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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Implante de prótese de joelho elimina a dor e devolve a mobilidade e a qualidade de vida aos pacientes com osteoartrose

A imagem não representa um paciente real

 

Com o avanço da tecnologia, medicina robótica auxilia os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida no pós-operatório


A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite ou artrose, é caracterizada pela degeneração progressiva das diversas estruturas da articulação do joelho, incluindo a cartilagem, superfície óssea, ligamentos e meniscos. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), é considerada a mais prevalente doença musculoesquelética e atinge cerca de 4% da população brasileira. Para os casos mais avançados, a artroplastia total do joelho, ou implante de prótese ortopédica, é a melhor opção de tratamento, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o procedimento.

Embora a artrose esteja mais relacionada ao avanço da idade - entre 70% e 80% da população com mais de 65 anos possui a enfermidade, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) -, tem sido observado casos cada vez mais precoces. Por isso, as recomendações para a cirurgia se baseiam na dor e na limitação de movimento do paciente e não na idade. Um levantamento da SBOT aponta que, entre a população jovem adulta, cerca de 20% dos indivíduos na faixa dos 30 anos foram diagnosticados com a doença até 2017. As principais causas são a obesidade e o excesso de exercícios físicos de alto impacto e repetitivos, que levam ao desgaste da articulação do joelho.

Os sintomas mais comuns da osteoartrose são dores, rigidez e dificuldade nos movimentos, pois a cartilagem que amortece os ossos do joelho amolece e se desgasta, resultando em atrito entre os ossos. As cirurgias para implante de prótese têm sido realizadas com sucesso em todas as idades, dos adolescentes com artrite juvenil aos pacientes idosos com artrose degenerativa, propiciando a melhora da função, redução da dor e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida do paciente.

Com o avanço da tecnologia, a medicina robótica passou a auxiliar os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida do paciente, assim como o retorno à rotina de atividades diárias, no pós-operatório. Entre as premissas de uma artroplastia de sucesso está a precisão submilimétrica nas incisões para a substituição da articulação. Recém-chegado ao país, o ROSA® Knee System, um sistema cirúrgico assistido por robô, tem ajudado os cirurgiões a otimizar a eficiência do planejamento e execução das cirurgias.

Desenvolvido pela multinacional americana Zimmer Biomet, o sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas, permitindo que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar os instrumentos cirúrgicos com grande precisão, durante os procedimentos. "Com o ROSA® Knee System, esperamos cumprir nossa missão com os pacientes do Brasil. Nosso objetivo é oferecer soluções que, aliadas ao trabalho das equipes médicas, possam ajudar as pessoas a viverem melhor, recuperando sua mobilidade e qualidade de vida", afirma Thais Carneiro Martins, gerente de produtos da Zimmer Biomet Brasil.

 

Sobre o ROSA® Knee
O ROSA® Knee é um sistema cirúrgico assistido por robô, projetado para ajudar os cirurgiões na realização da cirurgia de substituição total do joelho, com recursos para auxiliar nas ressecções ósseas, bem como avaliar o estado dos tecidos moles para facilitar o posicionamento do implante no período intraoperatório. O sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos. O ROSA® Knee apresenta o protocolo de imagem X-Atlas™ - que fornece imagens pré-operatórias baseadas em raios-X para criar um modelo 3D e plano da anatomia óssea de um paciente - e mapeamento intraoperatório em tempo real da anatomia e movimento de um paciente, para ajudar os cirurgiões a personalizarem procedimentos e otimizarem a colocação do implante.



Zimmer Biomet
www.zimmerbiomet.com ou siga a Zimmer Biomet Brasil no Linkedin http://linkedin.com/showcase/zimmerbiometbrasil


Qual o papel do colesterol?

 Entenda mais sobre os diferentes tipos e a importância do controle desses índices


O colesterol é um tipo de gordura fabricada pelo fígado e que tem papel importante no funcionamento geral do organismo. A substância está presente na parede das células, nos hormônios e nos ácidos biliares – aqueles que ajudam na digestão dos alimentos. Parece bom e simples, não é mesmo? Mas quando o resultado do exame de sangue chega, começa a confusão: afinal, qual a diferença entre colesterol bom, ruim e total? O que significam as siglas LDL e HDL? E para que servem os triglicerídeos? Para responder essas dúvidas, o endocrinologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Caoê Linsingen (CRM-PR 24.267, RQE 17.646), preparou um pequeno guia:

 

O que é o perfil lipídico ou lipidograma?

“É a dosagem da soma de todo o colesterol e as suas frações, que se diferem por apresentar diferentes densidades no sangue”, explica o médico. Ou seja, é o exame que mede o colesterol total do paciente, formado pela parcela boa e pela parcela ruim de gordura presentes no sangue. “É preciso verificar as frações de forma separada. O valor do colesterol total, por exemplo, pode estar dentro do recomendado, mas ser composto, principalmente, pela parcela ‘ruim’, ou o paciente pode ter um colesterol total elevado, porém com uma parcela ‘boa’ invejável”, completa Dr. Caoê.  

 

O que é o colesterol LDL?

