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quarta-feira, 31 de março de 2021

Exportação também é negócio para as pequenas empresas

Parcerias do Sebrae com entidades de peso, como CNI, Apex-Brasil e Conampe, reforçam o conteúdo e o ferramental disponível para os empreendedores que almejam a internacionalização

 

Quais são as chances de um típico produto brasileiro como pão de queijo, café e molhos fazer sucesso fora do país? Não importa o tamanho do negócio, o certo é que para exportar qualquer um desses produtos, é preciso pensar em vários detalhes, desde o formato da embalagem (nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, os produtos são expostos na vertical), além de aspectos como transporte, adaptação à legislação local, entre outros.   

Orientações como essas fazem parte do apoio do Sebrae para às micro e pequenas empresas que estão começando a pensar na internacionalização até as que já exportam, mas querem ampliar sua presença no exterior. E por que razão o Sebrae como instituição que cuida desse nicho de negócios está envolvido numa pauta como essa? A resposta é que a possibilidade de chegada ao mercado internacional já é por si só um fator de aumento de competitividade, para os empreendimentos e consequentemente para o país, ainda que nem todos cheguem efetivamente a exportar. Quando a pequena empresa envereda por esse caminho precisa repensar toda sua estrutura interna e, ao rever seu modelo de negócio, assegura um salto em sua gestão.

“Ao olhar para dentro, surge nas empresas o desejo de resolver os pontos de falha, antes mesmo de levar adiante a ideia da exportação, que originou a arrumação da casa. E, se nessa caminhada a comercialização para o mercado internacional não se concretizar, os ganhos já poderão ser vistos”, diz Gustavo Reis, analista de competitividade do Sebrae.

Mas, após esse repensar para o mercado doméstico, para aqueles que pretendem seguir adiante ele cita diversos pontos de adequação, com destaque para o fator equipe, lembrando que é preciso ter pessoas que conheçam o mercado em questão, que falem a língua local, que tratem dos trâmites aduaneiros e logísticos, sem falar do câmbio e da possível necessidade de adaptação do processo produtivo. “Para um plano de mercado no Brasil, de um estado para outro o investimento é em Real. Quando falamos em mercados internacionais, por exemplo, Alemanha, ter uma pessoa que conheça esse mercado o investimento ocorrerá, em Euro. Tem que ter gente capacitada para fazer isso”.

Mas além do fomento à competitividade, o incentivo do Sebrae nessa pauta se baseia em um outro aspecto, que é o baixíssimo valor agregado às atividades de exportação de micro e pequenas empresas no Brasil. Dados do DataSebrae (https://datasebrae.com.br/comercioexterior/) mostram que, das quase 22 mil empresas que exportam no país, 41% são pequenos negócios, o que, num olhar pouco atento, pode parecer um bom número, mas que representa menos de 1% do valor total exportado. De acordo com Gustavo, as oito mil micros e pequenas empresas que vendem produtos para o exterior são focadas em madeira, calçados, móveis, produtos manufaturados, o que pode influenciar a questão dos custos, deixando o valor não tão competitivo, por exemplo, numa comparação com a China. Além disso, há uma questão macro, que é a expertise brasileira na exportação de commodities. “Os olhos do comércio exterior estão voltados para os grandes negócios. Com um tíquete médio alto e operações longas, enquanto que o referente aos pequenos empreendimentos é de US$ 150 mil e operação de curto prazo. E ainda que a questão do valor agregado seja gritante, o número de quem exporta também é baixo. Nossa economia é formada por quase 20 milhões de empresas, onde 99% são pequenas, sendo que só 8 mil exportam. É um desafio mudar esse quadro”.

O suporte oferecido pelo Sebrae aos donos de micro e pequenas empresas que pensa na internacionalização passa por consultorias, cursos (atualmente com mais ênfase na modalidade de ensino à distância - EAD), palestras, seminários e mentorias. Também são disponibilizados materiais no site da entidade, como e-books temáticos sobre exportação e alguns com foco em setores como cachaça ou moda, por exemplo. “Claro que o Sebrae não tem 100% dessa expertise e, por isso, além de todo esse ferramental de capacitação, nós lançamos mão de parceiros de peso, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)”, pondera Gustavo. Ele fala ainda que uma outra frente vem sendo formada com a Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais (Conampe), justamente pelo entendimento de que o comércio internacional é possível para qualquer tipo de empresa. “Hoje, trabalhamos basicamente para desmistificar temas relacionados ao comercio exterior”, completa.

Gustavo traz na ponta da língua três pontos básicos do que chama de script para quem almeja a internacionalização: 

1 – Cultura da exportação: desmistificar que para começar a exportar é necessário que a empresa alcance o mercado do bairro, depois da cidade e assim sucessivamente. É possível vender produtos para outros países independentemente do tamanho ou da capilaridade da empresa, e até mesmo criar negócios com foco exclusivo no mercado internacional. É a desmistificação citada por ele mais acima.

2 – Planejamento: preparar o negócio para alcançar a capacidade de levar o produto do ponto A para o ponto B, levando em conta todas as peculiaridades envolvidas. Não adianta achar que é possível exportar de uma hora para outra ou que o produto que faz sucesso aqui vai automaticamente fazer sucesso lá fora. Existe um processo, de médio a longo prazo, e buscar entidades de apoio, como o Sebrae, pode fazer toda a diferença.

3 - Entender qual é a maturidade do negócio para lidar com o mercado internacional: ter consciência do próprio produto e processos para, aí, então, ver o que precisa ser melhorado.

