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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

SAIBA TUDO SOBRE A TOSSE DOS CANIS




 O que é a tosse dos canis?
A traqueobronquite infecciosa canina (chamada de Tosse dos Canis) é uma síndrome respiratória complexa que envolve a ação de agentes virais e bacterianos de forma isolada ou concomitante. É uma doença sazonal, ocorrendo principalmente nos meses frios.

Acomete cães e gatos?
Acomete cães.
O agente que causa uma infecção secundária na Tosse dos Canis, a Bordetella bronchiseptica, pode estar associada ao Complexo Respiratório Felino (uma infecção do trato respiratório), porém, há poucas informações referentes à patogenicidade da B. bronchiseptica em gatos. A importância clínica não é conhecida, uma vez que essa bactéria é isolada de muitos gatos sadios.

Em quais casos a doença pode levar o animal à óbito?
A infecção respiratória causada por agentes virais é frequentemente caracterizada por uma forma branda da doença e pelo surgimento de sintomas agudos de tosse seca, com melhora clínica rápida. 

Porém, quando há a associação de outros agentes na infecção, como a Bordetella bronchiseptica (uma bactéria),os quadros costumam ser mais graves devido a uma maior lesão do epitélio respiratório, podendo causar agravamento em pacientes acometidos por vírus respiratórios relativamente benignos (como o vírus da parainfluenza). Nesses casos, em que há múltiplos agente envolvidos com infecção bacteriana secundária. O animal pode vir à óbito.

Quais os sintomas?
A tosse pode se apresentar em variados graus e pode haver presença de secreção nasal purulenta. Os sinais podem se agravar caso ocorra infecção secundária, observando-se febre, anorexia e dispnéia. A tosse frequentemente piora com o exercício físico. Pode haver ainda engasgo e ânsia de vômito. Em alguns casos podem ser observadas tonsilite, rinite e conjuntivite, além de pneumonia intersticial ou broncopneumonia.

Como ocorre a transmissão?
As formas de transmissão mais comuns se dão através do contato direto entre cães, ou contato indireto, pelo ar, através de secreções respiratórias (suspensas no ar). Os agentes podem ainda se disseminar rapidamente por fômites (casinha, vasilha, brinquedos e outros objetos), em ambientes intensamente contaminados.

Há formas de evitar a doença? Quais cuidados protetores precisam ter? Existe vacina?
Além da vacinação, é necessário um controle ambiental. Lugares arejados, limpos e com uma baixa densidade de animais são ideais para a prevenção. No caso de suspeita de um animal que esteja infectado, recomenda-se que o animal seja isolado, que não saia para passear e que não habite espaços muito confinados. A desinfecção do ambiente (com hipoclorito de sódio, por exemplo) também é recomendada. 
 
A Virbac possui a vacina CH(A2)PPi/LR que protege contra a parainfluenza e, em estudos, foi demonstrado que reduz os sintomas no caso de infecção secundária com B. bronchiseptica.

Todos os cães estão passíveis de contrair a doença ou existem raças mais predispostas?
Todos os cães estão passíveis de contrair a doença, porém os mais predispostos são os que vivem ou frequentam locais com alta densidade populacional, como “pet shops”, canis, hotéis e abrigos.

Por que o inverno é comumente o período mais propício para disseminação dessa doença?
Com o frio, é comum que a resistência dos animais diminua. Um sistema imunológico mais fraco facilita a transmissão entre os cães. A baixa umidade do ar resseca as vias aéreas e compromete a proteção natural do nariz, favorecendo a entrada de vírus e bactérias. Além disso, o tempo seco também dificulta a dispersão de partículas e secreções, que ficam suspensas no ar e podem ser inaladas, ajudando na transmissão da doença.

Como é feito o diagnóstico?
A realização de uma anamnese metódica e de um exame físico detalhado são essenciais para obter um diagnóstico eficaz. Informações sobre o habitat do animal, os locais anteriormente visitados, situações anteriores de estresse, contato com animais infectados e o estado vacinal são importantes. Na maioria dos casos clínicos, não se procura um diagnóstico definitivo, mas sim avaliar a gravidade desta doença e a existência de infecções secundárias. Hemograma de rotina e provas bioquímicas são apenas auxiliares para se estabelecer o estado geral do animal e monitorá-lo.

Como é feito o tratamento?
Os casos que não tiverem complicação se resolvem sem tratamento dentro de 4 dias a 3 semanas, dependendo da severidade. Mas o desconforto que a doença causa para os animais e para os proprietários justifica o tratamento. Os cães que possuem sinais persistentes por mais de 2 semanas devem ser avaliados para complicações secundárias ou para a reavaliação do diagnóstico. 
Normalmente, opta-se por uma terapia de suporte incluindo o uso de antibióticos, corticosteróides, mucolíticos, broncodilatadores ou antitússicos para diminuir a severidade dos sinais clínicos.