Em inglês, significa Low Density Lipoprotein – que traduzido para o português quer dizer Lipoproteína de Baixa Densidade. O LDL é bastante conhecido como “colesterol ruim” porque é a parcela que se acumula nas artérias e pode dificultar, ou até mesmo interromper completamente, a passagem do sangue. “Precisamos dele, mas na quantidade correta. Em excesso, ele participa da formação de placas que levam a aterosclerose e pode causar o temido infarto do coração ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, indica o médico. Os índices ideais variam de acordo com o perfil do paciente.

 

O que é o colesterol HDL?

É a High Density Lipoprotein – que em tradução livre quer dizer Lipoproteína de Alta Densidade. O HDL é comumente chamado de “colesterol bom” e é responsável por atuar na reciclagem da outra parcela do colesterol, chamada de “ruim”. Segundo Dr. Caoê, não há problema em ter o HDL elevado. “O que precisa ser realmente controlado é o não-HDL, ou seja, a soma de todas as parcelas ‘ruins’”, completa.

 

E o que são os triglicerídeos?

Segundo o endocrinologista, é “um tipo de gordura usada como reserva de energia. E é a fração do colesterol que tem maior resposta à dieta e atividade física”. Assim como o LDL, os triglicerídeos contribuem para a formação de obstruções nas artérias e também podem gerar inflamação do pâncreas e o acúmulo de gordura no fígado. Ou seja, manter os índices de triglicerídeos sob controle é muito importante para a saúde do paciente e para a estabilidade do colesterol total.

 

Quem corre mais riscos?

Sedentários e com dietas ricas em alimentos ultraprocessados, frituras, embutidos, carne vermelha, bacon e laticínios têm mais chances de apresentar índices elevados de colesterol. “Pacientes com comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo favorecem a aterosclerose”, explica o endocrinologista. Mas existem pacientes que, mesmo com comportamento e dieta saudáveis, acabam apresentando índices elevados.

“Cerca de 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio fígado, somente cerca de 30% vêm da alimentação. Depois de passar pelo sangue, o colesterol é reciclado pelo fígado para formar a bile, mas essa capacidade de eliminação varia de pessoa para pessoa. A genética influencia muito, então podem existir casos de pacientes atletas com dieta super regrada e, mesmo assim, com colesterol LDL elevado” completa o médico.

Quando as mudanças comportamentais não são suficientes para atingir os valores ideais do colesterol de acordo com o grupo de risco do paciente, é preciso recorrer ao uso de medicamentos. “As estatinas compõem a principal classe de remédios para controle do colesterol e são seguras quando bem indicadas”, completa o endocrinologista.

 


Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Síndrome de Down: Conheça os principais cuidados com a saúde bucal do paciente

Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que no Brasil um em cada 700 nascimentos ocorre o caso de trissomia 21, que totaliza em torno de 270 mil pessoas com síndrome de Down. No mundo, a incidência estimada é de um em um mil nascidos vivos e a cada ano, cerca de 3 a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down e os portadores dessa síndrome devem ter o mesmo tratamento de qualquer outra pessoa, mas com atenção especial para alguns fatores, por exemplo na saúde bucal, por isso, o dentista. Eduardo Castro, da rede OdontoCompany, separou algumas informações e dicas:


Visitas ao dentista: A primeira abordagem deve ser feita antes dos seis meses de vida,  para uma avaliação e orientações. Todo paciente com down precisa de uma periodicidade média de três em três meses de retorno para consulta de manutenção e intensificação de novas orientações. "Uma dica é quando for ao dentista, levar a escova de dentes do seu filho com você para que o profissional possa observar como ele escova os dentes. Desta forma o profissional será capaz de fazer uma demonstração de como deve ser a escovação e dar conselhos sobre como mudar ou melhorar a técnica utilizada no ato”, explica. 


Principais alterações sistêmica que podem interferir na saúde bucal do paciente: Hipotireoidismo, diabetes mellitus e hepatite crônica ativa são alguns exemplos de patologias autoimunes, cuja incidência está aumentada em pessoas com síndrome de Down podendo interferir na saúde geral, assim como na saúde bucal, por esse motivo é  fundamental o diagnóstico precoce para que sejam intensificados os cuidados com a saúde bucal do paciente.


Alteração na composição saliva: O fluxo salivar de pacientes com síndrome de Down é, em média, 50% menor do que em pacientes sem a síndrome. Esta redução está vinculada, preferencialmente, ao metabolismo da glândula parótida, onde pela hipossalivação podem ficar mais suscetíveis a algumas doenças bucais, sendo importante avaliação profissional para definir a possível necessidade de saliva artificial.


Aparelhos ortodonticos: Um dos fatores que acometem com assiduidade os pacientes com a síndrome de Down são os apinhamentos dentários, ou seja, os dentes trepados, tortos. Desta forma, muitas vezes o uso de aparelhos ortodônticos é fundamental, pois, além da correção dentária, permitem melhora na função mastigatória assim como evitam que se machuquem mordiscando as bochechas ou lábios, por exemplo. Todos os tipos de aparelho ortodôntico podem ser utilizados, mas caso tenha indicação, os melhores são os alinhadores ortodônticos pela praticidade e simplicidade na sua mecânica. 

