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domingo, 16 de outubro de 2016

Outubro Rosa: psicóloga detalha desafios emocionais de mulheres diagnosticadas com câncer de mama



A doença, que atingirá mais de 50 mil brasileiras até o final de 2016, deve ser enfrentada física e psicologicamente, sempre com apoio da família


Os índices de cura e controle de câncer são, atualmente, maiores e mais positivos do que antigamente. Porém, um diagnóstico oncológico, embora mais desmistificado do que no passado, ainda evoca medo, apreensão e ansiedade nos pacientes. No caso específico do câncer de mama, não é diferente.
As primeiras reações emocionais e psicológicas de quem é acometido pela doença envolvem o medo do tratamento, das sequelas e de não sobreviver, conforme explica Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “A insegurança inicial é comum e pode, sim, ser superada. As informações repassadas pela equipe médica acerca do prognóstico, tratamento e reações esperadas são fundamentais para o equilíbrio emocional da paciente, que deverá ir se tranquilizando na medida em que conhece melhor a doença e o tratamento.”


Tratamento e cirurgia – No que diz respeito ao tratamento, Rita explica que a quebra da rotina, que passa a incluir consultas, exames, sessões de quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia, acaba por excluir ou substituir algumas atividades comuns no dia a dia da paciente. “Essa mudança pode ser brusca e resultar em sentimentos de frustração. Para tanto, quanto mais a paciente consegue manter sua rotina inalterada, melhor.”

A intervenção cirúrgica para quem enfrenta a doença, quando necessária, prevê a retirada parcial ou integral das mamas, gerando um resultado estético impopular. Rita explica que esse processo pode impactar o psicológico da mulher como uma amputação impactaria. “A retirada de uma ou ambas as mamas pode ser traumática, uma vez que os seios têm muitos significados, como feminilidade, beleza, sedução e maternidade. É importante se ajustar a essa perda, cada qual no seu tempo e da maneira que julgar melhor.”

As alterações físicas resultantes de alguns dos tratamentos indicados às mulheres enfrentando o câncer de mama – sendo a mais comum a queda temporária do cabelo, devido a quimioterapia/radioterapia – podem representar um impacto importante na autoestima, visto que, socialmente, o cabelo da mulher é valorizado como atributo de beleza. “Sentir-se bela apesar destas alterações, por meio do uso de lenços e turbantes, maquiagem liberada pelo médico, elogios do companheiro e família, ajuda muito”, explica a psicóloga.


Apoio e terapia – Passar por acompanhamento psicoterapêutico durante o enfrentamento da condição pode ser útil para muitas pacientes. “Nem todo mundo têm inclinação ou necessidade da terapia. O ideal é visitar um psicólogo e, então, decidir se deseja continuar.” Rita explica que esse tipo de “empoderamento”, por meio da escolha, já ajudará a fortalecer a mulher.

Exercícios físicos, quando liberados pela equipe médica, também podem ajudar. Caminhada, ioga, aulas de dança, entre outras, ajudam e promover o bem-estar físico e psicológico das pacientes. “Outras formas de apoio são a meditação, a prática da religiosidade, a música e a arte – tudo aquilo que puder trazer relaxamento e prazer à paciente”, conta.

O apoio da família, parceiro e amigos próximos também é outro fator importantíssimo, explica a especialista, uma vez que se sentir querida e amparada aumenta a motivação no enfrentamento de qualquer doença. “É importante lembrar que de nada servirá a companhia dos entes queridos se isso não se refletir em conforto e na redução do estresse da paciente. Algumas pessoas não se dão conta, emocionalmente, desta tarefa e acabam gerando o efeito oposto.”

Outubro Rosa – Durante todo mês de outubro, é celebrada a campanha mundial intitulada Outubro Rosa, que se popularizou na década de 1990 com o objetivo de apoiar e alertar as mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Somente no Brasil, a doença deverá acometer mais de 50 mil mulheres até o final de 2016 (dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA).




Pesquisa da PROTESTE aponta os desafios de quem passa por tratamento de câncer no Brasil



Muita espera, falta de informação clara e escassez de procedimentos mais modernos estão entre os principais problemas apontados pelos pacientes

Pesquisa realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores com 1.257 pacientes  de câncer ou pessoas responsáveis por alguém que tem ou teve a doença, mostra que há muitos obstáculos que precisam ser enfrentados rumo à cura. Um deles é o próprio acesso ao tratamento: 14% dos entrevistados tiveram dificuldade para conseguir uma vaga nos hospitais – e 17% ficaram na fila de espera. A distância de casa até o local de terapia foi outra dificuldade para 35% das pessoas.

Mesmo para quem consegue iniciar o tratamento, outros problemas são enfrentados: 20% dos respondentes sofreram com a carência de alguns medicamentos ou de tratamentos específicos.

Diante disso, não havia outro caminho a não ser usar seus próprios recursos. Resultado: 31% acabaram passando por dificuldades financeiras ao longo do tratamento. Mas isso não foi uma realidade só de quem se tratou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo quem tinha plano de saúde precisou custear algo.