Uma pequena produtora da planta medicinal moringa, no Rio Grande do Norte, sabe bem disso. Iniciou seu processo de internacionalização, por conta do sucesso dos negócios ao vender mensalmente 100 quilos de folha desidratada no mercado interno, mas, com o projeto ainda em andamento, veio a proibição da venda de moringa no Brasil caiu como um balde de água fria e só fez por acelerar a preparação para a exportação, único caminho possível a partir de 2019. Tamar Medeiros conta que o Seridó é a região mais seca do Brasil e que ela e sua família iniciaram em 2014 a cultura da planta que precisa de pouca água e tem boa adaptação ao semiárido, aproveitando a experiência do marido, engenheiro agrícola da Embrapa, e do filho, engenheiro agrônomo. Nascia, aí, a Moringa Seridó. Eles foram para o Canadá estudar aquele mercado e, após contato com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá, foi iniciado estudo sobre o interesse do país nas propriedades da moringa. A resposta não poderia ser melhor e, com a ajuda do Sebrae, a família já iniciou as vendas para o exterior. “O papel do Sebrae foi muito importante no nosso processo de internacionalização e nossa experiência foi a melhor possível. Foram cursos, consultorias e, o mais importante, viabilização rápida das certificações internacionais necessárias, com o financiamento de 30% de cada uma delas”, comemora Tamar.


Presença digital ou marketing digital?

O principal erro que vemos no gerenciamento de redes sociais, é a confusão entre Presença digital e Marketing digital. É bastante comum vermos até mesmo no gerenciamento profissional, empresas que marcam presença atuante nos canais digitais, mas não assumem a “ativação”. A razão é simples, a ativação demanda mais investimento, capital intelectual, planejamento, estratégia e interatividade.

Ter uma agenda variada de postagens, um crescimento de likes consistente, um cronograma de publicações, em si, não é suficiente para atingir os objetivos de uma campanha que é a conversão, a venda. Devido às próprias limitações impostas pelo Facebook, uma postagem convencional não incentivada vai chegar a no máximo 3% a 4% da base de seguidores em uma Fanpage, diferente de uma postagem no perfil pessoal onde há uma taxa de curtidas e comentários muito maiores do que em uma fanpage. As razões disso são diversas e envolvem fatores como:

  • Diferença na ação dos algoritmos do Facebook na classificação da importância entre uma postagem de perfil e de fanpage
  • Qualidade do seguidores, no perfil o tendência é de que o seguidor tenha maior afinidade de gostos e proximidade do interlocutor

No entanto para efeitos de marketing digital, o perfil pessoal – aquele resumido a 5000 amigos – e a Fan Page, podem coexistir e em cada um deles praticar uma estratégia distinta, o que é importante saber é que a FANPAGE é para Pessoas Jurídicas e o perfil são para parentes e amigos, não necessariamente clientes. Isto vale para o perfil do Instagram também.

A Fanpage demanda opinião, planejamento de conteúdo com mensagens que despertem interesse sobre o produto ou serviço, vídeos, hashtags e links para um destino que favoreça a conversão. Já a estratégia de alcance deve ter planejamento meticuloso no que tange ao perfil do que cliente potencial que se quer atingir.

O Instagram demanda feeling ao planejar o crescimento com competência, clareza, beleza e profissionalismo e é a chave que vai garantir primeiro uma boa aderência da marca e depois o aumento gradual das conversões.

Se você já vem fazendo isso com seus canais sociais, parabéns! Você tem conquistado PRESENÇA DIGITAL, que não é pouco, é quase uma obrigação da empresa ter a chance de ser encontrada nos meios digitais, assim como ter um site de qualidade, sobretudo depois da pandemia onde muito da busca por produtos e serviços convergiram para o universo digital.

Agora, MARKETING DIGITAL é outra atuação.  Partamos da premissa de que a empresa já tem os canais digitais criados e alimentados com um conteúdo planejado. E estes canais digitais são diversificados e alinhados com as estratégias comerciais da empresa. Facebook, Instagram, Google Meu negócio, blog, Twitter, Linkedin, Youtube, Pinterest, Tik Tok, Kwai…  Já sei, apareceram canais que você nem conhece. Sim, o universo digital é um céu com inúmeras galáxias e surgem estrelas que movimentam plateias descomunais e alinhadas com seus negócios e você nem sabe.

A primeira coisa a ser feita no marketing digital é escolher os canais que são importantes para o business. Alguns são obrigatórios como Site e Google Meu Negócio. Se seu negócio não tem um site para ser ranqueado pelo Google, que possa hospedar um blog, centralizar canais de contato e nem o Google Meu Negócio- que movimenta as buscas regionalmente-, considere-se invisível digital.  Caso contrário, se você os tem, centralize-os como destino das tuas campanhas. Todo bom post deve ter um link para alimentar os que se interessam pelo serviço ou produto.

O passo 2, supõe definir um público-alvo. Tecnicamente chamamos de personas, saber com o maior grau de precisão quem é seu potencial público consumidor. É uma parte que requer raciocínio e saber acertar o alvo.

No passo 3 define-se o orçamento que será investido. Como todo projeto de marketing, destina-se um percentual de seu orçamento a ser investido nas ações, no caso do Marketing digital, calcula-se o tamanho do público que se deseja impactar e as verbas são distribuídas em plataformas que dão alcance às publicações, alinhadas com os filtros definidos de personas, geolocalização, interesses, etc.

No passo 4 mensura-se os resultados, afere-se os canais com melhor ROI e retoma-se o ciclo de planejamento.

