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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Setembro verde: Com hábitos saudáveis, atenção na prevenção é possível evitar o câncer de intestino


 Sociedade Brasileira de Coloproctologia lança a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado”, para conscientização da população; casos crescem em jovens



Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 50 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? A boa notícia é que a resposta é afirmativa. Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da neoplasia.

Pensando em conscientizar a população e desmistificar o câncer de intestino, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove o Setembro Verde com a campanha “Não é sorte, é prevenção e cuidado” nas redes sociais (Facebook: www.facebook.com/portalcoloprocto e Instagram: www.instagram.com/portaldacoloproctologia) e no Portal da Coloproctologia (www.portaldacoloproctologia.com.br). Para a coloproctologista Sthela Maria Murad Regadas, presidente da SBCP, a população precisa ser informada sobre a doença, como preveni-la adequadamente e saber que existem tratamentos eficazes para controlar a condição.

“Os casos de tumor no intestino estão aumentando, e diante disso, o Setembro Verde alerta não apenas para prevenção, mas sobre a importância do diagnóstico adequado e fala sobre os tratamentos efetivos para a condição. É preciso mobilizar a população em prol da saúde intestinal, qualidade de vida e longevidade”, diz.


Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado conecta o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.


Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

- Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

- Obesidade;

- Sedentarismo;

- Tabagismo e alcoolismo².

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.


Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.


A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Você sabia que em 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor¹?  

“Para identificar esse cenário precocemente, vá ao médico e não tema, faça a colonoscopia, caso seja recomendada”, reforça a médica. Realizada por meio de um aparelho flexível que é introduzida do ânus até o intestino com o paciente devidamente anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

Além da colonoscopia, também existe outro exame, simples e de baixa custo, que avalia a presença de sangue oculto nas fezes. Informe-se e converse com o seu médico como será com você, certamente será da forma mais adequada possível.



Câncer colorretal: tem tratamento sim!
O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia robótica ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.




Referências:

  1. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Disponível em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino. Acesso em julho de 2019.

Especialista alerta para diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla



A Santa Casa de Mauá chama a atenção da população para a Esclerose Múltipla, uma doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e o sistema nervoso central. De acordo com o neurologista Carlos Roberto Zambom, cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo e aproximadamente 35 mil no Brasil possuem a doença, sendo a maior incidência em mulheres de 20 a 40 anos. “A patologia não é contagiosa e nem mental, não tem prevenção e nem cura. O tratamento visa reduzir a progressão”, ressalta o especialista.

As principais causas são desconhecidas, mas dados mostram que o ambiente, a genética e alguns vírus podem desenvolvê-la. Sabe-se que o sistema imune desgasta a bainha protetora que cobre os nervos, a mielina, o que causa problemas na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras áreas do sistema nervoso central. Tal condição resulta na deterioração dos nervos, em um processo irreversível. Ao longo do tempo, essa degeneração causa lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral, até cinco vezes mais rápido do que o normal.

Os sintomas variam de acordo com a quantidade de nervos afetados e entre os principais estão fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio, coordenação motora, visão e fala, dores articulares, transtornos cognitivos e emocionais, além de disfunção intestinal e da bexiga. 

“Nos estágios iniciais a esclerose múltipla pode dificultar o diagnóstico, uma vez que os sintomas se assemelham com os de outras doenças e aparecem com intervalos. O paciente pode ficar meses ou anos sem qualquer sinal da doença”, explica Carlos Roberto Zambom,

O diagnóstico de esclerose múltipla pode ser difícil e devem ser considerados os relatos do paciente, sintomas, exames clínicos e de ressonância magnética - que avaliará se há lesões no cérebro e pelo exame do líquor. O profissional também poderá solicitar vários outros exames para excluir condições que podem ter sinais e sintomas semelhantes.

Embora a esclerose múltipla não tenha cura, ela pode ser controlada por meio de um tratamento que ameniza as crises, sintomas e a progressão. O tratamento pode envolver medicação oral diária ou injeções. 

