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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Diabetes é a principal causa dos casos de cegueira irreversível em todo o mundo



Imagem retirada da internet




Novembro é o mês de conscientização sobre a diabetes, seu tratamento e prevenção

 
O Ministério da Saúde brasileiro aponta que entre 2006 e 2016 o número de casos da diabetes cresceu 61,8% no país. A diabetes é uma doença crônica, que requer cuidados e entre seus desdobramentos está a Retinopatia Diabética (RD), que segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é a principal causa de cegueira em pessoas entre 20 e 74 anos. O estudo indica, ainda, que depois de 20 anos da doença mais de 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% dos tipo 2, apresentarão retinopatia, em maior ou menor grau.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 400 milhões de adultos, em todo mundo, tiveram diabetes em 2014, número elevado que assusta, principalmente, quando comparado com a década de 80, quando eram 108 milhões. De acordo com a Organização, em 2012, foi registrado mais de hum milhão de mortes decorrentes da diabetes.

"A retinopatia diabética é uma doença que em seu início apresenta poucos sintomas, por isso é de extrema importância o controle rígido dos níveis de glicose e a consulta periódica ao oftalmologista. Quando descoberta em fase inicial é possível, até mesmo, revertê-la", alerta oftalmologista e Professor da USP, Dr. Rony Preti, fundador do Preti Eye Institute.


Diagnóstico

Para identificar a retinopatia diabética, decorrente da diabetes, é necessária a realização periódica do exame de mapeamento da retina. "Quando identificado precocemente há uma chance alta de recuperação. No entanto, quando a doença é descoberta tardiamente, a perda de visão e até a cegueira, tornam-se irreversíveis. Por isso, realizar o acompanhamento anual é recomendado a todos os diabéticos", afirma Prof. Dr. Rony Preti.
A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que pacientes diabéticos tipo 1 sejam examinados cinco anos após o diagnóstico, e os tipo 2 devem ser examinados assim que diagnosticados.


Sintomas

Os sintomas são discretos. Na fase inicial existe a perda visual leve ou moderada, que pode vir acompanhada de visão torta. No entanto, quando em sua forma mais agressiva, denominada proliferativa, pode gerar cegueira decorrente do sangramento interno nos olhos. "No estágio mais avançado é comum que o paciente veja algo parecido com teias de aranha (sombras do sangramento interno)", afirma o especialista.


Causas

A principal causa da Retinopatia Diabética (RD) é a hiperglicemia que desencadeia processos que levam a obstrução os vasos, impedindo que o sangue chegue à retina do paciente, o que gera morte da retina e inchaço na região. "A causa está relacionada a vários fatores, contudo, a hiperglicemia é o principal fator de risco para o desenvolvimento da retinopatia diabética", afirma o médico.


Tratamento

O tratamento precisa se dar em função do controle do diabetes por meio da hemoglobina glicada, hipertensão arterial sistêmica e colesterol. Com os cuidados acima, o tratamento específico da retinopatia diabética proliferativa (forma mais severa da doença), é o laser. "Esse tratamento não tem o objetivo de melhorar a visão, mas, sim, de evitar que o paciente fique cego pela retinopatia diabética. Entretanto, em certos casos, existe a necessidade de realização de Vitrectomia Pars Plana – cirurgia para casos onde há sangramento intraocular", diz.

Quando o caso é mais leve e há a presença do edema macular diabético, opta-se pelo tratamento com laser e injeções. No entanto, somente casos selecionados de edema macular diabético são indicados para o tratamento. O oftalmologista diz, ainda, que as aplicações intraoculares ganharam destaque por proporcionarem uma real melhora da visão.







Preti Eye Institute
www.pretieyeinstitute.com.br

 

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