situação crítica, ao longo de 2020 o cenário foi sendo controlado, e "mesmo em épocas de maior disseminação da Covid-19, as entidades brasileiras de transplantes conseguiram se organizar para que a doação e as cirurgias ocorressem da forma mais segura possível. Contamos com instituições e profissionais extremamente engajados para que todo o processo fosse o mais eficiente possível", destaca o médico.

Existem, atualmente, diversos projetos de incentivo e apoio às doações, inclusive no sistema público de saúde - um exemplo é o Programa de Transplantes do Hospital Israelita Albert Einstein, que faz parte dos mais de cem projetos realizados pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e é coordenado pelo Dr. José Eduardo. A iniciativa é responsável por capacitar médicos da rede pública de saúde para a realização de transplantes de órgãos e tecidos, bem como as equipes multiprofissionais na aplicação das melhores práticas de assistência, além de realizar o procedimento gratuitamente a pacientes atendidos pelo SUS em todo o país.

De acordo com o pneumologista, "a iniciativa visa o atendimento a pacientes mais complexos para a realização de transplantes de intestino, multivisceral e hipersensibilizados, à espera de transplante renal, assim como pacientes na fase pré ou pós-transplante que apresentam outras patologias, como o hepatopata, o cardiopata e o pneumopata". Só este ano, o projeto já garantiu o procedimento a 96 pacientes - em 2020, foram 150 pessoas atendidas. De janeiro a junho de 2021, foram 52 transplantes de fígado; 1 multivisceral; 19 de rim; 13 de coração; e 11 de pulmão. Em 2020, 84 de fígado; 41 de rim; 14 de coração; e 11 de pulmão.


Doações que salvam vidas

A vida do mineiro Luiz Augusto Nogueira Borges, de 30 anos, mudou drasticamente ao ser diagnosticado com fibrose pulmonar, doença que faz com que os pulmões percam a capacidade de absorver e transferir oxigênio para a corrente sanguínea. O diagnóstico ocorreu em 2016, após o paciente perceber que se cansava rapidamente durante atividades que já faziam parte do seu dia a dia. "Meu mundo desabou com a notícia, porque tudo o que eu mais gostava de fazer, como jogar bola, nadar, correr ou andar de bicicleta, me parecia impossível a partir daquele momento", relata o policial penal.

Borges conta que seu quadro clínico piorou consideravelmente em setembro de 2019, após ficar três meses sem o medicamento que estabilizava sua condição pulmonar, tornando necessário um transplante de pulmão. Ele, que já vinha sendo atendido em São Paulo, foi encaminhado ao Einstein, para o Programa de Transplantes do hospital por meio do PROADI-SUS, em parceria com o Ministério da Saúde.

O paciente entrou para a fila de transplantes em março de 2020, e passou pela cirurgia um ano depois. "Minha vida deslanchou depois daquele momento. É até difícil de acreditar, porque há seis meses eu estava preso a uma cama, respirando por oxigênio, sem perspectiva de nada. E hoje, até andar na rua parece algo extraordinário. Falo para todo mundo que o que eu vivi nesses seis meses pós-cirurgia não vivi nem antes do diagnóstico. Ainda não retomei minha rotina como antigamente, mas já corro um pouco e busco fazer de tudo, com os cuidados necessários por conta da pandemia", afirma.

O rapaz, que viveu na pele a ansiedade da espera por um doador, deixa seu apelo à população: "o pulmão que recebi apareceu no momento certo, pois meu quadro já estava muito grave e sem possibilidade de reversão. Só eu, minha família e as pessoas que acompanharam a situação de perto entendem o valor desse momento para mim, e como isso salvou, literalmente, a minha vida. Por isso, eu digo: sejam doadores de órgãos! A vida de milhares de pessoas depende disso".


Sobre o PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse: https://hospitais.proadi-sus.org.br


Má circulação e enxaqueca são fatores de risco para o Glaucoma de Tensão Normal

 

Má circulação e enxaqueca são fatores de risco para o Glaucoma de Tensão Normal

Glaucoma é o termo que se usa quando há lesões no nervo óptico, cuja pior consequência pode ser a perda irreversível da visão. O aumento da pressão intraocular (PIO) é o principal fator de risco para a doença. Entretanto, nem sempre o glaucoma é causado por um PIO alta.
 
No caso do Glaucoma de Tensão Normal, um subtipo do glaucoma de ângulo aberto, as lesões no nervo óptico estão ligadas a outros fatores de risco. Em geral, por condições sistêmicas que causam má circulação sanguínea causando a morte das células do nervo óptico por falta de oxigênio.
 
Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em Glaucoma, esse é o tipo mais preocupante, pois não há sintomas e a pressão intraocular, a princípio, é normal.
 
“O que precisa ser feito para conseguir um diagnóstico precoce, nesses casos, é realizar uma boa anamnese para levantar o histórico do paciente e entender se ele possui outros fatores de risco associados para desenvolver o glaucoma de pressão normal”.
 
Múltiplos fatores, mesmas consequências
 
Entre os fatores de risco associados ao Glaucoma de Pressão Normal estão:
 

  • Ser mulher
  • Ter estrutura corporal pequena (tipo mignon)  
  • Ter mais de 60 anos
  • Asiáticos
  • Hipotensão
  • Enxaqueca
  • Apneia do sono
  • Doenças cardiovasculares (obstrução da carótida, colesterol alto etc.)

 
“No caso do glaucoma de pressão normal, os danos no nervo óptico ocorrem devido à redução do fluxo sanguíneo para as células nervosas dos olhos. A consequência dessa má circulação é a morte celular por falta de oxigenação”, explica Dra. Maria Beatriz.
 
Inimigo silencioso

O grande problema de todos os tipos de glaucoma é que as manifestações costumam surgir quando já há danos no nervo óptico. E esses prejuízos são irreversíveis.

“De maneira geral, o paciente começa a ter dificuldade para enxergar lateralmente e perifericamente. Até chegar no que chamamos de “visão de túnel”.”, cita a especialista.  
 
Diagnóstico

Além da anamnese, o oftalmologista costuma realizar alguns exames na consulta de rotina que podem ajudar a fechar o diagnóstico.

“Quando temos um paciente que preenche alguns fatores de risco para o glaucoma de pressão normal, é essencial fazer a Fundoscopia, o exame de fundo de olho que avalia a situação do nervo óptico”, conta Dra. Maria Beatriz.  
 
Como vimos, isoladamente, medir a pressão intraocular não é suficiente para diagnosticar o glaucoma de maneira geral. No caso do glaucoma de pressão normal, somente a avaliação do nervo óptico pode apontar alterações que sugerem a doença.
 
Tratamento
O glaucoma não tem cura. O principal objetivo do tratamento é evitar a progressão da doença. Em outras palavras, prevenir que o paciente perca a visão de forma irreversível.
 
No caso do glaucoma de pressão normal, o tratamento é feito com colírios, na maioria dos casos.
 
Como nesse glaucoma há uma forte ligação com doenças sistêmicas que prejudicam a circulação sanguínea, também é recomendado tratar essas doenças de base. A atividade física é altamente recomendada, bem como é importante adotar hábitos saudáveis de vida, de forma geral.
 
Para finalizar, é importante dizer que pacientes com glaucoma, de qualquer tipo, precisam fazer um acompanhamento oftalmológico regular, bem como aderir ao tratamento para um bom prognóstico”, encerra Dra. Maria Beatriz.


Narguilé: Mitos e Verdades

Especialistas esclarecem dúvidas sobre o uso e alertam para os riscos à saúde


O consumo do narguilé se popularizou entre os jovens e pesquisas já identificaram mais de 4700 substâncias tóxicas na composição do cigarro, e não diferente na fumaça do narguilé, aproximadamente 300 produtos químicos foram isolados, e desses, 23 potencialmente cancerígenos. Logo, a depender da quantidade consumida e a frequência do consumo, o narguilé pode ser sim mais maléfico que o cigarro comum.

 

A Cirurgiã Vascular Dra. Fátima El Hajj e o Dr. Marcello Scatena, 

Cirurgião torácico, esclarecem dúvidas mais frequentes sobre o uso do Narguilé:

 

O narguilé é uma droga? É capaz de causar dependência?


Sim, apesar do narguilé ser divulgado aos jovens como uma alternativa mais saudável de fumar, os produtos encontrados no mercado podem ser com ou sem tabaco (esses conhecidos como essências herbais), e acabam estimulando um maior consumo e indiretamente a dependência. Mesmo não contendo o tabaco (sem nicotina e alcatrão), essas essências são adocicadas com a cana - de açúcar, e formam o melaço, e que mediante o seu aquecimento, são gerados altos teores dos cancerígenos na fumaça.

Pelos danos futuros que podem causar, temos que considerar sim como uma droga lícita.

 

Que males o narguilé pode causar à saúde do fumante?


- Baixa oxigenação do sangue

- Aumento da pressão arterial

- Maior propensão a infecções do trato respiratório

- Maior propensão a quadros de trombose

A longo prazo promover a aterosclerose da circulação arterial, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), impotência sexual, e o desenvolvimento de vários tipos de cânceres.


