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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Câncer x equilíbrio emocional: psicóloga explica a importância do suporte emocional para o paciente oncológico


De acordo com pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a taxa de sobrevida após cinco anos da descoberta da doença é de 50% para os homens e 60% para as mulheres. Quanto antes diagnosticada, maiores as chances de cura e, além do diagnóstico precoce, é importante manter o equilíbrio emocional. “A notícia de que se tem câncer pode assustar o paciente e a família, mas deve sempre ser dada com transparência, verdade e humanização. Caso o profissional já conheça os antecedentes psicológicos do paciente, isso ajuda a saber a forma mais apropriada de contar”, explica a psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Susi Andrade.
Apoiar o paciente ao longo de todo o tratamento, sempre o incentivando com pensamentos positivos e não o deixando desistir é bastante necessário. “É muito importante que o paciente tenha à sua disposição o serviço de atendimento de psico-oncologia, além da força dos familiares para encorajá-lo e saber respeitar suas escolhas e limitações”, comenta Susi. A família deve acolher o paciente oncológico e deixá-lo decidir sobre os tratamentos e mudanças na rotina profissional e pessoal. Outro ponto que se deve ter total apoio é em relação a autoestima daquele que está doente, principalmente se houver mudança corporal. É preciso reconstruir a imagem pessoal.
Ainda segundo a psicóloga Susi Andrade, caso o câncer seja terminal, é preciso preparar o paciente e família com a mesma transparência, verdade e humanização. “Pacientes terminais necessitam de apoio, bem como seus familiares. Este é um momento de encerrar laços e de despedidas. O suporte psicológico e equipe de cuidados paliativos são essenciais”, finaliza.


Especialista dá dicas para prevenção do câncer de próstata


De acordo com o diretor científico do Instituto Quimioterapia e Beleza, manter uma alimentação saudável, praticar exercícios e ficar atento aos sintomas são dicas essenciais para prevenir o câncer


Todos os anos são diagnosticados mais de 18 milhões de casos de câncer, 600 mil só no Brasil. Os tipos mais comuns são o câncer de pele do tipo não-melanoma, seguido de câncer de mama e câncer de próstata. Assim como o Outubro Rosa, o Novembro Azul também é conhecido por movimentar ações dirigidas à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Aproveitando o mês no qual o cuidado com a doença ganha mais força e o dia nacional de combate ao câncer, o Dr. Felipe Ades, diretor científico do Instituto Quimioterapia e Beleza – IQeB, dá dicas importantes para prevenção do câncer de próstata.

"O principal fator relacionado ao desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Quanto mais velho o homem, maior é a chance da doença se manifestar. Outros fatores como a hereditariedade e a etnia também podem influenciar. Homens que possuem parentes que tiveram câncer de próstata, ou que têm uma mutação conhecida no gene BRCA apresentam mais risco. Da mesma maneira, homens negros têm mais risco de câncer de próstata do que homens brancos ou asiáticos" esclarece Ades.


Alimentação saudável

Manter uma dieta balanceada com alimentos como vegetais, grãos integrais, frutas, verduras, limitar o consumo de carne vermelha e álcool e evitar carnes processadas e defumadas são fatores protetores importantes


Exercícios físicos regulares

A obesidade está relacionada a um aumento de 20% no risco de desenvolver câncer, por isso é essencial ter uma dieta balanceada aliada a prática de exercícios físicos regulares.


Não ao cigarro

Dr. Felipe Ades reforça que o principal causador de câncer no mundo é o hábito de fumar, embora não esteja muito relacionado ao câncer de próstata é importante lembrar que este é o principal vilão e deve sempre ser combatido.


Atenção aos sintomas

"O câncer de próstata é uma doença sem sintomas na fase inicial.Todos os homens devem conversar com seus médicos sobre os riscos e benefícios de realizar os exames de rastreamento para o câncer de próstata. Em casos dehomens que tenham história da doença na família é recomendado fazer o rastreamentocom exames a partir dos 40 a 45 anos, já os que não apresentam fatores de risco e decidam, em conjunto com seus médicos por fazer o rastreamento, estes devem fazer a primeira avaliação a partir dos 50 anos", finaliza Ades.



