Doctoralia apoia
campanha e aposta na informação como uma das maiores aliadas para a qualidade
de vida de pacientes e familiares
Apesar de ter apenas 28 dias (ou 29, em ano
bissexto), fevereiro é um mês bastante movimentado para os cuidados com a
saúde. O Fevereiro Roxo, por exemplo, alerta para a conscientização sobre três
doenças: Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Atenta à importância da informação
como ferramenta para esclarecer dúvidas e levar mais qualidade de vida às
pessoas, a Doctoralia,
plataforma que conecta profissionais de saúde e pacientes, engaja-se à campanha
e traz informações validadas por especialistas com o intuito de conscientizar e
desmistificar essas doenças.
Alzheimer: apoio familiar é essencial para o
bem-estar do paciente
Cerca de 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer, e
somente metade deles faz tratamento. A Associação Brasileira de Alzheimer
estima que 100 mil novos casos surjam a cada ano no país, número que pode
dobrar até 2030. O neurologista Willian
Rezende, membro da Doctoralia, observa que o diagnóstico da doença é
clínico. “O médico deve analisar o quadro de demência do paciente e solicitar
exames como hemograma e tomografia ou ressonância magnética do crânio, para
descartar a possibilidade de outras doenças, e testes psicológicos para
verificar o funcionamento cognitivo.”
Ele diz que os primeiros sinais da Doença de
Alzheimer envolvem dificuldade para executar tarefas habituais, como preparar
refeição, pagar contas ou fazer compras, levando mais tempo para realizá-las ou
cometendo mais erros. “É fundamental que o paciente e um familiar busquem
auxílio profissional para uma avaliação minuciosa e acompanhamento médico”,
esclarece o especialista.
Embora não exista cura para o Alzheimer, atualmente
é possível que os pacientes diagnosticados tenham uma qualidade de vida melhor,
por meio de tratamentos que minimizam os sintomas, mantendo-os estáveis ou
tornando a progressão da doença mais lenta. Além do uso de medicamentos
prescritos, Dr. Willian indica atividades que estimulem a atenção, a memória, o
raciocínio lógico e a linguagem, por exemplo jogos e desafios mentais, resgate
de histórias e reflexões, bem como treinos específicos e um calendário para
auxiliar na orientação temporal.
O contato social é igualmente importante, pois
promove a integração do paciente e estimula a comunicação, a convivência e o
afeto. Porém, deve-se evitar aglomerações e lugares muito movimentados, que
podem deixar o paciente confuso. Praticar atividades físicas e fazer
fisioterapia ajudam na coordenação, equilíbrio, força muscular e flexibilidade,
favorecendo a independência e a percepção sensorial. “Exercícios como
alongamentos, fortalecimento muscular e aeróbicos moderados são indicados,
desde que sob orientação e com acompanhamento”, acrescenta o neurologista.
Fibromialgia: tratamento precoce ajuda a minimizar
os sintomas
De acordo com a Sociedade Brasileira de
Reumatologia, a fibromialgia acomete, principalmente, pessoas com idade entre
30 e 60 anos. Entretanto, idosos e até crianças e adolescentes também podem ser
diagnosticados com a doença, que consiste em dores por todo o corpo, com
sensibilidade nas articulações, nos tendões, nos músculos e em outros tecidos
moles. “A síndrome também é caracterizada por fadiga, insônia, dores de cabeça,
ansiedade e depressão”, destaca o reumatologista Jaime
Goldzveig, membro da Doctoralia.
Embora suas causas sejam desconhecidas, está
associada a fatores genéticos, infecções por vírus, doenças autoimunes, trauma
físico ou emocional e sedentarismo, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50
anos. Pacientes com artrite reumatoide ou lúpus também são mais suscetíveis à
fibromialgia.
O diagnóstico é feito por um especialista, que avalia
os principais pontos de dor: região da coluna cervical, coluna torácica,
cotovelos, nádegas, bacia e joelhos. “O tratamento inclui o uso de medicamentos
prescritos aliados a uma dieta balanceada, terapia cognitivo comportamental,
fisioterapia, exercícios físicos programados, massagens e técnicas de
relaxamento”, conta Dr. Jaime.
Como a fibromialgia não tem cura nem existem
maneiras de preveni-la, o médico alerta para a importância de buscar ajuda
médica ao identificar os possíveis sintomas, uma vez que quanto antes o
paciente iniciar o tratamento, menores serão os danos da doença. “Ter um estilo
de vida saudável, estar atento à postura corporal, reconhecer os limites ao
praticar atividades físicas e ter uma boa noite de sono são essenciais para
quem convive com o problema”, complementa o neurologista Willian Rezende.
Lúpus: informação é grande aliada de quem sofre com
a doença
Doença inflamatória de origem autoimune, na qual o
sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do organismo por engano, o lúpus
afeta articulações, pele, rins, cérebro e outros órgãos, causando febre, fadiga
e dor nas articulações. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia,
aproximadamente 65 mil brasileiros têm a doença, sendo a maioria mulheres.
Existem quatro tipos de lúpus: discoide, no qual a
inflamação ocorre apenas na pele, levando a lesões avermelhadas no rosto, na
nuca ou no couro cabeludo; sistêmico, forma mais comum e que compromete vários
órgãos ou sistemas; induzido por drogas, semelhante ao sistêmico, porém temporário
enquanto o paciente estiver fazendo uso de determinado medicamento, via de
regra; e neonatal, mais raro e em filhos de mulheres com lúpus.
Dr. Jaime explica que a causa do lúpus ainda não
foi identificada pela medicina, mas está atrelada a fatores hormonais,
infecciosos, genéticos e ambientais. “A prevalência da doença é maior em
mulheres, podendo surgir em qualquer idade, embora seja mais comum entre os 15
e 40 anos. Algumas etnias também são mais suscetíveis, como afro-americanas,
hispânicas e asiáticas”, comenta.
O reumatologista revela que o diagnóstico costuma
ser difícil, uma vez que os sintomas variam de um paciente para o outro, e
podem ser confundidos com outras patologias ou mudam com o passar do tempo. “O
ideal é que além do exame físico, sejam solicitados exames de anticorpos,
sangue e urina, além de radiografia do tórax e biópsia renal, quando
necessário”. Sem cura definitiva, o lúpus precisa ser controlado, o que é feito
seguindo o tratamento farmacológico à risca, sempre com acompanhamento médico.
“Além de apoiar campanhas como esta, que
conscientizam a população sobre os cuidados com a saúde, a Doctoralia
disponibiliza em sua plataforma informações validadas por especialistas e
oferece praticidade na interação entre pacientes e esses profissionais,
tornando a experiência de saúde mais humana. Acreditamos que fazemos a
diferença na vida das pessoas e buscamos aprimorar cada vez mais a plataforma”,
afirma Carlos Eduardo Spezin Lopes, Country Manager da Doctoralia no Brasil.