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terça-feira, 1 de junho de 2021

Alimentos, remédios e insetos são as principais causas da anafilaxia

 - Reação alérgica pode levar à morte

 - Conheça os sinais de uma crise de anafilaxia

 -Semana Mundial da Alergia acontece de 13 a 19 de junho

 

Sintomas respiratórios, na pele e mucosas, cardiovasculares, gastrointestinais e neurológicos são característicos da anafilaxia, a reação alérgica mais grave e que pode levar ao óbito.

Anafilaxia – Esteja Ciente, Esteja Preparado, Salve Vidas é o tema da Semana Mundial da Alergia, que acontece de 13 a 19 de junho, organizada pela WAO – Organização Mundial da Alergia e replicada pelas sociedades médicas associadas em todo o mundo. No Brasil, a ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia é a responsável pela campanha.

A anafilaxia pode ocorrer, principalmente, nos casos de alergia a alimentos (leite e ovo em crianças), insetos (destaque para veneno de abelhas, vespas, marimbondos e formigas) e medicamentos (mais comum em adultos pelo uso de antinflamatórios e antibióticos).

Outro desencadeador de anafilaxia é o látex, presente em equipamentos médicos, balões de ar e preservativos. “Pessoas alérgicas ao látex podem ter reação cruzada com vários alimentos, sendo as frutas as mais implicadas como kiwi, abacate, mamão papaia, tomate, banana e outros alimentos como castanhas e mandioca”, explica a Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI, Dra. Alexandra Sayuri Watanabe.

Exercícios físicos também podem causar anafilaxia de forma isolada ou associada à ingestão prévia de alimentos ou medicamentos. “Em algumas crises, não se consegue identificar o agente causal, caracterizando a anafilaxia idiopática”, comenta a Dra. Priscila Geller Wolff, membro do Departamento Científico de Anafilaxia da ASBAI.


Sintomas que caracterizam a anafilaxia:

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem primeiro.

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos.

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido. 

Tratamento – Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

“Porém, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação”, conta Dra. Alexandra.

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável.

A ASBAI estará com uma programação especial nas redes sociais, além de lives para pacientes e novos episódios no podcast.

 

 

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Circulação pode piorar com a alta queda de temperatura

O sangue tem um papel essencial na manutenção da temperatura corporal e no frio essa função se torna ainda mais importante. Isso porque se os vasos por onde passa o sangue são mais exigidos no inverno e, em pacientes com a saúde vascular já comprometida, podem surgir as complicações. Quem explica é o Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular da capital paulista.

"O frio contrai as artérias (vasoconstricção) e dificulta ainda mais a chegada de sangue arterial principalmente nas extremidades e podem causar insuficiência arterial, ou seja, dificulta e estreita o acesso do sangue para os outros membros, em especial em pessoas que já sofrem problemas com a circulação", fala o médico.

De acordo com o especialista, o acúmulo de gordura nas artérias, causados pelo excesso de peso, diabetes, tabagismo e hipertensão as deixa ainda mais estreitas, então o processo de circulação se torna mais lento. "Quando há predisposição genética ou quadros de obesidade, alimentação desequilibrada e sedentarismo, a preocupação se torna ainda maior nessa época do ano", alerta o médico.

No entanto, alguns sinais podem ajudar a prevenir o problema. "Quando a circulação não anda bem é comum sentir dormência ou inchaço nos membros e formigamento nas mãos e nos pés, dor ao caminhar, paralisia ou fadiga muscular", fala.

Daí é hora de buscar ajuda médica já que o tratamento para as doenças circulatórias pode ser feito por meio de medicamentos e cirurgia quando for necessário. Mas, a prevenção é o melhor caminho, especialmente para pacientes que já tenham alguma doença que contribui para a obstrução das artérias.

Dr. Caio deixa algumas dicas:


• Usar roupas confortáveis e quentes, não deixe o corpo exposto ao frio;

• Evitar as peças justas (elas podem comprimir os músculos das pernas e cintura);

• Consumir alimentos ricos em fibras, já que auxiliam na boa digestão e controle do colesterol;

• Fazer exercícios físicos pelo menos 3 vezes na semana mesmo em casa;

• Evitar consumo de gorduras;

• Manter o controle adequado da pressão e diabetes não evitar de ir ao médico mesmo durante a pandemia;

• Beber muita água;

• Ter cuidado ao usar meias elásticas sem orientação médica - nesses casos ela pode piorar a situação.



FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten - Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

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Instagram: @drcaiofocassiovascular



Combate à Asma

 A doença pode impactar na saúde bucal?

Consultora da GUM explica como os medicamentos usados para o tratamento da doença podem prejudicar a cavidade oral


A data 4 de maio foi destinada à comemoração do Dia Mundial de Combate à Asma. A iniciativa, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como objetivo comunicar sobre a importância da prevenção contra o agravamento da doença. Segundo o DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde, a inflamação crônica ocasiona 350.000 internações anuais no Brasil.