Embora a maioria da população não tenha acesso ao plano de saúde, 41% dos entrevistados alegaram realizar o tratamento em rede particular com cobertura total pelo plano de saúde. E 39% fazem inteiramente pelo SUS. Há ainda os que deram preferência à rede particular e contam com cobertura parcial do plano (14%) ou não contam com cobertura (6%).

Dentre os entrevistados, 59% fizeram ou fazem tratamento em centros especializados em procedimentos contra o câncer; 41% fizeram ou fazem tratamento em hospitais ou clínicas não especializadas.

Os principais pontos que pesaram na hora de escolher onde seria realizado o tratamento foram: 40% por indicação do médico; 27%  por ser renomado centro de tratamento contra o câncer; 24% por recomendação; 16% pela proximidade de onde vive o paciente e 9% por ser o único centro que oferece aquele determinado tipo de tratamento.

Sobre o último tipo de procedimento a que foi submetido, 33% apontou a quimioterapia; 22% cirurgia; 19% radioterapia e 14% outros. Apenas 5% dos respondentes se submeteram a procedimentos considerados inovadores, que são a imunoterapia, a terapia-alvo e as drogas experimentais. Comparando com outros países onde este estudo também foi aplicado, a diferença é nítida: na Bélgica, por exemplo, 11% foram submetidos a esses tratamentos.

Para ter acesso ao tratamento, 35% dos respondentes afirmaram ter sido necessário deslocar-se para longe de casa. Já 20% se depararam com a carência de remédios ou procedimentos, 17% enfrentaram uma longa fila de espera e 14% sofreram devido à falta de vagas. Ainda entre as dificuldades, 31% passaram por problemas financeiros por causa dos custos provenientes dos procedimentos realizados. Além disso, 14% disseram ser difícil achar dados claros e precisos sobre o tratamento ou sobre a doença.






Próstata: 5 curiosidades que todo homem com mais de 45 anos deve saber



Conhecida como hiperplasia benigna da próstata (HBP), a condição atinge cerca de 14 milhões de brasileiros e não está relacionado ao câncer de próstata


Com o decorrer do tempo, o homem deve ficar atento com a sua saúde.  O que pouca gente sabe é que - por volta dos 45 anos - a próstata aumenta de tamanho naturalmente, sem necessariamente se tornar um tumor maligno. Conhecido como hiperplasia benigna da próstata (HBP), a condição atinge cerca de 14 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, e não está relacionado ao câncer de próstata.

Segundo o urologista Anuar Mitre, Membro do Núcleo Avançado de Urologia do Hospital Sírio-Libanês, diferente do câncer, a HBP está relacionada ao inchaço da glândula que obstrui parcial ou totalmente a uretra, manifestando alguns sintomas que merecem atenção e muitas vezes passam despercebidos na rotina dos homens, como jato urinário fraco, gotejamento e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Para auxiliar no cuidado com a saúde masculina, o especialista listou 5 curiosidades sobre a próstata que todo homem com mais de 45 anos deve saber:


1-) A chance do homem apresentar hiperplasia benigna dobra a cada década
A HBP é a doença mais comum da próstata e prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e vida sexual. A partir dos 50 anos, a condição torna-se bastante comum.


2-) Alguns fatores favorecem o crescimento da próstata
Fatores genéticos, diabetes, obesidade e tabagismo estão entre os fatores de risco. Ter uma vida saudável, com alimentação equilibrada, podem ajudar a diminuir as chances de apresentar a condição.


3-)A HBP não evolui para o câncer de próstata
De acordo com o especialista, o crescimento da próstata não evolui para o câncer de próstata. Porém, é preciso ficar atento aos sintomas para começar o tratamento.

A doença começa silenciosa, aumentando aos poucos a frequência de urinar. Com o tempo, pode causar dor e a sensação de que a bexiga nunca se esvazia.


4-) Já existe no Brasil procedimento minimamente invasivo para tratar a doença
Casos mais leves são tratados com medicamento, porém, mais de 30%  dos pacientes precisam de cirurgia para reduzir o tamanho da glândula.

O tratamento mais avançado no Brasil atualmente é a cirurgia a laser, não invasiva, sem limite para o volume de próstata. A tecnologia conhecida como GreenLight é mais rápida, evita sangramentos e não oferece risco para pacientes cardíacos. Além disso, o tratamento de vaporização da próstata por meio do laser reduz o tempo de internação e recuperação – o paciente só precisar ficar internado por cerca de 24 horas.


5-) Após os 40 anos já é indicado avaliação de rotina
Apesar do alerta para a realização do exame de prevenção, quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista. Para prevenir o surgimento dos sintomas, após os 40 anos de idade, já é indicado ir ao médico regularmente. Além do histórico do paciente, devem ser realizados exame físico geral, urológico completo e exames laboratoriais.




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