A partir do momento em que o marketing digital essencial está performando bem, é possível ampliar para ações igualmente eficazes porém de médio e longo prazo como o SEO e o marketing de conteúdo, inbound marketing, canais alternativos e remarketing, entre outras. Ai sim estaremos falando de marketing digital e não apenas de presença digital

 

 

Osmar Lazarini - engenheiro, gestor de mídias digitais, estrategista digital com ênfase em alcance e audiência para pequenas e médias empresas. Atua com Marketing Político digital, marketing digital de performance e é CEO da agenciatrampo.com.br


Cancelamento, o novo normal

"Fulano foi cancelado!". Com certeza você ouviu essa frase nos últimos dias, principalmente devido às polêmicas da 21ª edição do Big Brother Brasil (BBB 21), da Rede Globo de Televisão. O “cancelamento”, ou seja, o boicote a pessoas e marcas, deixou a casa mais vigiada do Brasil e passou a fazer parte das conversas e do cotidiano.

Cancelar as pessoas virou o novo normal - pensou e agiu diferente, está bloqueado e excluído. No BBB e na vida vestimos a nossa “toga de juiz” e partimos para o veredito. Se merecido ou não, rapidamente, já temos uma decisão e um lado. Mas será que cabe a nós cancelar alguém?  

Quando uma pessoa, seja ela famosa ou anônima, decide se expor em um reality show, obviamente ela deve estar consciente de que mostrará lados de sua personalidade que, normalmente, não aparecem nas redes sociais. Já para quem assiste a esse tipo de programa, é importante acompanhar com um olhar de que todos nós, seres humanos, possuímos um lado mais frágil e complicado, que tentamos não mostrar. Quem não tem um dia ruim? Quem nunca foi o lado mau de uma história, no sentido de ser impulsivo ou ter um sentimento ruim, por exemplo? A diferença é que, na vida real, evitamos nos expor a situações e pessoas que despertam esses lados. 

É justamente por isso que sou totalmente contra a cultura do cancelamento e ao linchamento virtual. É necessário percebermos que esse tipo de situação sempre gera dor em diversas pessoas, afinal, existe um ser humano por trás de um perfil na internet, uma família envolvida e diversas pessoas e profissionais que sofrem diretamente com esse tipo de ataque. Então, afinal, qual o sentido de continuarmos incitando o ódio? Se não concordamos com algo, basta deixar de seguir. 

Além do cancelamento, temos também aquela parte do público que se decepciona com a personalidade em questão. Por isso, sempre reforço a importância de ser verdadeiro e fiel à sua essência. O que não podemos defender são pessoas que pregam um valor e, na prática, são totalmente diferentes. Isso não funciona em reality show, não funciona nas redes sociais e muito menos na vida real.

Gritamos aos quatro cantos que “errar é humano”, mas, muitas vezes, isso só se aplica quando se trata de nós ou de alguém que não queremos que vá para o “paredão”. Com a minha experiência gerenciando a carreira de grandes influenciadores, vejo o quanto eles buscam usar as suas influências de forma ética e responsável, procurando sempre aprender com os erros e acertos. 

Não estou aqui defendendo quem já foi cancelado, mas, sim, que o julgamento e a sentença não sejam feitos apenas com base em 140 caracteres, sem levar em conta a perspectiva e a história do outro. Não podemos sempre partir direto para o linchamento virtual. O diálogo é uma atitude que deve fazer parte de uma sociedade que deseja evoluir e se tornar mais justa. 

Quer cancelar alguém? Que tal dar espaço para a pessoa se posicionar, reparar seu erro e amadurecer? Foi você quem errou? Assuma, peça desculpas, aprenda e não erre novamente – toda crise exige uma mudança.

O cancelamento traz consequências para o cancelador e para o cancelado. Quando proferimos discursos repletos de ódio e xingamentos, corremos o risco de nos tornarmos pessoas extremamente críticas. Já quando somos cancelados, podemos desenvolver sérios problemas emocionais e físicos.

Existem outras formas de mostrar ao outro o seu erro. Acredito em algo bem parecido a uma escola, onde erramos, aprendemos e temos a chance de tentar novamente.  Ainda há muito a ser feito, mas, com empatia, chegaremos lá.

 



Alex Monteiro - CEO da Ensinança e sócio-fundador da Non Stop, a maior agência de talentos digitais da América Latina.

 

Planejamento patrimonial e sucessório: como proteger o patrimônio da pessoa física e/ou jurídica?

 A legislação brasileira dispõe de algumas opções quanto a divisão de bens, respeitando as vontades do indivíduo em questão

 

Mesmo sendo uma certeza, tratar a morte com racionalidade é um tabu. Em razão desse bloqueio, não é difícil acontecerem conflitos quando o assunto é partilha de bens. Além de um processo que pode desestruturar uma família ou empresa, a forma como a divisão é conduzida quando falecido não delimita, ainda em vida, como deseja distribuir as posses entre os herdeiros, pode ser demorada e cara. 

 

Quando não há o cuidado de planejar, o advogado e sócio da Nelson Wilians Advogados, Sérgio Vieira, explica que os herdeiros entram com um processo de inventário, que pode demorar décadas para ser finalizado, além de possuir um custo elevado, já que os movedores da ação precisarão arcar com as custas processuais, as despesas com a manutenção dos bens bloqueados pela justiça, o imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD) e os honorários advocatícios.  

 

“Para evitar que a morte de um familiar se torne uma dor de cabeça maior que já é, o planejamento sucessório se mostra uma opção interessante do ponto de vista que consegue abranger a partilha de bens de maneira legítima, apaziguadora e consensual. Por se tratar de uma maneira mais transparente de acordar conflitos, se torna dispensável a intermediação do Judiciário em alguns casos, o que faz a opção vantajosa e menos onerosa”, explica o advogado.  

