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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Interações dos chatbots no WhatsApp com os consumidores está avançando e melhorando

Quem está acostumado com o uso de chatbots, tanto nas interações da perspectiva do cliente como na atuação nos bastidores, já conhece bem o que os assistentes virtuais conseguem e não são capazes de fazer. Contudo, o recente desembarque da tecnologia no WhatsApp começa a revelar possibilidades de melhorias. Um dos primeiros indícios é a recorrência do uso de números entre interações. Isto é, a “URAlização” das conversas que deveriam (ou poderiam) ser mais inteligentes. 

Primeiramente, é preciso assumir que esse comportamento é eficiente. O chatbot existe e “promete” entregar atendimento rápido e capaz de resolver problemas. Esse tipo de operação, no qual o assistente virtual diz “digite 1 para isso, 2 para aquilo, 3 para mais opções”, atende muito bem. Porém, é exagero dizer que esse comportamento dá um passo atrás para os chatbots? Isso não lembra, e muito, as URAs e conversas automáticas do antigo SMS?

 

O problema é que o “chatbot” deveria ser um robô de conversação. Assim, era de se esperar que ele tanto enviasse quanto recebesse mensagens por meio de digitação. A dificuldade, normalmente, é liberar a digitação e, consequentemente, a interação enviada não ser compreendida pelo chatbot.

 

No caso do WhatsApp, em particular, há restrições da própria plataforma que, de um modo ou de outro, causam essa experiência. A começar pela ausência de botões. No aplicativo de mensagens, os chatbots (ainda) não conseguem exibir botões e indicar aos usuários onde devem clicar para seguir com a conversa. Este é o principal motivo para recorrer a uma experiência mais controlada. 

Para contornar isso, boa parte do que a maioria dos bots já têm resolve a situação. Ou seja, determinar o que o usuário “precisa” digitar. Por exemplo: “Você quer saber disso ou daquilo?”. Ou ainda: “Aqui estão as opções que eu consigo te ajudar. Digite uma delas”.

Então qual a dificuldade?  Simples, a linguagem natural.

 

Dependendo da tecnologia, o chatbot precisa que o usuário digite exatamente o que ele espera. Por exemplo, se ele solicita ao usuário que digite “carro” ou “banana”, e a pessoa decide escrever “automóvel”, a primeira opção deveria ser identificada. Mas, normalmente, não é, pois o chatbot precisa que o usuário digite exatamente o que ele espera.

 

Portanto, a maneira para abandonar (ou reduzir) as interações por comandos numéricos seria apostar em ferramentas que operam com Processamento de Linguagem Natural. Essas ferramentas são capazes de compreender a linguagem humana, ou seja, elas interpretam e manipulam a nossa linguagem. Com o uso delas, é possível que o chatbot compreenda perfeitamente, mas sem treinamentos exaustivos.

 

Na prática, os assistentes que possuem esse tipo de tecnologia poderiam deixar o menu numérico para trás por meio da semântica. Isto é, se apegando mais ao significado do que às palavras-chave (ou números). Imagine um chatbot que possui em seu diálogo inicial a oferta de três opções de assunto: 

 

1 - carros

2 - frutas

3 - cidades

Normalmente, no WhatsApp, somos obrigados a digitar um dos três algarismos. Do contrário, a conversa não seguirá para a próxima etapa. Por mais que tentássemos digitar algo como “quero falar de carros” ou até mesmo a simples interação “carros”, o bot não seria capaz de lidar com esse input.

Por outro lado, o ato de processar a linguagem natural, viabilizada em alguns assistentes do mercado, permitiria a interpretação de toda e qualquer informação enviada pelo usuário. Na prática, o bot apresentaria a primeira opção para qualquer uma das interações a seguir:

 

Carros

Quero saber de carros

Tô com problema no carro

Meu veículo

Tenho um automóvel

Os ganhos com esse tipo de experiência podem ser enxergados em aspectos distintos. O primeiro é difícil de medir, mas, ainda assim, importante: a experiência em si. O fundamental é entregar a informação ao usuário. É verdade, contudo, que o modo como isso é feito também conta (e muito). Para o usuário, saber que ele pode digitar à sua maneira, sem “URAlizar” o processo com números, estabelece uma relação de confiança e a certeza de que está lidando com uma máquina verdadeiramente inteligente. 

O segundo ganho significativo é o aspecto conversacional. Ao abandonar números, e liberando a digitação, o chatbot passa a estabelecer um diálogo real. Seguindo algumas boas práticas, é possível manter a conversa guiada, mas sem a dependência dos números. Exatamente como acontece em uma interação entre duas pessoas.

 

 

Adriano Bertin, Knowledge Engineer da Inbenta, empresa global especializada em Inteligência Artificial, pioneira no desenvolvimento de tecnologia de IA Simbólica, que potencializa o autoatendimento digital e conecta informações úteis às interações (naturalmente) humanas



Investimento: conhecimento é fundamental para evitar tombos no mercado de ações

Bolsa de Valores fechou 2020 com mais de 2,6 milhões de investidores formados por pessoas físicas; especialista alerta para risco de se aventurar na modalidade sem informação

 

A busca por novos investimentos está levando cada vez mais pessoas ao mercado de ações. Cientes de que não é preciso grandes quantidades para investir na bolsa e levadas pelo turbilhão de informações enganosas disseminadas na internet, pessoas comuns se aventuram no mercado financeiro, mesmo sem conhecimento em aplicações arriscadas.