 


OdontoCompany

https://odontocompany.com/


Terapias ajudam a minimizar os impactos do estresse e da ansiedade na saúde bucal

Cirurgiões-dentistas se especializam para oferecer aos pacientes práticas terapêuticas que auxiliam no tratamento odontológico


Acupuntura, Terapia Floral, Homeopatia. Essas são algumas terapias integrativas e complementares que têm sido utilizadas para auxiliar os pacientes em tratamentos odontológicos, especialmente nesse momento de pandemia em que muitas pessoas chegam aos consultórios relatando problemas como estresse, ansiedade e depressão.  

A manifestação desses transtornos pode afetar direta ou indiretamente a saúde bucal, como explica o cirurgião-dentista Helio Sampaio Filho, presidente da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). “Esses três estados podem provocar alterações fisiológicas, como a diminuição do fluxo salivar. Isso pode fazer surgir, por exemplo, alguns distúrbios, tais como: halitose, lesões na mucosa bucal (aftas), aumento da presença de biofilme que leva ao aparecimento ou agravação de gengivite e cárie dental”.

Para Mabel Conde, presidente da Câmara Técnica de Terapia Floral do CROSP, muitas emoções disfuncionais podem ocasionar problemas na cavidade oral, assim como no sistema estomatognático de modo geral. “Nessas situações, o uso de ferramentas como as essências florais pode proporcionar o equilíbrio dessas emoções, ajudando a resolver a causa dos problemas apresentados e, consequentemente, aliviando os sintomas”.

Estresse e ansiedade também são responsáveis por muitos casos de bruxismo e dores envolvendo a pressão da mandíbula e dos músculos da face. ”No dia a dia da clínica, temos recebido pacientes com problemas que vão de dores orofaciais a fraturas de restaurações e próteses, durante esse período que tem gerado insegurança e medo”, relata Helio.

De acordo com a cirurgiã-dentista Jussara Giorgi, presidente da Câmara Técnica de Homeopatia do CROSP, infelizmente, as pessoas também descuidaram da higiene bucal nessa pandemia. “A cavidade oral é um reservatório do Sars-CoV-2 e, por isso, deve e precisa ser cuidada. Nesse contexto, a promoção individualizada de higiene oral deve ser valorizada para a recuperação e manutenção da saúde oral das pessoas”, afirma.


Práticas integrativas são aplicadas pelos próprios cirurgiões-dentistas

O paciente odontológico acometido por transtornos emocionais pode ser beneficiado pelas práticas integrativas aplicadas por profissionais de Saúde Bucal habilitados, antes, durante ou após o tratamento dentário. A opção pelo uso da terapia pode ser feita após criteriosa anamnese, que é um um levantamento de dados a respeito da saúde geral e bucal do paciente.


·         Acupuntura

A Acupuntura é uma das terapêuticas mais antigas do mundo e a especialidade foi reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2015. “A Acupuntura é um método prático, seguro, com baixo custo e sem efeitos deletérios ao organismo”, afirma Helio Sampaio Filho.

Parte integrante da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a Acupuntura tem como objetivo estabelecer a homeostase do organismo, restabelecendo o equilíbrio geral em seus aspectos físicos, emocionais e espirituais (conceito de saúde em si) através da inserção de finas agulhas em pontos que se encontram em canais de energia (Qi) distribuídos por todo o corpo. 

“Desta forma, segundo a Organização Mundial da Saúde, a Acupuntura poderá tratar ou complementar os estados de estresse, ansiedade, depressão e muitas de suas manifestações como dores musculares, apertamento dental, bruxismo, xerostomia (boca seca), entre outros”, diz o cirurgião-dentista.

Helio ressalta, no entanto, que não cabe ao cirurgião-dentista acupunturista diagnosticar a desordem emocional e sim auxiliar no tratamento principal, descrito por um profissional médico, como um psiquiatra.


·         Terapia Floral

Os  cirurgiões-dentistas são habilitados pelo CFO a fazerem uso das essências florais na sua rotina de atendimento, podendo neste momento pandêmico, ser realizado à distância. “O uso dessas essências possibilita retomar à saúde, integrando os padrões emocionais e fisiológicos, produzindo um equilíbrio emocional que possibilita também ao corpo físico curar-se”, explica Mabel. Segundo a cirurgiã-dentista, além de atuar clinicamente nos sintomas físicos apresentados, o profissional sugere a fórmula floral necessária para que as emoções sejam reequilibradas e a saúde física restabelecida, levando o paciente ao conforto físico, mental e emocional. 

Para ela, desde que a Terapia Floral foi reconhecida pelo CFO como uma Prática Integrativa e Complementar na Odontologia, em 2008, a classe odontológica passou a ter em mãos uma ferramenta que não apresenta efeitos colaterais e que auxilia na resolução de sintomas físicos que podem ter sido desencadeados pelas mais profundas emoções, muitas vezes despercebidas pelo paciente, trazendo equilíbrio e bem-estar alinhados ao tratamento convencional.

“Nós da Câmara Técnica de Terapia Floral do CROSP, temos sido procurados por colegas que ainda não fazem uso da Terapia Floral, para tratarmos questões emocionais que apareceram anteriormente e/ou concomitantemente aos problemas bucais, principalmente diante da atual situação de pandemia”, afirma Mabel.