•            efeitos cardiovasculares

O aumento da temperatura nos alvéolos e consequentemente no sangue leva a oxidação do LDL colesterol, levando a deposição do mesmo nas artérias causando entupimento e enrijecimento das mesmas.


•            efeitos pulmonares

Menor troca alveolar de O2

Aumento dos níveis de monóxido de carbono

Danos ao parênquima pulmonar que a longo prazo pode levar ao enfisema (pulmão bolhoso e rígido)


•            efeitos cancerígenos

Cânceres mais frequentes de: pulmão (ainda um dos mais letais) boca, laringe, estômago, e não menos frequente, bexiga e trato urinário podem estar correlacionados.

 


Esses males podem ser causados de acordo com a frequência que a pessoa usa o narguilé?


A frequência e a quantidade ingerida poderão sim acelerar a probabilidade de adoecer, porém menores quantidades também poderão ser maléficas mediante a individualidade genética de cada um.

 


O que atrai os jovens no consumo do narguilé?


Os jovens na sua essência tendem a um relacionamento socioafetivo em busca de maior autonomia e de novas experiências. Quando aliado a uma sensação do cheiro agradável dos produtos inalados, os atrai e os incentivam a reunirem- se como forma de ritual e socialização em torno do equipamento.

 


Há reconhecimento dos riscos de fumar narguilé pela população?


Mediante a um cenário nacional onde temos uma deficiência na política de combate ao fumo de uma maneira geral, poucos tem a percepção que o narguilé é tão ou mais maléfico que o cigarro.


Em edição publicada no Jornal Brasileiro de Pneumologia (JBP) em 2019, destaca a necessidade da adoção de novas medidas baseado na Conferência das Partes da Convenção Quadro para Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde na sua 6ª sessão (COP6) em 2014.


A recomendação é a adoção de medidas educativas e informativas quanto aos malefícios causados pelo consumo deste produto.

 


É verdade que em uma única sessão de narguilé, o fumante inala mais nicotina, monóxido de carbono e alcatrão do que quando fuma cigarros?


Sim, em uma coifa de narguilé, poderá equivaler a inalação de aproximadamente 100 tragadas do cigarro.

 


Quais são as toxinas presentes na fumaça aspirada do narguilé?


As nitrosamidas específicas do tabaco, hidrocarbonetos aromáticos, aldeídos voláteis, benzeno, óxido nítrico e metais pesados (arsênico, cromo e chumbo). E o uso do carvão como mecanismo de combustão eleva em muito os níveis de monóxido de carbono e a geração do carcinógeno HAP2.


Existe uma associação do uso do arguile e exposição ao benzeno e o desenvolvimento de leucemias.

 


Existe risco de câncer e danos genéticos com o fumo de narguilé?


Sim, como exposto acima… todas estas substâncias citadas acima são cancerígenas.


Além da própria elevação da temperatura da boca, trato bucomaxilofacial e trato respiratório podem levar a lesões térmicas pré-cancerígenas.

 


Existe alguma forma de usar o narguilé sem ter esses riscos?


Não.

 


O fato de a pessoa não tragar também causa esses males?


Causa, pois, a fumaça entra em contato com as mucosas do trato respiratório superior.


O uso compartilhado também está relacionado à transmissão de doenças infectocontagiosas?


Sim, principalmente a do HPV e Herpes Vírus. E em tempos de pandemia, onde todos são aconselhados a não compartilhar objetos de uso individual, pode transmitir doenças virais, fúngicas e bacterianas, e em nosso meio muito frequente a tuberculose.

 


Na sua opinião, como a legislação precisa avançar para reduzir o número de fumantes e a iniciação do tabagismo entre os jovens?


Da mesma maneira que houve a “desglamourização” do uso do cigarro, campanhas de desincentivo terão que ser adotadas, para o esclarecimento que o seu consumo é tão prejudicial.


Uma política gerida pelos órgãos públicos, com a obrigação da utilização de rótulos nos produtos e acessórios contendo as advertências sobre os seus danos e efeitos adversos, seriam de fundamental importância.

Como já existente nos programas de combate ao consumo de álcool, e tabaco para menores de 18 anos, poderão de certa forma proteger as futuras gerações para o consumo indiscriminado do narguilé.

 

Univali comemora Dia da Árvore com plantio de espécies nativas da Mata Atlântica

Ação acontece nesta terça-feira, 21, no Campus Itajaí 

 

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) promove nesta terça-feira, 21, o plantio de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica no Campus Itajaí. A ação, realizada em comemoração ao Dia da Árvore, é uma iniciativa da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia em parceria com a Coordenação de Investimentos e Infraestrutura da Univali, o Horto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente de Balneário Camboriú e o Viveiro Fazenda Nativa de Itajaí. 