Prevenção da obesidade infantil começa no pré-natal

Setembro Laranja, todos em prol da prevenção da obesidade infantil! Estudos destacam a importância de uma boa manutenção do peso na primeira infância para reduzir a obesidade na vida adulta e suas consequências negativas


A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove, em Setembro, a campanha “Setembro Laranja” combate à obesidade infantil. O intuito é conscientizar sobre a importância de práticas alimentares saudáveis em casa e nas escolas, bem como estimular a prática de atividades físicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 41 milhões de crianças menores de cinco anos estejam acima do peso. É um dado alarmante e a conscientização é imprescindível para prevenir a obesidade infantil e outros problemas decorrentes de uma alimentação. 

A obesidade já é considerada uma pandemia e um problema de saúde pública em todo o mundo. Além do excesso de peso, o problema metabólico traz diversas doenças que podem colocar em risco a vida do indivíduo em qualquer fase da vida. Agora, estudos têm mostrado que a obesidade pode ser prevenida ainda no ventre materno, com um pré-natal adequado.

Isso se explica também pela genética. A médica Dra. Flavia Oliveira da Sociedade Brasileira de Pediatria explica que a nossa composição corporal é determinada, de 60% a 80%, pela hereditariedade e mais de 300 genes estão envolvidos na regulação do peso. “Outros pontos que também influenciam são o aumento de peso da mãe e a diabetes gestacional, que levam a uma programação metabólica no bebê que faz com que ele tenha piores preferências alimentares, obesidade e síndrome metabólica na vida adulta”, conta. 


Aleitamento é prevenção

A médica pediatra e neonatologista Dra. Flavia Oliveira diz também que a amamentação previne o alto ganho de peso na infância e o risco de obesidade na fase pré-escolar. “Uma meta análise recente mostrou que as crianças amamentadas apresentam 22% menos risco de obesidade quando comparada àquelas que receberam fórmulas especiais, principalmente após os três meses de vida”, destaca.

Segundo a médica, isso ocorre porque muitas fórmulas prontas são ricas em calorias e proteínas. “Nos primeiros dois anos de vida, o excesso de proteína está associado a uma maior produção endógena de insulina e IGF-1, hormônios ligados à diferenciação das células de gordura e do seu acúmulo. Esse mecanismo é conhecido como ‘programming’ e representa fator crucial para o desenvolvimento da obesidade e suas consequências na vida adulta”, explica.


O comportamento dos pais

A prevenção da obesidade também passa pelos atos da família. “Bebês amamentados têm melhor percepção de saciedade do que aquelas alimentadas com fórmulas. Isso ocorre também porque muitos pais e cuidadores usam a mamadeira como forma de acalmar a criança, prejudicando o aprendizado correto da auto regulagem da fome”, fala Dra. Flavia. 

Incluir os pequenos no preparo das refeições também ajuda a desenvolverem um bom relacionamento com a comida e estudos mostram que as famílias que fazem as refeições juntas regularmente têm menos chances de sofrer de sobrepeso e obesidade. “O bebê aprende a se alimentar com os pais e vai ter bons hábitos se os mesmos o tiverem. Famílias que priorizam frutas, verduras, legumes e grãos integrais aos alimentos industrializados têm muito mais saúde e qualidade de vida. Isso se reflete não apenas no presente, mas principalmente no futuro de todos”, conclui a pediatra. 

Já para médica nutróloga Dra Ana Luisa Vilela, especialista em obesidade, a grande dica que os pais devem seguir para ajudar a manter os pequenos longe dos alimentos de ‘calorias vazias’ é manter os alimentos mais saudáveis e pouco calóricos à vista e já prontos para o consumo. ”Manter o freezer cheio de boas e práticas opções também ajuda muito”, avisa a médica que deixa algumas dicas preciosas e bem simples de serem incorporadas na rotina:

- Frutas, verduras e legumes devem ser lavados antes de entrarem na geladeira e ficar sempre à frente dos olhos. Se a preguiça falar mais alto, a dica é armazenar tudo já picado!

- Queijos e iogurtes não devem faltar na geladeira. Já no armário as fibras de aveias e afins também precisam estar à mão.

