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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

ENEM: dicas para fazer uma boa prova


 O ENEM 2018 já está batendo na porta dos vestibulandos brasileiros. Além de estudar e revisar os conteúdos ao longo do ano, para ter um resultado positivo na prova, é preciso tomar alguns cuidados. Por isso, Viviane Direito, coordenadora do Ensino Médio do Colégio Franciscano Pio XII, instituição de educação localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, dá algumas dicas para que os estudantes se preparem e controlem a tensão durante a prova.

“O ENEM traz a ampliação de trinta minutos para a prova do segundo dia que reúne conteúdos de ciências da natureza e matemática. Segundo o edital, serão cinco horas para fazer a prova no segundo dia, e cinco horas e meia no primeiro dia, decisão extremamente acertada em minha visão. O exame tem uma característica diferenciada que extrapola os conteúdos com itens organizados de forma interdisciplinar, o que exige dos estudantes habilidades e resistência física e emocional para manter a concentração por tantas horas. Os alunos enfrentam um grande desafio”.

Diante de tantas características diferenciadas, Viviane Direito sugere alguns cuidados.


NA SEMANA QUE ANTECEDE A PROVA
 
·         Não estude nenhum conteúdo novo, isso pode levá-lo a um processo de insegurança.

·         Revise apenas matérias já estudadas ou opte por refazer simulados já realizados anteriormente. Dessa forma, não perde o ritmo e não prejudica sua segurança.

·         Procure fazer atividades relaxantes: ouvir música, conversar com os amigos, praticar esporte, ir ao parque.

·         Lembre-se de que você pode estudar enquanto relaxa, por exemplo, assistindo a um bom filme.

·         Conheça o local da prova - muitos acabam perdendo o horário por não conhecer o tempo necessário para o transporte ou o portão correto de entrada.

·         Separe tudo que precisa levar:

1. Documentação (documento de identificação oficial com foto e cartão de confirmação de inscrição - que neste ano deve ser impresso pelo site do Inep);

2. Canetas de tinta preta com o tubo transparente (duas no mínimo);

3. Lanchinhos (como por exemplo, água, barrinha de cereal e chocolate 70% cacau - pois tem mais cacau, um estimulante poderoso; os chocolates comuns contêm muito açúcar e gordura e podem causar sonolência);

4. Um agasalho, pois o tempo é imprevisível e sentir frio poderá te desconcentrar consideravelmente.

·         Faça uma alimentação leve.

·         Deixe as baladas para depois e durma cedo, o cansaço atrapalha muito as condições de concentração e produtividade mental.

·         Não beba energéticos - eles ajudam a manter acordado, porém, diminuem a capacidade de raciocínio e concentração.


NO DIA DA PROVA
 
·         Almoce algo leve antes de sair. Se achar que é muito cedo, opte por lanche e sucos naturais. Não saia para a prova sem se alimentar, a fome aparecerá e tirará a sua atenção.

·         Deixe em casa livros, o celular e quaisquer objetos eletrônicos, pois não são permitidos. Estes itens serão lacrados pelo fiscal num porta-objetos. O mesmo vale para lápis, lapiseiras, borrachas, relógios, óculos escuros, bonés, chapéus e similares. Por isso, se possível, deixe-os em casa.

·         Pegue tudo o que separou para a prova e siga para o local designado. O ideal é chegar até às 12h, assim, há tempo para descansar, localizar a sala com calma, ir ao banheiro. Chegar em cima da hora provoca tensão e pode prejudicar, consideravelmente, o tempo de prova. E lembre-se: os portões fecham às 13h, impreterivelmente. 


DURANTE A PROVA
 
·         Leia com atenção cada enunciado e se necessário releia.

·         Você terá 3 minutos, aproximadamente, para cada questão. Se preferir, pode pensar que precisará responder 10 questões a cada meia hora, então fique de olho no tempo para verificar se está dentro do esperado, mas sem desesperos. Este ano, as provas terão 30 minutos a mais de duração, o que é benéfico para a conclusão do exame – use todo o tempo, é seu direito.