 

O planejamento sucessório é um procedimento legal que define como será a transferência de bens ainda em vida ou após a morte de uma pessoa. Sérgio Vieira explica que a legislação brasileira define o direito sucessório o dividindo em dois: herança legítima (50% do patrimônio, que deve ser repartido entre os filhos e o conjugue) e a quota disponível, referente aos outros 50% do patrimônio, que pode ter destinação livre.   

 

“Existem algumas formas de conduzir a destinação dos bens aos herdeiros. Um exemplo é o testamento, que pode ser público, realizado em cartório, e particular, feito com o auxílio de uma assessoria jurídica e que deve constar com a assinatura de pelo menos três testemunhas para ser válido. Outra opção vantajosa é a criação de uma holding familiar, que nada mais é que uma espécie de empresa que pode ser gerada tanto sob forma de sociedade limitada, quanto como sociedade anônima, na qual os herdeiros possuem quotas de ações”, comenta Sérgio Vieira.

 

No caso de empresas, o advogado alerta que a sucessão da chefia pode gerar danos ao faturamento e administração do empreendimento. “A criação de holding familiar com todas as regras pré-definidas em estatuto também se aplica nesses casos, visto que facilita em sobremaneira a sucessão e evita brigas e desgastes desnecessários entre os herdeiros”, diz o advogado, que recomenda que as pessoas, independentemente da idade, tirem um tempo para pensar a respeito e buscar um profissional com experiência no assunto.

 

 

Crédito: MF Press Global 


Brasil registra 11.074.483 milhões de pessoas recuperadas

Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas às 17h20 desta terça-feira (30/03)


 

O Brasil já registra 11.074.483 milhões de pessoas curadas da Covid-19. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (1.265.980) que são os pacientes em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa a grande maioria do total de casos acumulados (10,0%). As informações foram atualizadas às 17h20 desta terça-feira (30/03) e enviadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. 

A doença está presente em 100% dos municípios brasileiros. Contudo, mais da metade das cidades (4.177) possuem entre 2 e 100 casos. Em relação aos óbitos, 2.329 municípios tiveram novos registros, sendo que 1.660 deles apresentaram apenas um óbito confirmado.

O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população.

Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde já destinou aos 26 estados e o Distrito Federal mais de R$ 134 bilhões, sendo que desse total foram R$ 101,2 bilhões para serviços de rotina do SUS, e outros R$ 33,2 bilhões para a Covid-19. Também já foram comprados e distribuídos 28,2 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 345,2 milhões de EPIs, mais de 23,5 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus.

O Ministério da Saúde, em apoio a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 15.235 equipamentos para todos os estados brasileiros.

As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil registra 12.658.109 milhões de casos confirmados da doença, sendo 84.494 registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h.

Em relação aos óbitos, o Brasil tem 317.646 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registrados 3.780 óbitos nos sistemas oficiais, sendo que 2.332 óbitos ocorreram nos últimos três dias. Outros 3.580 permanecem em investigação.

 

 

Ministério da Saúde

 

Ensino remoto é ainda mais desafiador para a inclusão

Divulgação

Exemplos bem sucedidos de inclusão em escola paulista - antes e durante a pandemia - viram tema de livro

 

Manter a concentração durante as aulas remotas é um desafio para a maior parte dos estudantes, de qualquer idade e em qualquer nível escolar. Mas, para alunos com necessidades especiais, a experiência de só ter contato com os professores e colegas por meio de uma tela de computador é ainda mais complexa. No Colégio Educar Guarulhos, em São Paulo, dos 60 alunos com necessidades especiais que estão atualmente matriculados, 15 são autistas. Entre eles está Arthur, de 12 anos, aluno do 7º ano do Ensino Fundamental. Diagnosticado desde cedo com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o menino está na mesma escola há sete anos. 

Daniela Navilli de Arauna, orientadora educacional do colégio, afirma que, no caso de Arthur, a participação e aprendizagem por meio do ensino remoto neste período de pandemia só estão sendo possíveis graças aos avanços conquistados com o aluno ao longo dos últimos anos. "Quando ele chegou aqui para nós, era agitado, nervoso, não parava muito tempo sentado, levantava e saía o tempo todo da sala e precisava de intervenções constantes. Praticar o ensino remoto com um aluno nessas condições seria quase inviável. Após um intenso trabalho de acolhimento, de prática da escuta - da criança e também da família - e estratégias individualizadas que atendessem especificamente o aluno, a evolução e o desenvolvimento dele em relação ao seu comportamento permitem que hoje ele consiga acompanhar as aulas e atividades on-line sem prejuízo na aprendizagem e sem a necessidade de muitas adaptações nas atividades propostas", conta a orientadora.

A mãe do menino, Ana Paula Rodrigues de Freitas, confirma e comemora: "quando as aulas presenciais foram suspensas, fiquei apreensiva, sabia que o convívio presencial com professores e colegas faria muita falta e me preocupei se ele aceitaria bem o formato remoto. Para minha surpresa, nas aulas on-line, ele se mostrou sempre muito interessado. A câmera permanece sempre aberta, ele participa ativamente com perguntas e interage bem com professores e demais alunos. Sabemos que isso é fruto de um longo trabalho que vem sendo realizado pela escola, em parceria muito próxima com a família, para o desenvolvimento dele. Não tenho dúvidas que o olhar atento dos profissionais do colégio, o acompanhamento próximo e constante, oferecendo sempre estratégias diferenciadas e as adaptações necessárias, nos permitiram chegar hoje no patamar em que estamos", comemora a mãe.