Fabiana Zerbini - veterinária da Virbac

Adoção: 70% dos cães ainda são escolhidos pela raça




Uma pesquisa realizada pela agência de comunicação Fess'Kobbi com 500 donos de cães e 500 tutores de gatos, de São Paulo e Rio de Janeiro, traçou um panorama sobre o universo pet. Segundo os números, por exemplo, enquanto gatinhos quase sempre são adotados, já que apenas 3% das pessoas optam pela compra, para os cachorros, a realidade é diferente. 70% dos cães dos entrevistados têm raça definida, ou seja, a maioria dos paulistanos e cariocas não busca os conhecidos "vira latinhas". Os números confirmam ainda algo que os "gateiros" já sabem: um felino não é o bastante. 44% dos tutores optam por ter mais de um gato em casa. A pesquisa foi concluída pela Fess'Kobbi nesse mês (agosto) e teve como objetivo desvendar o mercado pet, mapeando suas características e possibilidades.


Fess´Kobbi:
Rua Triunfo, 51 - São Paulo
Telefone: (11) 3364-0350

Métodos e indicações para a histerectomia




Segunda cirurgia mais comum entre as mulheres no Brasil, a retirada do útero pode ser realizada de quatro diferentes maneiras, cada qual com indicações e características específicas

A histerectomia (retirada do útero) é a segunda cirurgia mais frequente entre as mulheres, com incidência menor apenas que a cesárea. Diversas são as razões para a indicação desta cirurgia, entre elas hemorragias causadas por miomas e endometriose, avalia o Dr. Thomaz Gollop, Professor Associado de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

"A preservação do útero deve estar sempre em primeiro plano, pois além de questões particulares a cada paciente, incluindo as emocionais, o órgão é fundamental para a manutenção da função reprodutiva."

Uma vez definida a necessidade da retirada do útero, uma nova questão deve ser avaliada: como realizá-la. Isso porque, existem diferentes técnicas cirúrgicas e vias de acesso, todas elas bastante eficientes e amplamente difundidas na medicina.

Há, basicamente, cinco formas de realizar uma histerectomia: abdominal, laparoscópica, vaginal assistida por laparoscopia, robótica e vaginal. A escolha da via de acesso para esta cirurgia deverá ser aquela que trouxer maiores vantagens para a paciente.

"A histerectomia abdominal é a via de acesso mais comum no mundo todo, realizada por meio de uma incisão semelhante à da cesárea. A via laparoscópica (por vídeo-cirurgia) tem sua indicação especialmente em casos de endometriose. Já a vaginal assistida e a vaginal têm em comum a retirada do útero através da vagina", explica Dr. Thomaz.

Histerectomia vaginal
Comparando as vias de acesso para a histerectomia - abdominal, laparoscópica ou vaginal -, a vaginal é a que permite menor tempo de internação, com menores taxas de complicações, além de permitir retorno mais rápido às atividades. É também a que envolve menor custo. Utiliza material cirúrgico permanente e não deixa cicatrizes visíveis, a única sutura encontra-se no fundo da vagina.

As cirurgias vaginais para a retirada do útero são realizadas em caráter semi-ambulatorial, ou seja, com internação pela manhã para a realização de exames, histerectomia vaginal à tarde e alta já no dia seguinte, afirma o especialista.

"Tudo isso é possível pois esta via de acesso acompanha a tendência mundial de priorizar as cirurgias realizadas de forma minimamente invasiva. Sem a necessidade de cortes abdominais, o pós-operatório torna-se mais rápido, permitindo que a mulher volte às suas atividades normais em menos tempo do que após uma cirurgia tradicional."

De qualquer forma, a escolha da via de acesso para a cirurgia depende da causa que levou à necessidade da cirurgia e também da avaliação do médico sobre o estado geral da paciente. 

Histerectomia vaginal x abdominal
Mesmo com todas estas vantagens, o Dr. Thomaz alerta que, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, a via abdominal segue sendo a mais comum para a histerectomia. Nos Estados Unidos, por exemplo, corresponde a mais de 66% dos procedimentos, frente a 21,8% da via vaginal e 11,8% por laparoscopia.
"A cirurgia vaginal é a primeira opção apenas nos casos de prolapso genital, ainda que tenha se mostrado benéfico no tratamento de úteros com miomas e no sangramento uterino anormal, que são as mais frequentes indicações de histerectomia."

É importante salientar que, comparada à histerectomia vaginal sem prolapso, a utilização de tecnologias de maior custo, como a videolaparoscopia e a robótica, em patologias benignas do útero, aumenta os custos da cirurgia sem trazer benefícios para a paciente.

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