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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

CLT: culpada ou inocente?



Pode parecer clichê o título do meu artigo, mas se queremos que o Brasil cresça verdadeiramente, é preciso discutir (e aprovar) a reforma das leis trabalhistas do nosso amado país.  

Essas normas que regulamentam as relações entre empresas e colaboradores entraram em vigor em 1940, ou seja, 76 anos se passaram. Mesmo que essas leis protejam uma parte, graças também a ela, temos uma maioria esmagadora de trabalhadores em condições precárias e que não são abraçados pelos mesmos direitos que os registrados. E agora, como resolver essa conta que não fecha nunca?

Nos últimos 12 meses, mais de 1,7 milhão de brasileiros perderam o emprego e a referência de segurança em termos de qualidade de vida. Afinal, não importa a idade, qualquer profissional usa o fruto do seu trabalho para atender as mais variadas necessidades básicas que irão garantir a sobrevivência dele e da família.  É o que aponta os estudos realizados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE). 

No Brasil, temos o fundo de garantia (FGTS), seguro desemprego, aviso prévio, férias remuneradas, décimo terceiro e etc. São excelentes benefícios, mas podem ser péssimas armadilhas se pensarmos em produtividade. E é neste sentido que devemos também usar o momento para refletir a forma como trabalhamos.  Infelizmente, há quem ainda se aproveite dessas vantagens e deixa de produzir para que seja demitido pois, afinal, pode ser ainda muito vantajoso para ele. Perde a empresa, o trabalhador e o país.

Como consequência da elevada quantidade de desempregados, a economia levou um tombo ainda maior. Todos os setores praticamente frearam. O consumo passou de básico para somente o necessário. Leia-se “ esqueça a pizza e o cinema de final de semana”. Afinal, a emocionante aventura não sai por menos de 200 reais para uma família de quatro pessoas. 

A crise também resultou em um rebaixamento no grau de investimento que é dado pelas agências de classificação de risco, espantando a vinda de empresas capazes justamente de criar novos postos de trabalho. 

Além de buscar formas de virar esse jogo, é preciso entender que o país precisa urgente de mudanças para voltar a crescer. Todos querem trabalho. A classe média brasileira não vê a hora de poder voltar a consumir, financiar imóveis, carros, viagens internacionais, e voltar a sonhar com um futuro melhor. 

Muitos brasileiros querem o american way of life, amam os Estados Unidos, mas lá as leis são muito diferentes. Não existe, por exemplo, seguro desemprego, décimo terceiro, férias remuneradas, aviso prévio e etc. Isso faz com que o norte-americano queira sair da zona de conforto e produzir mais, pois caso contrário será demitido...  e vou contar ainda mais uma novidade: ninguém morreu por conta disto. Muito pelo contrário, é sem dúvida, a maior economia de todos os tempos.

Entendo que o modelo norte-americano privilegia demais os empresários e de menos os trabalhadores. Já no Brasil, é exatamente o oposto. Talvez a flexibilização proposta pelo governo seja o meio termo de que tanto necessitamos. Precisamos entender, de uma vez por todas, que a atualização da legislação trabalhista não prevê o aumento da jornada de trabalho, que não poderá ultrapassar 44 horas semanais; tão pouco a exclusão de direitos. Haverá ainda a criação de duas novas modalidades de contrato de trabalho parcial e intermitente, com jornadas inferiores a 44 horas semanais e salários proporcionais.

Esta solução sobre a possível alteração da “ forma de pagamento” de alguns benefícios que são custosos e que podem estimular a improdutividade (férias remuneradas, seguro desemprego e aviso prévio), incorporando esses valores nos salários, o que deixaria a equipe mais motivada afinal, eles ganhariam muito mais mensalmente e premiaríamos a produtividade.

O país mudou, as formas de trabalhar mudaram e os objetivos das pessoas também. Então, porque não rever essas condições impostas a empresas e trabalhadores? Essas reformas estruturais são extremamente importantes. Talvez a CLT, do jeito que existe hoje, seja a própria algoz do trabalhador.




Alexandre Slivnik - autor do best-seller O Poder da Atitude e O poder de Ser Você. É sócio-diretor do Instituto de Desenvolvimento Profissional (IDEPRO), diretor-executivo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). Palestrante e profissional com 17 anos de experiência na área de RH e treinamento, é formado em educação física pela Universidade Mackenzie, com ênfase em qualidade de vida empresarial. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência Disney no Brasil, tendo visitado e estudado profundamente os parques e feito os treinamentos do Disney Institute sobre os temas excelência em liderança, inovação e criatividade, qualidade em serviços e excelência em negócios. Leva periodicamente vários grupos de executivos brasileiros para treinamentos in loco nos bastidores do complexo Disney, em Orlando, nos Estados Unidos, para estudar e ensinar como as empresas podem incorporar a mesma excelência e felicidade, o que é também tema de suas palestras, cursos, treinamentos e seminários. Atualmente, faz especialização em experiência de clientes por HARVARD. www.slivnik.com.br ou alexandre@slivnik.com.br 


Música no ambiente de trabalho ajuda na produtividade?




Uma reflexão do Instituto Brasileiro de Coaching - IBC


Música no trabalho é sinônimo de produtividade? A pergunta ainda gera controvérsias. Muitos estudos foram realizados no intuito de obter uma resposta clara, mas o fato é que cada indivíduo reage de maneira diferente quando entra em contato com a música. O caso é que, se ela é capaz de alterar nossas atividades cerebrais e nosso corpo, então ela influencia na maneira de trabalhar de quem a escuta.

