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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Nos casos de violência doméstica, denúncia garante a aplicação da lei



Marco legal em relação a um crime até pouco tempo atrás considerado de menor potencial ofensivo e punido com pagamento pecuniário, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) mudou a ideia de que violência doméstica deva ser tratada no âmbito privado e que a responsabilidade pela punição aos crimes depende da mulher. Dados encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelos tribunais brasileiros mostraram que 110 mil processos foram iniciados nas varas de violência doméstica contra a mulher em 2015. Há outros 314 mil em tramitação nas varas exclusivas de violência doméstica contra a mulher.

Os dados, pela primeira vez acompanhados pelos tribunais, permitem revelar a extensão da violência doméstica no Brasil, mas não dizem tudo. Acredita-se que boa parte dos crimes – talvez o maior número – ainda esteja oculto. “A vergonha e o medo de denunciar o agressor é um dos desafios que temos de superar. Outra questão é a desconfiança no Poder Judiciário. Mas, para isso, precisamos aumentar o número de varas especializadas, assim como melhorar o atendimento que prestamos a essas cidadãs”, afirma a juíza Adriana Ramos de Melo, membro do Comitê Gestor do Combate à Violência Doméstica e Familiar do CNJ.

Segundo a magistrada, a Lei Maria da Penha funciona como um freio inibidor da violência e a denúncia muitas vezes impede o mal maior – o feminicídio. “A denúncia age como o limite legal da violência doméstica. Em se tratando desse crime, a falta de limite é a morte”, alerta.

Outra juíza, acostumada a lidar com casos de violência doméstica desde 2006, reforça a tese. “Quando há resposta penal, a reincidência é baixa. Ele passa a ter medo da consequência dos seus atos; mas, se não houver, a tendência é aumentar e perpetuar. Ele quer cometer o crime, só não faz se tiver medo da consequência”, diz Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Sem volta - A magistrada explica que nem todas as questões que envolvem um conflito familiar necessariamente terminam em processo. Mas quando a violência está descrita como uma ação penal pública incondicionada, ou seja, casos como lesão corporal, é o Ministério Público quem processa o agressor. “Ainda que a mulher queira, posteriormente, voltar atrás, isso não será possível. O interesse público fala mais alto”, diz a magistrada.

Nos casos de ameaça, por exemplo, a ação penal é condicionada, ou seja, a vítima vai a juízo, pessoalmente, e a representação ainda pode ser retirada. Segundo a juíza, esses são os casos mais comuns. Já nos casos de violência psicológica, que podem provocar uma ação de injúria ou difamação, é a vítima quem tem de entrar com uma queixa-crime no juizado de violência doméstica.
Combate à violência – O CNJ tem, entre suas atribuições, o planejamento e a qualificação do Judiciário para lidar com o combate à violência doméstica. Desde 2007, o órgão realiza as chamadas Jornadas Maria da Penha. Neste ano, a 10ª edição ocorrerá na quinta-feira (11/8), no Supremo Tribunal Federal.

O Conselho já editou diversas normas para regulamentar a atuação do Judiciário nesse tema específico, dentre elas a Resolução 128/2011, que criou coordenadorias estaduais das mulheres em situação de violência no âmbito dos tribunais, além de participar do Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid).

Lei Maria da Penha - Considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das mais importantes contribuições à defesa dos direitos humanos, a Lei Maria da Penha, nos últimos 10 anos, aumentou a punição dos criminosos e possibilitou a criação de uma rede de atendimento psicossocial das mulheres vítimas de violência. No âmbito judicial, 100 juizados especializados nesse tipo de crime foram criados, de 2006 a 2015, totalizando 106 em todo o país, segundo dados do CNJ.

“Temos de preparar os futuros magistrados nas universidades e os juízes atuais com cursos de capacitação, para que entendam as convenções internacionais, assim como lidar com equipes multidisciplinares e com as mulheres vítimas, para que tenham coragem e força de levar à frente as ações e, dessa forma, barrar a violência que impacta e destrói toda a família”, finaliza Adriana Ramos, do Comitê Gestor do Combate à Violência Doméstica e Familiar do CNJ.

Sobre a Lei – A Lei Maria da Penha estabelece que todo caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, deve ser apurado por meio de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público. A lei também tipifica as situações de violência doméstica, proíbe a aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das mulheres em situação de violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de proteção e de assistência social. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, criados a partir dessa legislação, ou nas Varas Criminais em casos de cidades em que ainda não existem a estrutura.

Segundo dados do Governo Federal, 200 queixas por dia chegam ao disque-denúncia, pelo telefone 180. Em casos de violência doméstica, o ideal é procurar a delegacia de atendimento especializado e fazer o boletim de ocorrência (BO). Principalmente se a violência deixou marcas físicas. Mas a mulher também pode buscar o Poder Judiciário diretamente, por meio do Ministério Público, ou ainda ligar para o telefone 180 e buscar ajuda na sua cidade.



Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias

Especialista dá dicas para conseguir emprego em época de crise




Em  período de crise, entrar no mercado de trabalho ou reconquistar um emprego é ainda mais complicado. Mas algumas atitudes podem dar um empurrãozinho para quem esta  empenhado nessa missão. Confira as dicas da consultora de RH Michelle Digiácomo, proprietária da Contato Gestão de Pessoas, de Florianópolis (SC):

- Diferencie-se: Isso vale principalmente para o comportamento. As empresas buscam pessoas com autonomia e iniciativa para fazer as coisas. Muitas empresas têm porte pequeno, por isso precisam de pessoas com atitude para resolver problemas e desempenhar tarefas variadas.

– Atualize seu currículo: Deixe-o direcionado para as vagas que está buscando, descreva as atividades mais importantes que exerceu em suas experiências, corrija várias vezes a ortografia e a gramática (acredite, isso faz diferença).

- Seja criativo: As empresas recebem muitos currículos, todos iguais. Um currículo que destaca um bom resultado que o candidato alcançou em outra empresa, alguma inovação, vai chamar mais a atenção dos avaliadores. Algumas pessoas enviam vídeo ou criam um design diferenciado. Outros canais importantes para chegar às empresas são o Facebook e o LinkedIn.

- Capacite-se: Avalie a possibilidade de fazer cursos para se atualizar na sua área. Aqui você vai pensar: “Mas estou desempregado, como vou pagar cursos!” Primeiro, tire a venda da negatividade dos olhos e vá até o Google e escreva – Cursos Gratuitos. Pesquise, sempre vai ter algo relacionado à sua área que poderá fazer.

- Informe-se: A internet oferece a possibilidade de acesso a diversos conteúdos informativos de maneira gratuita. Portanto, utilize seu tempo livre para ler artigos, textos e notícias sobre assuntos da sua área de atuação. Isso vai ajudar no momento da entrevista de emprego, quando você poderá mostrar-se atualizado e interessado pelo conhecimento.

- Mostre-se: Não adianta se qualificar e cruzar os braços à espera de trabalho. O profissional competitivo é proativo e corre atrás das oportunidades. Inscreva-se nos sites de emprego na internet, acompanhe os jornais e comunidades na internet relacionadas à sua área de atuação. Também encaminhe seu currículo a pessoas que você conhece que podem ter conhecimento de algumas oportunidades.

- Crie e mantenha um bom networking: Faça contatos nas redes sociais (LinkedIn é uma ótima opção), acompanhe empresas relacionadas a sua área de trabalho, seja participativo com postagens, artigos e divulgações, mostre-se.

- Prepare um bom currículo: O ideal é que tenha uma, no máximo duas páginas. Os itens mais avaliados por recrutadores são as experiências profissionais e os conhecimentos. Essa parte tem que estar impecável. É preciso detalhar quais foram suas atividades nas determinadas experiências e qual foi o período (mês e ano que entrou e saiu da empresa). Imprescindível também detalhar seu conhecimento técnico. Vale compartilhar os resultados alcançados nos últimos empregos, principalmente quando se trata de vagas para a área comercial. Não é necessário escrever endereço completo, RG e CPF, nome de pai, mãe, título de eleitor… Recomendo colocar nome completo, idade, bairro, e-mail e telefone.

- Prepare-se para a entrevista de emprego: Pesquise sobre a empresa, faça uma lista de perguntas que possam ser feitas e tente respondê-las. Na hora da entrevista, chegue com antecedência, vista-se adequadamente e mantenha o celular desligado. Responda às perguntas de forma tranquila, sem mentiras ou exageros, aponte os pontos fortes e fracos de maneira sincera e especifique as qualidades para o cargo. Identifique as situações em que observou fraquezas e as melhorou. Nunca minta, não comente sobre problemas pessoais, nem fale mal dos colegas ou da empresa anterior. Não exagere nas qualidades. Por fim, mesmo que esteja nervoso, tente ser você mesmo encare a entrevista como uma conversa com o entrevistador.



Cerca de 15% dos candidatos às vagas de emprego são descartados pela má qualidade do currículo



 Luandre dá 10 dicas sobre recolocação


  Reflexo da taxa de desocupação estimada em 11,3% - segundo dados da Pnad Contínua divulgada em 29 de julho - a Luandre, maior agência de empregos do país, com 46 anos de trajetória e 11 unidades em três estados, recebe mensalmente cerca de 70 mil currículos para diversas áreas de atuação. Desse total, cerca de 15% não são preenchidos por completo, diminuindo as chances de participação nos processos seletivos.

Segundo Juliana Constantino, gerente da Luandre, os erros mais comuns são  diversificar demais as áreas de pretensão, erros gramaticais, informações muito detalhadas e longas e, principalmente, o fato de não preencherem o cadastro com todas as informações necessárias e relevantes, como dados de contato, experiências anteriores, nível de escolaridade e cursos, entre outros.

“O currículo deve estar sempre atualizado e o candidato precisa relatar de forma clara suas experiências, além de não omitir informações que são pré-requisitos para a avaliação em algumas posições como idioma e conhecimentos técnicos”, informa.
 
Atualmente, a Luandre possui um banco de dados com mais de 1 milhão de currículos cadastrados. Os candidatos às vagas devem se cadastrar no site www.luandre.com.br .

