Pesquisar no Blog

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Quando a ansiedade na infância se torna patológica



Pesadelos frequentes, recusa em ir para a escola, medo que os pais morram, queixas de dores de cabeça ou musculares. Estes podem ser sintomas de um dos transtornos da ansiedade mais comuns da infância e adolescência: O Transtorno de Ansiedade da Separação (TAS), que atinge de 3 a 5% das crianças.

Segundo Dra. Karina Weinmann, neuropediatra e cofundadora da NeuroKinder, o transtorno da ansiedade da separação é uma reação anormal a separação dos pais, familiares ou cuidadores. “A separação pode ser real ou imaginária. Entretanto, há um impacto importante nas atividades diárias, assim como no desenvolvimento cognitivo e social. Normalmente, o pico ocorre entre os sete e nove anos de idade”.


Normal x Patológica
 
A médica alerta que é preciso muito cuidado para não confundir a ansiedade da separação, que faz parte do desenvolvimento infantil, com o Transtorno da Ansiedade da Separação. “A ansiedade da separação faz parte dos marcos do desenvolvimento e trata-se de um comportamento evolutivo fundamental. O pico acontece entre nove e trezes meses de idade quando o bebê percebe que é um indivíduo e não mais a extensão do corpo da mãe. Nessa fase o bebê pode chorar mais, sentir medo do abandono e só se acalmar com a presença materna ou paterna, por exemplo”, explica Dra. Karina.

Já o Transtorno da Ansiedade da Separação costuma aparecer em crianças mais velhas, normalmente na idade pré-escolar. “Consideramos um transtorno quando a ansiedade está além do esperado para o nível de desenvolvimento da criança. Além disso, precisa durar mais de quatro semanas e se desenvolver antes dos 18 anos. Para o diagnóstico também são levados em conta o sofrimento e os prejuízos acadêmicos, sociais e cognitivos”, diz Dra. Karina


Medo irracional
 
“As crianças e adolescentes com o transtorno da ansiedade da separação apresentam uma série de sintomas físicos, emocionais e comportamentais quando se separam dos pais ou cuidadores ou quando precisam sair de casa. “Percebemos o medo recorrente de que os pais morram, fiquem doentes, desapareçam ou os esqueçam na escola, etc. O medo é excessivo, gerando preocupação com doenças, acidentes e morte o tempo todo”, explica Dra. Karina.

Esse medo da separação impacta diretamente na frequência escolar. Essas crianças costumam faltar muito a escola, não conseguem dormir sozinhas e podem apresentar dores de cabeça, estômago, enjoos e vômitos, principalmente nos momentos em que a separação é eminente.  O sofrimento é muito grande, pois eles imaginam que algo ruim vai acontecer com eles ou com os pais e que o reencontro não vai ser possível.

Piora do quadro
 
Eventos estressantes, como mudança de escola, de cidade, chegada de um irmão, separação dos pais e perdas de familiares são importantes fatores de risco para a piora do quadro. “É importante que os pais entendam que os sintomas podem se intensificar de acordo com a situação vivida.
Neste ponto, a criança irá perseguir os pais dentro de casa e pode ter crises de choro e desespero quando os pais saem para trabalhar ou ainda quando o horário de ir para a escola se aproxima. Frequentemente, são crianças e adolescentes que costumam ligar inúmeras vezes para os pais para saber onde estão”, diz a neuropediatra.
 

Porque é importante tratar
 
Estima-se que 30% dos casos de TAS irão persistir na vida adulta se não tratados. O transtorno tem um impacto importante nas interações sociais, já que a criança pode se isolar socialmente. Isso compromete o desenvolvimento das habilidades sociais, por exemplo. É um preditivo de transtornos psiquiátricos adultos, especialmente o transtorno do pânico.  Além disso, há outras doenças associadas ao TAS, como o transtorno da ansiedade generalizada (TAG) e a fobia específica.
 

Psicoeducação e Terapia Cognitiva Comportamental
 
“O tratamento é individualizado, porém a educação é parte fundamental da terapêutica. “Os pais e a criança ou o adolescente precisam conhecer melhor o transtorno da ansiedade da separação e isso é feito por meio da psicoeducação. Além disso, ensinamos os pais a como gerenciar os comportamentos para criar um ambiente adequado e oferecer suporte para que a criança supere os sintomas”, comenta Dra. Karina.

Outra abordagem importante é a recomendação da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), sendo atualmente o tratamento com mais evidências de eficácia para tratar os transtornos da ansiedade na infância em curto e longo prazos.





Incentivar a leitura é fundamental para crianças



 Psicopedagoga especialista em educação fala sobre a importância do ato da leitura para o aprendizado


A leitura é um hábito que faz parte do nosso dia a dia e deve ser cultivado. É normal que as crianças comecem a ler por volta dos cinco anos de idade, porém, para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, é bom incentivar a leitura desde muito cedo. “Ler para os pequenos e incentivá-los a ler é muito benéfico. Com a leitura eles não só aprendem coisas novas, como aprendem a escrever melhor, ampliam seu vocabulário e, é claro, melhoram seu desempenho escolar”, comenta.