A diretora do Colégio Educar, Renata Pereira Batista, reforça que, para colher resultados como o de Arthur, neste período de pandemia, foi preciso encarar o desafio da inclusão com um olhar ainda mais cuidadoso. Educadores e equipe pedagógica do Colégio adaptaram práticas e lançaram mão de todas as estratégias possíveis para manter a aprendizagem de todos os seus alunos, incluindo aqueles com necessidades especiais. A experiência da escola foi transformada em livro. A obra "Quando o querer torna a prática possível" foi escrita e organizada por Renata, em conjunto com os educadores Daniela Navilli de Arauna, Paula de Jesus Ribeiro e Adriano de Oliveira Beserra. O livro traz relatos do dia a dia do colégio em diferentes níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio, com estudo de casos que mostram o trabalho com crianças de 5 anos até jovens de 17 anos.

Para Renata, abraçar a causa da educação inclusiva é trabalhar diariamente para quebrar as barreiras que sempre se apresentam pelo caminho. "Nossa maior causa sempre foi se pautar pelo respeito e colaboração para desenvolver práticas pedagógicas que possam atingir todos os nossos alunos, sem distinção. Esse sempre foi nosso maior desafio e certamente que a pandemia e o ensino remoto acentuaram ainda mais essa luta, mas, quando se trata de inclusão, não aceito a ideia do 'não é possível', 'é difícil' ou qualquer outra muleta que possa ser usada como desculpa", esclarece a diretora.

Conveniada ao Sistema Positivo de Ensino, a escola trabalhou durante todo o último ano letivo de forma remota, garantindo àqueles com necessidades especiais as adaptações necessárias para viabilizar o aprendizado, mas sem deixar de lado uma premissa com a qual sempre trabalhou: o aluno especial precisa estar inserido no mesmo contexto dos demais, sem diferenciação na maior parte do tempo, apenas com a devida complementação individual que cada caso em específico exige. "Sem essa condição, a inclusão não acontece de fato. Não podemos apartar um aluno de seu grupo apenas porque para ele a aula virtual é mais difícil. É claro que tivemos que fazer adaptações, muitos materiais foram alterados e disponibilizados de forma individualizada, atendendo às exceções e necessidades de cada estudante. Além da participação do aluno nas aulas junto com a sua própria turma, abrimos espaço no contraturno para atividades e momentos específicos para o estudante com alguma necessidade especial e também para a família, porque ficou claro desde o início que seria preciso acolher e trabalhar também de forma intensiva com familiares e responsáveis por esses alunos", explica Renata.

Na obra, os autores relatam as práticas pedagógicas e desafios diários pelos quais a escola passou. "Procuramos apresentar de forma leve e o mais didática possível quais são os maiores desafios e como realizamos nosso acompanhamento com cada um dos casos apresentados no livro. Fizemos questão de detalhar as intervenções aplicadas para cada aluno para mostrar que é, sim, possível. A inclusão nos lança em meio a um processo cercado de detalhes que às vezes levamos tempo para enxergar ou dominar. Um ponto fundamental para o sucesso é investir em um trabalho permanente de formação e conscientização da comunidade escolar, do professor, passando pelos demais colaboradores, incluindo todos os alunos e familiares", ressalta. 

Sem finalidade lucrativa, o livro está sendo distribuído para mais de quatro mil professores do Brasil e Portugal. A diretora do Colégio Educar - e uma das autoras da obra - defende que a Educação só funciona e cumpre o seu papel quando as mentes estão abertas. "Nossa luta é fazer com que as mentes de muitos se abram e assim permaneçam, e nossa expectativa é que este livro contribua para isso também", completa.

Estudante autista e aprendizagem remota

A preocupação em garantir a inclusão de alunos com necessidades especiais está entre os muitos desafios que escolas e educadores enfrentam desde o início da pandemia para manter a continuidade do aprendizado. A Lei de Inclusão, aprovada no Brasil em 2015, garante ao indivíduo com necessidades especiais o direito e acesso à Educação. No caso de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), existem inúmeras questões que surgem quando se coloca um aluno autista para aprender por meio do ensino remoto: o autista consegue permanecer em frente a uma tela e se concentrar para absorver o conteúdo? Por quanto tempo isso é possível? Há que se considerar também as dificuldades na comunicação virtual, não apenas no que diz respeito ao aluno entender o que é dito, mas também no sentido dele se fazer entendido. 

De acordo com a gerente de avaliações do Sistema Positivo de Ensino e especialista em indicadores de risco de autismo em bebês, Rita André, por maior que seja a preocupação em se adaptar a realidade atual para que o ensino remoto também seja inclusivo aos autistas, é preciso levar em conta que o isolamento e a suspensão das aulas presenciais afetam uma das principais premissas da inclusão deste tipo de público, que é a socialização. "Quando um aluno autista é inserido num processo de inclusão em uma escola, a socialização é um dos principais objetivos desse processo, conseguir fazer ele interagir com o outro. O ensino remoto para esse aluno vai exigir estratégias diferenciadas, um olhar diferente para a aula que está sendo oferecida para ele. O professor precisa aplicar uma metodologia, expressão facial e corporal específicas para se conectar a esse aluno", explica Rita. A especialista ressalta ainda que mesmo quando a prática pedagógica leva todos esses aspectos em conta e garante a aprendizagem, o desenvolvimento do estudante autista só será atingido se houver uma integração entre a escola e a família que favoreça a interação do aluno com o meio social no qual ele está inserido. "O processo de aprendizagem só atingirá sua finalidade se o aluno for levado a interagir com os demais alunos da turma em atividades cotidianas, o que lhe permitirá a socialização tão fundamental para seu processo de inclusão", completa.

