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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Mitos e verdades da voz durante o verão


Tomar gelado, ingerir bebidas alcoólicas e permanecer com o ar condicionado ligado estão entre os principais vilões “indispensáveis” do verão? Fono desvenda.


Cuidar da voz é praticamente uma questão de condicionamento físico. Ela precisa ser cuidada e bem trabalhada para ficar forte e assim, aguentar as variações de temperatura, a vida social, as festas, o trabalho e a rotina, principalmente no verão e nas férias que se aproximam.

A fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, da clínica Zambotti & Duran da capital paulista, começa por um item bem controverso que muitos acham que é mito.


- Excesso de ‘gelados’ prejudica? VERDADE.

O excesso de bebida gelada durante o verão e as mudanças muito bruscas de temperatura causam um aumento de muco na região das pregas vocais. “A dica é: antes de engolir bebidas muito geladas ou um sorvete, por exemplo, mantê-los na boca por alguns segundos antes de engolir ajuda a minimizar os efeitos do gelado”, ”, explica Ana Lúcia. Além disso, evitar as pedras de gelo em qualquer bebida é essencial para manter a boa saúde da voz.


- Bebidas alcoólicas aquecem a voz? MITO.

Ana lembra ainda que o álcool também irrita o trato digestivo e altera a qualidade vocal. “É um mito dizer que as bebidas alcoólicas aquecem a voz, o excesso de álcool pode até gerar um efeito agradável de relaxamento, mas também tem o efeito de anestésico e com as pregas vocais "amortecidas", não conseguimos controlar o esforço que utilizamos ao falar e podemos exagerar, causando um grande desgaste. Por isso é tão comum a rouquidão pós festas.


- Ar condicionado faz mal? VERDADE.

Mesmo com as temperaturas lá em cima, a especialista fala que é importante evitar permanecer muito tempo em ambientes com ar condicionado. “O aparelho compromete a respiração e resseca as vias respiratórias e assim, é preciso fazer um esforço muito ao falar, além de prejudicar a qualidade de voz que fica com a ressonância mais baixa”, exemplifica.


- Som muito alto faz mal. VERDADE.
Festas, shows, baladas e locais com som muito alto, que levam a uma competição sonora, também não fazem bem à voz, pois ao forçar para falar, podemos fadigar os músculos das pregas vocais. “Depois da diversão, é preciso fazer repouso vocal e, em alguns casos, até alguns exercícios para reduzir o inchaço provocado por falar em maior intensidade ou mesmo gritar”, completa Ana Lúcia. 







FONTE: Ana Lúcia Duran - Fonoaudióloga clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (responsável pelo projeto oficina de linguagem do colégio Cermac/ vencedor do PNGE - Prêmio Nacional de Gestão Educacional/2015), pós graduada em psicomotricidade.
www.zambottieduran.com.br


Apendicite precisa ser diagnosticada prococemente para não evoluir para formas mais graves


 Paciente deve ficar atento aos sintomas e procurar um serviço de saúde o mais rápido possível


A apendicite é uma das causas mais comuns de dor abdominal aguda em pacientes que procuram atendimento médico no pronto-socorro. Estima-se que 7% da população terá o problema em algum momento da vida e, para que ela não evolua para as formas mais graves, o que pode acontecer em algumas horas, é muito importante fazer o diagnóstico precoce. Portanto, é fundamental que o paciente procure um serviço médico assim que aparecerem os primeiros sintomas.

De acordo com o cirurgião Rafael Curado, do Grupo Surgical, os sintomas mais frequentes são dor abdominal e falta de apetite, que atingem 100% dos pacientes, seguido por náuseas (90%), vômitos (75%) e dor migratória (50%). Entre janeiro de 2017 e junho de 2018, o grupo realizou mais de 400 apendicectomias (retirada do apêndice cecal) nos hospitais em que atuam.  “O diagnóstico é predominantemente clínico, baseado em uma precisa história clínica (anamnese), exame físico detalhado e, se necessário, uma complementação diagnóstica com radiografia simples de abdome, ultrassonografia ou,  até mesmo, tomografia computadorizada com contraste endovenoso”, explica.

