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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Cantareira Norte Shopping abre calendário com novas datas para vacinação


A campanha de vacinação contra febre amarela no Cantareira Norte Shopping superou as expectativas e abriu novas datas para o mês de abril. Já estão confirmados os dias 3, 9, 16 e 25, das 10h às 17h, no piso térreo do empreendimento, logo na entrada principal, próximo às lojas C&A e Pernambucanas. A ação vem sendo realizada em parceria com a UBS City Jaraguá e SUVIS.

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. "E o objetivo da campanha no shopping é ampliar a imunidade da população contra os principais causadores de doenças" ressalta Elizabete Henriques, gerente de marketing do Cantareira Norte Shopping.

A participação do empreendimento visa facilitar o acesso à vacina, principalmente para os moradores da região. A quem precisar de transporte, o shopping conta com micro-ônibus gratuito que abrange uma grande área próxima do complexo.

Para receber a dose é necessário apresentar RG ou Cartão do SUS, bem como a carteira de vacinação. Vale ressaltar que há algumas restrições, como em bebês de até 9 meses, em pacientes com câncer ou em tratamento, transplantados de órgão sólidos e medula óssea, pessoas em uso de corticoide, portadores de HIV, gestantes ou mulheres amamentando bebês de até 6 meses, além de pessoas com as seguintes doenças: miastenia e alergias graves, timona, lúpus, doença de Addison, artrite reumatoide e imunodeficiência.




Vacinação contra febre amarela no Cantareira Norte Shopping

Dias 3, 9, 16 e 25 de abril de 2019
Horário: das 10h às 17h
Local: entrada principal do shopping, no piso térreo, próximo à C&A e Pernambucanas
Site: www.cantareiranorteshopping.com.br
Telefone: 11 3090-8100
Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 11.001, Jardim Pirituba
Horários de funcionamento do shopping
Lojas e Praça de Alimentação:
-segunda-feira a sábado das 10h às 22h
-domingos e feriados: lojas das 14h às 20h e alimentação das 11h às 22h
Tem acesso a portadores de necessidades especiais
Estacionamento do Cantareira Norte Shopping: gratuito de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h, exceto feriados
Até 4 horas - R$8,00
Cada hora adicional - R$2,00
Aceita Sem Parar e Conect Car


Autismo: O mundo é muito maior que um simples diagnóstico


O depoimento de uma mãe sobre o que mudou na vida da família depois que o filho foi diagnosticado com TEA - Transtorno do Espectro do Autismo 


Quando ele nasceu, como qualquer outra família pedimos à Deus que ele tivesse saúde pro resto da vida.   

Ele foi crescendo, se desenvolvendo, estava cada dia maior e mais pesado! Que alegria! Os marcos de seu desenvolvimento foram todos passados com louvor! Apontava os objetos, olhava quando era chamado, andou poucos dias após o seu aniversário de 1 ano. Tudo corria na mais perfeita ordem.  

Perfeita ordem? Existe isso? Mal sabíamos que o normal não, necessariamente, é o certo para nós, que fora da vida em que vivemos, existem tantos outros “universos particulares” e que cada um segue sua vida dentro das suas limitações.  

Limitações? Existe isso? Mal sabíamos que as limitações para uns são exatamente o que precisam para ser feliz!  

Ser feliz? Existe isso? Mal sabíamos que nas pequenas coisas, nas pequenas atitudes e nos pequenos avanços, podíamos ser mais felizes que muitos ganhadores de oscars.  

Ele foi crescendo, e, a partir de seus 18 meses percebemos que algo estava errado! Ele não falava nada, pouco emitia sons, começamos a perceber que ele batia muito os braços quando estava muito feliz ou ansioso, começou a chorar e gritar mais do que sempre fez. Chamar a mãe ou o pai, só aos gritos de “ouuuuuuuuu”. Bom, percebemos que alguma coisa que não estava correndo bem!  

Conversamos com um conhecido, com outro e sempre as mesmas falas, “ele é muito mimado”, “vocês fazem tudo o que ele quer, falar pra que?”, “coloca na escola, vocês vão ver, vai falar rapidinho.”   

Quando ele completou 20 meses colocamos na escola. “Agora tudo será resolvido!” O tempo foi passando e nada, a escola nos chamou, fez milhares de apontamentos e até diagnósticos deram. 

Respirar fundo e pensar! Era só o que fazíamos para tentarmos manter a calma. Principal hipótese, autismo!   