É importante que os pais permitam o contato dos pequenos com os livros, deixe-o brincar, tocar e analisar aquela novidade. Hoje não é difícil encontrar livros com materiais mais resistentes, cheios de cores e texturas, que permitem essa interação. Já as histórias infantis que tanto encantam as crianças, permitem que ela entre nesse universo. “Quando nós lemos para uma criança fazemos surgir nela o interesse pela leitura, se você conversar sobre a história ela irá refletir sobre aquilo, além de desenvolver sua capacidade de compreensão e interpretação”, sugere a especialista.

Com as crianças um pouco maiores, os pais já podem começar a fazer leitura mais dinâmicas, lendo uma parte da história e dando a ela o livro para que ela possa tentar ler a outra parte, aos poucos ela vai se familiarizar com aquele livro até conseguir lê-lo inteiro e sozinha. Uma boa opção são as história ilustrada e com menos escrita, conforme a criança for evoluindo você pode aumentar a quantidade de palavras no livro. Quando ela estiver lendo melhor, ofereça outras opções, como os cadernos infantis dos jornais, revistas e textos que tenham temas interessantes e adequados para a idade.

Por fim, a psicopedagoga lembra que mesmo depois que a criança já tiver adquirido esse hábito e aprendido a ler, é bom que os pais e professores continuem a incentivá-la. “Ler para a criança desde os primeiros anos de vida é algo muito importante, já que ela está em fase de desenvolvimento, e essa troca afetiva ajuda a estabelecer laços com a leitura”, comenta. Variar os gêneros literários também é importante, para que ela possa ter acesso aos mais variados temas. “Não sobrecarregue-a com a leitura, ela tem que ser uma diversão e não uma obrigação, que vai acabar por fazer ela perder o interesse no ato”, completa Ana Regina.






Mês das Crianças: a comodidade para a "nova geração condomínio"



Com a falta de espaço e segurança urbana, os condomínios tem sido a solução encontrada na busca por uma infância mais livre e saudável


Com a ausências de espaços públicos seguros, com estrutura e grandes espaços para crianças e adolescentes brincarem e socializarem livremente, muitos pais abandonaram as casas de ruas de grandes e médias cidades e buscaram como opção os condomínios verticais e horizontais. Mesmo quando o recém casal planeja uma nova moradia, já se programa pensando no crescimento da família e no tempo que passam fora da residência, por causa do trabalho e do trânsito das grandes cidades. Tudo isso, porque infelizmente o planejamento urbano das cidades ainda não incorpora a necessidade total de segurança e lazer das famílias.

Essas famílias que escolhem morar em condomínios, se esforçam para ficar livres da violência, acidentes e tantos outros acontecimentos infelizes do dia a dia. Um dos motivos dos pais se sentirem mais seguros em relação a seus filhos morarem em condomínio é o fato de usufruírem de uma portaria – com profissionais treinados - que controla a entrada e saída de pessoas e carros, circuitos de câmeras e, em alguns casos, profissionais que trabalham como segurança, representando maior garantia e menos riscos aos pequenos.

Outra razão que leva os pais a optar por locais assim é porque pensam no bem-estar das crianças, que precisam de um bom espaço para brincar. De fato, em qualquer lugar, a garotada precisa de cuidado especial para evitar imprevistos indesejáveis como acidentes, doenças, entre outras coisas. Por isso, é necessário ficar atento e ter a certeza de que o dinheiro investido neste conforto - dos prédios e vilas residências -está sendo mesmo revertido em cuidados necessários para que os pequenos estejam sempre seguros, possam brincar e viver a infância com qualidade.

A área de lazer é um dos locais preferidos das crianças, pois são nos playgrounds onde passam horas brincando nas caixas de areia e nos brinquedos, os quais precisam ser constantemente cuidados e higienizados para não serem um agente contaminador de doenças, vírus e bactérias, ou se tornarem locais para se machucar. Por isso é necessário prezar também pela limpeza e manutenção.

Logo, todas as áreas do condomínio, incluindo as áreas de lazer, merecem muita atenção quanto à limpeza, pois é fundamental para a saúde tanto das crianças quanto dos adultos. Os moradores, administradores e síndicos dos condomínios devem, portanto, valorizar a limpeza e manutenção profissional e ao terceirizar estes serviços reconhecem a importância da especialização, pois sabem sobre a extrema importância de preservar a saúde da família como um todo e também do patrimônio dos condôminos.

Por isso, mesmo morando em condomínios, é necessária a atenção com a garotada e os pais devem se lembrar que crianças de até 10 anos não devem ficar muito tempo distantes ou andar sozinhas, pois podem sofrer acidentes em qualquer lugar como na escada, no elevador, na parte elétrica, entre outros locais. É fundamental também que crianças de até 5 anos estejam constantemente acompanhadas de um adulto nas brincadeiras do playground e, na área da piscina, independente da idade, todas as crianças não devem estar desacompanhadas em nenhum momento.




Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização. www.gsterceirizacao.com.br



Posts mais acessados