 

Sistema Positivo de Ensino

A força do analytics na experiência do cliente


A transformação digital trouxe um empoderamento para o cliente no que diz respeito à reputação de marca. Se antes as críticas a uma empresa eram feitas de maneira offline e envolvendo apenas a companhia e o consumidor, hoje, com as redes sociais e a digitalização dos canais de comunicação, uma má experiência de um usuário pode viralizar e trazer sérias consequências para a imagem da marca em questão.

Por isso, focar no relacionamento com o consumidor é fundamental. Usar recursos tecnológicos para melhorar processos e compreender as tendências de mercado visando oferecer uma experiência de atendimento mais agregadora e satisfatória para o cliente é um diferencial que terá um impacto positivo nos resultados e na relação das marcas com seu público.

A fim de analisar com mais detalhes as preferências dos usuários e redesenhar os canais de comunicação com o cliente, com foco na melhoria da experiência, surgem novas tecnologias, como serviços digitais, analytics, omnichannel, URA cognitiva, bots e, sobretudo, a Inteligência Artificial. Por meio dessas ferramentas, é possível entender comportamentos, definir estratégias e gerar insights valiosos que podem transformar completamente a forma de atuação da marca, alavancando seus negócios e aumentando a satisfação dos consumidores.

O uso do machine learning e ciência de dados nas centrais de relacionamento já é uma realidade, juntamente com uma visão consultiva de negócios e comportamentos para aprimorar continuamente essa relação. O objetivo é se atentar ao consumidor e às suas preferências, entendendo o que dizem os dados, para conseguir melhorar a experiência do usuário e atender às suas demandas com eficiência. Proporcionar informações extremamente estratégicas para o negócio é o que realmente as empresas desejam no cenário econômico atual – se diferenciarem estando a frente em seus negócios.

Segundo o Gartner, se os líderes optarem pelo uso de analytics e participarem da definição de metas e estratégias baseadas neles, poderão aumentar a produção de valor de seu negócio em 2,6 vezes. A consultoria prevê que em 75% das organizações, a inteligência artificial sairá da fase piloto, até 2024, para entrar em operação, o que irá quintuplicar as infraestruturas de análise, assim como a transmissão de dados. Isso fará com que 33% das grandes empresas tenham analistas exercendo a inteligência de decisão até 2023, de acordo com a consultoria.

Esses dados apontam que o uso de IA, Analytics, entre outras modelagens digitais estarão cada vez mais inseridas nas estratégias organizacionais, uma vez que ao reestruturar a jornada de relacionamento com os clientes e trazer melhorias em produtividade, na qualidade dos serviços e nos resultados entregues será possível alcançar índices positivos de CX, uma variável que ganha cada vez mais peso, atuando como um elemento de diferenciação que fortalece a conexão dos consumidores com a marca e contribui para todo o sucesso do negócio.





Alexandre Dias - diretor de Novos Negócios e Soluções na Orbitall, empresa do Grupo Stefanini.


Muitas empresas ainda não adequaram seus sites à LGPD, afirma consultor

O consultor Romeu Escanhoela, sócio-proprietário da EscaEsco Comunicação, afirma que muitos empresários não fazem ideia quais são as mudanças que precisam fazer em seus sites com a nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

"Algumas empresas começaram a nos procurar para a adequação de seus sites com a LGPD, porém estamos vendo que existe uma grande desinformação e confusão em relação ao que precisa ser feito entre os empresários. A grande maioria não faz ideia quais são as mudanças dentro de seus sites e estamos os auxiliando nesse quesito", afirma Escanhoela.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709/2018, é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e que também altera os artigos 7º e 16 do Marco Civil da Internet.

A LGPD estabelece regras para as empresas sobre a coleta, o armazenamento, o tratamento e o compartilhamento de dados pessoais, impondo mais proteção e penalidades para o não cumprimento.

A lei entrou em vigor no mês de setembro de 2020, oferecendo às empresas e organizações um período de 18 meses para se adaptarem.

De acordo com o advogado Tarik Ferrari Negromonte, sócio do escritório N PARTNERS, “é necessário que todos os dados tratados pela empresa sejam analisados, para que seja feito um enquadramento legal adequado para cada um deles ou, não havendo base legal para tratar determinado dado, é obrigatório que seja obtido o consentimento da pessoa física titular do dado”.

Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR, na sigla em inglês), criado em 2018, a LGPD afirma que todas as empresas, sejam PMEs (pequenas e médias empresas) ou de grande porte, terão que atender às exigências de consentimento expresso dos clientes para o uso das informações.

Para se adequar à LGPD, os sites das empresas e organizações brasileiras necessitam:

·         Solicitar que o usuário aceite ou não a atual política de cookies para continuar a navegação;

·         Criar página com a política de privacidade e suas regras;

·         Criar página com os termos de uso (para empresas que vendem algum produto/serviço pelo seu site);

·         Adequar todos os formulários de contato do site com a aceitação da política de privacidade e, se for o caso, dos termos de uso.

Internamente é importante que as empresas elaborem uma política de governança de dados e, também, adequem seus contratos com clientes e terceiros.

A LGPD garante aos clientes o direito de responsabilizar as empresas caso seus dados sejam roubados por terceiros. Quem descumprir a lei pode ser multado em R$ 50 milhões por infração ou em até 2% do faturamento.


Sete lições da pandemia sobre o futuro digital do trabalho


Mark Twain diz que "um homem que agarra um gato pelo rabo aprende 40% mais sobre gatos do que sabia antes". Pois bem, o gato da vez se chama COVID-19. Tentando driblá-lo, aprendemos mais em 12 meses sobre como trabalhar remotamente do que nos últimos 10 anos. 

A seguir, aponto sete lições relevantes para lidarmos com o que estamos vivendo e continuaremos a viver por um bom tempo.