·         Saiba que as questões da prova são divididas por níveis de dificuldade e analisadas no modelo TRI (Teoria de Resposta ao Item), que é capaz de identificar a coerência dos acertos. Se acertar mais questões de nível difícil e menos questões de nível fácil, a teoria poderá entender como incoerente e, portanto, identificar uma possibilidade de acerto casual, o que acarretará resultado mais baixo.

·         Agora que você já sabe que para o Enem não importa quantos acertos, mas sim quais acertos você tem, identifique as questões mais fáceis e garanta os pontos e a coerência em suas respostas.

·         Cuidado: a prova não apresenta questões em ordem de grau de dificuldade, você poderá se deparar com a primeira questão de nível difícil e na sequência, uma questão de nível fácil - fique atento.

·         O acerto casual, ou o “chute”, não é uma boa estratégia em provas corrigidas pela TRI, porém, vale muito mais um acerto casual do que uma resposta em branco. Neste caso, a dica é deixar as questões que não domina para o final. Se depois não der tempo de solucioná-las, aí sim vale entrar com a estratégia do “chute”.

·         Pela forma da nota, dar atenção especial à Matemática é uma ótima estratégia para obter um melhor resultado geral no Enem. Isso não quer dizer que não deve se empenhar nas outras áreas do conhecimento, mas quer dizer pode gerar maior pontuação devido ao posicionamento na régua de correção TRI - feita para medir o nível de conhecimento que o item solicita. 

·         Outra prova que é importante ir bem é em Redação, pois é a única prova do Enem que pode chegar à nota 1.000.

·         O tempo ideal para a produção da Redação é de 1h ou 1h10min. Você pode, em 40 minutos, ler a proposta, textos de apoio, fazer seu plano de texto e seguir para a prova objetiva, reservando de 20 a 30 minutos no final para passar a limpo e fazer alterações – muitas vezes, as questões trazem informações que “iluminarão” o seu texto final.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Esvaziamento do discurso em tempos de eleições, psicólogo explica


“As redes sociais contribuem para desvalorizar palavras e ações.” Psicólogo explica como isso ocorre e manipula o eleitorado.


Vivemos um momento em que o país encontra-se polarizado entre apoiadores de dois candidatos à Presidência da República. Mais do que a propagação de ideologias, “trata-se de uma disputa entre dois modos de se viver, no qual aquele que vencer o pleito eleitoral irá imprimir a todos”, explica o psicólogo Ronaldo Coelho, da capital paulista.

Segundo ele, esse debate de ideias poderia ser saudável se fosse plural e respeitasse a regra do jogo democrático. “Mas, infelizmente, vemos o esvaziamento do significado de palavras importantes, como ética, fascismo, violência e, inclusive, democracia. Esvaziadas de seu sentido, qualquer coisa vale, mas também nada vale. Afirma-se que fascismo é de esquerda, qualquer atitude é colocada como antidemocrática, opostos se equivalem, pois o discurso vazio pode ser alocado em qualquer lugar”.

Nesse contexto, verificamos uma articulação planejada para produzir também o esvaziamento do campo do debate de ideias e propostas. Estas já não valem para definir o lado em que se está e, por fim, um dos lados aposta no sequestro do debate como estratégia para vencer as eleições.

“Sabemos que o esvaziamento do discurso não é um problema atual. A partir do momento em que as redes sociais passaram a ser espaço de debate, passaram a dar voz a pessoas que não possuem nenhuma relação ética e nem rigorosa com o conhecimento, de modo que essas pessoas passaram a ser equiparadas a autoridades historicamente reconhecidas no campo do saber, o que contribui para  retirar o sentido e o valor do discurso”, diz Ronaldo. Esse fenômeno se potencializa cada vez que alguém recebe um “textão” e diz que não vai ler tudo, concluindo muitas vezes precipitadamente sobre seu teor a partir das primeiras palavras, mas também em vídeos e áudios onde o comportamento se repete desta maneira.