- Carnes, frango e peixes podem ser congelados um a um e já temperados com alho, cebola, sal e pimenta. Além de evitar o desperdício, dessa maneira eles descongelam mais rápido e basta tirar do freezer e levar para o forno. Enquanto toam banho, por exemplo, já terá uma proteína pronta.

- Ovos não podem faltar! Ricos em proteína e de baixa calorias, as combinações dos diferentes tipos de preparo podem ir do café da manhã ao jantar.

- Para a hora da fome desesperada, alguns petiscos saudáveis pode ajudar, como a pipoca natural feita sem gordura na panela e até os biscoitinhos de polvilho que conseguem minimizar aquela vontade louca de comer besteira.

”Geralmente o lanche escolar ou naquele lanchinho entre as refeições servem para dar energia à criança entre duas refeições principais, por isso não precisa ter exagero nas calorias. Para simplificar, o ideal é que ele contenha: uma porção de carboidratos - para fornecer energia; uma porção de lácteos - que contém proteínas; uma porção de frutas ou legumes – que são os responsáveis pelas fontes de vitaminas, fibras e minerais, e uma bebida para hidratação”, diz.

Para ajudar a compor uma lancheira inteligente, a médica deixa uma lista com dicas, mas ela lembra que tudo deve ir para escola em lancheiras e garrafas térmicas e sempre dar preferência para os alimentos da época - que além de mais baratos são sempre mais frescos. 

 
Carboidratos
Lácteos
Frutas ou legumes
Bebida
Pães integrais – tipo bisnaguinhas ou pão de forma;
Tortas caseiras com legumes.

 
Iogurte;
Polenguinho;
Requeijão; creme de ricota.
Maçã;
Pera;
Cenourinha baby;
Tomatinhos cereja;
Uvas;
Morangos.
Leite fermentado;
Água de coco;
Suco natural.




FONTES:

Dra. Flavia Regina De Oliveira - Médica Pediatra. Graduada em medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação ABC – FMABC, fez residência médica em Pediatria Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, tem título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP com residência em Neonatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. É especialista em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP e pós-graduada em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein – HIAE.


Dra. Ana Luisa Vilela - Médica Nutróloga. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência  Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde. 

Varizes, quando tratar com laser?


Problema atinge ambos os sexos, mas índice é maior em mulheres  


“As varizes são veias, geralmente tortuosas, evidentes ou não, que podem causar dor, inchaço ou desconforto estético em membros inferiores”, explica Dr. Bruno Nanni Alexandrino, médico angiologista e cirurgião vascular do Hospital VITA.

Segundo ele, as causas específicas para o surgimento de varizes não são bem conhecidas. O que se sabe é que alguns fatores podem contribuir mais, como: histórico familiar, idade - varizes aumentam a prevalência conforme a pessoa envelhece; ser do sexo feminino - mulheres têm mais predisposição a ter varizes; obesidade – o sobrepeso faz com que aumente a pressão intra-abdominal, dificultando o retorno venoso;  gestação - além do aumento da pressão intra-abdominal, ocorre o fator hormonal da progesterona; e uso de hormônios, especialmente estrogênio e progesterona usados em contraceptivos orais.

O problema atinge homens e mulheres, sendo mais evidentes após a segunda e terceira década de vida, porém são mais prevalentes no sexo feminino. “Estão presentes em 1% dos homens e 10% das mulheres com menos de 30 anos de idade, e 57% nos homens e 70% nas mulheres acima de 70 anos”, destaca Dr. Bruno.

“As varizes podem ser maiores ou menores, mais sintomáticas ou menos sintomáticas, mais evidentes ou menos evidentes. O que conseguimos distinguir é a etiologia das varizes, podendo ser primárias, secundárias ou terciárias”, ressalta o especialista. As varizes podem ser primárias, quando uma fraqueza da parede da veia favorece o surgimento das varizes com o passar dos anos; secundárias, quando elas são decorrentes de um problema específico, como uma trombose prévia; hereditárias ou congênitas, quando o paciente nasce com alguma alteração genética, como Klippel-Treanaunay, que favorece o surgimento de mais varizes.