A Bolsa de Valores (B3) fechou o ano de 2020 com mais de 2,6 milhões de investidores formados por pessoas físicas. O especialista em investimentos e gestor financeiro da Roar Educacional, Rogério Araújo, alerta para o risco de ingressar no mercado de ações sem conhecimento ou assessoria especializada. “O entusiasmo sem conhecimento pode levar a grandes prejuízos”, alerta.

Foi o que aconteceu com o empresário Gildazio Junior. Ele começou no mercado internacional de moedas, depois de ver uma propaganda. “Eu fazia os investimentos por meio de aplicativo e no início, como todo mundo, cheguei a ganhar dinheiro. Mas logo veio a quebra e descobri que a modalidade era considerada ilegal no Brasil”, lembra.  Junior passou então a investir em ações. “Cheguei a ter mais de 20 tipos diferentes de ações, sem conhecimento específico do assunto, apenas seguindo algumas indicações. Com a crise perdi mais de 40% do meu patrimônio”, diz.

Com o tombo, Junior decidiu estudar e buscar conhecimento para investir com segurança. “Aprendi que o melhor investimento é o conhecimento. Só entendendo o risco de cada operação é possível minimizar os prejuízos futuros”, afirma.

Mas o caminho da educação financeira nem sempre é o escolhido. “Infelizmente as pessoas são levadas por informações erradas, disseminadas na internet, principalmente nas redes sociais. Mas para entrar na Bolsa de Valores, é preciso ter informação. É um mercado altamente competitivo e arriscado, com pessoas com alto nível de conhecimento tecnológico e econômico”, aponta o especialista.

Rogério Araújo chama a atenção para o caso de uma prefeitura do Sul do país, que ganhou destaque nacional, depois de um funcionário perder R$ 8 milhões dos cofres públicos supostamente em operações de day trade.

O termo day trade, nome de uma operação de compra e venda de ações de uma mesma empresa, realizada em um único dia na bolsa de valores, tornou-se um dos mais pesquisados nos sites de busca. Por causa do seu altíssimo risco, o especialista Rogério Araújo recomenda que operações como esta sejam feitas por profissionais.  

 

Como adequar os escritórios de advocacia à LGPD?

O art. 3º da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não deixa dúvidas da extensão dos seus efeitos aos escritórios de advocacia. 

É praticamente impossível afastar o tratamento de dados pessoais das rotinas jurídicas. A elaboração de minutas contratuais, pareces jurídicos, due diligences e as petições judiciais ou administrativas dependem do uso de dados pessoais. Sem contar que os escritórios também possuem colaboradores, prestadores de serviços terceirizados, parceiros comerciais, cujos dados pessoais também devem ser tratados em conformidade com LGPD. 

Assim, a realização das operações acima sem a observância da LGPD poderá acarretar aplicação das penalidades previstas no art. 52, tais como advertência, multas, bloqueio dos bancos de dados, publicização das infrações aos advogados/sociedades de advogados etc. 

A partir de agora, o advogado tem o dever de assegurar o sigilo profissional e a proteção dos dados pessoais dos seus clientes. Tais situações não se confundem, pois enquanto o sigilo profissional tem amparo no Código de Ética e Disciplina da OAB e diz respeito ao dever de confidencialidade sobre as informações conhecidas em razão do seu exercício profissional, a proteção de dados pessoais é disciplinada pela LGPD, que determina como os dados pessoais devem ser tratados para garantir o direito dos seus titulares. 

Uma sugestão para começar o processo de adequação do escritório de advocacia é elaborar o Registro de operações de tratamento de dados pessoais, pois além de ser uma obrigação legal (art. 37 da LGPD), tal documentação permitirá o pleno conhecimento dos dados tratados, seus titulares e o seu fluxo dentro do escritório. 

Ainda com base neste registro, será possível que o advogado verifique se os tratamentos estão sendo realizados em conformidade com os princípios da LGPD (art. 6º) que determinam a observância da finalidade, adequação e necessidade do tratamento. Ou seja, a partir de agora o advogado deve se preocupar em coletar e armazenar apenas as informações pessoais absolutamente necessárias para atender os propósitos da sua contratação, eliminando todo o excesso. 

A próxima etapa será a construção da Política de Privacidade de Dados Pessoais alinhada com os tratamentos realizados pelo escritório e a implementação de medidas técnicas que garantam a proteção dos dados pessoais pelos advogados no ambiente digital e físico. Importante lembrar que a lei exige a comprovação da adoção e eficácia de tais medidas. 

O passo seguinte será a adaptação das minutas contratuais, documentos importantes na definição das responsabilidades dos agentes de tratamento. Diante de cada um dos contratos firmados deve ser definido qual o papel ocupado pelo advogado/sociedade de advocacia: se é de controlador ou operador dos dados pessoais.

 Pelos termos da LGPD, será considerado como controlador a “pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais;” (art. 5º, inciso VI). Por outro lado, será considerado como operador “pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador (art. 5º, inciso VII). 

As Autoridades Europeias como a United Kingdom Information Commissioner's Office, Agência de Informações do Reino Unido e o Conselho Europeu de Proteção de Dados já publicaram orientações sobre as posições de controlador e do operador de dados. Considerando a atuação específica do advogado, a Agência de Informações do Reino Unido, concluiu que o advogado deve ser considerado controlador: (i) quando receber dados pessoais sobre terceiros para assessorar o cliente em relação a seus direitos; e (ii) quando o cliente tiver pouco discernimento acerca de como os dados serão tratados no curso da representação profissional pelo advogado. 

