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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Dia Mundial da Psoríase: Dra. Sabrina Talarico explica causas e sintomas para combater o preconceito


Dia 29 de outubro é uma data importante para esclarecer dúvidas sobre a doença

O dia 29 de outubro é marcado como uma relevante data para elucidar questões que envolvem a psoríase, doença inflamatória da pele, crônica que tem uma predisposição genética. A patologia atinge cerca de 1,3% dos brasileiros de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e ainda é motivo de preconceito e discriminação devido à falta de informação.

Dra. Sabrina Talarico, dermatologista da clínica Talarico Dermatologia, explica que, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a psoríase não é contagiosa. “A causa ainda é desconhecida, mas a doença pode estar relacionada ao sistema imunológico, estresse, tabagismo, obesidade, condições climáticas e também à suscetibilidade genética. Não é de modo algum transmissível”, explica a médica.

Entre os sintomas, a psoríase apresenta sinais como lesões avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas em áreas como cotovelos, joelhos e couro cabeludo, e em alguns casos causar dor e artrite nas articulações.

“Dependendo da gravidade, a psoríase reduz a qualidade de vida e autoestima do paciente afetando a vida social e profissional. O uso de medicamentos tópicos e exposição solar adequada já são medidas suficientes nos casos mais leves. Nos mais avançados, podem ser necessárias sessões de fototerapia por ultravioleta, medicamentos de uso oral ou injetável”, explica Sabrina.

Por isso, iniciar o tratamento o quanto antes facilita o controle da doença e minimiza os sintomas devolvendo bem estar ao portador. O diagnóstico correto, a disseminação de informações sobre a psoríase e o apoio de pessoas próximas são medidas fundamentais para combater o preconceito.








Dra. Sabrina Talarico - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro no ano de 2004. Seguiu a Residência de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro no ano de 2005 e posteriormente a Residência de Dermatologia do Hospital Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no período de 2006-2008. Desempenha função de médica colaboradora na Unidade de Cosmiatria, Cirurgia e Oncologia do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, como preceptora dos residentes do Departamento de Dermatologia no Setor de Dermatologia.


DIA MUNDIAL DO AVC (29/10)


Neurologista do HCor dá dicas para diminuir o risco de AVC


Controlar a hipertensão, diabetes, colesterol e cessar o tabagismo são algumas iniciativas que reduzem expressivamente o surgimento da doença


Quando o assunto é Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença que leva a óbito mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, cada segundo faz toda a diferença. Estima-se que neste ano a incidência será de 18 milhões de casos no mundo. Já em 2030 serão 23 milhões. Cerca de 50% dos sobreviventes ficam com sequelas graves. O problema pode surgir em qualquer idade, embora a maioria dos casos ocorra após os 40 anos. Por isso reconhecer e tratar o AVC são grandes desafios atuais no país e no mundo.

De acordo com o neurologista do HCor, Dr. José Renato Bauab, é possível prevenir um AVC, já que a maioria dos fatores de risco para o quadro clínico pode ser evitado facilmente. “É possível reduzir os riscos da doença por meio do tratamento adequado da hipertensão, diabetes, colesterol, doenças cardíacas e do tabagismo”, orienta Dr. Bauab.

Em 80% dos casos, o AVC é isquêmico (quando há o entupimento de um vaso sanguíneo), causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro - o que causa a falta de circulação vascular na região. Já o AVC hemorrágico ocorre em 20% dos casos, e acontece quando se rompe um vaso no cérebro (este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial).

Como reconhecer o AVC: alteração de equilíbrio, coordenação e modo de andar, confusão, alteração da fala e visão, dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente, tontura, perda de consciência seguida ou não de paralisia em um lado do corpo.

Em alguns casos, o AVC pode ser prevenido. Mas, para isso, é importante conhecer os fatores de risco que aumentam as chances do paciente sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico ou um acidente vascular cerebral hemorrágico. “O sedentarismo, a má alimentação, obesidade, tabagismo, uso de drogas e excesso de bebidas alcoólicas, bem como as altas taxas de colesterol no sangue, diabetes, pressão alta e doenças cardíacas, são considerados fatores de risco e hábitos de vida que aumentam as chances de ocorrer um AVC”, aconselha Dr. Bauab.


Dicas do neurologista do HCor para diminuir o risco de AVC: 

Cuidado com o colesterol: é imprescindível reduzir a quantidade de alimentos ricos de LDL (conhecida como gordura ruim, e que se deposita nos vasos sanguíneos). Em alguns casos, a dieta não é o bastante para reduzir os níveis dessas substâncias, sendo necessário o uso de medicamentos.

Controle o peso: mantenha o peso saudável para a sua idade e altura e evite o acúmulo de excesso de gordura no corpo. “Procure um médico para saber qual é o seu peso ideal e o que fazer para eliminar o excesso de gordura”, explica.

Controle a pressão arterial: além do consumo de frutas, verduras e legumes e ter uma dieta balanceada, uma boa forma de reduzir a pressão arterial é a prática de atividade física. “Porém antes de iniciar qualquer tipo de exercício, é fundamental passar por uma avaliação médica”, diz

Não fume e não use drogas: diversos estudos mostram que o tabaco aumenta consideravelmente as chances de um acidente vascular cerebral. E as drogas ilícitas, como a cocaína, alteram drasticamente o fluxo sanguíneo no organismo, o que pode provocar um AVC.