Caracterizada pelos sintomas de chiado no peito, sensação de aperto, tosse e falta de ar, a asma é considerada uma patologia sem cura. Existem dois tipos de intervenções para tratá-la: a manutenção, que se consiste na utilização de remédios preventivos, e o tratamento de crise, realizado nos picos do mal-estar. Nos métodos de controle também há o uso de medicamentos como corticoides e broncodilatadores, que podem prejudicar a saúde bucal do paciente.

De acordo com Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, os medicamentos antiasmáticos têm o pH ácido e potencial erosivo, o que pode impactar negativamente na saúde bucal. "A forte composição dos remédios é capaz de afetar a cavidade oral, danificando os dentes e possibilitando a contração de infecções fúngicas, como o sapinho", aponta. O uso de dilatadores e anti-inflamatórios, principalmente quando inalados, são os responsáveis por diminuir a produção de saliva. "A boca seca leva à descamação das células internas, propiciando o desenvolvimento de mau hálito, cáries e gengivite, além de deixar a área propensa à proliferação de bactérias".

Queren reforça que a melhor saída para a diminuição desses fatores são os cuidados bucais. "É importante que o paciente higienize a cavidade oral após a deglutição ou inalação desses fármacos. Para isso, é necessário realizar a escovação dental, optando por pastas de dentes que contenham ao menos 1.000 ppm de íon flúor em sua fórmula, quantidade recomendada pelos dentistas, juntamente com o uso de dentifrícios, para que assim se tenha uma limpeza completa e eficiente", complementa.

Por fim, a consultora alerta que é imprescindível o acompanhamento com um dentista para impedir danos mais graves. "Em estágios muito avançados, o esmalte dentário pode ficar comprometido e parte dos dentes corroídos, gerando a necessidade de um tratamento odontológico", comenta.

 

Ortopedista Dr. Michal alerta para os cuidados com a postura inadequada no home office

O especialista aponta para importância de manter o local de trabalho de forma apropriada, evitando as dores, lesões e problemas futuros com o corpo


Trabalhar de casa sempre trouxe a sensação de conforto e comodidade, mas na verdade é preciso ter atenção e cuidados relevantes com a postura. O uso inadequado de equipamentos, móveis incompatíveis, falta de apoio correto para os braços, pernas e cabeça, podem causar dores musculares e nas articulações, relacionadas à postura. O Dr. Michal Kossobudzki, vem notando possíveis causas que podem potencializar as dores incômodas durante o expediente de trabalho home office com base nas queixas de seus pacientes durante a pandemia.  

Com pouco mais de um ano, a pandemia vem deixando rastros de problemas relacionados à nova rotina de trabalho, onde as casas se tornaram escritórios e salas de aulas. Desde então, pessoas passaram a reclamar de dores constantes e incômodo ao longo das atividades, e para o Dr. Michal tudo isso pode e precisa ser evitado o quanto antes para no futuro, não levar a problemas maiores. ”Venho atendendo muitas reclamações de dores nos ombros, nos punhos, na coluna vertebral, e a primeira coisa que alerto aos meus paciente que estão trabalhando em suas casas é, a necessidade de ter o local e a estrutura correta para o trabalho”, explica o Dr. que ressalta que para o sucesso do tratamento é importante que se tenha um bom ambiente de trabalho.  

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para identificar como a pandemia tem afetado a vida em diversos aspectos revelou que 41% das pessoas que participaram sentem dores na coluna. Segundo Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, esse número era de 18,5%. O fator da adoção do trabalho remoto, devido a pandemia, vem levando muitos trabalhadores a permanecerem muito tempo em frente ao computador de forma inadequada, e chamou a atenção dos especialistas.   

sobre a pesquisa em: https://www.youtube.com/watch?v=GgreAg52gwk  

Para o Dr. o aumento do tempo sedentário e a postura incorreta precisam de atenção. Para orientar os pacientes, ele indica, além da prática de atividade física regular, os cuidados ergométricos, levando em consideração que o posto de trabalho precisa ter elementos favoráveis ao plano de trabalho.  “A coluna precisa acompanhar a curvatura da cadeira e ter apoio para os braços. O ideal para a mesa é que os braços formem um ângulo de 90 graus, com braços e ombros relaxados, pulsos retos, e que os olhos estejam alinhados com a parte superior da tela do computador, com 50 centímetros de distância, e  que os pés estejam apoiados em um suporte, ou totalmente no chão”, finaliza o médico, que também reconhece a necessidade de fazer pausas de até 15 minutos para um alongamento.   




Dr. Michal Kossobudzki - Cirurgião especialista em Ortopedia e medicina esportiva, é a 4ª geração de médicos na família. Possui larga experiência no diagnóstico e tratamento de lesões complexas do joelho, sendo elas conservadoras (não cirúrgico) ou cirúrgicas. Formado em Medicina pela UnB, fez Residência em Ortopedia e Traumatologia pela Clínica de Fraturas da XV e Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR). Após, fez especialização em cirurgia de joelho, Artroscopia e Medicina Esportiva no Instituto Cohen em São Paulo (SP). 