Quanto ao diagnóstico, o médico explica que é clínico, porém com o advento da ultrassonografia com doppler, este passou a ser um exame fundamental na rotina do cirurgião vascular para complementar e precisar o diagnóstico.
Já a melhor prevenção para as varizes é o tratamento, que inclui a parte clínica e, quando necessário, a intervenção.


Tratamento

O tratamento pode ser dividido em intervencionista e não intervencionista. “Quando optamos por não intervir nas varizes, o paciente deve realizar exercícios físicos para fortalecimento muscular de membros inferiores, especialmente a panturrilha, reduzir peso, usar meias elásticas e medicamentos venotônicos, se necessários. Já a intervenção, podemos optar pelo tratamento com espuma para varizes, ou tratamento cirúrgico”, relata o angiologista. O tratamento cirúrgico das varizes consiste nas flebectomias (retirada mecânica das varizes visíveis por meio de microincisões) e na retirada da veia safena, quando ela estiver doente. A safenectomia pode ser feita de maneira convencional, por meio de incisão e fleboextração da veia, ou por meio de técnicas menos invasivas como o laser e a radiofrequência, que são técnicas que realizam a ablação da veia sem a necessidade de cortes maiores.

Dr. Bruno explica que o laser e a radiofrequência endovenosos são indicados para pacientes que possuem refluxo sintomático de veia safena. “Para a realização do procedimento, é feito uma punção da veia safena guiada por ultrassom, levando a fibra até o trajeto doente, e realizando a termoablação da mesma”, esclarece.

De acordo com o médico, o laser e a radiofrequência têm a vantagem de serem procedimentos menos invasivos, com uma taxa de recanalização bastante baixa, trazendo menos dor e desconforto no pós-operatório para os pacientes. Além disso, o tempo de recuperação acaba sendo mais rápido, e os riscos de complicações são menores. O paciente retorna mais rapidamente às atividades, com menos desconforto.

Quanto ao laser, pode ser aplicado em varicoses, quando se pensa em tratamento estético e não invasivo, sendo o chamado laser transdérmico. Este se difere do laser para tratar safena em diversos fatores, dentre eles o comprimento de onda e o aparelho usado para o procedimento. “Não é possível estimar a quantidade de sessões que cada paciente precisa fazer, pois é um tratamento individualizado e cada pessoa responde de uma maneira diferente”, ressalta.
A recuperação de uma safenectomia a laser/radiofrequência é rápida, com o paciente apresentando bem pouco desconforto no pós-operatório. Dependendo do caso, o paciente realiza o procedimento sob anestesia local apenas (muitas vezes sem sedação), e, ao fim do procedimento, vai para casa direto, sem a necessidade de internação. “Logicamente os sintomas de desconforto e dor são individualizados, mas geralmente o laser/radiofrequência tem uma recuperação melhor e desconforto menor quando comparado a uma safenectomia convencional’, complementa o cirurgião vascular.

“A doença de varizes é progressiva e sem cura. As varizes, infelizmente, vão voltar a aparecer. Cedo ou tarde o paciente irá apresentar novas varizes; porém não se pode prever quando e o quanto de varizes. Portanto a melhor maneira de prevenir é tratá-las assim que surgirem, para evitar que aumentem mais em quantidade e calibre”, conclui o especialista.