Sobre o Instituto Quimioterapia e Beleza

O Instituto Quimioterapia e Beleza nasceu após o forte engajamento e inspirador trabalho nas redes sociais da escritora e blogueira Flávia Flores que levou conforto, bem estar e cuidados com a beleza das mulheres diagnosticadas com câncer. O Instituto tem como missão fortalecer mulheres que estão enfrentando a doença, usando a beleza como uma das ferramentas de superação. Faz parte das iniciativas da Quimioterapia e Beleza apoiar as famílias das pacientes, disseminar e desmistificar informações relacionadas ao câncer, abordar prevenção, beleza, sexualidade e relacionamento familiar, além de promover o engajamento de pessoas e organizações pela mesma causa. Para acompanhar as novidades, doar ou solicitar o seu lenço entre no site www.bancodelencos.com.br ewww.quimioterapiaebeleza.com.br.






Dr. Felipe Ades - médico formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com especialidade em Oncologia Clinica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCa). Adquiriu os títulos de mestre no Institut Gustave Roussyem Paris e doutor (PhD) no Institut Jules Bordet em Bruxelas. Atua no Centro Paulista de Oncologia do Grupo Onco clínicas e no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.


A sombra do suicídio entre os jovens



Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens no mundo. Julio Jacobo Waiselfisz, sociólogo e coordenador do Mapa da Violência no Brasil, endossou esses dados ao apresentar em um de seus estudos que o número de suicídios aumentou em 65% na faixa etária dos 10 aos 14 anos, e em 45% dos 15 aos 19 anos, no período entre os anos 2000 e 2015. Os números são alarmantes e a situação exige atenção da sociedade.

Os motivos desse aumento de suicídios são multifatoriais: um cérebro adolescente em formação, com as incertezas próprias desta idade, aliado a uma criação super protetora. Soma-se a isso a obrigatoriedade de ser feliz a qualquer custo em um mundo onde a mesma tecnologia que une também afasta as pessoas. Difícil administrar, certo?

Diante de tantas incertezas, a ansiedade e a depressão podem bater à porta e, para muitos deles, o suicídio é a saída na ânsia de exterminar o sofrimento e o desespero. Diante dessa situação, cabe aos pais lembrar da importância de transmitir segurança aos filhos durante a vida. Felizes deles também se puderem contar com o limite, com o modelo dos pais diante das ameaças do mundo.

O suicídio entre os jovens é uma forma de fugir do mundo, resultado da ausência de objetivos. A vida perde o sentido e eles deixam de acreditar. Se um adolescente se suicida por desesperança, a sociedade na qual ele vive certamente também está adoecida.

Caso a depressão já esteja instalada, torna-se indispensável procurar um profissional para o tratamento de transtorno da personalidade instalada no psiquismo desse adolescente. Aos educadores, cabe a contribuição de fazer com que os alunos desviem temporariamente o olhar da tela do celular, contemplem a natureza e entusiasmem-se por ela, criando assim uma visão sistêmica da vida que apresenta desafios, mas que também traz oportunidades de crescimento. 

Acima de tudo é necessário desenvolver a consciência de que todo desejo pede realização, mas que nem todo desejo poderá ser realizado. Pois é neste ponto que surge a frustração. 

E não para por aí. É preciso ensinar os princípios da Inteligência Emocional, para adiar a necessidade de satisfação e aumentar a tolerância quando as frustrações surgirem.

E neste âmbito, dois instintos devem ser levados em consideração: de vida (Eros) e o de morte (Thanatos). Quando o instinto de morte prevalece a vida corre perigo. Devemos cuidar dos nossos jovens para não lhes faltar o principal: amor. Suicídio é a falência do amor.




Ivo Carraro - psicólogo e professor do Centro Universitário Internacional Uninter.


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