Embora as orientações acima sejam de grande valia, apenas diante da análise casuística é possível definir a posição ocupada pelo advogado/sociedade de advogados em cada relação contratual. 

Quando o advogado atuar na condição de controlador é importante evidenciar nos instrumentos contratuais a determinação da finalidade do tratamento, o respeito aos termos da LGPD e da sua Política de Privacidade de Dados Pessoais, o procedimento para os titulares exercerem os seus direitos, as medidas técnicas de segurança utilizadas, dever de confidencialidade, o modo de comunicação em caso de incidentes. 

Por seu turno, o advogado será considerado operador quando atuar no apoio, seguindo premissas e objetivos pré-determinados, como por exemplo quando atua como correspondente e revisões de procedimentos. Nesta situação o advogado deve seguir estritamente as ordens lícitas do controlador, sem qualquer desvio e não utilizar os dados pessoais para atender finalidades próprias. 

Estes cuidados serão considerados ao se averiguar a (des)necessidade de aplicação de sanções pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados e por isso devem ser avaliados com cautela. 

Por fim, cabe evidenciar que empresas em conformidade com a LGPD devem exigir a mesma conformidade dos seus prestadores de serviço nas situações envolvendo o compartilhamento de dados pessoais. Tendo em vista que a grande maioria dos serviços jurídicos depende do uso de dados pessoais compartilhados pelo cliente, é certo que será cada vez mais exigido dos escritórios de advocacia a comprovação de conformidade com a LGPD.



 
Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)


Dia das Mães: estudo da Tempest mostra que golpe virtual vêm aumentando e pode ser ainda mais explorado no período

 Empresa chama a atenção das empresas e usuários das redes sociais para essa modalidade de golpe, que tende a aumentar significativamente na próxima data do calendário de varejo


A Tempest Security Intelligence, maior empresa de cibersegurança do Brasil, alerta os consumidores e empresas para redobrar os cuidados com a segurança de seus dados, e a atenção a golpes que exploram as redes sociais para obtenção de tais dados, em especial no período do Dia das Mães -  uma das principais datas do calendário do varejo no país. A expectativa é de que o aumento das vendas online, em função da pandemia, aumente a incidência de golpes e ameaças virtuais.

No ano passado, o faturamento das vendas online no período mais do que dobrou em relação a 2019, passando de R$ 2,78 bilhões para R$ 6,02 bilhões, segundo o Movimento Compre&Confie, que realiza medições de vendas do e-commerce.  Em todo o mundo, a expectativa é que essa modalidade de fraudes gere no e-commerce mundial prejuízo acima de US$ 20 bilhões, em 2021, superando em 18% as perdas geradas no ano anterior, de acordo com a pesquisa Fraude de Pagamento Online: Ameaças Emergentes, Análise de Segmento e Previsões de Mercado 2021-2025. Assim, é importante que varejistas e consumidores fiquem atentos a medidas protetivas para não serem vitimados.

“Os cibercriminosos se aproveitam da intensificação do relacionamento por canais digitais como ponto de contato entre empresas e clientes para se apoderar não apenas de dinheiro, mas dos dados, que muitas vezes pode ser algo ainda mais rentável”, explica Aldo Albuquerque, vice-presidente de Customer Delivery da Tempest Security Intelligence. Um dos golpes mais recorrentes é conhecido como Atendente Impostor, mas o executivo também alerta para o envio de e-mails e mensagens com links falsos com o objetivo de roubar dados, prática conhecida como Phishing.

A Tempest Security Intelligence detalha a seguir essas duas modalidades de golpe, e  também reforça algumas dicas de como se proteger  dessas ameaças, que costumam afetar usuários e empresas no ambiente digital, em especial nas datas do calendário de varejo.


Atendente impostor

Se por um lado é cada vez mais comum que empresas usem seus perfis nas redes sociais, tais como Facebook, Linkedin, Twitter e Intagram, para divulgar suas campanhas, promoções e avisos, por outro lado os usuários finais dessas mesmas redes adotam esses canais como fonte de relacionamento para direcionar a essas empresas suas dúvidas, reclamações e solicitar informações, muitas vezes compartilhando dados pessoais e até financeiros. 

Nesse cenário, criminosos passaram a conduzir ataques contra clientes que entram em contato para sanar dúvidas ou em busca de atendimento, utilizando perfis falsos (nestes perfis é comum o uso de termos como “SAC”, “atendimento” ou “suporte” a fim de aumentar a impressão de legitimidade nas vítimas). Esses ataques podem ser conduzidos de forma passiva ou ativa. 

Na primeira modalidade, os criminosos buscam imitar o comportamento do perfil oficial da empresa buscando ganhar a confiança da vítima e leva-la a entrar em contato. 

Já na forma ativa, os criminosos monitoram as interações dos perfis legítimos das empresas e abordam os clientes de forma direta. Depois de estabelecer contato, os falsos operadores levam a comunicação para outra plataforma, como WhatsApp ou Telegram, podendo, a depender da intenção, sequestrar a conta do WhatsApp, a fim de estender o golpe aos contatos da vítima ou direcionar a vítima para um site falso que simula a página legítima de uma empresa para roubar suas credenciais.

“De olho nessas movimentações, os criminosos identificam e abordam clientes de diversas empresas, valendo-se de ataques baseados em engenharia social que variam desde o sequestro de sessão WhatsApp até a aplicação de golpes e o roubo de informações”, alerta Albuquerque.

