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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Exposição ao sol sem proteção ocular pode causar Pterígio

O uso de óculos escuros pode parecer apenas uma questão de estilo, mas o acessório é importante para prevenir diversos problemas que podem afetar a visão e os olhos. Proteger os olhos dos raios solares é tão importante quanto proteger a pele.

Mas, infelizmente, a maioria da população desconhece essa informação. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, mostrou que 70% da população não usa óculos de sol e esse número é ainda maior entre os mais jovens.

Um dos problemas da exposição ao sol sem proteção para os olhos que pode acontecer é o pterígio. Comum em pessoas que passam muito tempo ao ar livre, a condição se caracteriza pelo crescimento de um tecido rosado na conjuntiva, a membrana que reveste a parte interna das pálpebras. O formato da lesão lembra uma asa; e é daí que vem o nome, pois pterígio deriva do grego ‘pterygion’, que significa asa. Geralmente, costuma afetar os dois olhos.

Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, especialista em cirurgia de pálpebras e chefe do setor de plástica ocular da Santa Casa de São Paulo, o pterígio costuma surgir mais próximo do nariz e crescer em direção à pupila.

“O pterígio tem propensão a crescer e a apresentar recidivas, ou seja, mesmo depois de tratado pode voltar a crescer. Assim, alguns estudos sugerem que esta lesão tem características semelhantes às de um tumor, embora não seja. É um processo proliferativo e inflamatório, em que o tecido cresce e invade outras estruturas, assim como acontece nas neoplasias”.



Sol ainda é o principal fator de risco

 
O pterígio é muito comum em pessoas que trabalham expostas ao sol ou que passam a maior parte do tempo ao ar livre, como salva-vidas, surfistas, marinheiros, assim como em pessoas que costumam se expor muito ao sol anos finais de semana. A condição costuma aparecer com maior frequência em homens entre 30 e 50 anos e é mais comum em pessoas com olhos claros. Apesar de ter uma incidência maior em regiões próximas ao Equador, o pterígio atinge cerca de 10% da população mundial.



Sinais e sintomas

 
“O primeiro sinal do pterígio será a membrana, que afeta a estética ocular. Pode também causar irritação ocular devido a distúrbios do filme lacrimal sobre o pterígio e inflamação localizada. Por último, a lesão pode afetar a acuidade visual devido a dois fatores: pelo desenvolvimento de um astigmatismo irregular e/ou quando o pterígio cresce em direção ao eixo visual/centro da córnea”, explica Dra. Tatiana.



Tratamento pode ser feito com cirurgia

 
Inicialmente, o tratamento visa diminuir a irritação ocular e/ou a inflamação. Porém, se o pterígio cresce e começa a afetar a visão, a cirurgia será indicada. “Entretanto, mesmo após a cirurgia, o paciente pode desenvolver novamente o pterígio, já que é uma condição propensa às recidivas”, explica a oftalmologista.
 


A importância dos óculos de sol

 
Como o principal fator de risco é a exposição ao sol, a melhor forma de prevenir o pterígio é usar óculos de sol com lentes protetoras. Além dos óculos, bonés ou viseiras também podem ajudar a proteger os olhos.

Lembrando que mesmo nos dias nublados ou no inverno, há incidência de raios UVA e UVB, portanto, a necessidade de usar óculos é permanente.
Dra. Tatiana ressalta que o pterígio é apenas uma das lesões decorrentes da exposição desprotegida ao sol. “Há outros problemas que podem surgir, como catarata, degeneração macular, fotoceratite e câncer de pele nas pálpebras”.


