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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Crioterapia evita queda de cabelos durante tratamento quimioterápico e reduz índices de depressão entre pacientes



Especialista explica sobre a técnica que utiliza um aparelho médico com touca gelada para resfriar o couro cabeludo, criando uma barreira que protege os folículos capilares; Procedimento é seguro para mulheres diagnosticadas com câncer de mama e seus bons resultados geram reflexos positivos à autoestima, colaborando diretamente para eficácia no tratamento da doença 


Após receber o diagnóstico de câncer, surgem as mais variadas dúvidas sobre as formas de tratamento e seus efeitos colaterais. No caso das mulheres, um dos mais temidos é a perda de cabelos ocasionada pela quimioterapia. Essa aflição, muitas vezes, se sobrepõe inclusive aos resultados positivos da terapêutica e leva a um elevado risco de problemas secundários como autoestima baixa, ansiedade, estresse e depressão. Segundo especialistas, o impacto psicológico é ainda maior quando se trata de câncer de mama, a neoplasia maligna que mais atinge o sexo feminino, sendo responsável 28% do total de casos diagnosticados entre este grupo em 2016, um universo que representa 60 mil pessoas, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

"É preciso destacar que mulheres com câncer de mama passam por um turbilhão emocional que tem início no momento em que descobrem a condição e continua, com altos e baixos, ao longo de todo o processo de tratamento. O diagnóstico desse tipo de tumor, em especial, gera inseguranças relacionadas aos desdobramentos que a doença provocará na imagem da paciente. Por isso, é preciso garantir não apenas que seja realizado o devido acompanhamento da condição em si, como também atentar aos aspectos psicológicos", explica o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas). 

Neste sentido, um procedimento que aumenta as chances de preservação dos fios nos processos de quimioterapia têm sido considerado um importante aliado para a melhora do equilíbrio emocional em mulheres em tratamento contra o câncer de mama. A técnica, chamada de Crioterapia ou Scalp Cooling (em inglês), consiste no uso de uma touca gelada, que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.

"Não há números apurados sobre a eficácia do uso desta técnica no Brasil, considerando que ela foi aprovada pela Anvisa no início de 2015. Contudo, pesquisas realizadas em vários países da Europa, onde sua aplicação já vinha sendo feita ao longo dos últimos anos, mostram que a redução da taxa de alopecia variou de 49% até 100% em mais de 2 mil pacientes avaliadas. Isso significa que a queda de cabelos foi nula ou praticamente imperceptível em boa parte dos casos", diz o Dr. Daniel.


Entenda como funciona a Crioterapia

Um capacete revestido por um gel em temperatura de 4º C é conectado por meio de um tubo a uma máquina que se assemelha a um circulador de ar. Colocado sobre a cabeça do paciente 60 minutos antes da infusão de quimioterapia, a touca permanece sendo usada durante toda a aplicação do quimioterápico e só é retirada cerca de uma hora após a aplicação completa do medicamento. Todo o processo dura em torno de três a quatro horas. "Esse dispositivo gelado causa uma sensação térmica de aproximadamente 15º C e, em geral, é bem tolerada. Em alguns casos pode haver queixa de dor de cabeça, tontura e sensação de frio, mas tais sintomas não são considerados como fatores que levem à disistência do procedimento pelos pacientes, graças ao bons resultados alcançados", ressalta o oncologista do CPO.

Esse resfriamento do couro cabeludo diminuí o fluxo sanguíneo para a raiz de cada fio, fazendo com o que folículo capilar fique menos suscetível à agressão dos quimioterápicos e, portanto, menos propenso ao risco de queda. O especialista frisa que o nível de preservação do cabelo está relacionado ao tipo de quimiterápico empregado. Considerando as drogas mais fortes, que levariam à queda total dos fios, é possível reduzir o indíce de perda para 20% a 30%. "Isso significa que o uso de peruca ou lenços se torna desnecessário na maioria das situações, contribuindo amplamente para a autoestima das mulheres em tratamento", pontua o Dr. Daniel Gimenes.

A crioterapia pode ser aplicada em pacientes diagnosticados com outros tipos de câncer, tendo o mesmo potencial de eficácia, mas há restrições. A contraindicação acontece para quem tem câncer hematológico (que afeta o sangue), como leucemia e linfoma. Pessoas que apresentam alergia no couro cabeludo também não devem fazer o tratamento.




