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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pesquisa desvenda relação entre pets e tutores



Os  animais de estimação estão ganhando cada vez mais espaço dentro das famílias brasileiras, é o que mostra uma pesquisa inédita realizada pela Pet Anjo

 
A Pet Anjo, único marketplace de serviços Pet do Brasil com certificações internacionais, acaba de concluir uma pesquisa inédita que buscou entender o comportamento animal dentro das residências brasileiras. Os dados mostram curiosidades de um segmento que movimenta impressionantes 15 bilhões ao ano no Brasil.
 
O levantamento realizado com a base de clientes da Pet Anjo constatou que 68% dos pets dormem na mesma cama dos seus tutores. Há estudos, inclusive, que asseguram que dormir com o animal de estimação é benéfico para a saúde de ambos. No caso do ser humano, favorece diminuindo a pressão arterial e diminuindo o estresse e a depressão. Por outro lado,  há os que são contra pelos riscos de contágio de algumas parasitoses ou a piora de quadros alérgicos ou interrupções no sono.
 
Especialistas estadunidenses achavam que os animais de estimação no quarto perturbavam o sono do tutor, mas uma pesquisa realizada este ano pelo Centro de Medicina do Sono, do Mayo Clinic (Arizona) mostrou o contrário.  Foram entrevistados 150 pacientes, sendo que 49% relataram ter algum animal de estimação em casa. Mais da metade dos tutores (56%)  permitem que seus animais de estimação durmam no quarto e 31 (41%) disseram que seus pets são discretos e beneficiam na qualidade do sono, ajudando a relaxar e dando uma sensação de segurança.
 
Outro hábito comum é o de ter os animais junto à mesa durante as refeições, e isso faz com que a maioria deles venha a pedir comida aos donos. Segundo a pesquisa da Pet Anjo, em 76% dos lares os pets pedem comida aos tutores durante suas refeições. Quem nunca viu em sua rede social vídeos nos quais seus animais aparecem pedindo petisco enquanto a família está almoçando ou jantando?
 
A pesquisa foi realizada pelo site da Pet Anjo e respondida por clientes de todo o Brasil. Segundo a CEO da Pet Anjo e médica veterinária especialista em comportamento animal, Carolina Rocha, estes números revelam que os pets estão ganhando cada vez mais espaço dentro das famílias brasileiras. "Cada vez mais conhecemos o poder dos animais em nossas vidas. Eles nos ajudam a crescer social, emocional e espiritualmente: nós precisamos uns dos outros. O conhecimento, porém, sobre as necessidades dos animais para seu bem estar, é imprescindível para o equilíbrio dessa relação"

O levantamento da Pet Anjo mostra na prática a mudança do perfil das famílias brasileiras. Um estudo do IBGE publicado em 2015 revelou que, no Brasil, o número de famílias que criam pelo menos um cachorro é maior do que o de famílias que têm crianças. São 52,2 milhões de cães contra 44,9 milhões de crianças no País.




Dia das mães para quem foi diagnosticada infértil e venceu o diagnóstico


Com dois filhos pequenos, a bancária Sabrina Lira Stoppa, de 39 anos, há nove anos, estaria fadada à infertilidade, decorrente de uma endometriose. Ser mãe era um sonho que a estimulou a buscar o tratamento para a doença. 

 
A endometriose é uma doença insidiosa, que atinge mulheres jovens e na maioria das vezes, apresenta-se permeada de muito sofrimento. Cólicas menstruais fortíssimas são os primeiros sintomas descritos pela maioria das mulheres portadoras da doença. No caso de Sabrina, o percurso até o diagnóstico de endometriose e decorrente infertilidade, segue as descrições clássicas da literatura médica e das pesquisas científicas referentes ao tema.

“Eu sentia muitas dores, inclusive nas relações sexuais, mas o diagnóstico de endometriose veio após o de infertilidade. Eu e meu marido queríamos ter filhos, que é o caminho natural de quem busca construir uma família”, lembra. Os médicos pelos quais ela passou identificaram que seria muito difícil que Sabrina engravidasse, por causa do comprometimento do útero, ovários e trompas.