Varizes e trombose: saiba quando procurar um médico


Entenda a importância de receber informação apropriada 

De acordo com a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SITH), a cada 37 segundos uma pessoa morre no mundo devido a complicações da trombose venosa profunda. Enquanto isso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 45% das mulheres e 30% dos homens acima de 30 anos sofrem com as varizes no Brasil. Esses dados tem a ver com alguns fatores que podem influenciar no surgimento de tais doenças, mas, ao mesmo tempo, a desinformação também é um risco.
O angiologista e diretor da Clínica AngioGold, Carlos Eduardo Jorge, comenta que é muito comum pacientes chegarem com dúvidas e, até mesmo, informações erradas no consultório. De acordo com o especialista, esses pontos podem prejudicar o tratamento ou piorar quadros de pessoas que evitam buscar atendimento especializado. “Infelizmente, alguns boatos atingem muita gente. Alguns podem não ter efeito, mas outros podem ser prejudiciais. Então é necessário ficar atento, pesquisar notícias com credibilidade e sempre procurar um médico de confiança”, indicou.
Como identificar os sintomas?
Para varizes ou trombose, alguns sintomas iniciais podem ser parecidos, mas as duas doenças são diferentes e é necessário atenção adequada para cada uma. Por isso, procurar o médico logo no início, para ambas as situações, é essencial. 
Portanto, Carlos Eduardo ressalta a importância de ficar atento e procurar um especialista aos primeiros sinais. “Ao sentir dor, queimação ou sensação de peso nas pernas em situações incomuns, é recomendado realizar alguns exames de rotina para saber se está tudo bem. Caso esses sintomas se tornem mais fortes acompanhados de inchaços e coloração diferente na perna é fundamental procurar um angiologista e começar as avaliações”, completou.


Fonte: Carlos Eduardo Jorge, professor, médico angiologista e diretor da Clínica AngioGold, em Belo Horizonte.

Mulheres dependem mais dos óculos, diz IBGE


Oftalmologista explica porque os vícios de refração são 35% maiores entre elas. Entenda como a cirurgia refrativa elimina os óculos.


O uso de óculos de grau é 35% maior na população feminina de acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a maior concentração de tarefas próximas como a costura, o artesanato e até as horas contínuas usando telas digitais são fatores que facilitam o desenvolvimento da miopia na população feminina.  Isso porque, explica, o prolongado esforço visual para perto pode encurtar os músculos ciliares que regulam o foco visual nas várias distâncias e levar à diminuição da visão de longe  que caracteriza a miopia.

"Os olhos das mulheres também estão expostos aos componentes de maquiagens e cosméticos que podem facilitam o desenvolvimento do astigmatismo, afirma. Isso porque, explica, o astigmatismo é uma deformação na córnea, lente externa do olho, que pode estar relacionada à alergia e ao hábito de coçar os olhos desencadeado por estes produtos.

Tanto a miopia como o astigmatismo podem ser corrigidos com óculos de grau ou lente de contato. O problema é que uma enquete realizada pelo médico com 814 pacientes portadores de vícios refrativos mostra que  33% gostariam de se livrar dos óculos. A boa notícia é que a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia,  inclusive em graus altos, podem ser corrigidos pela cirurgia refrativa.


Como funciona

Queiroz Neto afirma que com exceção dos implantes para correção de altos vícios refrativos em toda cirurgia refrativa é usado um Excimer laser que emite luz fria para moldar a córnea. É esta modelagem que faz a luz ser focada em um único ponto sobre a retina e torna a visão nítida.

No Lasik, explica, o cirurgião faz um corte manual na camada externa da córnea, aplica o laser na camada intermediária para modelar a visão e recoloca a lamela recortada no mesmo lugar.

No Intralase a cirurgia é inteiramente feita a laser, do corte da lamela à remodelagem da córnea. É mais segura e previsível porque o corte a laser evita as imprecisões causadas pelo tremor natural da mão do cirurgião. A técnica permite economizar até 20% de tecido da córnea. Por isso, pode ser feita em córneas mais finas.

No PRK, o especialista afirma que não há corte. O laser faz uma raspagem na superfície da córnea que modela a visão. A recuperação da cirurgia é mais lenta e dolorida. A vantagem é que pode ser feita em córneas mais finas, mas corrige até 4 graus de miopia. 

A escolha entre uma técnica ou outra depende das características de cada olho.. O Lasik, ressalta,  pode corrigir graus mais elevados do que o PRK, mas só é indicado para córnea mais espessa.

O implante de lente para corrigir altos vícios de refração é a única técnica reversível, já que a lente pode ser retirada. O oftalmologista diz que a lente implantada entre a íris e o cristalino pode corrigir até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo.