Embora não seja uma modalidade nova de ataque, ela tem se popularizado durante a pandemia. Há cerca de 7 anos a equipe de Threat Intelligence (Inteligência de Ameaças) da Tempest tem monitorado essa categoria de golpe direcionado e, desde março de 2019, registrou um aumento de aproximadamente 60 para quase 1.200 perfis falsos em redes sociais.





Aumento no número de perfis falsos em redes sociais detectados entre março de 2019 e março de 2021. Imagem: Tempest.

Uma forma simples de prevenir esse tipo de golpe é, antes de entrar em contato via mídias sociais, procurar conhecer os canais de comunicação com a marca ou empresa, em seu site oficial. Nessa página muitas vezes é possível checar todas as redes sociais em que a companhia tem perfis, além de todos os canais de contato e atendimento ao consumidor.


Phishing

Outro golpe comum, que aumenta o número de vítimas em datas sazonais, é o phishing.  Só no primeiro bimestre deste ano teve um crescimento de 70% em relação a igual período do ano passado, de acordo com a Febraban. Essa prática, cujo nome faz referência à pescaria (fishing) de vítimas, usa e-mails, SMS, entre outras ferramentas para induzir a vítima fazer algo como como clicar em um link, abrir um arquivo ou instalar um vírus de computador, com o objetivo de obter informações sigilosas como dados bancários, cartão de crédito, senhas e outras informações confidenciais.

No Dia das Mães, os golpistas costumam explorar a data para enviarem mensagens falsas como links de promoções inexistentes, falsos pedidos de atualizações de dados, entre outros, se passando por outras empresas (como bancos, lojas, empresas de delivery, etc).

É possível reduzir a chance de ser fisgado: os usuários devem evitar clicar em links, descarregar arquivos ou abrir anexos em e-mails (ou em redes sociais), mesmo que pareça ser de uma fonte de confiança. Também recomenda-se evitar o clique em links que direcionem para websites suspeitos, preferindo  quando possível digitar a URL de onde deseja navegar. Tenha cuidado com as mensagens que solicitem informações confidenciais, como dados bancários ou pessoais.

Aldo Albuquerque, da Tempest Security Intelligence, também chama a atenção dos consumidores para desconfiar de anúncios publicitários com prazos urgentes e grandes promoções fora do comum.

No Dia das Mães, é usual os criminosos enviarem promoções com produtos ou serviços muito abaixo do valor, com mensagens como “último dia para aproveitar” ou “os primeiros a clicar ganharão um desconto de 50%”, por exemplo, ou outros textos do gênero. Também são comuns avisos, multas ou informativos dizendo que uma conta será encerrada caso não atualize os dados, oferecendo um link para tal atualização. Nesses casos, é fundamental ignorar tais táticas de Engenharia Social (nome usado nas práticas baseadas na manipulação psicológica), e contatar a empresa por meio de um canal de confiança (telefone ou e-mail).

“Ler com atenção é uma forma de defesa. Muitos e-mails de phishing são bastante óbvios, por conterem erros de digitação, palavras caixa alta e pontos de exclamação. Podem também ter saudações impessoais como ‘Caro Cliente’ ou ‘Caro Senhor(a)’ em vez do seu nome – ou apresentar um conteúdo implausível e geralmente surpreendente. Os cibercriminosos frequentemente cometem esses equívocos, por vezes até intencionalmente, para ultrapassar filtros de spam”, afirma Aldo Albuquerque.

Deve-se sempre utilizar websites seguros (indicado por https:// e um ícone de “bloqueio” de segurança na barra de endereços do navegador), especialmente ao submeter informações sensíveis, como dados de cartão de crédito. Também é aconselhável evitar Wi-Fi público para efetuar operações bancárias, compras ou enviar informações pessoais online (a conveniência pode ser um trunfo para o fraudador). Em caso de dúvida, prefira a utilização dos dados do seu celular.


 

Outras formas de se defender

Outra questão importante que os consumidores precisam  estar alertas durante Dia das Mães é a atenção para o uso das senhas. O ideal é ter senhas diferentes em cada plataforma pois, em caso de descoberta, os cibercriminosos tentarão utilizá-las em diferentes canais. Com acesso à senha do Facebook, por exemplo, tentarão a mesma para acessar contas em bancos, lojas e outros locais. Quando não buscam dinheiro, procuram algo que também gera lucro, como dados pessoais ou milhas. Há todo um comércio para essas informações.

“Para pagamentos é indicado fazê-los por meio de cartões virtuais, já que, nessas transações, instituições financeiras enviam códigos de segurança distintos para cada compra, evitando que consumidores tenham que inserir dados do cartão bancário”, finaliza o vice-presidente de Customer Delivery da Tempest Security Intelligence.

 

 

Tempest Security Intelligence

 

PORTABILIDADE NUMÉRICA - São Paulo ultrapassa 22,30 milhões de trocas de operadoras de telefonia

Brasil realizou 67,03 milhões de trocas de operadora desde 2008

 

Desde 2008, no Brasil, usuários de telefonia móvel e fixa podem migrar de operadora sem alterar o número de identificação dos acessos. Neste período, mais de 67,03 milhões de transferências foram realizadas.

