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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Saúde do homem melhora após participar do pré-natal


Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado, do Ministério da Saúde, aponta que 8 de cada 10 homens, presentes nas consultas de pré-natal, passaram a ficar mais cuidadosos com sua saúde

A terceira etapa da pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado, realizada pelo Ministério da Saúde, indica que 72,25% (26.965) dos pais ou cuidadores entrevistados participaram das consultas de pré-natal com suas parceiras no país. Desse total, 80,71% (21.763) afirmaram que esse envolvimento os motivaram a cuidar melhor da sua saúde. Os dados demonstram que a paternidade é a principal porta de entrada do homem na unidade de saúde para que ele também se cuide.

“Na saúde brasileira, por barreiras socioculturais, por exemplo, diferentemente da mulher, a população masculina tende a buscar os serviços de saúde já na atenção especializada - e não no atendimento primário, por meio da promoção da saúde e da prevenção - o que traz como consequência o agravamento de doenças” explica o coordenador da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Francisco Norberto Moreira da Silva.

Nesta terceira etapa da pesquisa foram realizadas 37.322 entrevistas com pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna e que acompanharam o pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2015. O objetivo da pesquisa é obter dados sobre o acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina nos serviços públicos de saúde; e levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal e nascimento da criança. A coleta de dados foi feita entre março de 2017 e março de 2018.

Embora a pesquisa aponte maior conscientização em relação à saúde, devido a participação no pré-natal, ainda é alto o número de homens que não têm na sua rotina o cuidado com a saúde. Quando questionados sobre o costume de buscar os estabelecimentos públicos de saúde, 36,36% (13.570) dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de ir nesses locais. Desse total, 47,57% (6.455) informaram que o desinteresse é motivado por nunca ter precisado; falta de interesse ou porque não gosta de hospital. Contudo, muitos agravos poderiam ser evitados, caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção.

A pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado integra a estratégia Pré-Natal do Parceiro, presente no eixo Paternidade e Cuidado, da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), do Ministério da Saúde. A Política visa qualificar a saúde da população masculina, na perspectiva de linhas de cuidado, resguardando a integralidade da atenção (primária - promoção da saúde e prevenção do adoecimento; e especializada) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).





Neste ano, o Ministério da Saúde irá trabalhar o tema ‘Homem, da infância à velhice, cuide de sua saúde, de novembro a novembro’. “O objetivo é chamar atenção da população, dos gestores e dos profissionais de saúde para a importância de olhar para a saúde do homem de forma integral, destacando a promoção da saúde e a prevenção. Sem reforçar apenas a questão da próstata, e sim todos os problemas que envolvem a saúde do homem em todas as fases da vida”, afirma o coordenador da saúde do homem Francisco Norberto Moreira da Silva

Neste mês, em especial, serão intensificadas as ações de comunicação no portal e nas redes sociais do Ministério da Saúde, tv e rádio, além da realização e participação da pasta em eventos relacionados ao mês. Também já está no ar, no portal da pasta, página exclusiva voltada à Saúde do Homem.

No dia 14 acontece o IV Fórum Ser Homem: Discutindo Políticas Públicas para a Saúde do Homem, no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O evento será realizado em parceria com o Instituto Lado a Lado, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Serviço Social do Comércio (SESC) e Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Nos dias 21 e 22 de novembro, a pasta promove o Simpósio Internacional: Saúde do Homem Integral e a Construção e Planejamento de Linha de Cuidado Participativa. O encontro será realizado no hospital do Paranoá, em Brasília, e contará com a presença de Noel Richardson, representante da Irlanda, primeiro país a implantar a política de saúde do homem. Também participa o professor da Universidade de Brasília (UnB), Muna Muhammad Odeh, que irá falar sobre o tema: A Construção de uma Linha de Cuidado Participativa e Integral em Doenças Prostáticas: Estudo Piloto na Região Leste.




ATENDIMENTO NO SUS

O atendimento do homem, assim como da população em geral, inicia na Atenção Básica (atendimento primário), pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A partir da consulta, o profissional de saúde pode encaminhar o paciente para os serviços e centros especializados, como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), no caso da saúde bucal.

Na Atenção Básica a população masculina pode fazer uma série de exames de check-up, buscando a prevenção, como: sangue (hemograma e dosagem dos níveis de colesterol total e frações, triglicerídios, glicemia e insulina); aferição de pressão arterial, teste de glicemia, atualização do cartão de vacina, verificação de peso e cálculo de IMC (índice de massa corporal); e função pulmonar (indicada aos fumantes). Também integra a lista, pesquisa de antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg); teste de detecção de sífilis; e pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus da hepatite C. Esses cuidados de prevenção, devem ser feitos da infância à vida adulta e velhice.

