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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Semana de Conscientização dos Direitos dos Animais



A forma como tratamos os animais é um retrato do nosso grau de civilidade. Ao criar a Semana de Conscientização dos Direitos dos Animais, que acontece de 28 de setembro a 4 de outubro e faz parte do calendário de eventos oficial do Estado de SP, minha intenção foi estimular a reflexão da sociedade sobre as dores impostas sistematicamente aos animais, sejam eles domésticos, domesticados, silvestres ou exóticos.

Os animais são seres sencientes. Eles sentem amor, medo e angústia. Mas não podem se defender, não têm voz e nem a quem recorrer. Por isso que gostaria de ressaltar a importância da proteção animal e de todos que dedicam seu tempo, ou parte dele, a defender os direitos dos animais.

É um trabalho árduo, dispendioso e, muitas vezes, pouco reconhecido. Os protetores enfrentam um turbilhão de dificuldades como transporte para resgates, lares temporários, auxílio veterinário e medicamentos. Isso sem falar em seu incansável trabalho corpo a corpo de conscientização, mostrando a importância da castração, da posse responsável e de combate ao abandono e maus-tratos.

Por outro lado, mesmo tomando para si um trabalho que deveria ser do Poder Público, os protetores têm que enfrentar também o descaso de governantes míopes, que não alocam recursos para programas de castração, não dialogam com a proteção animal, dificultam a implantação de políticas públicas e chegam até a vetar emendas e legislações vitais para o bem-estar animal.

E há ainda um cenário mais obscuro por trás da violência cometida contra os animais. Recentes pesquisas comprovam que a crueldade cometida contra um animal está diretamente ligada a personalidades perigosas para a sociedade. Psicólogos, sociólogos e criminologistas constataram que a maior parte dos atos de crueldade cometidos intencionalmente contra animais precedem os atos de crueldade contra humanos. Segundo o FBI, 80% dos serial killers começam sua vida de crimes matando animais e quase todo lar onde há violência doméstica há também violência contra animais.

Ensinar a população a respeitar outras formas de vida e conscientizar sobre a existência de Leis que consideram crime os atos de crueldade contra os animais contribui para a formação de uma população mais atuante, consciente, responsável e solidária.

Conscientizar para os Direitos dos Animais é dever de todos nós.




 Feliciano Filho - vegetariano, ativista pelos direitos dos animais e deputado estadual pelo PSC



Nutrientes recomendados no Pré e Pós-operatório



Avaliar o estado nutricional e planejar a ingestão de nutrientes entre o período pré e pós-operatório é fundamental para a recuperação

No pré e pós-operatório alguns cuidados com a alimentação são fundamentais para uma adequada recuperação e cicatrização. A cicatrização é um processo dinâmico e imediato pelo qual o organismo tende a reparar os tecidos em resposta a uma lesão. Esse processo é fundamental para restituir as características anatômicas. Em relação às complicações no pós-cirúrgico, há a necessidade de melhorar o estado nutricional do indivíduo. Levando em consideração alguns fatores de risco como tabagismo, hipertensão e obesidade, é visto que nesses casos o risco de deficiências nutricionais está aumentado.

Por isso, é necessário avaliar o estado nutricional e planejar a ingestão de nutrientes entre o período pré e pós-operatório. Segundo a equipe de nutrição do Kurotel – Centro Médico e Spa de Longevidade de Gramado, a subnutrição pré-operatória e, principalmente, a deficiência de proteínas e disfunções no DNA interferem na síntese de colágeno, proliferação de fibroblastos, diminuição da angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e redução de proteoglicanos (proteínas estruturais). Além disso, a deficiência de carboidratos leva ao catabolismo proteico (degradação da proteína) e juntamente com o déficit de vitaminas e minerais, como exemplos vitamina A, tiamina (B1), vitamina C e zinco, pioram o quadro clínico do indivíduo.

Nesse contexto, a nutrição exerce um papel fundamental, visto que muitos nutrientes podem influenciar as fases de cicatrização, por estarem envolvidos na síntese de novos tecidos, supressão da oxidação, otimização da cicatrização e auxiliando inclusive na imunidade. A recuperação no pós-cirúrgico é composta por fases onde alguns nutrientes como vitamina K, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas A, C, complexo B, ferro, zinco e magnésio são fundamentais para proliferação de células, síntese do colágeno e neovascularização.


Conheça os nutrientes essenciais nessa fase e suas funções 


Vitamina A
Acelera a epitelização e fechamento da ferida, ativa as funções dos macrófagos e linfócitos (células de defesa), auxilia na função anti-inflamatória e antioxidante, estimula a fagocitose e fortalece o sistema imunológico.

Fontes: fígado, gema de ovo, carne vermelha, peixes, leite integral, queijos, manteiga, vegetais folhosos verde-escuros, vegetais e frutas amarelo-alaranjados.