“O caso de Sabrina é um dos mais comuns que encontramos, dentre as pacientes com esta doença. A demora no diagnóstico e tratamento da Endometriose Profunda causou comprometimento até dos intestinos da paciente. Os órgãos de reprodução feminina estavam muito comprometidos também, mas conseguimos vencer a doença, apesar do quadro complexo. E foi com grande alegria que conseguimos reverter também, o diagnóstico de infertilidade!”, explica Profa. Helizabet Salomão. A médica compõe o corpo clínico da Clínica Ayroza Ribeiro, com especialização em endometriose. É professora assistente da Faculdade de Ciências médicas da Santa Casa de São Paulo,  chefe do setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo e professora da Pós graduação nesta mesma instituição

Para Sabrina, o Dia das Mães é o melhor dia de sua vida. Mãe de Lucas, 5 anos, e de Laura, 2 anos, refere-se aos filhos como “duas bênçãos” que ela conquistou. Quando lembra da recuperação da cirurgia, que é bem difícil, observa que foi o diagnóstico de infertilidade que a levou a buscar o tratamento correto para a endometriose, que na verdade, era a origem de tudo. Para as mulheres que sofrem de fortes dores no período menstrual, ela recomenda que busquem aprofundamento nos diagnósticos, pois o quanto antes essa doença for detectada, melhor será a qualidade de vida posteriormente. Sabrina hoje vive sua vida plenamente, com sua família e se considera uma mulher feliz e realizada, no trabalho e no âmbito familiar. 


ENDOMETRIOSE

É uma doença que impacta na qualidade de vida de mulheres jovens, em idade produtiva e reprodutiva, e que muitas vezes demora quase uma década a ser diagnosticada. 

Foi descrita inicialmente em 1860 envolvendo útero, ovário e trompas e é definida como a presença de tecido endometrial ectópico (estroma e/ou glândula), em diversas localizações como septo reto-vaginal, região entre vagina e intestino, intestino, ligamento do útero sacro, vagina e bexiga.

Dor crônica é a queixa mais comum entre as portadoras da doença, que vem associada à infertilidade, redução das atividades física e laboral, isolamento social, baixo rendimento no trabalho e interferência nas relações afetivas e familiares.

Outros sintomas recorrentes são queixas de dor nas relações sexuais e infertilidade. A demora no diagnóstico e tratamento pode comprometer toda a região pélvica, com danos nos intestinos, bexiga e reto. "Peritônio e o ovário são os principais tecidos atingidos, mas pode ocorrer também, comprometimento intestinal entre 5,3 % a 12%, alcançar 16% em mulheres assintomáticas e até 30%em mulheres inférteis", relata a professora.


Dados estatísticos

Aproximadamente 66% das mulheres portadoras de endometriose apresentam seus primeiros sintomas até os 20 anos. Destas, 38% expressam sintomas antes dos 15 anos. Ainda assim, o diagnóstico é geralmente obtido entre os 25 anos e 35 anos. Este atraso é decorrente em parte, pela falta de sintomas consistentes e da ausência de teste diagnóstico específico em 47% dos casos.


Dados de conjuntura

  • Falta informação sobre endometriose no sistema público de saúde;
  • 15% das mulheres podem ter endometriose na sociedade;
  • No Brasil estima-se que somem seis milhões de mulheres portadoras;
  • Falta de serviços especializados no diagnóstico e tratamento;
  • Falta de profissionais treinados para atender as portadoras;
  • Ausência de reconhecimento por parte dos órgãos governamentais sobre o problema;
  • Alto custo do tratamento e falta de verba específica para o tratamento;
  • Fila de espera com mais de 250 mulheres portadoras de endometriose intestinal na Santa Casa de São Paulo.