 

1 - Automação inteligente - É preciso amadurecer, padronizar, automatizar e agregar inteligência ao ambiente de trabalho digital para garantir a agilidade necessária em caso de mudanças inesperadas. Um exemplo claro: antes da pandemia, um de nossos clientes já fazia grandes investimentos na automação dos processos de TI. No final de 2019, viu uma enorme redução no tempo de execução de funções complexas, como integração de novos funcionários, provisionamento de aplicações e desligamento de profissionais. Esse cliente estava preparado para lidar com funcionários que precisaram trabalhar de casa pela primeira vez.

 

2 - Realidade mesclada - A pandemia provou a utilidade da realidade mesclada (merged reality) em reduzir viagens e agilizar o suporte. Essa tecnologia funciona assim: um especialista visualiza remotamente as instalações e orienta o profissional que está no local sobre o que deve fazer. Em um mundo pós-pandêmico, no qual provavelmente haverá menos viagens, esta capacidade será extremamente valiosa. Os casos mais fascinantes durante a pandemia vieram da aplicação dessa tecnologia no atendimento ao setor de saúde. Essa ferramenta permite que, por exemplo, um cirurgião oriente um médico durante um procedimento.

 

3 - Personas - Cada empresa lida com diferentes personas. Isto é, tipos de públicos com necessidades e desejos específicos. É preciso identificá-las com base em dispositivos que usam, locais onde trabalham e modalidades de suporte que utilizam e, assim, prover experiências adequadas a cada uma. Isso influencia diretamente na produtividade e na satisfação do usuário final. As empresas que especificaram o local de trabalho digital de funcionários e os requisitos de suporte por "persona" acharam mais fácil manter a produtividade durante a pandemia.

 

4 - Análise de sentimentos - Existem vários estudos mostrando que funcionários felizes são mais produtivos. No entanto, muitas vezes, os líderes têm dificuldade em discernir quem está infeliz e feliz. A análise de sentimento coleta dados sobre as interações da central de atendimento para cada usuário, atribui uma emoção a cada interação e destaca tendências (positivas e negativas), que podem ser usadas para orientar os líderes como agir. Por exemplo, a mudança para o Zoom melhorou a satisfação do usuário ou não? E em relação às últimas atualizações do Windows? Medindo a "temperatura" emocional dessa forma, os líderes podem corrigir problemas rapidamente e garantir melhoria da produtividade.

 

5 - Visão holística do trabalho digital - A combinação entre análise de sentimentos e experiência digital dá uma visão holística de todo o local de trabalho digital. Assim como a análise de sentimentos mede a felicidade do funcionário, a experiência digital mede a excelência de desempenho do computador. Isso é feito avaliando vários aspectos dos dispositivos: os PCs estão ficando sem memória, travando ou inicializando lentamente? Traduzir esses elementos em uma pontuação de experiência digital permite que a central de service desk se aprofunde para entender mudanças, permitindo correções automáticas e elevando o nível de satisfação e produtividade dos funcionários.

 

6 - Experiência digital do cliente - A pandemia mudou a perspectiva do suporte presencial diante das atuais exigências de distanciamento social. Uma alternativa é utilizar aplicativos de serviços como exemplo para adequar sua estratégia. Imagine usar o smartphone para reagendar rapidamente um chamado de suporte em campo. Ou até apresentar uma foto do equipamento com falha para que o técnico leve a peça adequada logo na primeira visita, rastrear o especialista enquanto ele se dirige a um local e até realizar uma pesquisa rápida após o atendimento. Faz sentido, não?

 

7 - Segurança - Na pressa por viabilizar o trabalho remoto, as melhores práticas de segurança, muitas vezes, são deixadas de lado, e os hackers aproveitam a oportunidade. Trabalhar de casa pode expor a empresa a novos riscos de segurança que não existiam nos escritórios. A adoção do modelo Zero Trust facilita a migração segura para o trabalho de casa. Também eleva significativamente os níveis de segurança dentro das redes corporativas e reduz a vulnerabilidade das VPNs. O elemento humano ainda é o elo mais vulnerável, por isso é fundamental garantir treinamento atualizado e frequente aos funcionários.

 

Que possamos, além de aprender, tirar vantagens competitivas das situações que nos são impostas.

 


Weston J. Morris - Líder de Estratégia Global para Digital Workplace da Unisys, empresa global de tecnologia. Possui mais de 25 anos de experiência em análise de sistema, design, integração e desenvolvimento de softwares.


Tecnologia agiliza rotina de advogado previdenciário e reduz tempo com processos burocráticos

De escritório virtual ao cálculo automático, plataforma libera tempo e espaço da rotina do profissional de direito


O uso de novas tecnologias para ajudar o trabalho do advogado tem ganhado cada vez mais espaço.  Serviços que eram feitos de forma manual e ocupavam tempo considerável desses profissionais se intensificaram durante a pandemia. Em 2013, o Previdenciarista (https://previdenciarista.com/), a maior plataforma de consultoria especializada em Direito Previdenciário para advogados, surgiu para facilitar a rotina desses profissionais.
 

A lawtech tem como objetivo, desburocratizar o direito no país, oferecendo serviços por meio de uma plataforma tecnológica que oferece agilidade, automatização e segurança nos processos diários da rotina de um advogado.“Percebemos a necessidade de desburocratizar o trabalho do advogado previdenciarista, são muitos documentos, arquivos e cálculos, isso demandava um tempo enorme do dia a dia. Decidimos criar a plataforma para otimizar processos e organizar as tarefas dos profissionais da área, a solução tem contribuído principalmente durante a pandemia”, explica Renan Oliveira, advogado e um dos fundadores do Previdenciarista. 