·         Homeopatia

Amplamente empregada em vários países, a Homeopatia vem ganhando espaço também na Odontologia, sendo reconhecida como especialidade pelo CFO em 2015. “A Homeopatia tem a capacidade de devolver o equilíbrio ao paciente e, assim, deixá-lo em condição de se recuperar de inúmeras situações de dano em sua saúde", analisa Jussara Giorgi.

Ela explica que a abordagem homeopática individualiza cada caso para a prescrição necessária. “Precisamos saber quem ele é, como pensa, como age e reage em determinadas situações e assim vamos decifrando onde reside seu problema”.

Segundo a presidente da Câmara Técnica do CROSP, todas as manifestações psicogênicas - distúrbios de origem psíquica - podem ser abordadas pela terapêutica homeopática. “Se o problema tem solução com medicamentos, a Homeopatia poderá participar”, conclui Jussara.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 www.crosp.org.br


Para pacientes idosos, focar no que importa é muitas vezes o melhor remédio

Uma mulher na casa dos 80 anos queria brincar com os bisnetos quando eles vinham visitá-los, mas a dor no joelho torna isso difícil para ela. Um homem de quase 70 anos disse que gostava de sair para jantar, mas estava limitado pelas diretrizes de preparação de refeições que precisava seguir por causa da diabetes.

Ambas as pessoas têm várias doenças crônicas. Eles também têm objetivos de vida, coisas que querem fazer para viver suas vidas plenamente, como brincar com os netos e sair para comer. Compreender esses objetivos e barreiras ajuda os médicos a alinhar os cuidados com o que é mais importante para seus pacientes, ao mesmo tempo que elimina cuidados de saúde indesejados, disseram os autores de um relatório publicado em 24 de março no JAMA Network Open.

O relatório, a primeira descrição sistemática das prioridades de cuidados de saúde de idosos, descreve um processo estruturado denominado Prioridades de Saúde do Paciente que os profissionais de saúde podem seguir para identificar os objetivos de vida de idosos com múltiplas condições crônicas, bem como suas preferências de cuidados de saúde.

"Há uma consciência crescente da necessidade de fazer a transição dos cuidados de saúde, especialmente para pessoas com várias condições crônicas, do tratamento de doenças isoladas para cuidados de saúde alinhados com as prioridades dos pacientes", disse Mary Tinetti, MD, investigadora principal do Paciente Priorities Care Study, e Gladys Phillips Crofoot Professora de Medicina (Geriatria) na Yale School of Medicine (YSM).

Durante o estudo, os profissionais de saúde pediram a 163 pacientes com 65 anos ou mais e com várias doenças crônicas para identificar o que eles mais valorizam na vida, como se conectar com a família, ser produtivo ou permanecer independente. Eles então perguntaram quais atividades específicas e realistas eles mais gostariam de realizar e que refletissem seus valores. Os participantes também foram solicitados a descrever as barreiras que os impediam de atingir seus objetivos, como consultas médicas desnecessárias, uso de muitos medicamentos ou preocupações com a saúde, como fadiga e falta de ar.

"Os medicamentos, consultas de saúde, testes, procedimentos e tarefas de autogestão envolvidos no tratamento de várias condições crônicas, exigem investimentos de tempo e esforço que podem ser onerosos e conflitantes com o que os pacientes desejam e são capazes de fazer", disse Tinetti.

O estudo foi conduzido entre pacientes de 10 médicos de cuidados primários de uma prática multi-site em, Connecticut, que convidou os pacientes a participar durante as visitas de rotina. Os participantes deveriam ter 65 anos ou mais e ter pelo menos três doenças crônicas que foram tratadas com pelo menos 10 medicamentos prescritos. Eles também precisavam estar sob os cuidados de dois ou mais especialistas, ou ter visitado o pronto-socorro pelo menos duas vezes, ou ter sido hospitalizado uma vez, no último ano. Dos 236 pacientes da clínica, 163 concordaram em participar. A maioria dos participantes era branca, do sexo feminino, com cerca de 78 anos e apresentava quatro doenças crônicas. Quase metade tinha ensino médio ou menor escolaridade.

Os participantes foram solicitados a identificar seus valores com perguntas como: "O que aproveitar a vida significa para você?" e "Quando você tem um bom dia, o que acontece?" Seus profissionais de saúde trabalharam com eles para garantir que seus cuidados estivessem focados em alcançar esses objetivos. Os participantes também foram questionados sobre quais problemas de saúde mais interferiam em seus objetivos e quais aspectos de seus cuidados de saúde eles consideravam úteis e que consideravam inúteis ou onerosos.

Os 163 participantes identificaram 459 objetivos de resultado, o mais comum dos quais era compartilhar refeições com amigos e familiares (7,8%); visitar os netos (16,3%); fazer compras (6,1%) e fazer exercícios (4,6%). Vinte participantes (4,4%) disseram que gostariam de poder ficar em suas casas e viver de forma independente. As barreiras comuns para seus objetivos eram dor (41%); fadiga, falta de energia ou sono insatisfatório (14,4%); instabilidade (13,5%); e falta de ar e tontura (6,1%).