Em 2017, no SUS, foram registrados 533 milhões de atendimentos ambulatoriais; e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares em homens. Ainda no ano passado, no âmbito da estratégia Pré-Natal do Parceiro, foram registradas 3.795 consultas e  31.732 exames de detecção do HIV e sífilis no parceiro ou na gestante.

O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra que em 2016, 736.842 homens morreram em todo o país. Entre as principais causas de morte estão cânceres (112.272), como de próstata, fígado, pulmonar e de pele; doenças do coração (68.018), como infarto e AVC; agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transportes (31.565); e doenças cerebrovasculares (51.753); e gripe e pneumonia (41.695).





Carolina Valadares
Agência Saúde


Diabetes é a principal causa dos casos de cegueira irreversível em todo o mundo



Imagem retirada da internet




Novembro é o mês de conscientização sobre a diabetes, seu tratamento e prevenção

 
O Ministério da Saúde brasileiro aponta que entre 2006 e 2016 o número de casos da diabetes cresceu 61,8% no país. A diabetes é uma doença crônica, que requer cuidados e entre seus desdobramentos está a Retinopatia Diabética (RD), que segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é a principal causa de cegueira em pessoas entre 20 e 74 anos. O estudo indica, ainda, que depois de 20 anos da doença mais de 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% dos tipo 2, apresentarão retinopatia, em maior ou menor grau.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 400 milhões de adultos, em todo mundo, tiveram diabetes em 2014, número elevado que assusta, principalmente, quando comparado com a década de 80, quando eram 108 milhões. De acordo com a Organização, em 2012, foi registrado mais de hum milhão de mortes decorrentes da diabetes.

"A retinopatia diabética é uma doença que em seu início apresenta poucos sintomas, por isso é de extrema importância o controle rígido dos níveis de glicose e a consulta periódica ao oftalmologista. Quando descoberta em fase inicial é possível, até mesmo, revertê-la", alerta oftalmologista e Professor da USP, Dr. Rony Preti, fundador do Preti Eye Institute.


Diagnóstico

Para identificar a retinopatia diabética, decorrente da diabetes, é necessária a realização periódica do exame de mapeamento da retina. "Quando identificado precocemente há uma chance alta de recuperação. No entanto, quando a doença é descoberta tardiamente, a perda de visão e até a cegueira, tornam-se irreversíveis. Por isso, realizar o acompanhamento anual é recomendado a todos os diabéticos", afirma Prof. Dr. Rony Preti.
A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que pacientes diabéticos tipo 1 sejam examinados cinco anos após o diagnóstico, e os tipo 2 devem ser examinados assim que diagnosticados.


Sintomas

Os sintomas são discretos. Na fase inicial existe a perda visual leve ou moderada, que pode vir acompanhada de visão torta. No entanto, quando em sua forma mais agressiva, denominada proliferativa, pode gerar cegueira decorrente do sangramento interno nos olhos. "No estágio mais avançado é comum que o paciente veja algo parecido com teias de aranha (sombras do sangramento interno)", afirma o especialista.


Causas

A principal causa da Retinopatia Diabética (RD) é a hiperglicemia que desencadeia processos que levam a obstrução os vasos, impedindo que o sangue chegue à retina do paciente, o que gera morte da retina e inchaço na região. "A causa está relacionada a vários fatores, contudo, a hiperglicemia é o principal fator de risco para o desenvolvimento da retinopatia diabética", afirma o médico.


Tratamento

O tratamento precisa se dar em função do controle do diabetes por meio da hemoglobina glicada, hipertensão arterial sistêmica e colesterol. Com os cuidados acima, o tratamento específico da retinopatia diabética proliferativa (forma mais severa da doença), é o laser. "Esse tratamento não tem o objetivo de melhorar a visão, mas, sim, de evitar que o paciente fique cego pela retinopatia diabética. Entretanto, em certos casos, existe a necessidade de realização de Vitrectomia Pars Plana – cirurgia para casos onde há sangramento intraocular", diz.

Quando o caso é mais leve e há a presença do edema macular diabético, opta-se pelo tratamento com laser e injeções. No entanto, somente casos selecionados de edema macular diabético são indicados para o tratamento. O oftalmologista diz, ainda, que as aplicações intraoculares ganharam destaque por proporcionarem uma real melhora da visão.







Preti Eye Institute
www.pretieyeinstitute.com.br

 

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