Aprovado em concursos em São Paulo (SP) e Brasília (DF), foi médico da Secretaria de Saúde no Hospital Regional de Santa Maria de 2010 a 2014. Atuou na chefia da ortopedia dos hospitais Santa Helena e Hospital Brasília (2014-2019), sendo ex-sócio administrador de Clínica no Lago Sul e, atualmente, sócio fundador e CEO da Clínica de Cirurgia do Joelho que leva seu nome na Asa Norte, desde março de 2019. Possui conhecimentos nos mais atualizados métodos para o tratamento de enfermidade, é reconhecido por sua postura ética, respeito à individualidade e atendimento humanizado.

 

CLÍNICA DE CIRURGIA DO JOELHO DR. MICHAL KOSSOBUDZKI

Quadra 2 Bloco B EDIFÍCIO CLEO OCTÁVIO SALA 1505, SHCN, Brasília - DF, 70710-146

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Uma a cada oito transfusões é destinada a pacientes com Covid-19, diz diretor do Banco de Sangue do HSPE

Números registram novas demandas de transfusão de sangue para tratar casos graves da doença desde o início da pandemia


No último ano, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) têm recorrido ao Banco de Sangue em busca de hemocomponentes usados no tratamento de casos graves da Covid-19. Uma em cada oito transfusões realizadas foi destinada a pacientes que desenvolveram doenças, como anemias, hemorragias agudas, coagulopatias, tromboses e choque séptico em decorrência do novo coronavírus.



Segundo o diretor do Banco de Sangue do HSPE, Dr. Fabio Lino, o hemocomponente mais utilizado em transfusões desde o início da pandemia é o concentrado de hemácias, com 7.766 procedimentos realizados. Importante componente do sangue, as hemácias facilitam o transporte de oxigênio no corpo.

Ainda de acordo com o especialista, outros hemocomponentes derivados do sangue são fundamentais para suprir as necessidades transfusionais ocasionadas pela Sars-CoV-2, como concentrados de plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado.

Atuando na linha de frente no combate ao novo coronavírus, o Banco de Sangue, em parceria com o serviço de Moléstias Infecciosas (MI) do HSPE, participa ainda do projeto-piloto de transfusão de plasma convalescente, coordenado pelo Instituto Butantan. A iniciativa prevê a transfusão do plasma de doadores curados da Covid-19 com o objetivo de transferir os anticorpos para outros pacientes.



Queda nos estoques de sangue

Em março deste ano, mês considerado o mais crítico desde o início da pandemia, o Banco de Sangue do HSPE registrou queda de cerca de 30% nos estoques se comparado ao mesmo período do ano passado.

Parte dessa queda se deve ao início das medidas restritivas determinadas pelo Governo Estadual no combate à pandemia da Covid-19. Por outro lado, inúmeros pacientes necessitam de transfusão de sangue em decorrência dos diversos diagnósticos relacionados ao novo coronavírus e outras doenças.

Para evitar quaisquer riscos de contaminação, os doadores são submetidos a testes de sorologia para identificação de doenças transmissíveis e a coleta das bolsas de sangue doadas é realizada com material descartável e estéril. Além disso, o Banco de Sangue do HSPE está localizado em área independente das demais unidades hospitalares, evitando contato com pacientes.



Campanha "Procura-se Doador de Sangue"

Com o baixo número de bolsas de sangue disponível, o Banco de Sangue do HSPE iniciou a campanha "Procura-se Doador de Sangue" para impulsionar doações. "A doação de sangue é um ato de solidariedade com o próximo. Ato que pode salvar vidas vítimas da Covid-19 e de outras doenças graves", comenta o Dr. Fábio sobre a importância das doações para o abastecimento do estoque.

Para doar não é necessário agendar horário. O serviço funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h e aos sábados, das 8h às 16h. O acesso ao prédio é pela Rua Pedro de Toledo, 1800.



Veja abaixo alguns dos critérios necessários de acordo com as orientações do Ministério da Saúde:

• Estar em boas condições de saúde;
• Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (Menores devem estar acompanhados do responsável legal para doar);
• Pesar no mínimo 50kg;
• Estar alimentado (evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem o procedimento);
• Estar descansado;
• Candidatos que estiverem no exterior não podem doar sangue por 14 dias a partir da data do retorno;
• Voluntários que tiveram contato com casos suspeitos e confirmados de Covid-19 ficam impedidos de doar sangue por 14 dias;
• Doadores que apresentaram sintomas de possível infecção pelo Covid-19 (casos suspeitos) poderão doar sangue após 14 dias do desaparecimento dos sintomas;
• Aqueles que apresentaram diagnóstico positivo de Covid-19 só poderão doar sangue após 30 dias da recuperação clínica completa (sem sintomas).

É importante ressaltar que são impedidos de doar sangue os diagnosticados com Covid-19, durante 30 dias após o fim dos sintomas. Já os que foram vacinados contra a doença com a CoronaVac, devem esperar 2 dias, com a AstraZeneca/Oxford e a Pfizer 7 dias, para realizar o procedimento, de acordo com informe técnico do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde.




Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe

 

Leucemia: Especialista esclarece principais dúvidas sobre tipo de câncer que afeta o sangue

Junho Laranja reforça conscientização sobre principal tipo de tumor hematológico, que a cada ano corresponde a 10 mil novos casos; Saiba mais sobre os sintomas, diagnóstico e tipos de tratamentos



No calendário da saúde, Junho recebe a cor laranja como símbolo para marcar um período importante na conscientização sobre uma doença hematológica que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), corresponde ao diagnóstico de mais de 10 mil brasileiros por ano: a leucemia. Esse tipo de câncer, que afeta o sangue, faz com que os glóbulos brancos (leucócitos) percam a função de defesa do organismo e passem a se reproduzir desordenadamente.

Diferentemente de outros tipos de tumores malignos, as leucemias podem afetar pessoas de diferentes faixas etárias, inclusive sendo comum entre crianças. Atualmente, a doença lidera a lista de cânceres pediátricos, sendo o diagnóstico mais comum em 28% dos casos registrados na infância.

"A chamada leucemia linfoide aguda (LLA) é o tipo mais comum em crianças e jovens. Já entre os adultos, especialmente acima dos 50 anos, temos mais convencionalmente a incidência de leucemia linfoide crônica (LLC), a leucemia mieloide crônica (LMC) e a leucemia mieloide aguda (LMA)", explica o onco-hematologista Jacques Tabacof, do Grupo Oncoclínicas.

Com causas inespecíficas, que não permitem uma orientação mais voltada a métodos possíveis de prevenção e com sintomas iniciais que em raras vezes podem ser indicativos mais claros que ajudem na detecção precoce, surgem diversas dúvidas sobre a doença. Diante das inúmeras questões que surgem sobre as leucemias, o Dr. Jacques Tabacof esclarece as principais informações sobre a condição:

Há alguma faixa etária em que a doença é mais comum?

A idade de acometimento varia de acordo com o subtipo de leucemia, que em linhas gerais, se divide em mielóide e linfóide, de acordo com a célula afetada. Em ambas as categorias, ela pode ser qualificada com sendo aguda ou crônica, considerando a velocidade de divisão dessas células e portanto, a agilidade com a qual a doença se desenvolve.

As Leucemias Agudas podem ocorrer em todas as faixas etárias sendo que a LLA (Leucemia Linfóide Aguda) tem maior incidência na infância e juventude. Estima-se que a condição corresponda a 33 de cada 100 diagnósticos em pacientes de 0 aos 18 anos, segundo dados do INCA. Já a LMA (Leucemia Mielóide Aguda) é o tipo mais comum de Leucemia em adultos,correspondendo a 80% dos casos neste grupo. A ocorrência de LMA aumenta com a faixa etária (incidência maior acima de 65 anos).


Existem formas de prevenção para a doença?

A maioria das pessoas que são diagnosticadas Leucemia Mielóide Aguda (LMA) ou a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) não têm fatores de risco conhecidos e por isso, não é possível determinar formas de prevenção.

Evitar produtos cancerígenos conhecidos, como o benzeno, podem diminuir o risco de desenvolver a LMA ou a LLA. No entanto, a exposição a produtos químicos ocupacionais ou ambientais representa apenas uma pequena fração dos casos de leucemia. Por isso a vigilância ativa a sinais de que algo não vai bem com a saúde é sempre o melhor conselho. Quando detectada precocemente, as chances de sucesso do tratamento são altas e garantem mais qualidade de vida aos pacientes.


Como é feito o diagnóstico? Existe alguma forma de rastreio preventivo contínuo para identificação da doença?

Como mencionado, a vigilância ativa da saúde no geral é muito importante para detectar sinais ou sintomas diferentes do comum.

A leucemia, no entanto, causa alteração nas células sanguíneas que podem ser observadas por meio do hemograma. O resultado do exame de sangue de uma pessoa com a doença apresentará diminuição dos glóbulos vermelhos e plaquetas, e aumento ou diminuição dos glóbulos brancos. Por isso, é importante que o exame de sangue seja realizado periodicamente como parte da rotina, já que dificilmente leucemias crônicas apresentam alterações evidentes à saúde.

Entretanto, como outras doenças não malignas também podem ter esse quadro, é necessário pedir exames complementares para fechar o diagnóstico, como a coleta de medula óssea para exames específicos (mielograma, biópsia, imunofenotipagem e cariótipo). Outros estudos complementares também podem ser sugeridos, de acordo com a subclassificação a ser estabelecida e análise de risco, para que seja assim definido o tratamento a ser adotado.


Houve algum avanço nas condutas de tratamento nessas duas décadas?

Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas fazem com que o câncer se aproxime cada vez mais de se tornar uma doença considerada crônica, com benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente. No caso dos tumores hematológicos, a terapia celular chamada de CAR-T Cell também vem conquistando grande espaço, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a leucemias e linfomas, em especial.

Essa nova opção de tratamento usa células do próprio pacientes geneticamente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica.

O CAR-T cell é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis para leucemia linfóide aguda e também para casos de linfoma não Hodgkin. O Brasil ainda estuda uma autorização que regulamenta o uso desse tipo de medicação.