Complexo B e Vitamina C
Ativa a síntese proteica, tecidual e DNA, favorece o aumento do colágeno, garante a função dos leucócitos (células de defesa), regula o estresse oxidativo (função antioxidante), auxilia na remoção do tecido necrótico, diminui a suscetibilidade às infecções, favorece o equilíbrio da matriz extracelular e cicatrização. Protege contra os danos causados pelos medicamentos.

Fontes: cereais integrais, leguminosas, gema de ovo, folhas verdes escuras, frutas cítricas.


Vitamina D
Regula a síntese de proteínas estruturais, principalmente do colágeno tipo I, controla o crescimento e diferenciação celular, estimula a síntese de fibronectina e ativação da maturação de macrófagos (células de defesa).


Vitamina E
Possui função antioxidante e anti-inflamatória, protegendo o organismo contra o estresse oxidativo. Mantém a integridade da membrana celular, fortalece o sistema imunológico e melhora a coagulação sanguínea.


Cobre
Age como cofator de enzimas da cicatrização, auxilia na síntese de colágeno, proteínas, tecido conjuntivo, elastina, hemoglobina, eritrócitos (prevenção de anemia) e ossos.


Ferro
Participa na formação das enzimas responsáveis pela cicatrização, garante capacidade fagocitária dos neutrófilos (células de defesa), formação do colágeno.


Magnésio e Manganês
Função antioxidante, auxilia na formação de enzimas responsáveis pela cicatrização, síntese do colágeno, proteínas e energia.


Selênio
Função antioxidante, previne infecções e fortalece o sistema imunológico.


Zinco
Auxilia na formação de enzimas, colágeno, síntese de proteínas, replicação celular, manutenção da mucosa intestinal e fortalece o sistema imunológico.


Carboidratos
Participa da ativação de enzimas utilizadas para reparação tecidual, ativa a expressão gênica, fornecimento de energia para formação dos linfócitos (células de defesa), síntese de proteínas e colágeno.


Proteínas
Auxilia no crescimento, reparo tecidual, controle da fase inflamatória e proliferação celular. Participa na síntese e deposição de colágeno. Melhora a imunidade e formação de linfócitos (células de defesa) e previne infecção.


Lipídios
Participa na formação da matriz extracelular, possui a função antioxidante, anti-inflamatória, vasodilatadora e antiagregante, também contribui como fonte de energia para a célula.


Glutamina
Aumenta a síntese de proteínas musculares, serve como importante combustível para as células de divisão rápida, estimula a liberação de hormônio de crescimento. Auxilia na integridade intestinal, síntese de fibroblastos e macrófagos (células de defesa) e reduz infecção.


Fitoterápicos que auxiliam no pós-operatório
Alguns alimentos possuem propriedades anti-inflamatórias, anticoagulantes, antioxidantes, auxiliam no controle da glicemia e prevenção de fibrose (cicatriz interna causada pelas lesões e inflamação, formando um acúmulo de proteínas e excesso de colágeno) e fortalece a imunidade. Ex: Cúrcuma longa, alho, canela e etc.



Depressão: 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença



De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 322 milhões de pessoas no mundo sofrem com a depressão. E estima-se que 11,5 milhões de brasileiros, 5,8% da população, sejam afetados pela doença. Até 2020 pode ser a primeira causa de afastamento do trabalho no mundo.

“A doença pode ser bastante incapacitante e atrapalhar a rotina. Os sintomas variam bastante, mas geralmente a pessoa sente uma tristeza profunda, com desinteresse em atividades que gostava. Pode também apresentar alterações no sono, diminuição do desejo sexual ou pensamentos negativos que podem envolver morte, automutilação ou suicídio”, afirma Dr. Rafael Brandes Lourenço, especialista em psiquiatria, psicogeriatria e medicina do sono pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O médico destaca que campanhas de prevenção à depressão são importantes para aumentar a discussão sobre a saúde mental. “A depressão tem tratamento e a avaliação do especialista é essencial para obtermos um diagnóstico correto.  É preciso verificar se os sintomas são realmente compatíveis com a depressão, já que existem dezenas de condições que imitam a doença, como o hipotireoidismo por exemplo”, explica o Dr. Rafael.

De acordo com o especialista, o tratamento pode incluir medicamentos como os antidepressivos, a psicoterapia e tratamentos biológicos como a estimulação magnética transcraniana (EMT) ou eletroconvulsoterapia (ECT). Nas primeiras fases do tratamento há um risco mais alto dos retornos dos sintomas depressivos. Por isso, existe a orientação de manter o uso de antidepressivo por aproximadamente um ano após a remissão do quadro. “O correto é que sejam reduzidos de forma gradual e suspensos com supervisão médica, para diminuir o risco de recorrência“, diz o médico. 

Como a depressão traz um sofrimento mental muito grande, a psicoterapia acaba por fornecer um apoio importante, principalmente numa fase crucial, que é a de ajuste medicamentoso. “A psicoterapia pode ainda auxiliar a identificar e modificar pensamentos e atitudes que contribuem com a doença”, completa Dr. Rafael.






Dr. Rafael Brandes Lourenço – é psiquiatra pelo Hospital do Servidor Público Estadual e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Psicogeriatra e médico do sono pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). 




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