A música ajuda na liberação de dopamina, substância capaz de causar sensação de bem-estar, além de reduzir os níveis de cortisol (hormônio do estresse). O som é capaz de motivar o indivíduo, melhorar o humor, ajudar nas interações entre a equipe, ativar a criatividade, facilitar a produtividade, cooperar na saúde física e mental, promover o relaxamento e levantar a autoestima. As distrações no ambiente de trabalho, como conversas paralelas e telefones, são ruídos que podem prejudicar o rendimento do colaborador, sem contar nas distrações durante o dia, assim, a música é capaz de mantê-lo focado em seus afazeres para que então ele possa fazer e entregar seus compromissos.

Ponderar sempre 
Mas não se engane, ao ouvir música no seu ambiente de trabalho, pondere algumas questões e saiba que determinados sons podem atrapalhar seu rendimento. O primeiro passo é se informar se no seu local de trabalho, seu gestor não vê problema quanto a pratica de ouvir música enquanto você realiza suas atividades. Se isso não for um impedimento, entenda o local em que você trabalha, se é lugar calmo ou se é composto por outras pessoas, pois não são todos os funcionários que gostam de ouvir música ou compartilham do mesmo gosto musical que o seu. Se por essas e outras questões, nem todos queiram ouvir música no trabalho, tenha em mãos um fone de ouvido, assim você não comprometera o desempenho de ninguém. Tenha em mente também, que o som não deve atrapalhar seu rendimento ou interferir no seu convívio com os outros colaboradores, muito menos ser colocado em um volume elevado e prejudicar o trabalho.

Ponderados todos esses pontos, escolha a música ideal para você e sua função. Tarefas que exigem repetição, demandam concentração, sendo assim, músicas alegres são capazes de aumentar a atenção e o desempenho de quem as ouve, já para as atividades cognitivas, o ideal é que você ouça músicas instrumentais ou talvez é melhor que você opte por apreciar o som antes ou depois da realização do trabalho. Tenha em mente que para atividades mais complexas, talvez o silêncio seja o melhor caminho e em determinadas profissões a música definitivamente pode causar problemas, como por exemplo no setor comercial, pois é exigido um contínuo contato entre colaboradores e clientes/parceiros.



O que o consumidor deve se atentar ao comprar um imóvel pela nova norma NBR 15575



Em julho de 2013, entrou em vigor a norma NBR 15.575 - que estabelece padrões de desempenho e durabilidade para alguns sistemas que compõem as edificações residenciais. A maior preocupação para quem trabalha no setor, e esclarecer o que as pessoas precisam levar em conta quando procuram empreendimentos para morar. Às vezes, a ânsia de encontrar a casa dos sonhos, pode não se dar conta do que se precisa avaliar antes de assinar a escritura.

Pensando nisso,  Márcia Menezes, diretora de Inovação&Tecnologia do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) explica que “muitas vezes as discussões entre construtores e clientes são baseadas em percepções pessoais de cada um. Com a publicação da norma de desempenho, os critérios ficaram explícitos tanto para orientar nas definições de projetos e soluções construtivas, como para verificar a edificação pronta”.  Márcia lembra  que a norma tem aplicação obrigatória para projetos a partir de 2013. Assim as pessoas precisam se atentar para a data do empreendimento. A diretora elaborou outras dúvidas que podem aparecer na hora de comprar o imóvel:

1.  Como saber se estou comprando um imóvel com os padrões mínimos definidos pela norma 15.575?  - Não é permitido entregar qualquer imóvel sem atender aos requisitos mínimos estabelecidos. Além disso, em alguns aspectos, a norma determina critérios em mais dois níveis - intermediário e superior. Assim, o consumidor poderá ter parâmetros de comparação para verificar as diferenças entre os diversos produtos imobiliários no momento da compra.

2. O que devo esperar da construtora? Tenho que contratar um perito para verificar se a edificação foi construída conforme a norma quando for fazer a vistoria? - A verificação de recebimento da unidade habitacional não muda. Não existe qualquer certificação ou atestado que a construtora deverá entregar ao cliente quando da entrega das chaves. Consiste em obrigação da Construtora entregar um produto que atenda à norma.

3.A norma se aplica para salas comerciais? - Não. A norma é voltada a exclusivamente para as edificações habitacionais. Apesar do conceito ser aplicável a outros tipos de usos, os critérios previstos podem não ser aplicáveis a outras funções.

4. Qual o papel do usuário no desempenho da edificação? - O usuário tem um papel importante no desempenho da edificação ao longo do tempo. Para manter as condições previstas durante a vida útil, as atividades de manutenção devem ser realizadas nas periodicidades planejadas e o uso e operação devem ser realizados considerando as premissas iniciais. Afinal, não existe construção eterna. Há um desgaste decorrente do uso e da ação das condições ambientais. Muitas pessoas não têm o hábito de ler os manuais de instrução de equipamentos, mas com certeza é muito importante que o Manual de uso e operação da edificação seja lido a aplicado.

5.Como pensar em reformas seguindo a NBR 15575 - A realização de reformas na unidade habitacional pode alterar o desempenho previsto e prejudicar as condições de conforto e habitabilidade. Assim, é fundamental a contratação de um profissional habilitado para elaborar o projeto e também uma empresa especializada para a execução da obra.




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