Além dela, algumas alternativas que já faziam parte do nosso arsenal na luta contra as leucemias, caso da terapia-alvo molecular - medicamentos orais que atacam apenas as células doentes - e a Imunoterapia, que provoca uma reação do sistema imunológico para que ele reconheça as células doentes e as ataque, têm trazido resultados importantes para alguns tipos de leucemia.


E que tipos de alternativas terapêuticas são indicadas no combate à doença?

Para cada tipo de leucemia existem abordagens específicas, mas, em linhas gerais, a quimioterapia, os transplantes de medula óssea e as terapias-alvo são as alternativas de tratamento mais adotadas. Transfusões de sangue também podem ser recomendadas e a radioterapia é usada mais raramente nas leucemias, mas pode ser indicada antes de transplantes. Além delas, a terapia com células geneticamente modificadas, imunoterapia e anticorpos bi-específicos compõem o arsenal de opções.

O transplante de medula óssea, por sua vez, pode ser indicado para alguns casos de leucemias agudas, após a quimioterapia. O paciente pode receber células-tronco formadoras do sangue de um doador compatível e em alguns casos, há como usar células retiradas do cordão umbilical de um doador compatível. É possível ainda, em determinadas situações, realizar um transplante autólogo, em que são usadas células-tronco do próprio paciente como alternativa de conduta terapêutica.


Em quais casos a doação de medula se torna a única alternativa para uma possível cura da leucemia?

A indicação de transplante irá depender do tipo de leucemia e da resposta inicial do paciente a outros tratamentos, como quimioterapia, transfusões de sangue como complemento e a terapia-alvo, que utiliza medicamentos específicos para as células doentes. Porém, pacientes que não respondem satisfatoriamente a esse esquema terapêutico podem beneficiar-se com o recurso do transplante de medula óssea. Mas vale lembrar: cada caso deve ser avaliado de forma individualizada e a decisão sobre a melhor conduta a ser adotada cabe à equipe médica e multidisciplinar responsável pela linha de cuidado do paciente.

As manchas roxas são efetivamente aspectos comuns em casos de leucemia? E quais outros sinais podem servir de alerta para a busca de aconselhamento médico especializado?

As manchas roxas pelo corpo estão entre os principais sintomas da leucemia e devem ser investigadas quando surgem sem motivo aparente. Elas são provocadas pela queda na produção das plaquetas, que são responsáveis pelo processo inicial da coagulação do sangue.

As leucemias agudas, no entanto, possuem outros sinais que também precisam de atenção, como palidez, cansaço e sonolência, pequenos pontos vermelhos na pele e sangramentos mais intensos e prolongados após ferimentos leves.

Febre e infecções constantes resultantes da baixa imunidade também são sintomas que devem ser levados em consideração, além de dores ósseas e perda de peso.


Irmãos filhos de um mesmo casal são efetivamente os que possuem as maiores probabilidades de se tornarem doadores?

Quando o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais, há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível. Havendo um irmão totalmente compatível (100%) este será a primeira escolha para ser um doador. Caso contrário, começam as buscas alternativas para a realização do transplante.


E quando irmãos e familiares próximos não são compatíveis, qual é o processo para encontrar um doador de medula?

De acordo com o INCA, as informações dos pacientes que necessitam de transplante sem um irmão compatível são incluídas no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). Já os doadores, são cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Ambos os registros têm seus dados cruzados em uma busca automática para verificação da compatibilidade entre pacientes e doadores.

O médico deve cadastrar o paciente no REREME para assim, iniciar a busca por um doador. A partir disso, o próprio sistema refaz a busca diariamente. Um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis doadores compatíveis. O médico, junto com a equipe especializada do REDOME, analisa qual dos doadores tem chance de ser mais o compatível com o paciente. Na sequência, são feitos contatos com os voluntários e solicitados os exames complementares.


Como fazer para ser um doador de medula óssea?

Os Hemocentros Regionais (Bancos de Sangue Públicos) são encarregados de cadastrarem os interessados em serem doadores. Os dados são agrupados em um registro único e nacional (REDOME). É possível ser voluntário para a doação de sangue, doação de medula ou de ambos, basta que este desejo seja explicitado no momento do cadastro.

Para aumentar as chances de localização de um doador compatível para um paciente que necessita do transplante é imprescindível manter o cadastro no REDOME atualizado, com endereço, telefone e outras informações. O doador deve lembrar que irá permanecer no registro até completar 60 anos de idade e que a convocação para realizar a doação pode demorar alguns anos.

Para se candidatar é preciso realizar um cadastro como doador voluntário de medula óssea em um dos 106 hemocentros localizados em todos os estados do país. Esses são alguns requisitos:

● Ter entre 18 e 55 anos de idade;

● Estar em bom estado geral de saúde;

● Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.


