Cirurgia e quimioterapia podem ser determinantes para o melhor prognóstico da paciente
O câncer de ovário é um tumor
ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, apresenta as menores
taxas de cura, visto que geralmente é descoberto já em estágio avançado.
Segundo o Instituto Nacional de
Câncer (INCA), são previstos para este ano mais de 6 mil novos casos e cerca de
3 mil mortes decorrentes da doença.
A maioria deles, carcinomas epiteliais, têm origem nas
células da superfície do órgão.
Tratamento
Uma vez confirmado o
câncer de ovário, diversas opções de tratamento poderão ser indicadas, conforme
o estágio da doença e as condições clínicas da paciente.
Quando detectado no
início, geralmente a cirurgia é menos agressiva e com maiores chances de cura.
Segundo o Dr. Arnaldo Urbano
Ruiz, cirurgião oncológico especializado em doenças do peritônio, coordenador
do centro de carcinomatose peritoneal dos hospitais BP e BP Mirante, da
Beneficência Portuguesa de São Paulo, a qualidade da cirurgia e da
quimioterapia são grandes diferenciais no tratamento do câncer de ovário.
"O câncer epitelial de
ovário, em 75% das vezes, se encontra espalhado por toda a cavidade abdominal,
incluindo órgãos intraperitoneais, como intestino delgado, espaço
subdiafragmático, omento, peritônio parietal, colon, apêndice, retosigmoide e
pelve como um todo. Nestes casos optamos por quimioterapia para diminuir a
carcinomatose ou cirurgia como primeiro tratamento."
De acordo com o especialista,
um trabalho científico recente mostrou que quando diagnosticado nesta paciente
a carcinomatose, haverá ganho de sobrevida se tratada com quimioterapia endovenosa,
seguido de cirurgia citorredutora e quimioterapia intraoperatoria hipertérmica
(hipec).
Para que seja possível essa
cirurgia ótima, o especialista ressalta que é necessário formação e
conhecimento de todas as técnicas, pois podem ser necessárias ressecções
extensas peritoneais, coloretais, de apêndice e de demais órgãos que
eventualmente tenham sido afetados.
"Além da cirurgia ótima
e da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, é importante a experiência do
médico e infra-estrutura adequada do hospital pra diminuir a morbidade.
Previna-se!
Todas as mulheres devem consultar
regularmente o ginecologista e realizar exames de rotina. Entre eles, o
ultrassom será importante para verificar se há alguma anormalidade nos ovários.
Se houver, exames de sangue específicos e cirurgia podem ser necessários.
Cerca de 10% dos casos
apresentam componente genético ou familiar. Assim, no caso de histórico
familiar da doença, ou também de câncer de mama, útero ou colorretal, o médico
deverá ser informado.
Vale destacar que o exame
preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta este tipo de câncer. O teste
é específico para o câncer do colo do útero.
Não moro em
São Paulo e estou doente. Como posso ter acesso a esse tratamento?
Pacientes de diversas cidades
de todo o país podem ter acesso à cirurgia e demais tratamentos para a
carcinomatose peritoneal , câncer do aparelho digestivo e câncer de ovário nos
hospitais BP e BP Mirante, por meio de parcerias com a Central Nacional Unimed
e a Unimed FESP. Caso você tenha uma Unimed local de sua cidade, poderá pedir o
intercâmbio para São Paulo.
São hoje mais de 50 cidades
beneficiadas diretamente com a possibilidade de realizar o tratamento em
um dos principais centros de referência para o tratamento da doença no país.
Mesmo não havendo direito a
intercâmbio, há a possibilidade de requerer excepcionalmente com a sua Unimed
local.
O Centro de Carcinomatose
Peritoneal também atende outros planos de saúde e convênios médicos. A relação
dos planos e cidades beneficiados, autorizações e outras informações podem ser
obtidos através do email urbruiz@terra.com.br.
Outras informações www.carcinomatoseperitoneal.com.br