De acordo com o relatório trimestral da ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica, desde setembro de 2008, quando o serviço passou a ser oferecido no País, até o dia 31 de março de 2021, foram efetivadas 18,63 milhões (28%) de migrações por usuários de telefones fixos e 48,40 milhões (72%) a partir de iniciativa de titulares de números de terminais móveis.

A portabilidade numérica começou a ser implantada gradativamente nos 67 DDDs em operação no Brasil a partir de setembro de 2008 e, em todo o território nacional, as migrações foram possíveis em março de 2009.

Portabilidade numérica em São Paulo – Desde que a portabilidade numérica passou a fazer parte dos serviços telefônicos dos DDDs de 11 a 19, os usuários desta área realizaram 22,34 milhões de ações de portabilidade numérica. O equivalente a 5,83 milhões (26%) solicitações foram feitas por usuários de telefones fixos e 16,50 milhões (74%) para telefones móveis.  

Primeiro trimestre Brasil – Considerando apenas o primeiro trimestre de 2021 (janeiro a março), a ABR Telecom apurou que 2,23 milhões de trocas de operadoras foram concluídas. Nesses três meses, 340,18 mil (15%) migrações foram feitas por usuários de terminais fixos e 1,89 milhão (85%) demandadas por titulares de telefones móveis.

Trimestre em São Paulo – De acordo com a apuração entre os telefones atendidos pelos DDDs 11 a 19 o relatório mostra a efetivação de 699,41 mil solicitações de portabilidade numérica entre os meses de janeiro a março deste ano. Os usuários de telefones fixos respondem por 81,68 mil (12%) transferências e os de móveis, por 617,73 mil (88%).


Para fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. Conforme o regulamento do serviço, entre os critérios que devem ser atendidos para que o usuário efetive sua migração, estão:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;


- Comprovar a titularidade da linha telefônica;


- Informar o número do documento de identidade;


- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;


- Informar o endereço completo do assinante do serviço;


- Informar o código de acesso;


- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. O modelo de portabilidade numérica no Brasil determina que as migrações só podem se efetivar dentro do mesmo serviço – móvel para móvel ou fixo para fixo – e na área de abrangência do mesmo DDD.


Prazos – O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário preferir agendar.

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.


Consultas – Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site

O site da ABR Telecom também disponibiliza uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones que já realizaram a portabilidade numérica: https://consultanumero.abrtelecom.com.br


Você sabe o que é IELTS?

Para quem está planejando estudar ou morar fora, provavelmente já se deparou com a sigla IELTS, não é mesmo?!

A sigla que significa International English Language Test System. É uma certificação internacional com amplo reconhecimento acerca da proficiência da língua inglesa. O exame pode ser realizado em mais de 100 países, inclusive na China. O IELTS serve, principalmente, para comprovar a proficiência em inglês de uma determinada pessoa.

O IELTS é ministrado, em conjunto, entre a Universidade de Cambridge, Conselho Britânico e IDP Education Pty Ltd.


Como funciona o IELTS?

O exame avalia algumas habilidades, tais como:

Listening (compreensão auditiva);

Reading (leitura);

Writing (escrita);

Speaking (conversação).

Há dois tipos de prova: General e Academic. Qualquer que seja a modalidade escolhida, a prova tem uma duração de 2 horas e 45 minutos.

IELTS Academic

Esse é mais adequado para quem pretende aplicar para universidades ou instituições de ensino superior, ou seja, para graduação ou pós-graduações.

IELTS General

Mais indicado para quem deseja realizar cursos que não sejam de graduação, trabalhar ou para casos de imigração para um país de língua inglesa como Canadá, Austrália, Nova Zelândia ou Reino Unido.

Assim como outros exames de proficiência, não existe uma média de aprovação no IELTS. O que isso significa? Que não há reprovação no IELTS. O resultado mostrará seu nível de proficiência em uma escala entre 0 a 9, onde 0 é a nota mais baixa e 9 a nota mais alta.

Para se ter uma ideia: uma boa pontuação do IELTS corresponde a uma nota entre 6 e 9 pontos.  Os resultados, além de mostrarem uma nota geral, mostra também as notas por cada sessão. Além disso, cada Universidade ou órgão tem autonomia para estabelecer a nota mínima exigida. Por isso, quanto maior sua nota, melhor. 

Assim, é muito importante começar a estudar com muita antecedência para realizar esse teste. Procurar uma escola especializada no IELTS é fundamental e é isso que nós, da Uniway, fazemos. Ajudamos nossos alunos a realizarem sonhos. Somos uma edtech de ensino de inglês com uma metodologia criada para que você atinja os melhores resultados. Somos especializados nos exames IELTS, TOEFL e TOEIC.

 


Fabrício Vargas - fundador da Mundo Intercâmbio, CEO da Uniway School e um apaixonado pela educação inovadora. Ele morou por mais de cinco anos na Europa, especificamente na Inglaterra e na Irlanda, onde trabalhou como intérprete nas Cortes Inglesa e Irlandesa.

https://uniwayschool.com/

 

Descubra três mitos sobre smartphones

freepik
Os celulares já fazem parte da rotina de muitos brasileiros e dados da 31ª Pesquisa Anual do FGVcia apontam que, atualmente, são ao todo 234 milhões de celulares inteligentes. No entanto, mesmo diante deste número que impressiona, ainda há muitas dúvidas que rondam o funcionamento destes aparelhos - e não é à toa, afinal, com o avanço da tecnologia, muita coisa mudou nos últimos anos. Para desmistificar algumas delas, Juliano Fagundes, franqueado da rede de assistência técnica para celulares e venda de acessórios, Suporte Smart, esclarece alguns mitos.