Estudo revela que a triagem neonatal para doença endócrina tem custo efetivo menor que tratar o paciente

- Conduzido por pesquisadores de São Paulo, estudo tem foco na hiperplasia adrenal congênita (HAC)


- A HAC pode ser rastreada precocemente pelo Teste do Pezinho e evitar desfechos muito desfavoráveis às crianças


- 6 de junho é o Dia Nacional do Teste do Pezinho

 

Aceito pela Frontiers in Pediatrics e em fase de publicação, o estudo conduzido por pesquisadores de São Paulo revela que o custo efetivo no Brasil para se fazer a triagem neonatal da hiperplasia adrenal congênita em 3 milhões de bebês é menor em comparação ao tratamento de 280 bebês com as complicações relacionadas à hiperplasia adrenal congênita com diagnóstico tardio, não triada.

A hiperplasia adrenal congênita é uma doença de origem genética, que diminui a produção de hormônios essenciais à vida, como cortisol e aldosterona e aumenta a prudução de testosterona. Nas meninas leva à atipia genital e, assim como nos meninos, a falta desses hormônios  pode causar choque neonatal por desidratação seguido de óbito. A triagem neonatal para hiperplasia adrenal congênita é feita pelo Teste do Pezinho, que deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida dos bebês.

“Será que no Brasil o diagnóstico clínico da hiperplasia adrenal congênita é efetivo? Será que precisamos fazer a triagem neonatal? Essas foram as perguntas que nortearam o nosso trabalho. Sabemos que o diagnóstico clínico não é efetivo, porém temos que adicionar no Teste do Pezinho a dosagem de um hormônio específico para 3 milhões de bebês nascidos por ano no SUS. Vale a pena, é custo efetivo? Então, para responder a essa pergunta, calculamos a incidência da doença para o número de bebês que nascem por ano no Brasil, extrapolamos a porcentagem de complicações, inclusive de crianças que tiveram deficiência intelectual depois da desidratação neonatal. Levamos em conta o custo das cirurgias para erro de registro de sexo ao nascimento e o tempo de internação nas enfermarias e UTIs pelo diagnóstico tardio da desidratação neonatal. Surpreendentemente é muito mais barato você gastar para fazer a triagem da doença em 3 milhões de bebês nascidos no Brasil do que tratar as complicações relacionadas à falta da triagem em 280 bebês. O trabalho mostrou que a triagem é custo efetivo” explica Dra. Tânia Bachega, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP) e uma das responsáveis pela inclusão do Teste do Pezinho para hiperplasia adrenal congênita no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

 
Demora no diagnóstico

O diagnóstico tardio da HAC resulta em exposição prolongada aos hormônios masculinos, levando ao avanço da idade óssea, o que pode comprometer o crescimento, e a criança se tornar um adulto com baixa estatura, entrando em puberdade mais cedo que o normal, necessitando de tratamento para o resto da vida.

O tipo mais grave da HAC é a forma perdedora de sal, em que também falta o hormônio aldosterona. Nesse caso, a criança apresenta perda de sal pelo corpo, desidratação grave e potencialmente fatal, já nas primeiras semanas de vida.

O Teste do Pezinho, realizado entre o terceiro e, no máximo, quinto dia após o nascimento da criança, diagnostica precocemente a doença. Se o diagnóstico for tardio, ou seja, uma vez que não seja feito o Teste do Pezinho ou se o resultado demorar mais de duas semanas para ficar pronto, a criança pode não sobreviver. Por isso esse teste é tão importante.

 



SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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O que você precisa saber sobre menstruação irregular

O que é normal em relação ao seu ciclo menstrual e quando pode-se falar em menstruação irregular? Lembre-se: cada mulher é única - e sua menstruação também.

A menstruação acompanha a mulher ao longo da sua vida por décadas. Desde a adolescência até o fim da menstruação, quando começa a menopausa, geralmente por volta dos 50, 51 anos de idade. Ou seja, são anos menstruando.

Justamente por isso, é muito importante que a mulher entenda um pouco mais sobre o seu ciclo menstrual e o que é normal em relação a ele. Aliás, falar em “normal” é muito relativo.

Cada mulher é única assim como o seu organismo e o ciclo menstrual nunca será igual, nem de mulher para mulher, nem de mês para mês. Assim, evitamos falar em normalidade e em menstruação irregular, mas sim em o que é esperado do seu ciclo menstrual.


Quantos dias deve durar a menstruação?

Consideramos uma média de sete dias, mas não existe um limite fixo. Antigamente, até falávamos de dois a sete dias, mas hoje sabemos que mesmo um único dia de menstruação pode ser considerado normal. E pode ser que você tenha uma “menstruação irregular” no sentido de que todo mês ela varia alguns dias, mas, de novo: se todo mês é assim, então esse é o seu normal.


Qual a duração do ciclo menstrual?

A duração do ciclo em si é outro tema que confunde as pacientes. Entre um ciclo e outro a média que temos é de 28 dias, mas claro que, dependendo do mês, o ciclo menstrual da mulher pode variar. Isso porque fatores como humor, ansiedade, stress, atividade física e até mesmo alimentação interferem nessa média, fazendo com que 28 dias oscilem um pouco para mais e um pouco para menos.