Contraindicações

Queiroz Neto afirma que toda pessoa que passa pela cirurgia refrativa fica com olho seco temporário por até 90 dias, período em que é indicado o uso de colírio lubrificante. Uma dúvida comum é se o grau volta. ”Os novos lasers são mais precisos,  corrigem inclusive pequenas imperfeições que interferem na visão, e isso dificulta a volta do grau”, salienta. As principais contraindicações da refrativa elencadas pelo oftalmologista são: olho seco severo ●córnea fina  ●gravidez ou amamentação  ●doenças na córnea, retina ou glaucoma  ●menos de 21 anos  ●instabilidade no grau há menos de 1 ano ●doenças autoimunes  ●dificuldade de cicatrização  ●tratar acne com isotretiona.

Segundo o especialista. diversas pesquisas mostram que 98% dos que operam ficam satisfeitos, mas estar livre dessas contraindicações é essencial para ter uma cirurgia bem-sucedida, conclui.

Nova molécula interrompe ciclo de vida do parasita da malária


Um grupo internacional de pesquisadores comprovou que uma molécula denominada TCMDC-135051 é capaz de inibir seletivamente uma proteína essencial para o ciclo de vida do Plasmodium falciparum, uma das espécies causadoras da malária.

Os resultados do estudo, publicados nesta sexta-feira (30/8) na Science, abrem caminho para o desenvolvimento de um novo fármaco contra a doença, que tem 200 mil novos casos e mata quase meio milhão de pessoas no mundo anualmente. Um dos obstáculos para a erradicação da malária, atualmente, é o fato de o parasita ter adquirido resistência aos medicamentos existentes.

Entre os autores estão integrantes do Centro de Química Medicinal (CQMED), sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob a coordenação do professor Paulo Arruda, e apoiado pela FAPESP por meio do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE). O grupo integra a rede do Structural Genomics Consortium (SGC) – consórcio internacional de universidades, governos e indústrias farmacêuticas para acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos. O CQMED também é uma Unidade de Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Sintetizada pela farmacêutica GSK, a molécula TCMDC-135051 mostrou ação específica sobre a proteína quinase PfCLK3 (sigla para cyclin-dependent–like kinase), sem afetar proteínas humanas.

“A inibição da PfCLK3 afeta o parasita em diferentes estágios de desenvolvimento – tanto no que chamamos de fase assexuada, quando ele se prolifera dentro da célula humana e provoca os sintomas, quanto na fase sexuada, quando pode ser transmitido de volta para o inseto vetor e completa seu ciclo, podendo infectar outros seres humanos”, disse Paulo Godoi, que realizou o trabalho durante pós-doutorado no CQMED.

Também participou do estudo Dev Sriranganadane, que atualmente realiza estágio de pós-doutorado no mesmo centro. A pesquisa foi coordenada por Andrew Tobin, da Universidade de Glasgow, na Escócia.

“O grupo da Unicamp teve um papel essencial nesse projeto. Eles foram capazes de responder se nossa droga poderia ter outros efeitos além de inibir a PfCLK3. Sem essa informação, não poderíamos ter prosseguido com o estudo”, disse Tobin à Agência FAPESP.

Como os parasitas do gênero Plasmodium estão se tornando cada vez mais resistentes às drogas antimaláricas existentes, há uma preocupação crescente em encontrar novos compostos com potencial para serem transformados em fármacos.

“Esse inibidor da PfCLK3 é bastante promissor, pois é capaz de eliminar o parasita em todas as fases do seu ciclo de vida”, disse Godoi.

PfCLK3 controla a atividade e a produção de outras proteínas importantes para a manutenção da vida do parasita. Ao bloquear sua atividade, a molécula mata o P. falciparum e não só previne a transmissão como pode tratar a doença em humanos.

A TCMDC-135051 foi selecionada entre 24.619 moléculas que poderiam ter efeito sobre a PfCLK3 e foi a que mostrou maior especificidade sobre a proteína do parasita.

O estudo sugere ainda que a molécula tem ação sobre outras espécies de Plasmodium. Segundo Godoi, o composto foi testado in vitro contra as enzimas CLK3 das espécies P. vivax e P. berghei e em cultura de células de P. knowlesi (similar a P. vivax) e P. berghei, mostando atividade para as duas espécies.

