- Reação alérgica
pode levar à morte
- Conheça os sinais de uma crise de
anafilaxia
-Semana Mundial da Alergia acontece de
13 a 19 de junho
Sintomas
respiratórios, na pele e mucosas, cardiovasculares, gastrointestinais e
neurológicos são característicos da anafilaxia, a reação alérgica mais grave e
que pode levar ao óbito.
Anafilaxia
– Esteja Ciente, Esteja Preparado, Salve Vidas é o tema da Semana Mundial da Alergia,
que acontece de 13 a 19 de junho, organizada pela WAO – Organização Mundial da Alergia e
replicada pelas sociedades médicas associadas em todo o mundo. No Brasil, a ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia é a responsável pela campanha.
A
anafilaxia pode ocorrer, principalmente, nos casos de alergia a alimentos
(leite e ovo em crianças), insetos (destaque para
veneno de abelhas, vespas, marimbondos e formigas) e medicamentos (mais
comum em adultos pelo uso de antinflamatórios e antibióticos).
Outro desencadeador de anafilaxia é o látex, presente em
equipamentos médicos, balões de ar e preservativos. “Pessoas alérgicas ao látex podem ter
reação cruzada com vários alimentos, sendo as frutas as mais implicadas como
kiwi, abacate, mamão papaia, tomate, banana e outros alimentos como castanhas e
mandioca”, explica a Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da
ASBAI, Dra. Alexandra Sayuri Watanabe.
Exercícios físicos também podem causar anafilaxia de forma isolada
ou associada à ingestão prévia de alimentos ou medicamentos. “Em algumas
crises, não se consegue identificar o agente causal, caracterizando a
anafilaxia idiopática”, comenta a Dra. Priscila Geller Wolff, membro do Departamento Científico de
Anafilaxia da ASBAI.
Sintomas que caracterizam a anafilaxia:
Manifestações
na pele e mucosas (80% a 90% dos casos):
Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo
e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem
primeiro.
Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e
entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para
falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.
Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos,
cólicas e diarreia.
Manifestações
cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou
descompasso dos batimentos cardíacos.
Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.
Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.
Tratamento – Considerada emergência médica, o
tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA o primeiro
medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral
da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode
prevenir o agravamento dos sintomas.
“Porém,
a adrenalina autoinjetável não é
produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de
importação”, conta Dra. Alexandra.
Outros
medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos,
corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no
lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina
assim que a anafilaxia for reconhecida.
Após
a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista
em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar
os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação
anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da
reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de
adrenalina autoinjetável.
A
ASBAI estará com uma programação especial nas redes
sociais, além de lives para pacientes e novos episódios no podcast.
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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