Em resumo: esperamos que o ciclo menstrual dure entre 21 e 35 dias, ou seja, 28 dias com uma margem de erro de 7 dias para mais ou 7 dias para menos. Exatamente por isso é normal de vez em quando você menstruar duas vezes no mês – e isso não significa uma menstruação irregular. Por exemplo, se você menstruou logo no início do mês, lá no final pode ser que você menstrue de novo, no dia 28. Da mesma forma, se seu ciclo neste mês teve uma duração de 35 dias pode ser que só irá menstruar novamente no começo do outro mês. Você terá passado um mês inteiro sem menstruar e, de novo, isso pode ser absolutamente normal.


E quanto ao fluxo da menstruação?

O fluxo da menstruação é outra coisa que se altera às vezes e costuma confundir as mulheres. E é difícil a gente mensurar o que é normal quando falamos em quantidade de sangue, afinal, como vamos medir quanto sangue sai da vagina durante a menstruação? 

Pacientes que usam coletor menstrual conseguem ter uma noção melhor, mas pacientes que usam absorventes não sabem essa quantidade. Assim, a recomendação é ficar atenta ao que é normal para você. Se estiver acostumada a ter um tipo de ciclo menstrual e de repente esse fluxo aumentou, vale a pena tentar entender os motivos. Se esse fluxo aumenta apenas durante um mês, observe o próximo e então o que vem depois deste. O fluxo voltou ao normal? Se não, aí vale visitar um ginecologista.

E se o seu fluxo vier reduzido? Faça a mesma coisa, acompanhando os próximos meses. No geral, um fluxo reduzido nos preocupa menos.


É normal sentir cólica?

Ao falarmos de menstruação não podemos esquecer de mencionar a famosa cólica – que chamamos de dismenorreia.

A cólica menstrual pode acontecer desde que ela seja leve. Como falo sempre: sentir dor não é normal. Assim, uma cólica leve está ok, mas se a dor a incomoda, fale com o seu médico porque pode ser que exista algum fator desconhecido levando a essa cólica. 



Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo perfil @dr.rodrigoferrarese ou  pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/

 

Especialista ajuda a distinguir entre Covid-19 ou Dengue

Causadas por vírus e com quadro clínico que vai de assintomático a grave, podendo evoluir para óbito, as duas doenças têm semelhanças que podem confundir os pacientes


A pandemia do novo coronavírus ofuscou outro problema de saúde pública no Brasil: a dengue. Endêmica no país, a doença é uma ameaça e merece atenção pelo crescimento no número de casos, por seus sintomas iniciais serem semelhantes à Covid-19 – o que acaba confundindo os pacientes – e requer cuidados por sua gravidade, já que é uma infecção viral que pode levar à morte.

No Paraná, o boletim da Secretaria de Saúde divulgado neste dia 1º de junho, registra mais três mortes por causa da doença. Assim, o Paraná acumula agora 26 óbitos desde agosto do ano passado.

Os novos óbitos foram no mês de maio e são de mulheres residentes nos municípios de Medianeira, no Oeste (86 anos, com comorbidade), Campo Mourão, no Centro-Oeste (80 anos, com comorbidade) e Maringá, no Noroeste (53 anos, sem comorbidade)

São 20.242 casos confirmados da doença desde o começo desse registro. O boletim indica 1.507 casos novos em relação ao informe anterior.


O total de notificações ultrapassou a marca de 80 mil (80.079) em todo Estado. Destes, 12.424 permanecem em investigação e 35.648 já foram descartados.

Professor do UniCuritiba - instituição de ensino superior que faz parte da Ânima, uma das principais organizações educacionais do país - o biólogo Carlos de Almeida Barbosa diz que o combate à dengue exige um esforço coletivo, uma cooperação comunitária para a prevenção, feita basicamente por meio da eliminação dos criadouros do mosquito transmissor.  

Além do crescimento no número de casos, outro aspecto preocupa. “Por sua sintomatologia semelhante à da infecção pelo agente viral SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19, os pacientes ficam em dúvida na hora de procurar atendimento médico”, comenta.

Mestre em Ciências e doutorando em Tecnologia em Saúde, Carlos explica que a infecção provocada pelo vírus da dengue pode apresentar um espectro clínico variado, desde quadros assintomáticos até eventos graves como hemorragia, choque e risco de morte.

“Não existe tratamento específico para a dengue e os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas, combater a febre e, se necessário, fazer a hidratação por via intravenosa. O atendimento rápido para a identificação dos sinais e a intervenção médica ajudam a reduzir o número de óbitos”, alerta.

Alguns países já utilizam uma vacina contra a dengue, aplicada em indivíduos entre 9 e 45 anos previamente infectados e que habitam áreas endêmicas ou de risco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a vacinação seja feita somente em regiões nas quais as condições epidemiológicas indiquem alto índice da doença. No Brasil, o imunizante está em uso desde 2015.

Sintomas e assistência médica

Os primeiros sintomas da dengue podem ser quadros febris variando entre 39ºC e 40ºC de início repentino, com persistência de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas, podendo ocorrer náuseas e vômitos.

No caso da Covid-19, os pacientes costumam apresentar febre, cansaço, dores no corpo, congestão nasal, dor de cabeça, de garganta, diarreia, perda de paladar e olfato, conjuntivite e erupção cutânea.

