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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Pacientes com Parkinson contarão com novos medicamentos no SUS



As substâncias Rasagilina e Clozapina serão ofertadas para tratar a doença. Dados indicam que 200 mil pessoas sofrem com o Parkinson no país 


O Ministério da Saúde atualizou o Protocolo de Tratamento para Parkinson. Entre as novidades terapêuticas está a indicação dos medicamentos Rasagilina (1mg) e Clozapina (25mg e 100 mg). A oferta dos fármacos tem como objetivo proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes com transtornos associados à doença, que afetam 200 mil pessoas no país.

A Rasagilina foi incorporada em agosto de 2017 e estará à disposição da população até o final de fevereiro nas unidades de saúde do país. O medicamento promove a melhora da evolução clínica dos pacientes que iniciaram o medicamento na fase inicial da doença. A Clozapina já era oferecida no SUS para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia, e agora passa a ser ofertada também para controle de sintomas psicóticos das pessoas com Parkinson.

O investimento do Ministério da Saúde previsto para a disponibilização da rasagilina aos pacientes com doença de Parkinson é de cerca de R$ 16 milhões, em 2018, e da clozapina de R$1,91 milhão em 2018, o que resulta num total de R$ 17,91 milhões.

A oferta dos medicamentos, para o tratamento da doença, foi aprovada na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), atendendo pedido da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. A portaria que renovou o protocolo sobre Parkinson foi publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro.

A doença de Parkinson é neurodegenerativa, e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete 1% da população mundial, com idade superior a 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive os sintomas psicóticos.

Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais. Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, como: comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo. A evolução dos sintomas é usualmente lenta, e variável em cada caso.


TRATAMENTO – O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas sobre Parkinson foi criado em 2002, atualizado em 2010 e agora em 2017. O documento estabelece o tratamento multidisciplinar e apresenta os diversos sinais e sintomas da doença.

Para tratamento da doença de Parkinson, o SUS oferece ainda os procedimentos de implante de eletrodo e implante de gerador de pulsos, ambos para estimulação cerebral. Na lista de materiais especiais, também constam o conjunto de eletrodo e extensão, além do gerador para estimulação cerebral.

Atualmente, no Brasil há 27 estabelecimentos habilitados em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica 105/008 (método minimamente invasivo de cirurgia cerebral) pelo Ministério da Saúde, sendo dois habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e 25 habilitados como Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia.

O SUS já ofertava acesso a sete medicamentos para tratamento da doença: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Ainda existem outros três medicamentos (Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa), que são ofertados por meio do Programa Farmácia Popular. Esses medicamentos podem ser retirados com até 90% de desconto.





Carolina Valadares
Agência Saúde
Ascom/MS


 

Quando tudo podemos, o que queremos?



A feminilidade atual convive com o tempo e não é obscurecida pela maturidade, ao invés, resplandece, iluminada por uma luz que transcende os modelos do passado.

As mulheres modernas intensificam sua posição e escolhem: votar ou ser votada, patroa ou funcionária, empresária, sócia ou parceira, cientista ou militar: exército, marinha, aeronáutica abrem-se como possibilidades para as mulheres. A feminização do magistério evidencia ainda que a educação da juventude é comandada por mulheres e tantos organismos nacionais e internacionais demonstram interessar-se pelo tema.

A isto chamamos poder!

Se é verdade que querer é poder, abre-se para as mulheres do século XXI o poder de querer. Finalmente tudo é possível e não nos convém blefar contra o nosso potencial, agora livre para andar e talvez, voar.

Ainda incrédulas, em alguns momentos retrocedemos às princesas e aos príncipes, e tomadas por repentina nostalgia chamamos nossas meninas ao nascer de “princesas” e as adornamos com “coroinhas”, invocando aquele tempo em não éramos livres.

Considerando a liberdade como irmã gêmea da responsabilidade, nossos projetos podem hoje sair do papel com vigor e alegria.

A escolha é pessoal: neste momento, quando tudo podemos, o que queremos as mulheres no Século XXI?




 Alice Schuch - escritora, palestrante, doutora e pesquisadora do universo feminino




Traumas que abalam os nervos



Os nervos periféricos, com milhares de fibras nervosas, formam uma das estruturas que contribuem para o funcionamento do nosso organismo. Fazendo a conexão do cérebro e da medula espinhal com músculos e órgãos, controlam movimentos e sensações e são fundamentais, entre outras funções, para o coração bater e para conseguirmos andar. Mas eles podem ser lesionados, seja por um trauma causado por uma queda ou um acidente de trânsito, ou por um tumor, resultando em lesões que prejudicam as atividades do corpo humano.

“Chama-se de neuropatia periférica traumática a lesão de um ou mais nervos periféricos resultado dos efeitos diretos ou indiretos (secundários) de traumatismos”, explica o neurologista Francisco Gondim, coordenador do Departamento Científico de Neuropatias Periféricas da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

O trauma é o motivo mais comum de lesão. Do tipo súbito, causado por acidente automobilístico, queda ou atividades esportivas, pode comprimir, romper ou provocar o estiramento do nervo.

No entanto, lesões menos traumáticas também podem causar danos. Um exemplo são os microtraumas decorrentes de atividades esportivas, que, por consequência, podem levar à compressão dos nervos adjacentes. “As consequências do trauma são variadas, podendo resultar em múltiplos mecanismos, principalmente acidentes diversos”, informa Gondim.

O problema pode ser diagnosticado por exames neurológicos e por eletroneuromiografia, que avalia a função do sistema nervoso periférico e muscular por meio do registro de respostas elétricas. “O diagnóstico ocorre mediante a suspeita clínica de lesão nervosa, resultante de queixas de acometimento de fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas de um ou mais nervos e confirmada por exames”, indica o neurologista.

Os sintomas dependem da distribuição dos nervos acometidos. “Em muitas ocasiões pode haver acometimento dos plexos, que é o  entrelaçamento dos filamentos e vasos sanguíneos e nervos, e/ou raízes nervosas, que se originam na medula espinhal e estão associadas a quadros mais graves. As manifestações clínicas vão depender do nervo acometido. Dessa forma, o repertório de movimentos executados por um nervo, ou nervos, será perdido completamente ou parcialmente, bem como alterações da sensibilidade no território de inervação do nervo e alterações do controle vasomotor”, esclarece Gondim.

Dependendo do tipo e características do trauma, o neurologista informa que podem ser realizadas descompressões dos nervos afetados para a prevenção de lesões continuadas e repetidas. “Nas lesões extensas do plexo braquial (braço) com prognóstico ruim pode ser tentada a realização de enxertos nervosos. O tratamento também inclui controle da dor neuropática com antidepressivos e anticonvulsivantes, bem como reabilitação da região afetada com fisioterapia”, ressalta.

Gondim explica também que a descompressão pode ter efeito curativo ou, pelo menos, controlar a progressão da neuropatia. A reabilitação funcional com tratamento da dor e fisioterapia pode contribuir para a restituição da função comprometida nesses casos.



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