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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

23 de novembro: Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil



        Celebrado em 23 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil marca a importância do diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento adequado desses pacientes. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta para os números da doença: atualmente, o câncer representa, no Brasil, a segunda principal causa de morte entre crianças e adolescentes, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atrás apenas de causas externas, como acidentes e violência.

Entre os tipos de câncer mais comuns, as leucemias lideram as estatísticas (26%), seguidas pelos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (13%); além desses, também acometem as crianças o neuroblastoma (mais frequente no abdome), tumor de Wilms (renal), retinoblatoma (retina) tumores germinativos TCG (ovários e testículos), sarcomas de partes moles e tumores ósseos (osteossarcomas), dentre outros.

Apesar dos tratamentos terem mostrado um notável progresso nos últimos anos, muitas crianças ainda chegam aos hospitais com a doença em estágio avançado e as chances de cura, nesses casos, acabam diminuindo expressivamente.

        A dificuldade no diagnóstico evidencia o quão importante é estar sempre alerta aos sinais. “Os sintomas são inespecíficos e se assemelham com os de outras doenças, o que pode, muitas vezes, confundir os pais. Por isso é necessário ter um pediatra de confiança que trate da criança periodicamente, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”, afirma Sonia Maria Rossi Vianna, médica oncologista e vice-presidente da SOBOPE.

        Ela explica que é preciso levar em conta o histórico clínico do paciente e a recorrência de sintomas que, em muitos casos, se assemelham ao de outras doenças comuns na infância. Exames são importantes instrumentos de diagnóstico e o conhecimento sobre câncer do médico de confiança da família também é um fator relevante.

        Outro ponto discutido na data é a importância de uma maior capacitação dos profissionais da saúde, para que os principais sintomas relacionados à patologia possam ser identificados e tratados com segurança e qualidade.

“O Brasil apresenta chances de cura menores em comparação a outros países mais desenvolvidos e há, ainda, uma discrepância significativa no acesso à saúde e na qualidade dos atendimentos em diversos lugares do País”, lamenta Sonia Maria Vianna.
Durante todo o mês, uma série de ações descentralizadas deve ocorrer por todo o Brasil, encabeçadas pelos profissionais da saúde associados à SOBOPE que atuam em hospitais e centros de saúde em todas as regiões do País. Para centralizar toda essa agenda de ações, a campanha da Sociedade traz a hashtag #combateaocancerSOBOPE.

“A ideia é dar visibilidade a todas as inúmeras ações que acontecem durante todo o mês em diversas partes do Brasil. Mais do que isso, usaremos a campanha para divulgar informações de forma centralizada à população, como os sintomas inespecíficos da doença, como inchaços, manchas roxas em lugares incomuns, aumento do fígado e baço e dores ósseas que não melhoram com medicação e de cabeça acompanhadas por vômitos, entre outros”, finaliza a vice-presidente.





Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE)
Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Dia Nacional de Combate à Dengue: Verão e época de chuvas aumentam os riscos do vírus



Infectologista esclarece as dúvidas sobre a doença


A dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o qual se desenvolve em áreas tropicais (quentes e úmidas). Por isso, é comum que as epidemias de dengue ocorram no verão, ou após períodos chuvosos. “Caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas, e qualquer lugar onde possa se acumular água pode ajudar a proliferação do mosquito transmissor”, explica a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia Maruzo Perejão.

Existem dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. “A dengue clássica é uma doença que, em mais de 95% dos casos, causa desconforto com, geralmente, sintomas menos graves e raramente leva à morte. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam de três a catorze dias com febre alta, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, enjoo e vômitos”, esclarece a médica.

A forma mais grave da dengue é a hemorrágica, porém também é mais rara. “Nestes casos, ocorrem sangramentos em algumas partes do corpo. É um quadro clinico mais grave esta situação, podendo evoluir para um colapso circulatório, choque, a até levando a pessoa à morte”, alerta a Infectologista.

O tratamento é sintomático, sendo a ingestão de líquidos importante na recuperação. “O paciente deve se manter em repouso, beber muito líquido, e só utilizar medicamentos prescritos por médicos para aliviar as dores e a febre. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que geralmente desaparece completamente com o tempo”, orienta Dra. Andreia.

O combate à doença é principalmente a prevenção, evitando que os locais se tornem criadouros de larvas. “É necessário evitar que objetos no jardim ou expostos ao ar livre se tornem recipientes de água. Importante que os objetos sejam cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam fixados nas paredes dos recipientes”, adverte.
Seguem algumas dicas da Dra. Andreia Maruzo Perejão para evitar que o mosquito se prolifere: 

  • Colocar terra nos pratinhos coletores das plantas para evitar o acumula da água;
  • Não deixar acumular água nas calhas do telhado;
  • Colocar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;
  • Tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris e tambores;
  • Não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos que possam acumular água (latas, garrafas, cacos de vidro etc.);
  • Em locais de maior ocorrência da dengue, usar sempre que possível calças, camisas de manga comprida e repelente contra insetos;
  • Pessoas que estiveram em área de risco e apresentarem febre devem procurar o Serviço de Saúde mais próximo rapidamente.

Cães e gatos podem ter Febre Amarela?



O surto de Febre Amarela vem deixando donos de cães e gatos de orelha em pé – será que os peludos também podem ficar doentes? 