"Foi também feito um teste em camundongos infectados com  P. berghei. O resultado in vivo mostrou eliminação do parasita na corrente sanguínea após cinco dias de infecção", disse.


Contribuição brasileira

Para ser considerada segura, uma molécula candidata a se tornar um fármaco não pode interferir com proteínas humanas. Tanto parasitas do gênero Plasmodium quanto seres humanos possuem enzimas do tipo quinase. A quinase humana mais semelhante à proteína PfCLK3 de Plasmodium é a PRPF4B. Assim, para comprovar que a molécula TCMDC-135051 é segura, Tobin entrou em contato com o grupo do CQMED, um dos poucos que estudam a função da PRPF4B humana.
“Colocamos a PRPF4B para interagir com concentrações diferentes da nova molécula. E até a mais alta delas não foi capaz de inibir a enzima humana”, disse Godoi.
Para garantir que a molécula seria segura para um futuro medicamento, os pesquisadores precisavam provar que ela não afetaria a atividade de proteínas importantes para a funcionamento do organismo humano.
“Nós decidimos apostar em uma proteína pouco estudada e agora colhemos o fruto: tornar possível esse estudo com grande potencial para um novo medicamento”, disse Rafael Couñago, coordenador científico do CQMED.
Para se tornar um fármaco, porém, o inibidor ainda precisa passar por novos testes. “Precisamos melhorar ainda mais a segurança da molécula e, então, ela estará pronta para testes em humanos. Essa etapa deve levar de três a cinco anos”, disse Tobin.


O artigo Validation of the protein kinase PfCLK3 as a multistage cross-species malarial drug target (doi: 10.1126/science.aau1682), de Mahmood M. Alam, Ana Sanchez-Azqueta, Omar Janha, Erika L. Flannery, Amit Mahindra, Kopano Mapesa, Aditya B. Char, Dev Sriranganadane, Nicolas M. B. Brancucci, Yevgeniya Antonova-Koch, Kathryn Crouch, Nelson Victor Simwela, Scott B. Millar, Jude Akinwale, Deborah Mitcheson, Lev Solyakov, Kate Dudek, Carolyn Jones, Cleofé Zapatero, Christian Doerig, Davis C. Nwakanma, Maria Jesús Vázquez, Gonzalo Colmenarejo, Maria Jose Lafuente-Monasterio, Maria Luisa Leon, Paulo H. C. 
Godoi, Jon M. Elkins, Andrew P. Waters, Andrew G. Jamieson, Elena Fernández Álvaro, Lisa C. Ranford-Cartwright, Matthias Marti, Elizabeth A. Winzeler, Francisco Javier Gamo e Andrew B. Tobin, pode ser lido em: https://science.sciencemag.org/content/365/6456/eaau1682.
 



André Julião
Agência FAPESP 

O que é ostomia e como ela afeta a qualidade de vida das pessoas


O Brasil possui cerca de 400 mil ostomizados, condição que tem na falta de informação e no preconceito os maiores adversários


Estimativas globais indicam que a quantidade de indivíduos ostomizados é de 0,1% da população geral. No Brasil não existem números exatos sobre quantas pessoas são portadoras de ostomias, mas, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que haja cerca de 400 mil ostomizados no país.

De acordo com o médico coloproctologista, Carlos Mateus Rotta, a realização de uma estomia pode ser decorrente de problemas do sistema gastrointestinal, traumatismos colo-retais, anomalias congênitas e, principalmente, câncer de cólon e reto. E deve ser realizado em todas as doenças que envolvam, em seu tratamento, o desvio do trânsito intestinal.

A realização do procedimento acarreta mudanças no estilo de vida das pessoas, que envolvem desde a aprendizagem do autocuidado com a estomia, pois passam a usar uma bolsa de colostomia, até alteração das atividades sociais e cotidianas.