Cuidado com os anticoncepcionais: alguns tratamentos anticoncepcionais podem favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes, com hipertensão arterial, ou que sofram de enxaqueca. “É importante consultar um médico para que ele avalie o caso e discuta com a paciente o melhor método para não engravidar”, esclarece Dr. Bauab.


Tratamentos para o AVC: 

AVC isquêmico: o tratamento consiste em desobstruir o vaso cerebral afetado para normalizar a circulação cerebral. Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de salvar os neurônios que estão em sofrimento - o que diminui muito - ou até evita as sequelas do AVC.

AVC hemorrágico: o tratamento cirúrgico pode ser necessário para conter a hemorragia. Depois de estabilizada a situação, o tratamento se concentra na prevenção de um novo derrame e na recuperação das funções afetadas.

Para o neurologista do HCor, as áreas do cérebro afetadas pelo AVC podem se reconstituir aos poucos se receberem os estímulos certos. “Por isso, os programas de reabilitação são muito importantes. Eles ajudam o paciente a retomar as atividades diárias e funções que ficaram comprometidas. Caso apresente algum sintoma de derrame ou sinta dúvida sobre o assunto, não deixe de procurar um médico. Ele poderá pedir exames e avaliar o seu caso, além de orientar sobre como evitar um derrame”, finaliza Dr. Bauab.



Busca imediata por atendimento médico em casos de AVC determina recuperação neurológica completa


Intervenção em até 1h30 aumenta em 25% a chance de recuperação total das funções neurológicas


O sistema nervoso é formado por uma rede de neurônios que por meio de sinapses enviam mensagens sobre as atividades desenvolvidas pelo corpo humano. Nos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) a morte do neurônio impossibilita o envio dessa mensagem, levando à incapacidade de resposta do organismo. Essa é uma das doenças mais incapacitantes e com comprometimento da qualidade de vida do paciente no mundo todo. Cinco milhões de pessoas ficam permanentemente incapacitadas, segundo a Organização Mundial do AVC.

Desta forma, procurar atendimento médico nas primeiras horas posteriores ao início dos sintomas aumenta as chances de recuperação das funções neurológicas. O tratamento feito com trombolítico, medicação que dissolve coágulos sanguíneos, nos casos de AVC isquêmico em até 4h30, permite a chance de recuperação completa das funções em 1 a cada 14 pacientes. Se o atendimento médico for realizado em até 1h30 após o início do AVC as chances aumentam para 1 a cada 4 pacientes. Já a trombectomia mecânica, desobstrução da artéria por meio de um microcateter, é indicada em até 6h de evolução do quadro e, com o uso de novas tecnologias de imagem do cérebro, alguns pacientes podem ter indicação de trombectomia mecânica com até 24 horas de evolução dos sintomas.

Os principais sintomas aos quais os pacientes devem estar atentos e que indicam um Acidente Vascular Cerebral são perda repentina de força e de sensibilidade em qualquer parte do corpo, dificuldade para falar e enxergar, dor de cabeça e confusão mental, fraqueza ou dormência no rosto, tonturas ou perda de coordenação e equilíbrio. Diante da manifestação súbita desses sinais, deve-se procurar um hospital imediatamente.

Pessoas com fatores de risco como hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo, diabetes, alcoolismo, doenças cardíacas, entre outros, estão mais propensas à doença. O neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Eli Faria Evaristo, destaca a importância do controle dos fatores de risco "Uma pessoa que já tem histórico da doença, além de continuar com os fatores de risco que causaram o primeiro AVC, tem alterações vasculares que se desenvolveram ao longo do tempo. Essas razões aumentam a probabilidade de um novo caso".

A gravidade de cada caso leva em consideração o tamanho da lesão, a quantidade de vias nervosas na região afetada e por quais funções são responsáveis e a proporção do inchaço cerebral nos casos isquêmicos e o volume do sangue nos casos hemorrágicos. A diferença entre eles é que no isquêmico a artéria é obstruída, enquanto no hemorrágico ela se rompe, provocando sangramento e consequentemente elevação da pressão intracraniana.

Com maior frequência, mas em áreas de menor impacto, há também os AVCs isquêmicos de pequenas proporções, que ocorrem de forma desapercebida e cumulativa e que podem comprometer tanto o desempenho motor, como cognitivo do cérebro, aumentando o risco de demência. Segundo o neurologista, o tratamento de reabilitação em pacientes com limitações pós-AVC é multiprofissional, uma vez que ele se adapta às sequelas de cada um. "Ao longo dos anos tem ocorrido a incorporação de novas tecnologias aos tratamentos de reabilitação, incluindo robótica, realidade virtual, estimulação magnética e reabilitação neurocognitiva".

Os avanços na medicina buscam formas de favorecer a regeneração do tecido cerebral. Embora a aplicação na prática clínica não esteja definida, pesquisas com utilização de células-tronco são desenvolvidas para se chegar a novas possibilidades de recuperação.







Hospital Alemão Oswaldo Cruz


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