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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Democracia na UTI (respirando por aparelhos)


1. Governos sistemicamente corruptos, mais dia, menos dia, levam as nações e a democracia ao colapso. Democracia é “o governo do povo [eleito pelo voto do povo], [exercido] pelo povo, de forma direta ou indireta, e para o povo” (Abraham Lincoln). Quanto mais a democracia esteja de acordo com esse paradigma (ideal), mais substancial e qualitativa ela é. Quanto mais longe disso, menos cidadã ela se apresenta. 

2. Governo do povo. Nossa democracia (Velha República, Democracia Populista e Nova Democracia) sem foi puramente formal. Na democracia formal o povo, pelo voto, segundo Schumpeter, legitima alguns dirigentes políticos a tomarem decisões em nome dele (nisso residiria a “soberania do povo”).

3. Nas democracias formais, quando o voto ou até mesmo o parlamentar é comprado ou quando a eleição é fraudada, fala-se em democracia venal. Esse é nosso caso. Os donos corruptos do poder (grandes empresas, bancos e corporações com acesso ao poder) financiam campanhas eleitorais (ilicitamente) e assim manipulam o parlamentar ou o governante em benefício dos seus interesses. Com o dinheiro do seu mecenas, frequentemente o político corrupto compra os votos dos eleitores.

4. Governo pelo povo. Por força da “lei de ferro das oligarquias” (Robert Michels, 1911), nenhuma democracia é governada diretamente pelos eleitores, que são representados por oligarquias (= governo de poucos). Trata-se de um elemento aristocrático dentro da democracia. Só raramente a democracia é exercida diretamente pelo povo (referendo ou plebiscito, por exemplo).

5. Dentro das oligarquias governantes e/ou dominantes há os honestos (donos do poder) e os desonestos (donos corruptos do poder). Esse segundo grupo é formado por uma facção delinquente ou aproveitadora que representa “um estado dentro do Estado” (Hobbes). Fazem parte de um tipo de “clube” com seus acordos expressos ou tácitos.

6. A facção criminosa ou espoliadora do dinheiro público (da população) constitui a espinha dorsal da nossa cleptocracia (cleptos = ladrão; cracia = governo). O Brasil, sem sombra de dúvida, é uma República Democrática Cleptocrata (que conta, preponderantemente, com um governo de ladrões, mas eleito pelo povo). 

7.  Se os que predominantemente nos governam são, ademais de ladrões, incompetentes, então também somos uma cacocracia (= governo dos piores). Os países governados por muitos ladrões e pelos piores contam com instituições (econômicas, políticas, jurídicas e sociais) muito frágeis. Os honestos e os melhores muitas vezes chegam a sentir vergonha dessas qualidades (Rui Barbosa).

8. Governo para o povo. O governo “para o povo” completa a noção da democracia de qualidade. O que significa isso? Uma célebre frase de Bentham resume todo esse pensamento da democracia liberal: “A maior felicidade para o maior número possível dos habitantes”. Numa cleptocracia oligárquica, nada mais irreal que isso. Nossos governos cleptocratas cuidam dos seus interesses, por meio do clientelismo, do patrimonialismo e do favoritismo, regidos pelo afeto e pela “cordialidade” de que fala Sérgio Buarque de Holanda.

9. Todo regime democrático venal (corrupto), oligárquico, cleptocrata, cacocrata e antiliberal sempre corre risco de ruptura. Dois fantasmas habitam neste momento as mentes dos brasileiros motivadamente revoltados com nossos governos corruptos: golpe militar e oclocracia. No Planalto chegou pesquisa dizendo que 36% dos brasileiros desejam “intervenção militar”. O general Etchegoyen (ministro do governo) afirmou que “intervenção militar é assunto do século passado”. Mas fantasmas não morrem.

10.  Oclocracia, que é uma das três formas deturpadas de governabilidade (tirania, oligarquia e oclocracia), significa “governo das multidões, das massas” (Wikipedia). Os governos populistas, onde um demagogo carismático combate as “elites governantes”, pregando a “unidade” da nação e soluções fáceis para problemas complexos, convertem-se em oclocracia quando as instituições governam ao sabor das emocionalidades, dos medos e das perplexidades irracionais das multidões.

11. Sob o jugo delas o eleito (líder carismático) abandona a legalidade para se submeter à vontade suicida das massas. A oclocracia, em suma, pode ser definida como o abuso suicida que se instala em um governo eleito pelo povo; ela acontece quando a multidão, sem apego ao Estado de Direito implantado (às formas legais), se torna dona soberana dos destinos da nação, que passa a ser governada pela autofagia. 