Em função da pandemia, a orientação é que as pessoas com febre persistente ou qualquer sintoma com características semelhantes à dengue ou Covid-19 entrem em contato com o serviço de saúde de Curitiba para uma triagem prévia, antes do deslocamento para atendimento presencial. O telefone é 3350-9000.

Depois da avaliação inicial, a central fará o direcionamento do paciente para o local adequado: uma unidade de atendimento Covid ou uma “unidade limpa”, para onde são encaminhados pacientes com outras doenças. No caso das consultas presenciais, os atendimentos são feitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBs) (casos com sintomas leves e moderados) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em situações graves.

O professor Carlos Barbosa explica que ao apresentar febre alta é importante buscar o serviço de saúde o quanto antes. “É difícil diferenciar inicialmente os sintomas, mas os profissionais de saúde estão habilitados a fazer a triagem. Um teste preliminar para o diagnóstico da dengue é a ‘prova do laço’, que serve como um indicativo.”

Dependendo do caso, continua o docente do UniCuritiba e especialista em Biologia Celular, são realizados outros exames como detecção de anticorpos, IgG e IgM, hemograma, coagulograma e testes com técnicas moleculares, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).


Reinfecção e prevenção

A pessoa que já teve dengue não está livre de sofrer uma nova infecção. Isso porque existem quatro sorotipos do vírus em circulação no Brasil e, para estar totalmente imune, seria necessário entrar em contato com todos eles. “O problema é que a cada contágio com um novo sorotipo, os sintomas podem ser mais intensos e os riscos de desenvolver uma forma mais grave de dengue são altos”, adverte o biólogo.

Uma das diferenças entre a dengue e a Covid-19 está na forma de transmissão. Enquanto o coronavírus é transmitido de pessoa para pessoa, a dengue depende de um vetor, o mosquito da espécie Aedes aegypti. “Neste caso, dizemos que é um arbovírus, um vírus transmitido por artrópodes”, explica o professor.

Para conter o avanço da dengue é necessário eliminar os criadouros do mosquito transmissor, que se prolifera em locais com água parada. A orientação é inspecionar vasos de plantas, manter o quintal limpo, evitando o acúmulo de entulhos que possam reter água e vedar reservatórios e caixas d’água.

 


Crédito de imagens: Pixabay

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Paraná


 

Junho Vermelho, um mês dedicado à importância da doação de sangue

Campanha de conscientização do Banco de Sangue de São Paulo reforça a importância do gesto solidário que salva vidas. Ao longo do mês doadores serão homenageados com um coração antiestresse

 

A campanha Junho Vermelho, uma alusão à cor do sangue, realizada nacionalmente, foi criada com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do gesto solidário de doar sangue, especialmente neste mês em que é celebrado, em 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue.

No Banco de Sangue de São Paulo, ao longo do mês, haverá ações de conscientização alusivas à campanha, veiculadas em seus canais de mídias sociais - Facebook e Instagram -, com o tema: "O Caminho para a Solidariedade", cujo conceito é a trilha que o doador deve percorrer para praticar esse gesto solidário que pode salvar até 4 vidas. O mote complementar na peça ressalta: "É mais simples do que você pensa, o seu caminho pode ajudar outros 4. Doe sangue!".

De acordo com Bibiana Alves, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo, são fundamentais as campanhas de sensibilização para a necessidade das doações de sangue, principalmente neste momento em que o país enfrenta as consequências da grave crise sanitária.

"Com o Junho Vermelho, realizado em âmbito nacional, esperamos que mais pessoas possam despertar para a importância das doações de sangue. Milhares de pacientes que estão em tratamentos clínicos, especialmente os oncológicos e transplantes, além dos pacientes com Covid-19 necessitam desse gesto solidário, e fazem com que as doações sejam ainda mais urgentes", diz Bibiana.

Para que os estoques se mantenham em um nível confortável, são necessárias 160 doações diárias, porém, desde o início do ano, a unidade vem enfrentando um déficit de 40% em seus estoques sanguíneos.

O Banco de Sangue de São Paulo segue rigorosamente todos os protocolos contra a Covid-19 e recentemente conquistou o selo Covid Free de Excelência, que é concedido às instituições que mantêm boas práticas preventivas para o enfrentamento ao coronavírus.

A unidade atende de segunda a sexta, das 8h às 17h, e sábados, domingos e feriados, das 8h às 16h. Está localizada na Rua Tomás Carvalhal, 711, Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Estar em boas condições de saúde;

• Pesar no mínimo 50 kg;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;

• Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;

• Não ter diabetes em uso de insulina;

• Aguardar 48h para doar, caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.


Critérios específicos para o CORONAVÍRUS:

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;

• Aguardar 48h para doar, caso tenham tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca ou a Pfizer;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;

• Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;

• Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).



Serviço:

Banco de Sangue de São Paulo

Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 17h, e sábado, domingo e feriados das 8h às 16h. Estacionamento gratuito R. Tomas Carvalhal, 329 - Paraíso.


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