“Priorizamos currículos digitalizados por facilitar a busca por candidatos em nosso banco dados. Eventualmente algumas pessoas não têm acesso à computadores, então oferecemos pontos de atendimento computadorizados em todas as nossas unidades, além de profissionais preparados para ajuda-los”, conclui Juliana.
 
Veja abaixo as dicas das especialistas da Luandre para quem busca um emprego:

1) Perdi o emprego e agora?
O primeiro passo para uma recolocação profissional é avaliar a fundo qual a área e a função na qual você deseja se recolocar e atualizar seu currículo com cursos realizados e cargos alcançados na empresa anterior. É muito importante cadastrar seus dados em sites de emprego, consultorias em recursos humanos, redes sociais, portais do trabalhador, trabalhe conosco das empresas, entre outros.

O contato com os amigos também é muito importante, pois indicação de amigos é um excelente caminho.

2) Quais as características que as empresas estão buscando?
Algumas das características que as empresas buscam no profissional são: comprometimento, dedicação, flexibilidade, energia, visão estratégica, foco em resultado, entre outras. As empresas também  buscam candidatos que tenham estabilidade e objetivo profissional, foco naquilo que querem para sua carreira e que buscam mais especializações.

3) Como se sair bem nas concorrências neste momento de grande procura de candidatos por vagas?
Pesquise sobre a empresa antes da entrevista, prepare-se sobre os possíveis questionamentos em relação as suas atividades profissionais, seja claro e mostre-se disponível. Tenha postura confiante e seus pontos fortes e fracos na ponta da língua. Seja pontual cordial e aja com naturalidade.

4)  No caso de não saber um outro idioma, como mencionar a falta da segunda língua e continuar competitivo?

A melhor opção é sempre falar a verdade, não focar no que você não tem e sim nos seus planos futuros como, por exemplo, mencionar seu interesse em se especializar ("ainda não tenho, porém estou preparada e tenho como objetivo buscar esse conhecimento"). Se você realmente for se especializar dê prazos que cumprirá.

5)  No caso de não ter facilidade com tecnologia, como mencionar e continuar competitivo?
O melhor caminho é se aperfeiçoar, as empresas não irão se adaptar à sua falta de habilidade com tecnologia  e sim você terá que se adaptar ao que elas estão pedindo. Porém, para continuar competitivo mostre o que você tem de melhor e se você não tem facilidade com tecnologia isso é algo que dá para resolver, buscando cursos, dedicando um tempo do seu dia para treinar esse lado técnico.

6) Vale a pena se candidatar para vagas que não tem relação com a formação e experiência profissional?
Vale a pena desde que aquela outra experiência faça realmente sentido a você. Se pergunte o que aquela vaga irá te agregar ou te desenvolver, se será um desafio ou um tiro no escuro. Contudo, pelo lado das organizações, com o crescimento de pessoas à disposição do mercado de trabalho, as empresas na maioria das vezes buscam candidatos que já tenham experiência em determinada função devido vários fatores: adaptação rápida às atividades, otimizar o tempo dos processos e até mesmo produtividade maior.

7) O que o candidato deve avaliar na hora de aceitar a vaga?
Deve avaliar se a  oportunidade em questão faz sentido na sua vida, de acordo com suas experiências, formação e expectativas futuras, avalie o que você deseja para seu futuro e que se naquela oportunidade poderá se realizar profissionalmente. Entendemos que remuneração deve ser avaliada, porém não será apenas isso que fará você feliz e realizado dentro de uma organização.

8)  Vale a pena ganhar menos do que o último salário? Quanto menos ?
Tudo deve ser avaliado dentro do contexto que envolvem os seus planos. Se essa oportunidade será  um recomeço ou uma recolocação, se agora você atuará na sua área de formação ou simplesmente pela atividade nova que será exercida dentro dessa nova organização. Em relação ao salário avalie sempre se você conseguirá comportar seus gastos pessoais,  para conseguir enxergar no seu emprego uma fonte de renda, mas também um lugar para crescer profissionalmente.

9) O que não dizer ou fazer numa entrevista de trabalho?
Não se deve reclamar das experiências profissionais anteriores, por exemplo, a empresa, gestor ou até mesmo atividades exercidas. Não omitir ou mentir informações.

10)   Quais são as principais dicas para se sair bem na entrevista?
Trajes: usar trajes adequados ao cargo que busca ser aprovado, se for uma vaga administrativa usar roupa social, se for operacional deve ser uma vestimenta discreta, como por exemplo, uma calça jeans e camiseta. Nunca usar decote, chinelo, short, regata e boné.

Postura: neste momento até a forma de se sentar é avaliado. Não debruçar na mesa, cruzar os braços ou até mesmo deitar na cadeira. Seja comunicativo e educado com todos que tiver contato desde a chegada à empresa.

Discurso: seja claro e objetivo nas respostas dos questionamentos, informe o que você conhece da empresa na qual está participando do processo, e principalmente o quanto você domina as atividades do cargo ao qual você se candidatou.

Muito importante concentrar-se na entrevista para não desviar o assunto para questões que não são pertinentes, esclareça todas as dúvidas, demonstre interesse e motivação para a proposta oferecida.





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