 

  • Deixar o celular carregando a noite toda aumenta a duração da bateria. 

Verdade ou mito? Mito 

A placa dos smartphones conta com controladores de cargas que regulam a tensão da bateria e, portanto, quando o aparelho chega em 100%, a energia é cortada para não danificar e aquecer o aparelho. Mas vale um alerta: muito cuidado com os carregadores paralelos, pois eles podem causar oscilação de energia no smartphone e, consequentemente, um curto circuito. 

 

  • Imagens que são mandadas por whatsapp e fazem o aparelho travar ou desligar tem vírus. 

Verdade ou mito? Mito 

Algumas imagens que rodam por aí não são vírus, embora tenham a função de travar ou retardar o funcionamento do Android. Enviadas propositalmente no whatsapp, elas são formatadas para dificultar a leitura correta, o que leva ao bug do celular. 

 

  • Câmeras: quanto mais megapixel, melhor a imagem. 

Verdade ou mito? Mito 

A quantidade de megapixels no sensor da câmera de um celular diz respeito apenas ao tamanho das fotos que serão tiradas. Assim, uma câmera com mais megapixels conseguirá tirar fotos maiores, mas não necessariamente melhores que uma câmera com menos megapixels.

 


Suporte Smart

 

 

Descubra como se protege

 

Senhas fortes, não abrir e-mails suspeitos e cuidado ao usar computadores compartilhados são algumas das dicas


Um dos problemas mais recorrentes relacionados com a segurança na internet é o vazamento de dados. De acordo com a dfndr lab, laboratório de cibersegurança da PSafe, indica que mais de 5 bilhões de credenciais foram vazadas na internet somente no ano de 2020.

2021 também já conta com um vazamento histórico em massa de mais de 220 milhões de pessoas. Informações como nome, data de nascimento, CPF, chassi, placa, CNPJ e razão social, entre outros, foram vazados nas redes, podendo ser usados em crimes, fraudes ou vendidos na Dark Web ou Deep Web como forma de lucro.

Pensando nisso, Jeferson D’Addario, CEO do Grupo Daryus, referência em consultoria empresarial e educação nas áreas de tecnologia e gestão, elencou dicas para as pessoas se protegerem e saber como evitar fraudes na internet:


Não abra e-mails suspeitos

Você já deve ter ouvido falar sobre phishing na internet, que são as tentativas de fraudes para obter informações confidenciais como nomes do usuário e senhas por meio de comunicação eletrônica. Um dos lugares mais comuns de um ataque de phishing é o e-mail, portanto, não esqueça de verificar a veracidade do remetente, o assunto, o conteúdo do e-mail, erros de gramática na mensagem e por fim, certifique-se que de que a comunicação que você recebeu é oficial. Além do e-mail, WhatsApp e SMS também são alvos corriqueiros.


Crie senhas fortes

É sempre bom evitar o uso de palavras simples, como o seu nome e sobrenome ou datas de aniversário, porque são combinações fáceis de serem achadas e, portanto, hackeadas. O ideal é adicionar elementos que dificultem a descoberta, como símbolos, letras maiúsculas ou minúsculas e número aleatórios que não tenham ligação com você.


Use um gerenciador de senhas

Um programa de gerenciamento é ótimo para auxiliar quem tem dificuldade em lembrar o que cadastrou na sua última senha. Eles são aplicativos que oferecem praticidade, agilidade, e acima de tudo, segurança.


Troque as senhas com frequência

Evite usar a mesma senha em sites diferentes, isso pode colocar os seus dados em risco. Se por acaso uma palavra-chave for hackeada, a tendência é que os cibercriminosos vão buscar outras contas do usuário usando a mesma palavra-chave para a senha. Por isso, o ideal, é trocar com frequência, pelo menos a cada 45 dias ou a cada 3 meses.


Cuidado ao usar computadores compartilhados

Ao usar um computador que não é o seu, tenha cuidado e nunca salve suas senhas nos navegadores ou programas que acessar. E principalmente, evite realizar qualquer ação que peça seus dados bancários ou documentos.


Evite Wi-Fi público

Sabe quando vamos a um estabelecimento como restaurante ou shoppings e acessamos o Wi-Fi gratuito? São conexões muitas vezes não seguras, principalmente se você for colocar qualquer dado confidencial ou realizar pagamentos. Se possível, dê sempre preferência para a internet do seu aparelho celular, o 4G. Outra opção é utilizar aplicativos que protejam seu celular criando uma VPN (virtual private network), como por exemplo, o Norton Secure VPN.


Desative contas em sites que você não acessa mais

Não existe um site que seja completamente seguro, por isso, o ideal é sempre manter os seus dados em lugares limitados aos que você usa normalmente. E os que você não acessa mais, é importante desativar. Uma boa dica é utilizar um aplicativo de cofre de senhas, pois, eles ajudam a gerenciar, guardar e podem gerar palavras chaves seguras. O Lastpass e o 1password são soluções que fazem bem essa função. Um detalhe: a única senha que você não pode perder ou esquecer é a principal que dá acesso a esses cofres, é muito trabalhoso recuperá-las.


Evite fazer o download de softwares piratas

Softwares desconhecidos muitas vezes são alvos de vírus e golpes de cibercriminosos, podendo roubar dados e senhas do computador. Inclusive, isso vale para extensão de navegador. O ideal é sempre buscar analisar as avaliações de usuários antes de baixar qualquer coisa. De preferência compre as versões oficiais, são mais caras, porém, tem suporte e a segurança do fabricante.


