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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Contraceptivos de longa duração são os mais efetivos para planejamento familiar



 
Com alto índice de segurança, os métodos são indicados por entidades internacionais. 

No Brasil, a FEBRASGO recomenda o uso, especialmente para adolescentes e jovens adultas


Especialistas reforçam como o planejamento familiar por meio de métodos contraceptivos podem trazer benefícios para a mulher, isso porque, uma gravidez não planejada pode causar transformações no estilo de vida e projeção de futuro, como o retardamento do crescimento profissional e financeiro. Além de contribuir para diversas mudanças na vida da mulher, o aumento de gestações não programadas impacta diretamente na demanda por serviços públicos como saúde e educação, o que afetaa sociedade como um todo. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a gravidez precoce inviabiliza o crescimento de US$ 3,5 bilhões por ano no PIB brasileiro.

No Brasil, 79% das mulheres utilizam algum método contraceptivo afim de se protegerem de doenças sexualmente transmissíveis e evitarem engravidar, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, a eficácia dos métodos mais comuns como a pílula e a camisinha, por exemplo, têm sido colocadas em cheque, um exemplo é a alta taxa de esquecimento da pílula e a atual epidemia de sífilis demonstram a falta de cuidado do brasileiro com a proteção.

Além disso, conforme pesquisa realizada pela Bayer em 9 países, 74% das mulheres se esquecem de hábitos diários em detrimento da rotina agitada, sendo a ingestão do anticoncepcionala segunda tarefa mais esquecida.O levantamento mostrou que 45% das entrevistadas não se lembram de tomar a pílula pelo menos uma vez ao mês.

Outro fator que evidencia o comprometimento da eficácia da pílula anticoncepcional é a falta de regularidade em relação ao horário da ingestão. Cerca de 58% das brasileiras não tomam a pílula no mesmo horário. “Quando a mulher não respeita o horário da pílula, ela compromete a eficácia do método e passa a ter mais chances de engravidar”, alerta Marta Finotti, Membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Como uma alternativa para os métodos mais suscetíveis a falha, as entidades médicas ao redor do mundo têm se mostrado cada vez mais favoráveis ao uso dos LARCs (sigla em inglês para métodos contraceptivos reversíveis de longa duração). Em 2014, a Academia Americana de Pediatria e o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia passaram a recomendar o uso desses métodos para mulheres em idade reprodutiva. No país, as opções de longo prazo disponíveis são o sistema intrauterino hormonal (mais conhecido como DIU hormonal ou DIU medicado), o dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre) e o implante subcutâneo.

Alinhada as diretrizes internacionais, a FEBRASGO também sugere o uso do DIU hormonal, de cobre ou implante hormonal na prevenção da gravidez precoce de mulheres em idade reprodutiva. “O DIU tem alta eficácia porque após colocado, ele libera diariamente o hormônio responsável pela contracepção. Depois de colocado a mulher não precisa fazer nenhuma intervenção, não ficando refém de sua memória. Por isso é indicado para as aquelas que não tem uma rotina muito definida e tendem a se esquecer da pílula.Independentemente da idade ou se a mulher já teve ou não filhos, a recomendação é que o médico, junto da paciente, analise fatores relacionados à história clínica, pessoal e familiar, projeção de futuro e rotina, para que juntos possam fazer a escolha do melhor método”, completa a especialista.

A liberdade de escolha e o direto de realizar o planejamento familiar ou não, está ao alcance de todas as mulheres e a possibilidade de acesso aos LARCs contribui para um maior número de opções contraceptivas disponíveis no Brasil.


Quais são os LARCs

DIU hormonal
Também conhecido como DIU medicado, trata-se de uma pequeno dispositivo feito e plástico maleável com formato em T, com um cilindro que libera, de forma contínua, pequenas quantidades de levonorgestrel. O que auxilia na diminuição da movimentação dos espermatozoides no útero e nas trompas uterinas, dificultando a fecundação do óvulo e deixando o endométrio mais fino, impedindo a fixação do óvulo caso ele seja fecundado. É recomendado para mulheres com grande fluxo menstrual e que desejam reduzi-lo, pois o hormônio produz esse efeito e ajuda a controlar as cólicas menstruais, principalmente para quem sofre com dismenorreia moderada a grave. O método pode ser usado por até 5 anos e a colocação é realizada pelo ginecologista no próprio consultório.