Helizabet Salomão - Professora assistente da Faculdade de Ciências médicas da Santa Casa de São Paulo. Atualmente é chefe do setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo e professora da Pós graduação nesta mesma instituição. Dedica-se à Ginecologia Minimamente Invasiva com interesse especial à Videolaparoscopia e Videohisteroscopia. É coordenadora da Ginecologia do Núcleo Avançado de Endoscopia Gonecológica (NAVEG), que realiza cursos de treinamento em sutura laparoscópica, simpósio de Anatomia laparoscópica e Treinamento de Laparoscopia em cadáver. Participa de estudos que investigam a interferência de diversos fatores biomoleculares na gênese e na progressão da endometriose, os danos psicológicos e sexuais causados pela doença, bem como os efeitos do tratamento da endometriose na qualidade de vida das mulheres portadoras da doença.




Mulheres engravidam cada vez mais tarde e especialista alerta para os riscos



Busca por crescimento profissional e estabilidade financeira são principais motivos para adiar gravidez; saiba quais são cuidados necessários e melhor idade indicada pelos médicos


Trabalho, jornada doméstica, cursos superiores e de pós-graduação, desejo de viajar pelo mundo... Casada ou solteira, a mulher da atualidade está cada vez mais atribulada com diversas tarefas ao mesmo tempo. Por isso, é comum que planejem muitas outras coisas antes de escolher ter um bebê, adiando a gravidez. O que muitas não sabem é que a gestação tardia pode oferecer alguns riscos e exige uma série de cuidados.
Segundo a pesquisa de Estatísticas do Registro Civil 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras estão sendo mães mais tarde. Em 2005, 30,9% dos nascimentos se referiam às mães de 20 a 24 anos. Já em 2015, o percentual nessa faixa etária caiu para 25,1%. Segundo o estudo, os dados evidenciam o aumento da representatividade de mães entre 30 e 39 anos (de 22,5%, em 2005, chegando a 30,8%, em 2015) e a redução dos registros de filhos de mães mais jovens – no grupo de mães de 15 a 19 anos, o percentual de nascimentos caiu de 20,3%, em 2005, para 17%, em 2015.
De acordo com Lícia Kércia, ginecologista do Hapvida Saúde, não há problemas em engravidar mais tarde. Porém, diante desta escolha, a atenção com a saúde deve ser redobrada, alerta ela: “muitas mulheres têm deixado para engravidar quando já estão estabilizadas na carreira, aí passam dos 30, outras até dos 40 quando decidem ter o primeiro filho. Se por um lado profissionalmente isso é bom, por outro é importante ter um acompanhamento médico antes e depois de engravidar”. 
De acordo com a especialista, os avanços na medicina ajudam as mulheres que optam para engravidar mais tarde. No entanto, o sistema reprodutor feminino também envelhece com o avançar da idade, o que pode dificultar a concretização de uma gravidez tardia e também aumenta os riscos de o bebê desenvolver alguma síndrome – quanto mais jovem é a mulher, menor é esse risco. 

“Entre os 20 e 30 anos de idade é a fase da vida em que a mulher é mais fértil e também está mais propícia para ter uma gravidez tranquila e saudável. Não existe um prazo limite para a mulher ter uma gestação, mas os óvulos envelhecem como qualquer outra célula do corpo. Então, quanto maior a idade, menor a qualidade e quantidade de óvulos”, explica Lícia. Por isso, o ideal é que a mulher com mais de 35 anos tenha um acompanhamento próximo antes mesmo de engravidar, para que essa análise seja feita e qualquer risco seja imediatamente identificado.

O risco de aborto, parto prematuro e desenvolvimento de síndromes, como a de Down, e doenças, como hipertensão e diabete, são algumas das principais complicações que podem acontecer na gravidez tardia, caracterizada após os 35 anos. A obstetra indica que as mulheres que desejam engravidar nessa faixa etária passem por um exame para avaliação da reserva ovariana. “Esses exames nos ajudam avaliar a qualidade da reserva de óvulos da mulher e a prever se tem um risco maior de complicações ou não”, pontua.

Entre os principais exames a serem realizados, estão o hormônio folículo-estimulante (FSH), a ultrassonografia e o hormônio antimulleriano, que mostra ao médico o estoque de células germinativas e a qualidade dos óvulos estocados – a recomendação é que a futura mamãe sempre busque um especialista para melhor acompanhamento durante a gestação.




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