Use um bloqueador de Pop-Ups

Os pop-ups podem espalhar malwares, ransomware e aplicar golpes de phishing, então, a maneira de evitar que aconteça é ativar a função do navegador que bloqueia automaticamente. Entenda a necessidade de cada pop-up e libere-os sob demanda e quando precisar.


Cuidado ao clicar em links de redes sociais

Não é novidade para ninguém que redes sociais como WhatsApp e Facebook são alvos comuns de golpes, então, sempre fique atento com link de vídeos, promoções ou lojas que você vê ou recebe, mesmo que o remetente seja alguém conhecido. Neste caso, mande uma mensagem para o autor e confirme se realmente foi ele (a) quem escreveu e a autenticidade da mensagem.


Ative a segurança do seu WhatsApp

Aplicativos como WhatsApp são muito usados e algumas dicas podem protegê-lo de golpes bem comuns neste tipo de aplicativo. Primeiro ative as senhas e/ou biometria para abri-los. Nas configurações ative seu nível desejado de privacidade. Ative as notificações de segurança e a verificação em duas etapas (two-step verification).


Compras na internet com cartão virtual

Tenha um cartão para suas compras na internet ou emita um cartão virtual no seu banco, dessa forma é mais seguro e fácil de controlar seus gastos e evitar fraudes. Outra dica é utilizar hubs de pagamentos como o PayPal, que tem níveis de segurança adicionais e você não compra diretamente do vendedor e sim por meio do PayPal.

 


Grupo Daryus  

www.drii.orghttps://www.daryus.com.br/  

 

Disaster Recovery Institute International – USA

www.drii.org


Pesquisa da FGV EBAPE analisa consumo nas cantinas das escolas privadas do Brasil

Estudo mostra que mudanças na qualidade nutricional dos menus de cantinas escolares contribuem para o consumo mais saudável de crianças e adolescentes


A introdução de produtos saudáveis nas cantinas, assim como a redução da oferta de produtos não saudáveis, contribuem para o aumento do consumo de bebidas e alimentos com elevado valor nutricional. É o que indica a pesquisa "Oferta e Consumo de Bebidas e Alimentos nas Cantinas de Escolas Privadas no Brasil". Fruto de parceria entre o Center for Behavioral Research (CBR) da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV EBAPE) e a empresa Nutrebem, o estudo acaba de ser publicado na revista científica Preventive Medicine, especializada em prevenção de doenças, promoção de hábitos saudáveis e políticas de saúde pública.

Obesidade e sobrepeso em crianças e adolescentes crescem a cada ano em países latino-americanos. Sem uma estratégia de prevenção e reversão adequadas, espera-se que, em 2030, 22,8% das crianças e 15,7% dos adolescentes brasileiros sofram de obesidade. Estudos sobre alimentação de crianças e adolescentes revelam consistentemente o importante papel das escolas para o desenvolvimento de hábitos saudáveis e, como consequência, para a melhora da saúde geral dos alunos.

Com isso em mente, os pesquisadores do Center for Behavioral Research da FGV EBAPE, Bernardo Andretti, Rafael Goldszmidt e Eduardo Andrade, analisaram a relação entre a mudança na oferta de produtos nas cantinas escolares com o padrão de compras futuras de crianças e adolescentes. Os resultados mostraram que a introdução de um produto saudável (de alto valor nutricional) no menu das cantinas aumenta em média, por aluno, o consumo de 3,7% de produtos saudáveis por mês. Já a redução da oferta de um produto não saudável (baixo valor nutricional) aumenta em média, por aluno, 0,6% do consumo de produtos saudáveis por mês.

"Esses resultados sugerem que mudanças no cardápio podem envolver não somente a inclusão de produtos de alto valor nutricional, mas também a exclusão de produtos de baixo valor nutricional, pois ambos têm o potencial de promover hábitos de consumo mais saudáveis", explicou Rafael Goldszmidt.

Pode-se observar também que as associações entre os cardápios das cantinas e o consumo das crianças e adolescentes é mais forte na categoria de bebidas, resultado do efeito de "substituição". Por exemplo, a inclusão de uma bebida saudável no cardápio está não somente associada a um subsequente aumento do consumo de bebidas saudáveis, mas também a uma subsequente redução do consumo de bebidas de baixo valor nutricional.

"De maneira geral, nossos resultados podem ser vistos como um copo meio cheio ou meio vazio," avaliou Eduardo B. Andrade. A parte vazia representa a baixa qualidade nutricional das ofertas nas cantinas. A parte cheia está no fato de que alterações no cardápio, como já promovidas por algumas escolas, podem alterar positivamente os hábitos alimentares de alunos matriculados nas escolas privadas no Brasil.

A pesquisa avaliou por três anos os padrões de oferta e consumo em cantinas de 54 escolas privadas no Brasil. Em uma parceria com a Nutrebem, empresa responsável pelo sistema de vendas nas cantinas dessas escolas, observou-se o comportamento de mais de 20 mil crianças e adolescentes, contabilizando mais de quatro milhões de compras. Segundo o levantamento, 60% dos produtos oferecidos são alimentos e bebidas de baixo valor nutricional. Ao mesmo tempo, a presença de alimentos e bebidas de elevado valor nutricional ainda é tímida: não chega a 12% a oferta nas cantinas e a 10% os gastos com alimentos e bebidas de alto valor nutricional.

