Psicopedagoga especialista em educação fala sobre a
importância do ato da leitura para o aprendizado
A
leitura é um hábito que faz parte do nosso dia a dia e deve ser cultivado. É
normal que as crianças comecem a ler por volta dos cinco anos de idade, porém,
para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e
especialista em educação especial e em gestão escolar, é bom incentivar a
leitura desde muito cedo. “Ler para os pequenos e incentivá-los a ler é muito
benéfico. Com a leitura eles não só aprendem coisas novas, como aprendem a
escrever melhor, ampliam seu vocabulário e, é claro, melhoram seu desempenho
escolar”, comenta.
É importante que os pais
permitam o contato dos pequenos com os livros, deixe-o brincar, tocar e analisar
aquela novidade. Hoje não é difícil encontrar livros com materiais mais
resistentes, cheios de cores e texturas, que permitem essa interação. Já as
histórias infantis que tanto encantam as crianças, permitem que ela entre nesse
universo. “Quando nós lemos para uma criança fazemos surgir nela o interesse
pela leitura, se você conversar sobre a história ela irá refletir sobre aquilo,
além de desenvolver sua capacidade de compreensão e interpretação”, sugere a
especialista.
Com
as crianças um pouco maiores, os pais já podem começar a fazer leitura mais
dinâmicas, lendo uma parte da história e dando a ela o livro para que ela possa
tentar ler a outra parte, aos poucos ela vai se familiarizar com aquele livro
até conseguir lê-lo inteiro e sozinha. Uma boa opção são as história ilustrada
e com menos escrita, conforme a criança for evoluindo você pode aumentar a
quantidade de palavras no livro. Quando ela estiver lendo melhor, ofereça
outras opções, como os cadernos infantis dos jornais, revistas e textos que
tenham temas interessantes e adequados para a idade.
Por
fim, a psicopedagoga lembra que mesmo depois que a criança já tiver adquirido
esse hábito e aprendido a ler, é bom que os pais e professores continuem a
incentivá-la. “Ler para a criança desde os primeiros anos de vida é algo muito
importante, já que ela está em fase de desenvolvimento, e essa troca afetiva
ajuda a estabelecer laços com a leitura”, comenta. Variar os gêneros literários
também é importante, para que ela possa ter acesso aos mais variados temas.
“Não sobrecarregue-a com a leitura, ela tem que ser uma diversão e não uma
obrigação, que vai acabar por fazer ela perder o interesse no ato”, completa
Ana Regina.
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