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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Decisão do Prefeito Fernando Haddad de manter a cobrança das sacolas plásticas pelos supermercados é reprovada pela população, aponta pesquisa



Para 79% dos paulistanos, os vereadores deveriam derrubar o veto do prefeito Haddad e anular a decisão de manter a cobrança das embalagens, aponta pesquisa Datafolha.  82% dizem que a gratuidade das sacolas deveria ser um direito do consumidor adquirido por lei.

A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou recentemente uma lei que obrigava supermercados, hipermercados, atacadistas e estabelecimentos varejistas congêneres a fornecer gratuitamente aos clientes as sacolas plásticas para carregar suas compras.  Porém, no ultimo dia 21 de julho, o prefeito Fernando Haddad vetou a lei, permitindo com que esses estabelecimentos continuassem cobrando por essas embalagens na capital paulista. Segundo o prefeito, a adoção da nova lei seria um retrocesso ambiental. A Câmara de Vereadores ainda pode derrubar o veto do prefeito Haddad e anular a decisão, fazendo com que a lei que obriga a entrega gratuita das sacolas plásticas entre em vigor.

No último dia 5 de agosto o Datafolha foi às ruas da capital paulista para saber o que a população achou da medida do prefeito. Para 79% dos entrevistados, os vereadores devem derrubar o veto do prefeito e garantir a gratuidade das sacolinhas. A pesquisa verificou que 81% dos entrevistados acham que as embalagens deveriam ser distribuídas gratuitamente. O Datafolha verificou que 87% dos paulistanos pagam pelas sacolas plásticas, mesmo que vez em quando.

Cerca de nove em cada dez entrevistados se mostraram a favor da lei dos vereadores que obriga a distribuição gratuita das sacolas. Oito em cada dez pessoas ouvidas se mostraram contra a cobrança das sacolas. A cobrança está mantida em São Paulo porque o prefeito Fernando Haddad vetou a lei dos vereadores. Para 61% dos entrevistados, quem deveria pagar pelas sacolas plásticas seriam os supermercados, seguido de 29%, que acham que a prefeitura deveria pagar a conta.

O Datafolha perguntou aos paulistanos quem seria o maior beneficiado com a cobrança das sacolas plásticas. Para 54% dos entrevistados, os supermercados são os mais beneficiados. Em seguida, aparece a prefeitura 25% e o meio ambiente aparece apenas para 19% das opiniões dos entrevistados. Estas foram as três opções de respostas apresentadas aos entrevistados.

Apesar de a prefeitura afirmar que as sacolas seriam um instrumento de coleta seletiva, muitos paulistanos não usam as embalagens para esse fim e outros se mostram confusos sobre o correto uso das sacolas plásticas de cores verde e cinza. “Entendemos que a venda das sacolas plásticas pelos supermercados é uma das principais razões para o insucesso da coleta seletiva na cidade. A população não aceita pagar pelas sacolas e deixa, portanto, de utilizá-las conforme a prefeitura e nós desejamos: instrumento de fomento à reciclagem e descarte de resíduos sólidos", comenta Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. Dos entrevistados pelo Datafolha, 68% responderam que a população não está usando as sacolas verde e cinza para separar lixo para coleta seletiva. Apenas 27% disseram que a população usa as sacolas plásticas para descartar lixo doméstico para a coleta seletiva.

Objetivo e metodologia
Realizada no último dia 5 de agosto, a pesquisa Datafolha teve como objetivo Investigar a opinião da população sobre a cobrança das sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa com abordagem pessoal em pontos de fluxo populacional. O público-alvo foram homens e mulheres, com 16 anos ou mais, que costumam fazer compras de alimentos ou produtos para casa, mesmo que de vez em quando. As entrevistas foram realizadas na cidade de São Paulo com 637 pessoas, distribuídas geograficamente na capital paulista. A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomenda pela Plastivida.



Genética influencia diretamente no emagrecimento, aponta pesquisa da Unifesp



Variação genética encontrada no gene receptor da leptina – importante hormônio para a regulação do balanço energético do organismo – prejudica o emagrecimento e a redução de importantes índices lipídicos como o colesterol e a triglicérides


Uma tese de doutorado, orientada por Ana Dâmaso, docente do programa de pós-graduação em Nutrição da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, concluiu que, em razão de uma variação genética encontrada no gene receptor da leptina (LEPR), alguns adolescentes obesos não conseguiram as mesmas reduções no índice de massa corporal (IMC) e nos índices lipídicos quando comparados aos que não portavam a variação. A leptina é um hormônio importante que desempenha um papel-chave na regulação do balanço energético, inibindo a fome e aumentando o gasto energético dos tecidos periféricos – entre os quais, o tecido adiposo.

A nutricionista Flávia Corgosinho, autora do estudo, selecionou 76 voluntários considerados obesos e classificou-os em dois grupos, de acordo com a incidência daquela variação genética. Dentre os voluntários, 39 pertenciam ao grupo dominante (classificado como TT), que não possuíam a variação genética, enquanto os 37 restantes compunham o grupo heterozigoto ou recessivo (definidos, respectivamente, como CT e CC), que eram portadores da alteração.