Respirem aliviados: a resposta é não! Humanos e macacos são os únicos hospedeiros do vírus responsável por uma das mais temidas doenças transmitidas por mosquitos. Existem dois tipos de Febre Amarela, silvestre e urbana. No primeiro caso, os macacos funcionam como hospedeiros e, se picados, transmitem o vírus para os mosquitos Haemagogus ou Sabethes, comuns nas matas e na beira dos rios. Uma vez infectados, os mosquitos se tornam vetores para sempre e poderão transmitir a doença para outros macacos e para humanos não vacinados. Em área urbana, o humano (único hospedeiro do vírus) infectado pela febre amarela silvestre pode transmiti-la para mosquitos como o Aedes aegypti, que picam outras pessoas e espalham a doença.

Aedes aegypti deve ser temido por donos de cães e gatos por outro motivo: ele é vetor da Dirofilaria immitis, que acarreta a Dirofilariose, popularmente conhecida como verme do coração. Para que isso não ocorra, acabe com qualquer possível foco: o mosquito se reproduz  em água parada, por exemplo nas vasilhas dos nossos bichinhos, que devem ser lavadas com esponja e sabão diariamente. A Dirofilariose também é transmitida pelo mosquito Culex sp (o pernilongo comum) contaminado pelo parasita dirofilária. Quando ele pica, libera larvas na corrente sanguínea, que se alojam no ventrículo direito, na artéria pulmonar e na veia cava, reduzindo a função cardíaca, causando dificuldades respiratórias e uma tosse crônica. A doença, que pode ser detectada por exame de sangue e tem tratamento (embora muito delicado e com um certo risco para o cão),principalmente nos estágios iniciais, pode ser prevenida por meio de medicamentos e antipulgas de última geração.

Outra doença bastante temida é a leishmaniose, transmitida por flebótomos, insetos minúsculos que causam um estrago danado. Eles se reproduzem em matas úmidas e locais com matéria orgânica, como terrenos baldios e depósitos de lixos, e ao picarem um cão infetado, recolhem os parasitas que se multiplicam em seus estômagos e que contaminarão outros cães e humanos. Apesar dos flebótomos serem os vetores da doença, em diversos locais a recomendação ainda é a eutanásia dos peludos, entendendo-se serem eles reservatórios da doença. Ainda não existe cura para a leishmaniose, mas há tratamento para reverter sintomas como o emagrecimento progressivo, aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e ferimentos na pele que não cicatrizam. A prevenção pode ser feita por meio de coleiras e produtos repelentes.

A Doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, também pode acometer os cães. O protozoário é transmitido pelo triatomídeo (mosquito conhecido por barbeiro) que ao picar o peludo para se alimentar defeca, contaminando o local da picada.

Outro inseto do mal é a mosca. A varejeira (Cochliomyia hominivorax) causa bicheira ou miíase ao depositar suas larvas em ferimentos expostos, que literalmente “comem” a pele e os tecidos subcutâneos e musculares do animal, e enquanto não atingem a forma adulta, vão aumentando o tamanho da ferida. É uma doença dolorosa e, muitas vezes, a amputação do membro afetado é inevitável. Existem bandanas, sprays e coleiras que ajudam a evitar que as moscas pousem nos peludos, e é importante ficar de olho em qualquer machucado, até nos menorzinhos.

Já a berne, muitas vezes confundida com bicheira, é causada por larvas de moscas da espécie Dermatobia hominis, que podem contaminar a pele de qualquer animal, até se não houver ferimento. Com o passar dos dias surge um nódulo com um buraquinho – às vezes não é possível ver a larva, apenas as secreções. Espremer não é a solução: peça ajuda ao veterinário. Em alguns casos o animal precisa até ser sedado para a realização do procedimento.

A melhor prevenção para essas duas doenças é a higiene. Recolha sempre as fezes e limpe bem o “banheiro” do peludão. Medicamentos antipulgas em comprimidos têm ótimo resultado, além de serem úteis para matar as larvas nos casos de infestações.


Fique atento!

* Dirofilariose, conhecida como verme do coração, é causada pelo dirofilária, parasita transmitido pelos mosquitos Culex sp e Aedes aegypti e ocorre principalmente em áreas litorâneas.

* Transmitida por flebótomos, a leishmaniose também pode infectar humanos. Ainda não tem cura, mas é possível reverter os sintomas. A limpeza de terrenos onde há lixo e material orgânico ajuda a evitar a propagação do inseto.

* As moscas varejeiras depositam ovos em ferimentos na pele. As larvas comem tecidos e carne, podendo comprometer em demasia a saúde do animal.

* A berne é causada pelas larvas da mosca Dermatobia hominis, que se alojam na pele dos animais, ainda que não existam ferimentos, causando dor e irritação. A higiene é a melhor prevenção (isso vale também para a bicheira),além de repelentes.


Previna-se

* Lave as vasilhas de água com sabão diariamente, esfregando bem as bordas, lugar preferido dos mosquitos para desova – melhor ainda se as vasilhas não tiverem bordas.

* Cuidado com os ralos: mantenha-os fechados ou lave todos os dias.

* Prefira caminhas e panos de cor clara – os mosquitos gostam mais das escuras – e acomode seu amigão em local ventilado para dificultar que as pragas pousem e botem ovos.

* Mata-mosquitos elétrico ajuda a eliminar as pragas, mas cuidado para o cachorro não se queimar.

* Aparelhos ultrassônicos não devem ser usados: o som, imperceptível para os nossos ouvidos, incomoda não só os mosquitos, mas os nossos peludos.

* Consulte o veterinário sobre repelentes que não prejudiquem o animal.





Cláudia Pizzolatto e Regina Ramoska
Fonte: https://www.bitcao.com.br/




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