DIU de cobre
O dispositivo em formato de T é inserido no colo do útero pelo ginecologista, e ao longo de até 10 anos, libera íons do cobre, que além de funcionar como uma barreira para os espermatozoides, tem outros mecanismos de ação contraceptiva. O método é indicado para mulheres que não podem fazer uso de estrógeno e pode ser usado durante a amamentação. No entanto, pode causar cólica durante o período menstrual, além de aumentar o fluxo sanguíneo.

Implante subcutâneo
Trata-se de um pequeno dispositivo implantado sob a pele, na região do braço, que libera gradualmente a progesterona, o que impede a ovulação. Pode durar de seis meses a três anos. Com o implante a mulher para de menstruar, embora possam haver sangramentos de escape.





Bayer





É possível uma barata entrar no crânio pelo nariz




Professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu


 
Reprodução/todayifoundout


Uma criança chega ao hospital reclamando de dor no ouvido. O médico enxerga algo lá dentro. Pode ser um feijão ou uma pilha, que foi parar ali em alguma brincadeira. Mas quando puxa com uma pinça: é uma barata!

Casos de insetos que penetram no corpo humano existem, apesar de não serem tão comuns. Em uma cidade na Índia, foi retirada uma barata viva dos seios da face de uma mulher . Ela entrou pelo nariz e caminhou dentro do crânio, pelos canais da face. A indiana conta que sentia o bicho se mexendo lá dentro.

As baratas e alguns insetos gostam de locais escuros e estreitos e podem penetrar em orifícios naturais." - Vidal Haddad Jr., professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu

A lista de invasores não é pequena. Baratas, besouros, tesourinhas, larvas de moscas (miíases e bernes), bicho de pé (que é uma pulga), vermes e peixes, lista o médico.

Eles saem de seus esconderijos para entrar por qualquer porta: nariz, ouvido, genitais, ânus e até na boca.

"Aquela velha frase da sua mãe que dizia para lavar bem a boca e não deixar restos de açúcar por que as baratas vêm à noite roer, por incrível que pareça, é verdade. Já vimos crianças com erosões nos cantos dos lábios por ação de baratas ", conta Haddad.

Há casos documentados de infestação por larvas de mosca varejeira, doença chamada de miíase e popularmente batizado de bicheira. As moscas colocam ovos em tecidos da boca . Em pessoas doentes, ovulam em machucados, tumores e outras áreas necróticas, que viram alimento para as larvas quando os ovos eclodem.

Segundo Patricia Thyssen, bióloga e professora do Instituto de Biologia da USP, um problema anatômico, como a falta de cobertura de palato, agrava o problema. Ela conta que em um dos casos documentados, "a pessoa cuspia e vomitava larvas. Assoava o nariz, e tinha larva de mosca" .

Insetos pequenos também podem até entrar nos olhos. "Fica ali como se fosse um cisco, na região anterior do olho", diz Thyssen.

Genitais e ânus
A bióloga explica que são recorrentes casos em que larvas de mosquinhas de banheiro (Psychoda) entram na região genital de crianças que sentam no chão do box na hora do banho. "A larva é criada no ralo do banheiro. Ela come bactérias, fungos e resto de pele", diz a especialista.

Já Haddad lembra o exemplo do peixe chamado candiru, pequeno bagre típico da região amazônica que se alimenta de sangue, pode ser atraído pelo cheiro de urina humana e penetrar pela uretra.

"Como não tem retorno e se fixam por espinhos, é muito difícil retirá-los e o acidente pode ser muito grave", afirma o médico.  
Até onde eles podem invadir o corpo?
Os animais invasores não percorrem grandes trajetos em nosso corpo. Uma barata, por exemplo, "pode chegar até onde der. No ouvido, vai haver um ponto que ela vai parar", diz Haddad.