Após um ano de tratamento, que incluiu a prática de exercícios físicos e o acompanhamento médico, nutricional e psicológico, a pesquisadora observou que os portadores dos genótipos CT e CC não haviam conseguido reduzir o perfil lipídico, a resistência à insulina e a produção de leptina aos mesmos níveis do grupo dominante. De modo similar, não lograram êxito em diminuir o índice de massa corporal (IMC) na mesma proporção do grupo TT. “Percebemos que os adolescentes com essa variação genética tinham níveis significativamente maiores de neuropeptídeos orexígenos (estimuladores da fome)”, explica Corgosinho. “O fator genético conseguiu justificar parcialmente por que alguns adolescentes com obesidade respondiam melhor à terapia e outros, não”, acrescenta.

Ainda em relação à produção de leptina, o grupo isento de variação genética conseguiu fazê-la recuar em cerca de 30%, ao passo que o outro obteve redução praticamente insignificante. “E nós sabemos que esse estado de hiperleptinemia (excesso de produção de leptina) é um dos principais fatores que dificultam a perda e a manutenção do peso corporal. O excesso de leptina é um fator pró-inflamatório que vai gerar consequências para a saúde do indivíduo, aumentando o risco cardiovascular”, esclarece.

Para a pesquisadora, os resultados do estudo indicaram que é necessário buscar estratégias auxiliares para aqueles que apresentam alterações genéticas relativas à leptina, as quais interferem no processo de emagrecimento e dificultam o controle de risco cardiovascular, incluindo-se a redução de triglicérides e de insulina e o aumento de adiponectina. Ela atribui à Nutrigenômica – ciência que estuda a interação entre os compostos bioativos na estrutura e na expressão dos genes – a possibilidade de tornar-se uma das opções de tratamento no futuro. No entanto, outras tentativas para solucionar o problema podem ser válidas, como a otimização da terapia, com atividades físicas mais frequentes ou mais intensas. “Talvez seja necessário que esses indivíduos percam 10% ou mais do peso corporal para obter os mesmos resultados do grupo sem alteração genética”, conclui. 



Anvisa aprova nova indicação de medicamento para o câncer de mama



Perjeta® é a nova opção de tratamento para câncer de mama na neoadjuvância

Pacientes com câncer de mama em fase inicial, do tipo específico HER2-positivo, com alto risco de recorrência, ganham um novo aliado, o Perjeta® (Pertuzumabe) da Roche, empresa mundial líder em oncologia. O tratamento acaba de ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso antes da cirurgia, também conhecida como neoadjuvância.  

Segundo Sergio Simon, diretor-presidente do Grupo Brasileiro de Estudos Clínicos em Câncer de Mama (GBECAM), médico oncologista do Hospital Albert Einstein e do CPO-Centro Paulista de Oncologia, "a inclusão de Pertuzumabe em combinação com Trastuzumabe e quimioterapia no tratamento neoadjuvante do câncer de mama promove a diminuição de maneira acentuada do nódulo tumoral, possibilitando a cirurgia conservadora, além de impedir que a doença se dissemine, aumentando as chances de cura da paciente".

A aprovação da nova indicação de Perjeta® é voltada para pacientes com câncer de mama HER2-positivo localmente avançado, inflamatório ou em estágio inicial com elevado risco de recorrência (tumores maiores que 2 cm de diâmetro e/ou linfonodo positivo) como parte de um esquema terapêutico completo para o câncer de mama inicial.

A agência reguladora se baseou nos estudos Tryphaena (estudo de segurança) e NEOSPHERE, que analisou 417 pacientes e tinha como desfecho primário a resposta patológica completa, ou seja, o total desaparecimento do tumor na peça cirúrgica, e obteve 45% de resposta patológica com Pertuzumabe comparado ao esquema de Trastuzumabe com resposta de 29%.

“Temos uma alta incidência de câncer de mama no País. Dos 57 mil novos casos de câncer mama apontados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 20% são HER2-positivo”, contextualiza dr.  Antônio Frasson, professor da Faculdade de Medicina da PUCRS e mastologista do núcleo de mama do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Esta aprovação é um marco e contribui para a constante evolução no tratamento neoadjuvante precoce da doença. Nos últimos anos, conquistamos grandes avanços para a saúde da mulher proporcionando um melhor entendimento do processo do câncer”, conclui o especialista.

Perjeta® (Pertuzumabe) teve sua primeira indicação aprovada pela ANVISA em junho de 2013 na indicação de câncer de mama metastático HER2-positivo em combinação com Trastuzumabe e Docetaxel.

A Roche é pioneira no desenvolvimento de terapias-alvo e na busca constante de tratamentos cada vez mais individualizado ao paciente, envolvendo os diversos tipos e estágios do câncer de mama.

Sobre Perjeta (Pertuzumabe)
Perjeta® (Pertuzumabe) é um medicamento que tem como alvo o receptor HER2, uma proteína que se encontra na superfície de muitas células normais e em quantidades muito elevadas no exterior de células cancerosas no câncer de mama HER2-positivo. Perjeta® (Pertuzumabe) foi desenvolvido para impedir que o receptor HER2 se conecte a outros receptores HER (como EGFR / HER1, HER3 e HER4) sobre a superfície das células -  evitando o crescimento e sobrevivência do tumor. A ligação de Perjeta® (Pertuzumabe) na proteína HER2 também aciona o sistema imunológico do corpo para destruir as células cancerosas. Os mecanismos de ação de Perjeta® e Herceptin® (Trastuzumabe) se complementam, pois se ligam a lugares diferentes no receptor HER2 e promovem um duplo-bloqueio – ou seja, mais efetivo para impedir o crescimento das células do câncer, pois interrompe as vias de sinalização que fazem as células se multiplicarem e permanecerem vivas.

  

Roche - www.roche.com.

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