A partir daí começamos a girar em torno do nosso rabo, desculpem a expressão. Conhecemos vários médicos, vários especialistas e cada um dizia uma coisa. Resultado: estávamos perdidos.  

Perdidos pois já tinham colocado um rótulo no nosso filho, porém não sabíamos como lidar com tudo isso e não encontrávamos pessoas que aliviassem, explicassem ou até entendessem a nossa dor.  

Foi aos 3 anos e meio que veio o laudo definitivo, dado por uma equipe multidisciplinar da universidade de SP. Estava lá, escrito, no papel, na nossa testa e na cara dele, aquele rótulo, AUTISTA.  

Como todas as famílias passamos por um período de luto, só quem recebe esse diagnóstico sabe o que estou falando, mas não durou muito não. Fomos à luta! Vamos fazê-lo desenvolver seu melhor! O nosso primeiro objetivo era que ele falasse.  

Fomos para fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas, todos que vocês possam imaginar, mas ninguém entendia o nosso filho. Ele era diferente, nem pior, nem melhor do que o filho de ninguém, apenas diferente. Ele funcionava de uma maneira atípica e isso fazia com que os olhares das pessoas fossem todos para ele, sempre!  

Não desistimos, corremos atrás sem pensar, vimos a necessidade de ter especialistas em autismo por perto, uma vez que percebemos que a maioria dos profissionais não estava preparada para atender crianças com esse diagnóstico. Fizemos terapia fonoaudiológica, equoterapia, musicalização, esportes diversos... fomos incansáveis.  

Aos 4 anos ele começou a falar e a se comunicar com os amigos e conosco!!! Que alegria, uma etapa vencida, meu filho conseguia falar para o mundo o que ele sentia! Foi um divisor de águas em nossas vidas.  

A partir disso, a socialização dele na escola mudou, ele começou a ter amigos, a brincar com eles, porém o que não mudava era o modo dele encarar o mundo, de viver a vida.  

Começamos a perceber que ele não dava importância para as coisas sofisticadas, para o ter, e sim para as coisas simples da vida, se tornou um menino doce, querido por todos, pouco reclamava, pouco pedia, mas muito falava, meu Deus, como falava.   

Foi em uma dessas conversas intermináveis que ele disse que o presente mais especial que havia ganhado em seu aniversário, era o pijama que ganhou do melhor amigo. Em meio a vídeo games, ipads, brinquedos caríssimos que ele tinha, o melhor presente era aquele que o amigo que ele tanto amava tinha dado.  

Foi aí que cansamos de correr atrás de médicos e equipes que não sabiam como tratá-lo e fomos atrás de equipes especializadas em TEA, em pessoas que confiávamos. Queríamos entender o mundo em que o nosso filho vivia.  

Para a nossa surpresa, a equipe decidiu tirar o diagnóstico de TEA dele! Choramos de alegria, de alívio, de agradecimento. Porém, naquele momento, não nos demos conta que não era o diagnóstico do nosso filho que importava, que não era como chamavam ele e sim o que ele e nós sentíamos e como ele era tratado.  

Crescemos, amadurecemos, sofremos, vivemos cada segundo com um peso de um nome em um papel: AUTISTA.  

Se ele é ou não, ainda temos dúvidas, mas o que mais importa é que aprendemos a não submeter nosso filho a um simples diagnóstico, o diagnóstico é muito importante para direcionar a família, mas não para aprisioná-la.  

Com tudo isso que contei, quero deixar para quem está lendo e que tem um filho com diagnóstico de TEA, de que o mundo é muito maior do que um simples diagnóstico. Que temos sempre que correr atrás do melhor para os nossos filhos, mas que nunca podemos permitir que limitem suas conquistas e seus aprendizados. Temos sempre que correr atrás para que tudo seja feito da melhor maneira para eles.  

Que sejamos todos respeitados e que tenhamos nossos direitos garantidos seja lá qual cor, qual religião, qual orientação sexual ou qual diagnóstico tenhamos. O mundo é de todos e para todos. 

Necessitamos com urgência que os profissionais envolvidos com o transtorno do espectro do autismo, professores, fonoaudiólogos, médicos e psicólogos, sejam capacitados para lidar com pessoas como o meu filho.  






 Renata Haddad - pedagoga, pós-graduada em Neuroeducação com ênfase em Transtorno do Espectro do Autismo e mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento – área voltada para a capacitação de professores para educação inclusiva.


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