LUIZ FLÁVIO GOMES - jurista. Criador do movimento Quero Um Brasil Ético. Estou no f/luizflaviogomesoficial


Perguntas incomuns não devem atrapalhar a entrevista


Por mais estranhas que podem ser as perguntas de uma entrevista de emprego, o candidato não deve se deixar abalar
 


O site Glassdor, uma comunidade online especializada, analisou cerca de 150 mil perguntas feitas em entrevistas de emprego, compartilhadas pelos usuários da rede. Ao todo, eles determinaram as 25 questões mais esquisitas feitas em processos seletivos. A Google lidera o ranking da companhias que costumam perguntas coisas atípicas, além da Hewllet-Packard (HP) e a Amazon, que também integram a listagem.

Confira, abaixo, alguma destas perguntas:

1.   “Quão sortudo você é e por quê?” – Airbnb, em entrevista para vaga de administrador de conteúdo.

2.   “Se você estivesse em uma ilha e pudesse levar três objetos, quais seriam?” – Yahoo!, em entrevista para vaga de analista de qualidade em busca.

3.   “Se você fosse uma caixa de cereais matinais, qual você seria e por quê?” – Bed, Bath & Beyond, em entrevista para vaga de associado em vendas.

4.   “Qual aspecto da humanidade é o seu menos favorito?” – ZocDoc, em entrevista para vaga de associado de operações.

5.   “Quão honesto você é?” – Allied Telesis, em entrevista para vaga de engenheiro de software.

Segundo Madalena Feliciano, diretora geral do Outliers Careers, apesar de perguntas como estas serem mais frequentes em empresas altamente especializadas, nestes caso, é preciso manter a calma. "O candidato bem preparado, se ele realmente for adequado para a empresa, sairá desta situação com um bom jogo de cintura", ela explica.

Madalena ainda lembra que é importante que o entrevistado pesquise sobre a empresa antes de realizar a entrevista. "Principalmente para empresas com uma grande história, realizar uma breve investigação mostra interesse sobre o assunto, além de um bom preparo prévio", pontua. "Não dá para adivinhar quais serão as perguntas feitas na hora da entrevista, mas um bom profissional deve estar preparado para qualquer situação", finaliza.





Outliers Careers
Madalena Feliciano - Gestora de Carreira
Rua Professor Aprígio Gonzaga, 78 - Térreo - São Judas,  São Paulo - SP.
madalena@outlierscareers.com.br
www.outlierscareers.com.br


“Lei do Portão” é regulamentada em São Paulo


De acordo com a lei, os portões e cancelas de acesso não poderão mais se projetarem para fora das edificações durante seu movimento de abertura ou fechamento sob multa de R$ 250,00


Após 60 dias da sanção da lei Municipal nº 16.809/2018 em janeiro, que dispõe sobre o funcionamento dos portões e cancelas automáticas no Município de São Paulo, o Prefeito Bruno Covas expediu o Decreto nº 58.275/2018 regulamentando a “Lei do Portão”.

De acordo com a lei, os portões e cancelas de acesso não poderão mais se projetarem para fora das edificações durante seu movimento de abertura ou fechamento, sob multa de R$ 250,00, reaplicada a cada 30 dias até o efetivo atendimento da intimação.

O decreto ainda prevê que os portões que não atendem aos requisitos da lei Municipal deverão, no prazo de 6 meses, se adaptar aos requisitos da lei.

“Apesar do custo para os condomínios, casas e estabelecimentos, a medida busca evitar acidentes e obstrução de vias públicas durante a abertura ou fechamento dos portões. A obrigatoriedade se torna importante a longo prazo, evitando acidentes, a responsabilização de casas e condomínios e custos com pagamentos de indenizações”, afirma Dr. Thiago Badaró, advogado especialista em Direito Condominial e Imobiliário.

Ainda segundo a lei é importante lembrar que os portões deverão ter:
  • sinalização sonora e luminosa que é acionada 15 segundos antes da movimentação do portão ou cancela;
  • sensor de movimento capaz de detectar a passagem de pessoas e veículos, obstando o prosseguimento da abertura ou fechamento;
  • sua movimentação projetada ou deslizando para dentro do imóvel.




Thiago Badaró - advogado especializado em Direito Condominial e Imobiliário, entre outras áreas do Direito, e sócio fundador do escritório Badaró Advocacia Empresarial, sediado em São Paulo e com filial na cidade de Campinas.  Atualmente, além da gestão do escritório, atua diretamente nos casos patrocinados pela Badaró Advocacia Empresarial, tanto na confecção de defesas e consultas, como na realização de pareceres. Advogado, com vivência empresarial desde 2007, tem formação acadêmica no Brasil e no exterior, na Austrália e no Canadá, países em que residiu e aprimorou sua fluência na língua inglesa. Dentre as suas especialidades, destacamos a pós-graduação em Direito Processual Civil e Direito Tributário pelo IBET – Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e foi membro efetivo da Comissão de Direito Comercial da OAB - Subseção Santana. Dr. Thiago também é palestrante e ministra periodicamente cursos e palestras, pois acredita que a troca de conhecimento e de experiências são os caminhos mais sólidos para o crescimento pessoal, independente da sua área de atuação.

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