 

Escritório em nuvem
 

O startup já possui mais de 10 mil clientes - advogados espalhados por todo o Brasil. Entre as principais soluções que a plataforma oferece estão: calculadora de benefícios automatizado a partir do CNIS do cliente, indicação dos melhores benefícios para o segurado, relatórios de tempo e renda para cada beneficiário, indicação das melhores petições selecionado pelo advogado, autopreenchimento das petições com os dados do cliente e advogado, gestão dos clientes previdenciários, histórico de eventos do cliente e armazenamento de cálculos, petições e documentos do cliente na nuvem.
 

Um trabalho que levaria horas por uma pessoa pode ser feito em segundos pelo sistema. As aplicações são muitas, desde processamento de dados, estatísticas, cálculos, automatização de processos, consultas, entre outros. “O maior diferencial do Previdenciarista hoje é oferecer aos nossos clientes uma plataforma SaaS com tecnologia para inovar no Direito, além da segurança dos dados - todas as petições e cálculos dos clientes são salvos na nuvem”, explica Renan. “São cerca de três mil modelos de petições previdenciárias que podem ser preenchidas automaticamente, com os dados e as informações fornecidas pelo advogado”, finaliza.

 



Previdenciarista

https://previdenciarista.com/


Como prevenir o burnout em funcionários durante e após a pandemia

A pandemia virou o mundo do trabalho de cabeça para baixo. Ainda assim, um artigo do Fórum Econômico Mundial diz que, de forma geral, transição para o teletrabalho aconteceu de forma suave: "a maioria dos trabalhos de escritório continuaram a funcionar como se nada tivesse mudado". 

Também fala-se muito da quantidade de tarefas que as pessoas estão conseguindo entregar. Uma pesquisa de maio da Prodoscore indica que a produtividade de funcionários durante 2020 aumentou em 47%. 

Apesar desse dado parecer extremamente positivo, um olhar mais atento revela, no entanto, que os níveis de Burnout - distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema - estão altos. O fato é que os líderes precisam estar mais atentos que nunca em relação ao possível problema e trabalhar para preveni-lo. 

É preciso entender que Burnout não é algo incomum: 73% dos profissionais entrevistados em abril pela rede anônima de profissionais (via TechRepublic ) afirmaram experimentar o burnout. Na metade de fevereiro, esse índice era de 61%. 

Provavelmente, o burnout afeta pessoas de toda a empresa. Uma pesquisa recente da Gallup indica que mais de três quartos dos respondentes enfrentam o Burnout "de vez em quando". Além das longas jornadas de trabalho, também são listados fatores como a falta de apoio e comunicação por parte dos gerentes, o tratamento injusto, cargas de trabalho impossíveis de gerenciar e pressão desnecessária em relação a prazos. Essa lista configura o top 5 quando se fala de motivos causadores de burnout.

 

Priorização de objetivos e resolução de problemas 

Recentemente, um jovem e talentoso colaborador da área de finanças me abordou com uma séria preocupação. Ele disse que era muito jovem para estar tão esgotado e que essa sensação tinha que ter fim. 

Perguntado como eu poderia ajudá-lo, ele sugeriu que eu orientasse às pessoas na organização sobre as atividades que são realmente prioridade e outras que simplesmente elas devem parar de fazer. Fiz o que ele solicitou para que todos canalizassem suas energias no sentido de cumprir os objetivos de negócios da empresa. 

Se as pessoas estão se desviando do plano estratégico, é fundamental reorientar esse caminho.

 

Acompanhamento da equipe por meio de check-ins regulares 

É preciso checar com frequência quais são os desafios e preocupações das pessoas da equipe de trabalho. Essa prática ajuda a coletar informações e a prestar a assistência necessária. 

No mundo do teletrabalho massivo, as oportunidades de interação são limitadas. Em um escritório, passamos por um colega no corredor, vemos se ele parece estressado e perguntamos o que está acontecendo. Agora, é preciso investir tempo e esforço para fazer essa avaliação. 

Fazendo uma analogia simples, as empresas são organismos com batimentos cardíacos e ritmos. Para obter os melhores resultados, é preciso cuidar das necessidades emocionais, da saúde e do bem-estar dos funcionários.

 

Implemente um modelo operacional eficaz focado na era da pandemia 

O trabalho excessivo pode estar ligado a fatores que aumentam os índices de burnout, como burocracia, complexidade, tensão desnecessária, conflitos e falta de alinhamento. Se as pessoas trabalham 15 horas por dia apenas para terminar as tarefas simples, é fundamental reavaliar a objetividade da estratégia corporativa. 

Pergunte-se qual modelo operacional funciona melhor para que as pessoas cumpram suas tarefas em menos tempo. Se necessário, redesenhe esse modelo. Livre-se das velhas maneiras de fazer as coisas, as que não funcionam mais atualmente. É preciso encarar o mundo como ele existe hoje.

 

Não trabalhe mais, trabalhe melhor

Se seu batimento cardíaco está aumentando e diminuindo (como ao experienciar ansiedade), em algum momento isso irá afetar seu coração. As pessoas são o coração da sua organização. Quanto mais elas trabalham, maior o desgaste e menor a expectativa de permanência em sua empresa. 

Então, como podemos salvar o coração da empresa? Como voltar a diminuir os batimentos cardíacos para bombear o sangue de modo mais eficiente, ganhando longevidade? Vale muito a pena investir o devido tempo e atenção a essas perguntas. Só assim é possível fornecer um novo sopro de vida ao seu negócio.

 

 


Eric Hutto - Presidente e Diretor de Operações da Unisys

Unisys

http://www.unisys.com.br

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