Trinta e dois participantes (19,8%) consideraram que estavam tomando medicamentos em excesso, enquanto 57 (35,0%) relataram sintomas incômodos com os medicamentos, mas não mencionaram medicamentos específicos. Além disso, 43 (26%) participantes disseram que as visitas aos seus médicos e especialistas de cuidados primários foram úteis, embora 15 (9%) tenham dito que têm muitas visitas ou médicos. "Estou cansado de ir a tantos médicos."

Entender o que é importante para os pacientes pode ajudar na comunicação médico-paciente e na tomada de decisões, disse Tinetti. "Se as metas de resultados de um paciente não forem alcançáveis e realistas devido ao seu estado de saúde, uma conversa pode incluir: ‘Eu me preocupo que você não consiga continuar levando seus amigos ao teatro’. Eu me pergunto se existem outras maneiras de satisfazer seu desejo de ver shows e conectar-se com seus amigos que poderiam ser mais realizáveis", afirma.

Um site recém-lançado (MyHealthPriorities.org) surgiu da iniciativa Patient Priorities Care. As pessoas podem usar a plataforma para identificar suas prioridades e discuti-las com a equipe de saúde.

"Quando não há um provedor de saúde disponível para fazer a identificação das prioridades de saúde, agora existe essa opção do site autodirigido", disse Jessica Esterson, MPH, diretora de projeto na Seção de Geriatria do YSM. "Queremos espalhar essa capacidade para o maior número possível de adultos mais velhos. Ao fornecer o site diretamente a indivíduos, expandimos muito seu alcance e potencial."

O site orienta as pessoas no processo de identificação das prioridades de saúde no atendimento às prioridades do paciente. No final, eles terão um resumo para apresentar a seus médicos que descreve suas prioridades de saúde, as atividades que desejam que seus cuidados os ajudem a realizar com base no que estão dispostos e são capazes de fazer.

 


Rubens De Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia.

 

Fonte: Mary E. Tinetti et al. Outcome Goals and Health Care Preferences of Older Adults With Multiple Chronic Conditions, JAMA Network Open (2021). DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.1271


Tontura: por que é muito mais do que labirintite? 7 mitos e verdades sobre as várias doenças relacionadas a esse sintoma

Campanha "Não fique tonto. Procure um otorrinolaringologista" ressalta a importância de identificar as verdadeiras causas das doenças do labirinto


Em 22 de abril é celebrado o Dia da Tontura, sintoma que acomete 42% da população adulta da cidade de São Paulo, segundo estudo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Embora 67% dos sintomáticos sejam afetados em suas atividades diárias, apenas 46% dos pacientes da pesquisa procuraram auxílio médico. 

A campanha "Não fique tonto. Procure um otorrinolaringologista" tem como objetivo despertar a atenção da população para os problemas relacionados a esse sintoma e incentivar a busca por avaliação médica. Ela acontece durante a Semana da Tontura, de 19 a 23 de abril.

"O impacto da tontura no indivíduo e na população é real. Sentir tontura não é normal e pode afetar o dia a dia de crianças, adultos jovens ou idosos. Por isso, o segredo é não desprezar seus sintomas, nem se automedicar. Procure um otorrinolaringologista para o correto diagnóstico e tratamento das doenças que causam vertigem e tontura" afirma o Dr. Márcio Salmito, otorrinolaringologista, coordenador do Departamento de Otoneurologia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). 

Você sabe quando procurar um especialista? Para esclarecer algumas dúvidas, a ABORL-CCF, por meio do Departamento de Otoneurologia, preparou uma lista com 7 mitos e verdades sobre as verdadeiras causas das doenças do labirinto. 


  • A doença mais comum que causa tontura e vertigem é a labirintite.

Mito. A labirintite não está nem entre as 10 causas mais frequentes de doenças labirínticas. A labirintite (verdadeira) é uma inflamação do labirinto, geralmente associada a alguma outra infecção (otite, meningite). 


  • Ao sentir vertigem ou tontura, é melhor já tomar o remédio disponível nas prateleiras da farmácia.

Mito. A automedicação pode mascarar o problema central, fazendo com que haja um quadro persistente. 


  • Qualquer médico pode tratar as doenças do labirinto. 

Mito.  A otorrinolaringologia possui uma área específica, a otoneurologia, para estudar as doenças do labirinto. Por isso, o otorrino é o mais capacitado para fazer o diagnóstico, entender se o sintoma indica alguma doença do labirinto e propor o tratamento correto. 


  • Os sintomas, como vertigem e tontura, podem não ser doenças.

Verdade. Fatores externos, como hábitos e comportamentos, podem influenciar no sintoma de tontura e vertigem, como a ingestão de alimentos que têm muito açúcar ou cafeína, o tabagismo e até o etilismo (ingestão de álcool).


  • O labirinto é um órgão.

Verdade. O labirinto é um órgão (parte interna do ouvido) que tem como funções a audição e sensor dos movimentos da cabeça. 


  • A tontura pode não ser labirintite. 