Conheça as doenças respiratórias que mais precisam de atenção durante o inverno


Mudanças de temperatura e o tempo seco começam a surgir e provocam alerta na população que convive com asma e DPOC


Com a chegada do inverno, fatores que estimulam o agravamento de doenças respiratórias, como o contato com ácaros, baixa umidade e resfriamento do ar, tornam-se ainda mais frequentes. Além da redução do número de chuvas e o aumento de partículas nocivas no ar, as pessoas costumam ficar aglomeradas em ambientes fechados, tudo isto aumenta a  chance de contaminação, principalmente para indivíduos  com doenças respiratórias, como  asma e DPOC, tornando-se mais suscetíveis a infecções. Essas pessoas devem ter atenção redobrada para contágios, principalmente com vírus e bactérias. “No inverno a possibilidade de transmissão de doenças respiratórias é maior. Por isso, é muito importante evitar locais muito cheios e fechados, ter cuidado redobrado com as mãos, que costumam estar carregadas de vírus e bactérias”, explica o pneumologista, Dr. William Salibe. 


Conheça abaixo algumas particularidades dessas doenças e como o inverno influencia nelas:


Asma

Trata-se de uma doença inflamatória dos brônquios que em geral tem origem alérgica. A inflamação das vias aéreas ocasionada pela doença causa o estreitamento dos brônquios e bronquíolos (canais por onde o ar passa nos pulmões), provocando sintomas, como ‘chiado’, tosse e falta de ar, comprometendo a respiração do paciente. Há também um aumento na produção de muco,  o que pode agravar ainda mais  o problema respiratório, resultando em uma maior dificuldade de respirar. A falta de um tratamento adequado pode levar a um quadro de asma não-controlada e até mesmo casos fatais. O melhor tratamento é o uso de medicações inaladas de controle  (como por exemplo o corticóide inalado) seguindo a orientação de um médico que nos casos mais complexos pode ser um especialista (Pneumologista ou Alergista). 


DPOC

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica compreende a  bronquite crônica e o enfisema. Os sintomas mais comuns são falta de ar e a tosse crônica com expectoração. O principal fator causal ainda é o tabagismo, porém as partículas nocivas presentes na poluição ambiental e interna (ex. exposição contínua à fumaça de forno de lenha)  também podem acarretar na doença a longo prazo, ou mesmo agravar um quadro já instalado. No inverno temos um nível maior de poluição no ar, o que aumenta o risco nesta época do ano.


Pneumonias

As Pneumonias são infecções do pulmão que podem atingir qualquer pessoa. Na maioria dos casos, decorrem a partir de um quadro gripal, quando a infecção viral atrapalha o sistema imunológico e altera as defesas pulmonares facilitando a entrada das bactérias. Os sintomas são a tosse, normalmente com expectoração, febre, falta de ar e dor torácica. A prevenção das pneumonias pode ser feita diminuindo os riscos de adquirir uma infecção viral ou mesmo bacteriana, sendo indicado a vacinação,  principalmente para alguns grupos de riscos, como idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas, doenças cardíacas, diabetes, entre outros.

Algumas medidas importantes no inverno são: manter o organismo hidratado, evitar aglomerações em lugares fechados e mal ventilados, contato com fumaças tóxicas, além de realizar frequentemente a higienização das mãos com água, sabão e álcool gel.






Chiesi


Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa: conheça os sintomas e tratamento das doenças inflamatórias intestinais


Novos tratamentos promovem uma melhor qualidade de vida aos pacientes


No Brasil, as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) atingem 13,25 em cada 100 mil habitantes, sendo 53,83% de doença de Crohn e 46,16% de retocolite ulcerativa, segundo dados apresentados no “I Congresso Brasileiro de Doenças Inflamatórias no Brasil (GEDIIB)”, realizado em abril, na cidade de Campinas (SP). No mundo, essa condição atinge mais de 5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).

As DII podem ser definidas como um grupo de doenças crônicas, que causam um processo inflamatório no trato gastrointestinal. Representadas pela doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, as DII podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 40 anos, tendo um segundo pico de incidência por volta dos 55 e 60 anos.

Segundo a gastroenterologista e coordenadora clínica do Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital Felício Rocho, Carolina de Paula Guimarães Baía, a doença de Crohn é mais comum em mulheres e tem caráter transmural, podendo ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus.  “Já a retocolite ulcerativa, parece acometer igualmente homens e mulheres e ocorre apenas no reto e cólon (intestino grosso), com um processo inflamatório restrito a mucosa e de ocorrência contínua”, explica.