O plantio será realizado na encosta limite do Morro da Cruz e faz parte do projeto de Restauração de Ambientes Naturais coordenado pelo professor Oscar Benigno Iza. A escolha do local foi feita após um levantamento florestal identificar áreas de clareiras de encosta com processo inicial de erosão. “O plantio de mudas nativas vai auxiliar na recuperação, enriquecimento e adensamento florestal da área”, explica a engenheira ambiental Francine Wendt. 

As mudas escolhidas são do grupo sucessional das pioneiras e secundárias. A ação será coordenada pela equipe do professor Oscar Benigno Iza das 14h às 17h.


5 árvores incríveis pelo mundo que viraram atração turística



Da Serra da Mantiqueira ao Japão, Quickly Travel celebra o Dia da Árvore com uma lista de "atrações" simplesmente encantadora


Se em grandes centros urbanos as árvores seguem, pouco a pouco, perdendo espaço para um não tão colorido cenário, amplamente povoado por construções homéricas em tons de cinza, fora da “Selva de Pedra” ainda é possível se encantar com exuberantes e centenárias formações naturais que se tornaram verdadeiras atrações turísticas.

Para celebrar o Dia da Árvore, no próximo dia 21 de setembro, a Quickly Travel, agência de viagens do Grupo JTB, do Japão, elaborou uma pequena lista com cinco sugestões incríveis para ressaltar toda a importância e beleza deste precioso recurso natural existente em nosso planeta.

Confira:


 General Sherman - Califórnia, USA

General Sherman, Sequoia National Park
Benny Marty - iStock 1270463340

 

Talvez, nenhuma outra árvore no planeta seja tão famosa quanto a General Sherman, no Sequoia National Park, na Califórnia. Considerada como a maior do mundo pelo Guinness Book em 2013, esta exuberante sequoia possui nada menos que 1.591 metros cúbicos de volume em seu tronco, o que se traduz e incríveis 83,8 m de altura e 7,7 m de diâmetro. Sua idade estimada, na casa dos 2.500 anos, também impressiona. Além da General Sherman, outras 2.000 sequoias gigantes habitam o parque norte-americano.

 

Castanheira Centenária, Reserva Cristalino Lodge, em Alta Floresta, MT

Castanheira Centenária, Reserva Cristalino Lodge
Cristian Dimitrius

Na Amazônia, um dos biomas mais ricos e diversos do mundo, outra gigante se destaca em meio a esta lista. Trata-se da Castanheira Centenária, da Reserva Cristalino Lodge, no município de Alta Floresta, Mato Grosso. Queridinha dos turistas, esta exuberante árvore impressiona tanto pela longevidade, já que pode viver 500 anos, como pelo tamanho, na casa dos 50 metros de altura. Seu fruto, a castanha-do-pará, é bastante apreciado....

 

Jindai Zakura, Japão

Jindai Zakura, Hokuto, Japão
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Do outro lado do mundo, na cidade Hokuto, em Yamanashi, a mais velha cerejeira do Japão atende pelo nome de Jindai Zakura. São quase 2.000 anos de vida. Segundo historiadores, a árvore “morreu” em algum momento do século XIII, mas foi salva graças as orações de Nichiren, um importante monge budista.

 

Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim, Rio Grande do Norte

Cajueiro de Pirangi, Rio Grande do Norte
Diego Grandi - Istock 679866886

Acredite se quiser, mas a simpática praia de Pirangi do Norte, no município de Parnamirim, no Rio Grande Norte, abriga o maior cajueiro do mundo. A árvore gigante, reconhecida e certificada pelo Guinness Book, cobre uma área total de aproximadamente 8.500m² em um verdadeiro emaranhado de galhos e cipós. Por safra, cerca de 80.000 cajus são gerados, o que corresponde a mais de 2,5 toneladas do fruto. Segundo estimativas, o seu tamanho corresponderia a 70 cajueiros normais.

 

Jatobá, na Serra da Mantiqueira, São Paulo

Jatobá do Six Senses Botanique, na Serra da Mantiqueira
André Klotz

Existe algo mais reconfortante que a sombrinha de uma árvore durante um delicioso piquenique? No hotel Six Senses Botanique, na Serra da Mantiqueira, um aconchegante e convidativo Jatobá vem conquistando o coração dos hóspedes. O espaço tem se destacado como um verdadeiro oásis de tranquilidade para refeições ao ar livre, oferecidas pelo hotel, ou até mesmo para a prática de yoga e meditação. Há ainda que prefira apenas relaxar e aproveitar o momento para um cativante leitura... as possibilidades são infinitas.


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