Verdade. Entre as principais doenças, estão:



Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). É a doença mais comum causadora de vertigem. Causada pelo desprendimento de pequenos cristais de cálcio, denominados de otólitos, responsáveis por fornecer informações sobre a posição e movimentos da nossa cabeça. É uma das várias doenças diferentes que acabam recebendo o nome de labirintite quando não adequadamente diagnosticada. Sintoma: vertigem que pode ser acompanhada por náuseas (provocada por movimentos da cabeça).



Cinetose. Conhecida como “mal do movimento” (motion sickness), é caracterizada pela dificuldade do labirinto em processar diferentes informações. Sintomas: náusea e enjoo, tornando- se mais evidente em viagens de carro ou avião, agravados pelo movimento sequencial do olhar.



Doença de Menière. Ocorre por consequência do aumento da pressão dos líquidos da orelha interna, geralmente relacionada com outras doenças, como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes. Sintomas: zumbido, vertigem, perda auditiva e pressão no ouvido, acompanhados de mal-estar e náusea/enjoo.



Neurite vestibular. Distúrbio do sistema vestibular causado, geralmente, por um vírus que afeta o nervo vestibular, uma estrutura responsável por enviar informações do labirinto para a cabeça. Sintomas: forte vertigem, náusea, desequilíbrio e dificuldade para caminhar.


  • Em 22 de abril, é celebrado o Dia Nacional da Tontura.

Verdade. Desde 2018, 22 de abril é considerado o Dia Nacional da Tontura, data de nascimento do médico otorrinolaringologista Robert Barany, único otorrino a ganhar um prêmio Nobel, o que ocorreu por suas descobertas a respeito do funcionamento do sistema vestibular, do qual o labirinto é o órgão. 




ABORL-CCF


Outono e doenças respiratórias, médica orienta os cuidados para o monitoramento dos sintomas

 Especialista explica quais são os sintomas de gripes, resfriados e alergias, comuns nessa época do ano, e de Covid-19. Atividade física, higiene e alimentação ajudam a fortalecer a imunidade.


Mudanças bruscas de temperatura e baixa umidade do ar são características do nosso outono/inverno. Nesta época é mais comum ambientes fechados, pouco arejados, o que contribui para proliferação de vírus e doenças respiratórias. Dra. Maura Neves Otorrinolaringologista do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo explica que devido o surgimento do COVID-19 devemos redobrar os cuidados para evitar contágio deste e outros vírus - além das doenças respiratórias comuns nesta época do ano como rinite, sinusite, dentre outras.

"É extremamente importante aderir à campanha de vacinação contra gripe que teve início em 12/04, dessa forma mesmo não imunizados contra o coronavírus existe menos riscos de contrair gripe, resfriados e pneumonias. Sendo assim o organismo fica mais resistente e o sistema imunológico mais forte, menos suscetível ao COVID-19 e consequentemente menos chances de superlotar o sistema de saúde." Explica a especialista.

Abaixo a médica explica os sintomas e causas das principais doenças de outono/inverno:


• Covid-19: o contagio se dá através de inalação de gotículas com o vírus. Estas gotículas podem ser originadas de espirros ou tosse de alguma pessoa já contaminada ou através das nossas mãos contaminadas (ao serem levadas a face, boca, olhos, nariz). Por este motivo as medidas de higiene adotadas com lavagem de mãos, álcool gel (que mata vírus de gripe e coronavírus) e evitar o contato direto com outras pessoas reduz o contágio.


• Asma: caracterizada por espasmo da musculatura dos brônquios, que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram de noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória.


• Bronquiolite: infecção viral dos bronquíolos, que tem início do quadro com leve resfriado, que progride após 2 a 3 dias com chiado no peito, tosse, fadiga respiratória, cianose e febre. A infecção apresenta graus variáveis de gravidade: de leve a severa, necessitando de internação em UTI. O principal causador é o vírus sincicial respiratório.


• Resfriado: coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse e rouquidão são os sintomas da doença, que é causada por vírus. Duração de 3 a 7 dias.


• Gripe: os sintomas dos resfriados são acompanhados de febre e são causados por vírus. Duração de 3 a 7 dias.


• Pneumonia: infecção bacteriana ou viral no pulmão. Causa tosse, falta de ar, dor torácica e febre. Pode ocorrer tosse com expectoração.


• Sinusite: infecção viral ou bacteriana dos seios da face. Causa sempre obstrução nasal e secreção amarelada (critérios diagnósticos maiores). Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre.


• Rinite: causa alérgica ou irritativa. Os sintomas são obstrução nasal, coriza clara, espirros e coceira (nariz, céu da boca, olhos, ouvidos).


• Otite: infecção bacteriana da orelha média. Causa dor de ouvido, altercação auditiva e febre. Em alguns pacientes pode ocorrer ruptura timpânica com saída de secreção.