Carolina Baia destaca que de um modo geral, as doenças inflamatórias intestinais têm maior incidência em países desenvolvidos, como os do norte da Europa, os Estados Unidos e o Canadá. 

De acordo com a médica, nos últimos anos houve um aumento do número de casos em outras regiões europeias, no Japão e em algumas regiões da América do Sul, como a Argentina, Chile, Uruguai e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. “Acredita-se que essa preferência por países desenvolvidos esteja relacionada ao elevado padrão de higiene. Existe uma teoria que defende que a falta de contato com agentes infecciosos e parasitários na infância, faria com que o sistema imunológico dessas pessoas se tornem incapazes de produzir respostas imunológicas adequadas, o que contribuiria para o desenvolvimento da doença”, esclarece.

Carolina de Paula Guimarães Baía ressalta que os fatores ocasionadores das DII e a maneira que os mesmos se manifestam, ainda são pouco compreendidos. Segundo ela, alguns autores defendem que a flora intestinal pode estar envolvida no processo de desenvolvimento da doença. “Outras causas observadas, é que pacientes com este tipo de enfermidade, geralmente, têm um sistema imunológico alterado e um intestino mais permeável à entrada de diversos microrganismos. Fatores ambientais parecem estar envolvidos e vários já foram implicados, como a dieta, o uso de contraceptivos orais, vacinas e infecções, mas o único que tem o seu envolvimento comprovado é o tabagismo. O fumo parece predispor à doença de Crohn e piorar o seu curso”, comenta.

As doenças inflamatórias intestinais se caracterizam por períodos sintomáticos e assintomáticos. Dentre seus principais sintomas estão a dor abdominal, diarreia, emagrecimento, palidez, febre, perda de apetite e fraqueza. Os pacientes também podem apresentar manifestações extra-intestinais da doença como dor e inflamação das articulações (artrite e artralgia), aftas na boca, lesões de pele como eritema nodoso e pioderma gangrenoso, alterações oculares e colangite esclerosante primária.

Na doença de Crohn a sintomatologia é variável e depende do local acometido, com isso, se a mesma ocorrer no estômago e duodeno, por exemplo, o paciente pode apresentar apenas dor abdominal, náuseas e vômitos. “Caso a doença atinja o intestino delgado e/ou grosso, os principais sintomas são a diarreia e a dor abdominal. A inflamação também pode causar a formação de fístulas (canal patológico de comunicação entre dois órgãos), a obstrução do intestino e quadros semelhantes à uma apendicite aguda”, aponta. 

No caso da retocolite ulcerativa, os sintomas podem se manifestar por meio de diarreia com presença de sangue e dor abdominal, sem a formação de fístulas ou obstrução intestinal. 

Por não apresentar sintomas específicos e não dispor de exames direcionados para o reconhecimento da doença, o diagnóstico das DII é um grande desafio. Carolina Baia explica que o diagnóstico da patologia é realizado associando-se a sintomatologia dos pacientes às alterações em exames laboratoriais de imagem e em análises endoscópicas e histológicas. “É preciso considerar todas as particularidades dos sintomas e alterações em exames dos pacientes, pois várias outras doenças podem apresentar as mesmas características”, alerta.

Até o momento, as DII não têm cura, mas dispõem de tratamentos que promovem uma melhor qualidade de vida aos pacientes “O tratamento convencional envolve a indicação de aminossalicilatos, corticóides e imunossupressores. Caso o paciente não obtenha resposta satisfatória a todos estes métodos, é indicado o uso de medicamentos biológicos. O tratamento cirúrgico também pode ser necessário, mas geralmente só é realizado nos casos de complicações como fístulas, abscessos, estenoses, perfurações, megacólon ou naqueles pacientes refratários a todo arsenal terapêutico”, conclui.



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