Segundo o cirurgião, é muito importante fazer o diagnóstico precoce para diminuir possíveis complicações da doença, que pode causar perfuração do órgão e até infecção na corrente sanguínea (sepse ou septicemia). “Além disso, o atraso também pode causar dificuldades cirúrgicas, complicações pós-operatórias, longos períodos de internação e até a morte”, destaca. O quadro do paciente costuma mudar a cada 12 ou 24 horas.

A apendicite pode atingir de crianças a idosos, mas é mais comum entre adolescentes e adultos jovens. Atualmente, o tratamento padrão ouro para Apendicicte Aguda é a Apendicectomia Videolaparoscópica. “Essa abordagem é minimamente invasiva ao paciente, que tem uma recuperação mais breve e com menos dor, permitindo que ele retorne logo à sua rotina e trabalho. Existem algumas linhas de pesquisas que falam sobre o tratamento da apendicite com antibiótico, no entanto, a doença pode voltar, inclusive de forma mais grave, portanto, o Grupo Surgical sempre recomenda a cirurgia”, explica.


Ginecologista aponta os principais problemas ginecológicos no verão e confere sugestões para evitá-los


Com a chegada do verão, alguns episódios desagradáveis costumam aparecer e prejudicar a saúde feminina. O ginecologista Dr. Domingos Mantelli aponta
alguns cuidados que as mulheres devem ter com a estação mais quente do ano.

“Ficar com o biquíni molhado ou até mesmo usar roupas sintéticas podem fazer com que os corrimentos se tornem mais recorrentes nessa época do ano”, alerta o médico. Para Mantelli, é fundamental manter uma higienização adequada e evitar a umidade prolongada na região da vagina.  “Trocar os biquínis úmidos por secos, apostar em roupas mais leves e ventiladas como saias e vestidos e, principalmente, buscar orientação médica sempre que notar algo errado”, adverte.

Dentre as doenças ginecológicas que surgem mais no verão, o médico destaca a candidíase, a tricomoníase e a vaginose.

Entenda cada uma:


Candidíase

“É causada pelo fungo do gênero “cândida”, microrganismo que pode ser transmitido durante o ato sexual, embora não seja considerada uma DST (doença sexualmente transmissível) ”, explica Mantelli. A doença causa coceira e dores vaginal, para urinar e no ato sexual, além de corrimento branco com odor cítrico. O problema tem cura, e o tratamento deve ser feito com medicação antifúngica via oral e creme vaginal, por uma semana”, ressalta.


Tricomoníase

Doença causada pelo parasita Trichomonas vaginalis e a transmissão é por via sexual. O mal causa inflamação da vagina acompanhada de corrimento amarelo-esverdeado com odor desagradável. A doença causa dores ao urinar e durante o ato sexual. Se não for tratada, a doença pode suscitar em infertilidade e câncer do colo do útero. O tratamento é feito com medicamento via oral.


Vaginose bacteriana

Causada principalmente pela bactéria chamada Gardnerella Vaginalis, seu principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com um odor forte, e que piora durante as relações sexuais e na menstruação. Também pode provocar ardor e um pouco de coceira. O tratamento também é realizado com medicamento via oral e creme vaginal.


Infecção Urinária

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é comum em mulheres devido ao tamanho da uretra feminina. Os principais sintomas são: ardência ao urinar, excesso de vontade de urinar, e urina escura e com forte odor, além de dores pélvica e retal. Em casos mais graves há sangramento na urina.
Para evitar problemas, o ginecologista sugere algumas dicas simples que podem minimizar os riscos de desenvolver tais doenças:

-  Evite usar calças apertadas, prefira utilizar vestidos e saias, além de calcinhas de algodão;

- Sempre apare os pelos pubianos. Isso facilita a higienização;

- Faça sempre uma higiene íntima após o ato sexual, urinar e evacuar. Troque o absorvente durante a menstruação. O sabonete utilizado deve ser o neutro ou o íntimo e com indicação do ginecologista;

-Não utilize sabonete comum na higiene íntima e, após a lavagem externa, utilize toalha higiênica. O uso regular e descuidado do papel higiênico pode causar irritação local;

- Lave as roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol. Não seque peças íntimas em ambientes fechados e úmidos como banheiros;

- Não compartilhe sabonetes, peças íntimas e toalhas.


 


Dr. Domingos MantelliGinecologista e obstetra é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.


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