Dra. Maura reforça que é importante seguir algumas orientações para evitar essas doenças:

• Controle ambiental e dos ácaros;

• Manter o ambiente ventilado e realizar limpeza frequente com pano úmido;

• Encapar colchões e usar revestimento impermeáveis (corino, courvim, napa etc.) em estofados e almofadas, evitar tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de jornais e revistas, madeiras e outros itens que retém poeira e mofo;

• Trocar e lavar a roupa de cama com água quente pelo menos a cada duas semanas;

• O travesseiro deve ser colocado no sol várias vezes por semana e trocado por um novo com frequência. Deve ser realizada a aspiração do pó de colchão, cortinas, tapetes e estofados semanalmente;

• Manter animais fora de casa ou, pelo menos, fora do quarto de dormir. Lavar as mãos após contatos com animais. Cães e gatos devem tomar banho semanal;

• As janelas devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a ácaros e mofo e devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos casos relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.

Entre as medidas de suporte para os sintomas, estão:

- Aplicar solução fisiológica no nariz em forma de aerossol ou spray, ou com o auxílio de uma seringa, ajuda a aliviar os sintomas e a congestão nasal através da hidratação e fluidificação das vias aéreas;

- Para amenizar os desconfortos respiratórios, uma opção são os umidificadores de ar, especialmente em dias com umidade relativa do ar mais baixa. Mas, é preciso ficar atento para não deixá-lo ligado por períodos longos, uma vez que o excesso de umidade pode colaborar com a proliferação de fungos e bactérias. "O ideal é manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa e uma porta ou janela aberta para escape e por períodos curtos." Completa Dra. Maura Neves.

-Outra medida mais econômica e efetiva é colocar uma toalha de rosto úmida no quarto de dormir, perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a superfície e evaporação são pequenas;

- Não se esquecer da recomendação universal que é a hidratação, ou seja, ingerir bastante água.

 



Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP


Clínica MEDPRIMUS


Alergia afeta cerca de 35% dos brasileiros

Especialista do Hospital São Camilo SP destaca sintomas, tipos mais comuns e formas de prevenção e tratamento

 

Coceira, tosse, irritação nos olhos e dificuldade de respirar. Esses são alguns dos sintomas da alergia, doença que afeta cerca de 35% da população brasileira, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


De acordo com a Dra. Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, há inúmeros agentes que ajudam a provocar uma reação alérgica. “Desde poeira até proteínas presentes nos alimentos podem desencadear um processo alérgico”, explica.
 

A especialista destaca ainda que as alergias mais comuns são as respiratórias, oculares, cutâneas e alimentares. “Algumas delas podem ser superadas com o tempo. Porém, isso não significa que os alérgicos não possam desenvolver novas reações ao longo da vida.”

 

Alergias respiratórias 

Conforme dados da Organização Mundial da Alergia (WAO), cerca de 40% da população mundial têm algum tipo de alergia respiratória, sendo a rinite alérgica a mais frequente, seguida da asma, que, somente no Brasil, atinge cerca de 20% das crianças e adolescentes. 

“As alergias respiratórias são, em sua maioria, sazonais, ou seja, acontecem em determinados períodos do ano. Por terem sintomas muito semelhantes ao resfriado e à gripe, elas confundem as pessoas, mas sua principal característica é a afetação das vias aéreas e pulmões”, detalha a alergologista. 

Os sintomas respiratórios mais comuns para esse tipo de alergia, segundo a especialista, são: congestão e coceira nasal, coriza, tosse e respiração pela boca, de forma ofegante e superficial. 

Para aliviar os sintomas, a médica recomenda:

  • Beber, pelo menos, 1 litro de água por dia;
  • Evitar fumar ou frequentar locais com fumaça ou poluição;
  • Manter os ambientes limpos e ventilados, evitando o acúmulo de poeira;
  • Evitar odores fortes, como perfumes e loções. 

Caso o paciente sinta apertos no peito, sem causa aparente, a especialista recomenda procurar ajuda de um profissional. “Apertos no peito não são comuns e podem indicar agravamento no quadro alérgico ou outros problemas respiratórios.”

 

Alergias oculares 

Por estarem expostos ao ambiente, os olhos e as regiões próximas a eles são alvos fáceis para substâncias alergênicas como ácaros, pólen e pelos de animais. 

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), as alergias oculares atingem cerca de 15% a 20% da população, tendo maior incidência em pessoas que já sofrem algum outro tipo de alergia, como as respiratórias e as cutâneas.  “Os olhos possuem uma membrana semelhante à parte interna do nariz e, ao ter contato com alérgenos, podem provocar sintomas como coceira, lacrimejamento, ardência, inchaço e vermelhidão ocular”, esclarece a Dra. Cristina. 

De acordo com a alergologista, entre os tipos de alergias oculares a rinoconjuntivite é a mais comum, por juntar duas doenças alérgicas, a rinite e a conjuntivite, e provocar reações fortes como inflamação nas mucosas do nariz e olhos.

 

Alguns dos cuidados que podem ajudar a evitar as alergias oculares são:

 

  • Evitar excesso de tecidos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia;
  • Forrar travesseiros e colchão com capas impermeáveis;
  • Evitar animais domésticos dentro de casa, especialmente se soltarem muito pelo.

 

Alergias cutâneas 

Causadas por condições crônicas ou contínuas, as alergias cutâneas, ou de pele, são causadas por reações inflamatórias a alérgenos em áreas sensíveis como juntas, rosto, axilas, mãos e pés. 