Sobre o CPO
Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO - Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e reflexologistas. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.
O CPO possui a acreditação em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de "excelência em gestão e assistência" e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação.
A instituição possui uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, ainda, proporciona a educação médica continuada do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.


Sobre o Grupo Oncoclínicas
Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 10 estados brasileiros. Atualmente, conta com 44 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.
Seu corpo clínico é composto por mais de 400 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA.





 

Hospital Vera Cruz promove dia de conscientização sobre doenças cardiovasculares



 Acontece nessa sexta, dia 29, a partir das 8h, no Hospital Vera Cruz a campanha “Meu Coração Bate Feliz. E o Seu?”. O Evento tem como objetivo proporcionar aos participantes a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as doenças cardiovasculares e a importância da sua prevenção.

Para essa ação, são esperados aproximadamente 1000 participantes que terão gratuitamente acesso à exames de prevenção e detecção de doenças cardíacas como: medição da pressão arterial, frequência cardíaca, colesterol, diabetes, glicemia e sangue capilar. Além de uma rápida entrevista com médicos voluntários.

Durante o evento os participantes poderão realizar gratuitamente exames de prevenção e detecção de doenças cardíacas como: medição da pressão arterial, frequência cardíaca, colesterol, diabetes, glicemia e sangue capilar. São esperados aproximadamente 1000 participantes no decorrer do dia.

 Ao final do evento serão distribuídas cartilhas sobre prevenção de doenças como: aterosclerose, infarto, AVC, hipertensão, diabetes e dislipidemias.

Aproveitando o mês do coração, o Hospital Vera Cruz também realizará um Simpósio de Atualização Cardiovascular, que também acontece sexta (29), e reunira alguns dos cardiologistas renomados do país. 

A SOCESP estará participando ativamente do evento representada pelo Presidente da Regional Campinas, Dr. Alessandro Franjotti Chagas, o que estará presente na ação social preventiva que será realizada no centro de Campinas, auxiliando no atendimento aos pacientes.

Dados alarmantes
De acordo com a SOCESP, no Brasil, a cada um minuto e meio uma pessoa morre do coração. Presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no País todos os dias (registros norte-americanos estimam 50 paradas cardíacas para cada 100 mil pessoas por ano).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças cardiovasculares atingem em média de 25% a 35% da população brasileira, e são responsáveis por 30% dos óbitos no país. 



Hospital Vera Cruz
Av. Andrade Neves, 402 - Conceição, Campinas
Horário: Das 8h às 16:30h
Evento Gratuito





ESTUDO TRAZ PANORAMA DO CÂNCER NO BRASIL E SUGERE AÇÕES DE COMBATE À DOENÇA



Trabalho feito em parceria entre INTERFARMA e QuintilesIMS revela mortalidade elevada e defasagem em todas as fases das políticas públicas contra o câncer, do diagnóstico ao tratamento



Os investimentos feitos pelo Brasil e as estratégias adotadas na luta contra o câncer são insuficientes para vencer a doença. Isso é o que revela um relatório elaborado em parceria entre INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) e QuintilesIMS, uma das principais consultorias do mundo em saúde, e lançado hoje (26/09) na abertura do evento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em São Paulo.  

O documento acaba de ser lançado e traz o seu objetivo explícito no título: “Alternativas para ampliação do acesso à saúde no Brasil - Um estudo em Oncologia”. Em suma, o documento traz comparações internacionais e apresenta estratégias nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento que podem gerar melhores resultados na contenção do câncer.

“O que torna o combate ao câncer tão desafiador é a complexidade da doença. Não existe um câncer e sim dezenas deles, que requerem dezenas de tratamentos e de modelos de prevenção. O SUS foi bem-sucedido contra doenças infecciosas e conseguiu aumentar a expectativa de vida da população. Agora, vivemos outra realidade, que pode implicar em ajustes nos atuais modelos de financiamento”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA.


Gastos crescentes

Mundo afora, os gastos com saúde aumentaram 195% entre 1995 e 2014, alcançando US$ 7,6 trilhões, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse salto se deve, em parte, ao envelhecimento da população e ao crescimento dos gastos com câncer.

No Brasil, embora tenha havido um incremento de 119% nos gastos com saúde, esse aumento é inferior à média mundial. Especificamente com câncer, o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 9% ao ano entre 2010 e 2014, alcançando quase R$ 2,5 bilhões em 2014, sendo cerca de 80% do valor com quimioterapia e radioterapia.