Temos uma série de barreiras que vão proteger nossas cavidades. Insetos podem causar algum dano no canal auditivo, mas não penetram tão fundo, não vão comer o cérebro."  - Patricia Thyssen, bióloga

As larvas de mosquinhas de banheiro que entram no canal genital também não chegam até o útero. Saem ou morrem

Eles também não sobrevivem por muito tempo no nosso organismo. "No caso da Índia, a barata se alojou nos seios da face, que tem ligação com o nariz. Ali ela cabe... E ficou lá, viva. Uma hora ou outra morreria, mas isto demora...", diz Haddad.

De acordo com Thyssen, nem mesmo as larvas de mosca ficam vivas por muito tempo. "A mosca entra, coloca os ovos, eles eclodem e ela completa um ciclo inteiro. Sintomas não passam mais de 7 dias", diz.

O corpo não expele naturalmente e o inseto não se dissolve porque tem quitina [proteína integrante do exoesqueleto]. Vai causar incômodo. Se a pessoa não perceber o inseto entrando, vai procurar atendimento médico naturalmente"
Precisa retirar
A retirada não requer cirurgia e na maioria das vezes pode ser feita em ambulatório médico. De acordo com Haddad, os bichos são removidos com aparelhagem específica de retirar corpos estranhos.

Baratas são sujas. Ao entrarem em nosso corpo, podem levar bactérias e causar infecções. "Não quer dizer que aconteça. Os profissionais cuidam de problemas deste tipo comumente usam antibióticos, o que prevenirá infecções posteriores", diz Haddad.






Jornal Floripa





terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Receita para o Carnaval: alimentação saudável e muito líquido




Para muitos o carnaval é muito mais que três dias de folias e brincadeiras. Começa até mesmo semanas antes em bailes pré-carnavalescos e ensaios de escolas de samba. Seja qual for o seu perfil de folião, se for encarar apenas um baile, um bloco, desfilar na passarela ou assistir à passagem das escolas, vale prestar atenção no que comer e beber no período.

A nutricionista Brigitte Olichon, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) lembra que qualquer tipo de atividade física queima muitas calorias, que devem ser repostas para garantir a saúde do organismo. "Pular carnaval é uma atividade física considerável. As calorias gastas devem voltar para o organismo de forma saudável, ou seja, através de alimentos nutritivos e frescos: saladas cruas e cozidas, carboidratos (arroz, massa, macarrão, batata, etc.) e proteínas magras", ensina. 

Ela diz que o ideal é não tomar bebidas alcoólicas, mas se não for possível dispensá-las, é recomendável evitar o excesso. "O álcool desidrata o organismo e engana a fome, além de bombardear o fígado e provoca a "ressaca". Tudo isso, sem contar as calorias "vazias" que toda bebida alcoólica tem, umas mais, outras menos", destaca a professora.

Ela também sugere que sejam evitadas comidas gordurosas, frituras, petiscos, que podem levar à diarreia, febre, vômitos. "Além disso, muitas vezes  nem sabemos de que forma foram feitas comidas disponíveis nas ruas. Qual a qualidade do alimento, a higiene no processo? Pode ter havido reaproveitamento de óleo...Melhor não arriscar!." 

 Segundo Brigitte Olichon, a receita do sucesso é fácil: coma bem antes de sair, para garantir a energia durante todo o baile/desfile/festa. Prefira sempre os carboidratos, de preferência integrais, para garantir um tempo maior de energia. E frutas. 

"Durante o 'arraso', prefira barra de cereais, água de coco, suco natural e, se o esforço for muito grande, uma dessas bebidas isotônicas bem geladas. Mas não exagere, porque elas também têm muito sódio e podem provocar um pouco de inchaço. E, depois de terminada a folia, o ideal é comer alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, ovos (não fritos!), iogurte ou gelatina, para ajudar os destroçados músculos a se recuperar", finaliza a receita.





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