Segundo a especialista, os agentes alérgicos mais comuns são as picadas de inseto, suor, bijuterias, produtos de limpeza e cosméticos, além de roupas ou tecidos de lã e jeans. “Cada pessoa reage de forma diferente a cada tipo de alérgeno, por isso é importante identificar e interromper o contato com a substância que causou a alergia. Porém, caso a barreira cutânea esteja desprotegida, os quadros alérgicos podem ocorrer a todo momento.” 

O principal tipo de alergia cutânea é a dermatite atópica, uma condição crônica que surge em áreas de dobras, como a parte de trás dos joelhos, pescoço e rosto, muito comum em crianças. Seus principais sintomas são coceira, surgimento de feridas e pele áspera com aspecto grosseiro.

 

Alergias alimentares 

As alergias alimentares acontecem quando uma pessoa tem uma reação adversa (resposta exagerada) a proteínas presentes em determinados alimentos. “As alergias alimentares têm um quadro clínico bem variável, pois podem desencadear sintomas que variam de leves a graves”, destaca a especialista. 

De acordo com artigo publicado pela WAO, mundialmente, 250 milhões de pessoas sofrem com alergias alimentares. Entre os 170 alimentos identificados como alérgenos pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), leite de vaca, ovo, soja, trigo e frutos do mar são classificados como os principais. 

Os sintomas causados pelas alergias alimentares são urticária (lesões avermelhadas), inchaços nos lábios, olhos e rosto, chiado no peito, erupções cutâneas, dores no estômago e diarreia. Em casos mais graves, a reação alérgica pode causar anafilaxia. 

A médica alerta que esse tipo de alergia é constantemente confundido com a intolerância alimentar e recomenda procurar um especialista para maiores esclarecimentos.

                                                                              

Anafilaxia 

Conhecida como choque anafilático, a anafilaxia é uma reação alérgica rara e aguda. Ela traz vários riscos à vida da pessoa alérgica, pois afeta diversos órgãos do corpo. 

“O choque anafilático pode ocorrer imediatamente ou em alguns minutos, caso a pessoa alérgica tenha contato com o alérgeno causador da reação”, explica a alergologista.

Ferroadas de insetos, como abelhas, vespas e formigas, medicamentos e alimentos também causam anafilaxia. Caso a pessoa entre em contato com um desses agentes, é recomendado procurar auxílio médico. 

Por fim, para evitar e prevenir reações alérgicas futuras, a médica recomenda realizar o controle do ambiente, adotando cuidados para evitar a exposição aos agentes causadores, e a imunoterapia (vacinação com alérgenos) para pacientes que apresentam reações graves ou são sensíveis a alérgenos ambientais.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Congresso mantém veto à obrigatoriedade da certificação digital

Pequenos negócios seriam fortemente impactados caso parlamentares derrubassem decisão do governo federal


O Congresso Nacional manteve, nesta segunda-feira (19), o Veto nº 50/2020 da Lei 14.063, que extinguiu a obrigatoriedade da certificação digital para pessoas físicas e jurídicas, mantendo a exigência somente em situações muito específicas. A manutenção da decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, favorece os donos de micro e pequenos negócios, pois reduz custos e a burocracia no empreendedorismo.

O veto à obrigatoriedade da certificação digital e a sua manutenção foi uma das ações que o Sebrae defendeu para aumentar a competitividade e permitir que as micro e pequenas empresas continuem gerando trabalho e renda e sendo o motor da economia. “O Congresso Nacional acertou ao manter esse veto presidencial. Voltar com essa obrigatoriedade seria um retrocesso no processo de desburocratização que o Brasil vem adotando”, comemora o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

De acordo com Melles, a decisão acertada dos parlamentares permitirá que os pequenos negócios continuem tendo fôlego para enfrentar os desafios impostos pela pandemia e gerando empregos. “Se o veto tivesse sido derrubado, diversos serviços digitais lançados pelo governo federal e pelos governos estaduais nos últimos anos exigiriam que cidadãos e empresas tivessem que adquirir certificados digitais, o que acarretaria aumento de custos e da burocracia”, pontua o presidente do Sebrae.

Desde que a obrigatoriedade da certificação digital foi eliminada, o desempenho nas formalizações de empresas nas juntas comerciais melhorou. Segundo levantamento produzido pelo Sebrae, cresceu o número de assinaturas avançadas nos atos perante as juntas comerciais. Só no ano de 2021, as assinaturas avançadas por meio dos selos de verificação do GOV.BR foram utilizadas mais de 100 mil vezes para os atos de registro empresarial nas Juntas Comerciais dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul, todas apoiadas pelo SEBRAE no Projeto Empreendedor Digital.


Desburocratização

A desburocratização de processos e a redução de custos das empresas têm sido foco de várias ações do governo federal e do Sebrae em busca do aumento da competitividade brasileira e da maior atração de investidores para o país. No fim de março, o governo editou a MP 1.040, que visa melhorar o ambiente de negócios no Brasil e elevar em 20 posições a colocação do país no ranking Doing Business, do Banco Mundial. O Sebrae tem apoiado e se mostrado parceiro em ações do governo federal que têm melhorado o acesso aos serviços pela internet e que deixam de exigir o certificado digital.


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