Incidência e mortalidade
No Brasil, a incidência do câncer aumentou 12% em seis anos, entre 2010 e 2016, alcançando 420 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). A mortalidade já alcança 42%, índice superior a três dos quatro países tidos como referência no combate à doença, porém inferior aos cinco países considerados diretamente comparáveis ao Brasil.


A tabela acima também mostra a mortalidade de alguns dos principais tipos de tumores existentes. Destes, o Brasil tem mortalidade muito superior em três dos quatro casos: próstata, colorretal e traqueia, brônquios e pulmões. 



Prevenção, diagnóstico e tratamento
Para um combate eficiente ao câncer, é preciso ter políticas públicas de saúde eficientes em três frentes de ação: prevenção, diagnóstico e tratamento, sendo que essa última pode ser observada também sob a perspectiva do acesso às novas tecnologias.

Prevenção - No que diz respeito à prevenção, o Brasil felizmente reúne importantes conquistas contra alguns tipos de tumores. As campanhas e demais ações antitabagismo, principal fator de risco para câncer de pulmões, assim como o trabalho contra câncer de colo de útero e câncer de fígado, feito principalmente com vacinação, são exemplos de sucesso no País.

Contudo, o País ainda se destaca negativamente pela alta prevalência de alguns dos principais fatores de risco do câncer: consumo de álcool, sedentarismo e obesidade. Veja a comparação internacional, com dados da OMS, a seguir:



Diagnóstico - O diagnóstico, por sua vez, é feito tardiamente. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU), em seu Relatório de Auditoria Operacional, mostram que 60% dos pacientes foram diagnosticados em estágio avançado da doença, níveis III e IV. Quanto mais avançado o estágio, mais difícil é o tratamento e, dependendo do caso, menores são as chances de cura da doença. Veja a tabela a seguir, sobre o estadiamento da doença no momento do diagnóstico:

Fonte: TCU.



Tratamento - O governo Federal preconiza haver uma unidade especializada em oncologia para cada mil novos casos no País. Portanto, com 420 mil novos casos, deveriam estar disponíveis à população 420 Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacons) e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacons), mas existem apenas 315. Isso gera um déficit de 105 unidades, o equivalente a 25% do que deveria estar disponível.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o déficit seria de 44 unidades de atendimento de cirurgia, 39 de quimioterapia e 135 de radioterapia. Se considerado os estabelecimentos privados que não prestam serviço ao SUS, o déficit em radioterapia se reduziria para 57 equipamentos. 


Propostas
Das propostas elaboradas pelo estudo, a primeira seria relativa à prevenção. Deve-se realizar um levantamento sistemático de dados acerca das doenças para, com isso, planejar melhor as próximas ações de prevenção, buscando sempre maximizar o impacto e atender às situações mais urgentes e carentes de prevenção ao câncer.

O levantamento de dados não seria apenas com relação aos fatores de risco, mas também ao estadiamento da doença no momento do diagnóstico. Isso permitiria aperfeiçoar as estratégias para diagnóstico precoce de tumores, assim favorecendo o sucesso de possíveis tratamentos.

Essa coleta de dados joga luz sobre outro fator importante: o uso de “dados do mundo real”, em vez de apenas dados de pesquisa. A coleta de informações, nesse caso, é fundamental para verificar eficácia, segurança e impacto social dos exames e tratamentos prescritos. Assim, poder público e iniciativa privada podem elaborar melhores estratégias sobre quais tecnologias e protocolos incorporar e/ priorizar.

Por fim, o estudo sugere a revisão dos modelos de remuneração. Os problemas apontaram para deficiências tanto no SUS, principalmente os pagamentos por procedimentos (APAC), quanto no sistema suplementar, com as contas abertas. Entre as críticas a tais modelos, como são adotados, está a de que hoje se financia o volume de serviços e não a qualidade e eficiência dos cuidados. Os hospitais e profissionais são remunerados pela quantidade e valor dos procedimentos realizados, sem mecanismos claros que busquem promover a eficiência dos gastos e tampouco o cuidado de longo prazo com os pacientes.

A realidade do tratamento do câncer hoje exige um mecanismo mais complexo e abrangente, que considere todas as variantes em cada tipo de câncer e nichos de pacientes. Por fim, sem um acompanhamento mais próximo com relação aos desfechos dos tratamentos autorizados e a variabilidade dos protocolos adotados, abre-se espaço para a utilização de tratamentos com valores abaixo do reembolso para gerenciar os resultados financeiros, com potencial prejuízo aos pacientes.




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