Nesse contexto, Bernardo Andretti salientou que dez das 27 unidades da federação possuem alguma lei ou regulação de cantinas escolares, que, em geral, demonstram pouca adesão, fiscalização e controle. Ele observou que a regulação nacional de 2006 (Portaria Interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006) estabelece regras para a alimentação em escolas públicas e privadas, mas também sem a aderência e fiscalização necessárias.

Andretti assinalou, ainda, que há uma lei sendo tramitada no Senado (Lei 4501/2020) que abrange escolas públicas e privadas e dispõe sobre a comercialização, propaganda, publicidade e promoção de alimentos e bebidas ultraprocessados, além do uso de frituras e gorduras trans em âmbito nacional. "Nosso estudo, assim como a literatura nacional e internacional sobre o assunto, sugere que, em linhas gerais, se bem implementada e fiscalizada, essa lei pode representar uma promissora política pública", conclui.

Apesar da fraca fiscalização de cantinas escolares, os pesquisadores salientam a importância de que pais, crianças, adolescentes e gerentes de cantinas escolares contribuam para a melhoria da alimentação nas escolas. É fundamental que a conscientização de gerentes das cantinas e a educação alimentar promovida por pais e escolas andem juntas, de modo que crianças e adolescentes sejam estimulados e induzidos a uma melhor alimentação não só dentro como fora do ambiente escolar.

 

O SUS e seu legado à saúde pública da população brasileira

Em meio à maior crise econômica e de saúde pública causada pela pandemia de Coronavírus, a sociedade tem manifestado seu reconhecimento pela dedicação dos profissionais de saúde, em todo o mundo. E no Brasil não é diferente. O SUS (Sistema Único de Saúde) e seus colaboradores têm sido fundamentais para evitar uma catástrofe ainda maior aos cidadãos brasileiros. 


Em um País em que o sistema público de saúde contempla mais de 190 milhões de cidadãos, onde cerca de 80% da população depende de seus serviços, o SUS tem mostrado, dia a dia, sua força operacional e pragmática. De forma emergencial, provou sua flexibilidade e rápida adaptação às demandas, através da construção de hospitais de campanha, treinamento de profissionais para atuação na linha de frente, abertura de vagas para recrutar novos profissionais, expansão de leitos e compras de recursos, como respiradores e insumos.

Na iniciativa privada, por exemplo, o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), embora ampliado, foi passível de lotação em curto espaço de tempo, sendo preciso estar alinhado ao SUS para organizar a capacidade de assistência ao paciente.

Nesse sentido, é importante entender o papel do SUS, que abrange desde o simples atendimento para a avaliação da pressão arterial, por meio da chamada Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do País. Neste cenário, entra a parceria do Poder Público com o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

Posso afirmar, com convicção, que o CEJAM tem cumprido o seu propósito de transformar a vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. Tanto que, em 2021, completa 30 anos de existência orgulhoso de sua trajetória até aqui.

Hoje responsável pela gestão de mais de 120 unidades e serviços de saúde em 14 municípios e com mais de 16 mil colaboradores, a Instituição tem se destacado por sua atuação em todos os níveis de atenção à saúde: primária, especializada, urgência e emergência e gestão hospitalar.

Vale destacar os esforços que têm sido feitos pelos governos municipais no sentido de acudir em tempo seus munícipes. A cidade de São Paulo dá um bom exemplo de que é possível, através do fortalecimento da Atenção Básica, fornecer uma melhor assistência, inclusive, ampliando em seus territórios estratégias de implantação de leitos em seus ambulatórios.

Por fim, gostaria de exaltar ainda que a parceria entre as Organizações Sociais e o Poder Público imprime, inclusive, o fortalecimento do SUS. Exemplo disso se concretiza nas unidades geridas pelo CEJAM, que possui certificações, incluindo seis acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação). E assim seguiremos, juntos, enfrentando, da melhor forma possível, este delicado momento e tantos outros que poderão surgir, com respeito à população e focados em uma saúde de qualidade. Vamos em frente!



Ademir Medina - CEO do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM)


Isolamento social alavancou consumo de cigarros em 2020

Período também foi marcado por um aumento nas vendas das marcas low tiers, reflexo do maior controle de fronteiras por conta da pandemia

 

A crise do novo coronavírus impactou os hábitos dos brasileiros nas mais diversas frentes, inclusive no tabagismo. Em 2020, houve um aumento de 0,9 pontos percentuais no número de fumantes maiores de 18 anos. Por consequência, o consumo do produto cresceu 12,3% na comparação com o ano anterior. É o que aponta o estudo Consumer Insights, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

Os dados também indicam que os consumidores estão mais abastecidos de cigarros, já que o volume por viagem ao ponto de venda cresceu 4,7% entre 2019 e 2020 – o que foi impulsionado pelos canais de abastecimento.

 

Na contramão de outros setores, as marcas Low Tiers de preço foram beneficiadas pela pandemia, com um aumento de 10 pontos percentuais no share de volume entre o primeiro trimestre de 2019 e o último de 2020. Isso se deve ao maior controle das fronteiras no ano passado, o que fez com que o contrabando perdesse 8,2 pontos percentuais no share de volume no mesmo período. 

O estudo Consumer Insights avaliou 11.300 lares em todo o Brasil, que estatisticamente representam 58 milhões de lares.

 


Kantar

www.kantar.com/worldpanel

 

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