O sequestro do debate vem acompanhado da aposta nas Fake News, estratégia de campanha da qual consultorias como a Cambridge Analytica, demonstra grande saber-fazer. Contratada por Donald Trump nos tempos das eleições norte-americanas e modelo para um dos candidatos no Brasil, a arquitetura compreende criar Fake News personalizadas a serem disparadas em massa com objetivo de ativar afetos e sentimentos repulsivos em relação ao adversário, promovendo confusão no eleitorado e esvaziando ainda mais o espaço de discussão de propostas para a resolução dos principais problemas do país. 

“O discurso vazio não encontra o interlocutor. Ele atravessa como se não houvesse anteparo. Porém, o discurso de ódio e de incitação da violência é como uma bala perdida. Quando não se reconhece como tal, não é tratado como deveria, é deslegitimado em seu poder de promover ações. Nesse contexto, ele atravessa vários corpos, mas sempre vai parar em um e, nas pessoas mais vulneráveis, vai causar ali o seu estrago. Como pistolas apontadas para ameaçar o diferente ou facadas que exterminam o contraditório", finaliza Ronaldo.



Polêmicas da Eleição mostram a importância de conhecer a legislação eleitoral


Guia desenvolvido pelo IAB Brasil explica os principais pontos da legislação eleitoral para os setores de publicidade e marketing digital


A polêmica na campanha presidencial em curso reforçou a importância de que as empresas e profissionais de marketing digital conheçam a legislação eleitoral. O IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), entidade que reúne mais de 250 empresas do setor digital brasileiro, recomenda que sejam observadas as boas práticas nesta área. Para orientar o mercado nesse sentido, a entidade lançou no primeiro semestre de 2018 o guia “Novas Diretrizes para Propaganda Eleitoral na Internet”, em parceria com a consultoria de public affairs PATRI.

O guia destaca que o impulsionamento de conteúdo com fins eleitorais é vetado às pessoas físicas, sendo permitido apenas aos partidos, coligações e candidatos e seus representantes, conforme estabeleceu o TSE, por meio da Resolução nº 23.551/2018. O único tipo de promoção legal durante a campanha eleitoral é o pago, e com identificação do autor do post. E ele deve se restringir à priorização paga de conteúdos resultantes de aplicações de busca na internet. As demais formas são proibidas. A Resolução também deixa claro que os custos de impulsionamento são considerados gastos eleitorais e, portanto, estão sujeitos ao registro e limites fixados por lei.

A Resolução nº 23.551/2018 determina ainda que a promoção de conteúdo com fins eleitorais é vetada às pessoas físicas. Esta medida foi tomada para evitar que familiares e amigos dos candidatos façam uso promocional dos recursos da publicidade digital para pedir votos. Isto não impede, no entanto, a livre manifestação de opiniões pessoais sobre o processo eleitoral e os concorrentes a uma das vagas.

“Um dos objetivos do IAB Brasil é orientar o mercado sobre as boas práticas do mercado de publicidade digital,, que também abrange as campanhas políticas”, explica Renato Girard, diretor de Operações do IAB Brasil. “Os profissionais de publicidade e marketing digital precisam conhecer bem a legislação, para que possam atuar em campanhas pautadas em relações éticas, o que é especialmente urgente em um momento em que especialistas alertam para o risco da veiculação de conteúdos eleitorais deturpados”, continua.

O guia completo pode ser baixado em https://iabbrasil.com.br/guia-novas-diretrizes-propaganda-eleitoral/. Além disso, o IAB Brasil realizou um webinar sobre o assunto, o qual pode ser acessado no link https://iabbrasil.com.br/webinar-novas-diretrizes-propaganda-eleitoral/.

Conheça o IAB Brasil: Com mais de 250 associados, o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) reúne as principais empresas do mercado digital entre veículos, agências, anunciantes e empresas de tecnologia. Entidade sem fins lucrativos, tem como missão contribuir para o desenvolvimento da publicidade digital no Brasil incentivando à criação de boas práticas em planejamento, criação, compra, venda, veiculação e mensuração de ações publicitárias digitais.


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