Para Andreia Muniz, ostomizada após uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino, devido a uma endometriose, que o colou em seus órgãos, entre as dificuldades diárias enfrentadas estão, por exemplo, a questão da acessibilidade a banheiros adaptados fora de casa. “A falta de banheiros com uma duchinha é um transtorno para nós, ostomizados. Não temos controle sobre o estoma, então, se ele funciona e enche a bolsinha enquanto estamos na rua, não tem jeito: tem que trocar, senão ela pode vazar e o odor é muito forte. E os banheiros públicos não atendem nossas necessidades de higiene, e isso é um grande dificultador,” lamenta.

E, na maioria dos casos, as pessoas que passam por esse tipo de cirurgia acabam sendo vítimas de preconceito. É o caso de Sandra Neves Rabelo que, há sete anos, convive com uma bolsa de colostomia após o tratamento de um câncer de colo de útero que afetou seu intestino devido à radioterapia. “Ser uma ostomizada representa enfrentar dificuldades, sobretudo em lugares públicos. Isso sem contar o olhar de preconceito das pessoas a nossa volta, o que nos causa constrangimento e faz com que percamos a vontade de sair de casa”, afirma.


Um bloqueador de odor sanitário que resolveu o problema do mau cheiro

De acordo com Sandra, um fator que constrange muito as pessoas ostomizadas é o forte odor das fezes, o que muitas vezes leva a pessoa a se isolar. Há alguns meses ela conheceu um produto, na casa da irmã, que, segundo ela, mudou seu comportamento na hora de fazer a higienização da bolsinha. “Não sinto mais vergonha, espirro o bloqueador de odor no vaso, como recomenda a fabricante FreeCô, esvazio a bolsa e não fica nenhum cheiro. O produto foi libertador pra mim”, revela.

Em seu processo de recuperação, ela conta que, embora tivesse o apoio da família, se sentia muito triste, inconformada com a situação, o que a levou a um processo de negação do quadro. “Levei um bom tempo para perceber que precisava me aceitar, entender que estava saudável, que não estava sozinha e que muitas outras pessoas enfrentam o mesmo quadro que o meu. Que a limitação estava na minha cabeça”, lembra ela.

O coloproctologista ressalta que, o maior desafio dos pacientes com esse quadro, é aprender a conviver com a nova situação e que para isso é muito importante reconhecer que a estomia salvou a vida delas. “O ideal é sempre contar com acompanhamento psicológico, nutricional e de um enfermeiro especializado em estomia, suporte essencial para que o paciente viva bem com a colostomia”, afirma Carlos Mateus Rotta.


Enfrentando o preconceito

O preconceito às vezes vem de quem menos se espera. Foi o caso de Andreia. Quando ela chegou para uma consulta de rotina, com a bolsa à mostra, foi repreendida pelo próprio médico que alegou que ela não precisava expor a bolsinha. “A situação piorou quando perguntei se podia entrar na piscina com a bolsa, pois pretendia viajar. Para minha surpresa, ele falou que não, que era muito nojento. Simplesmente, ignorei e viajei. Mas, confesso que não fiquei à vontade, escondi a bolsinha com receio de que as pessoas percebessem. Mas, depois do ocorrido, decidi que não deixaria ninguém mais agir dessa forma”, afirma.

Apesar da decisão, colocá-la em prática não foi tarefa fácil. Andrea precisou superar momentos difíceis, que a levaram a enfrentar uma depressão. A superação veio com a coragem de enfrentar o quadro. Hoje, ela produz capinhas coloridas e divertidas para sua bolsa, trabalho que passou a divulgar por meio de suas redes sociais. A atitude lhe rendeu incentivos e contatos com outros ostomizados, que passaram a solicitar encomendas. “Queria mostrar que os ostomizados precisam de cuidado, sim, mas podem levar uma vida normal com leveza e bom humor, desde que a gente se aceite primeiro”, reconhece Andreia.



Dr. Carlos Mateus Rotta – Coloproctologista - Formado pela Universidade de Mogi das Cruzes - SP (UMC). Doutor em Cirurgia do Aparelho Digestivo. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Especialista em Coloproctologia. Criou também a associação dos ostomizados da região de Mogi das Cruzes há mais de 20 anos.

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FreeCô – Bloqueador de Odores Sanitários

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