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quinta-feira, 29 de junho de 2023

5 características humanas que nos impedem de sermos substituídos pela Inteligência Artificial no mercado de trabalho

Para profissionais que atuam no setor de empregabilidade, a IA não é uma vilã, mas sim um acréscimo no potencial dos trabalhadores




Criado em 1956 por um grupo de cientistas da Universidade de Dartmouth, em Hanover, nos Estados Unidos, o conceito de Inteligência Artificial (IA) que conhecemos hoje é produto de um Projeto de Pesquisa de Verão liderado pelo professor estadunidense John McCarthy.

Junto a seus alunos, McCarthy buscou formas de ensinar as recém-criadas máquinas a pensar e traçou um plano que serviu de base ao desenvolvimento da IA em nível mundial. O projeto dos pesquisadores de Dartmouth foi o estopim para que outras instituições norte-americanas se engajassem com a pesquisa, o que culminou em inovações com alto potencial, desde a criação do primeiro chatbot, em 1965, até a ferramenta de soluções interativas Chat GPT.

Frente ao desenvolvimento contínuo dessas tecnologias, profissionais e estudantes ao redor do mundo têm estado receosos quanto à segurança de suas carreiras, tendo em vista o quanto se fala sobre o potencial das ferramentas artificiais para a substituição de mão de obra humana. Fernando Ferreira, CPO e CTO da Refuturiza, plataforma pioneira em empregabilidade, no entanto destaca que deve-se evitar o pânico generalizado em referência à IA.

“Para grande parte dos trabalhadores, a Inteligência Artificial deve ser vista muito mais como uma aliada do que como uma ameaça. Fazer uso dela pode potencializar suas aptidões e agilizar suas tarefas e tomadas de decisão. Precisamos sempre lembrar que existem várias características humanas que se diferenciam da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho”, ressalta Fernando.

Para Fernando, há cinco características presentes nos seres humanos que nos impede de sermos substituídos; confira quais são elas:



Criatividade

A capacidade de pensar de forma original, encontrar soluções inovadoras e criar novas ideias é uma característica humana que é difícil de ser replicada pela IA. A criatividade permite que os humanos abordem problemas complexos de maneiras únicas, encontrem novos ângulos e se adaptem a situações em constante mudança.



Empatia

A empatia é a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos e perspectivas dos outros. Enquanto a IA pode processar grandes quantidades de dados e fornecer respostas lógicas, ela ainda não possui a capacidade de compreender verdadeiramente as emoções humanas ou de se conectar emocionalmente com as pessoas. A empatia é especialmente importante em profissões que envolvem cuidados de saúde, atendimento ao cliente e liderança.



Julgamento ético

A tomada de decisões éticas é uma habilidade humana que envolve considerar não apenas as implicações práticas de uma decisão, mas também o impacto moral e social. A IA pode ser programada para seguir certos princípios éticos, mas ela carece da capacidade de ponderar os dilemas morais de forma subjetiva e contextualizada como os seres humanos podem fazer.



Pensamento crítico

O pensamento crítico é a capacidade de analisar informações, avaliar sua qualidade e relevância, e formar julgamentos bem fundamentados. Envolve a habilidade de questionar premissas, identificar suposições e reconhecer falácias lógicas. Embora a IA possa processar grandes quantidades de dados rapidamente, ela geralmente não tem a mesma capacidade de avaliação e análise crítica que os humanos possuem.



Habilidades sociais e de comunicação

As habilidades de interação social e comunicação são fundamentais em muitos empregos. Isso inclui a capacidade de se expressar de forma clara e persuasiva, entender e interpretar a linguagem corporal, se adaptar a diferentes contextos sociais e colaborar efetivamente em equipe. Embora a IA possa automatizar certas tarefas de comunicação, como atendimento ao cliente por chatbot, ela ainda não consegue replicar completamente a complexidade das interações humanas.

Essas características humanas continuam sendo valiosas e relevantes no mercado de trabalho, mesmo com o avanço da IA. Ao desenvolver essas habilidades, os profissionais podem se posicionar de forma única e complementar o trabalho realizado pela inteligência artificial, pontua Fernando.

Para conhecer mais sobre o potencial da Inteligência Artificial, você pode fazer o Teste DISC da Refuturiza, que realiza uma avaliação de suas habilidades, te ajuda a escolher os melhores cargos e cursos para o seu perfil, além de proporcionar o match entre pessoas e melhores oportunidades de trabalho, via IA. Acesse em:https://empregos.refuturiza.com.br/


Profissões do Futuro: como adquirir as habilidades necessárias para o novo mercado de trabalho

Diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, como ajudar nossos jovens a estar preparados?

 

As gerações anteriores tiveram uma carreira mais estável, trabalhando anos na mesma empresa e sem enfrentar grandes mudanças. Esta, no entanto, não é a realidade do mercado de trabalho atual. A revolução tecnológica está moldando o futuro do trabalho e a pandemia também teve influência nesse processo. As instituições de ensino e os alunos enfrentam muitos desafios e precisam se adaptar para encarar a nova realidade.

 

O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por máquinas e algoritmos. “Mas é importante lembrar que essa revolução tecnológica também gerará oportunidades”, ressalta Teo Sidarta, coordenador do Pré-Universitário da Unidade Higienópolis do Colégio Rio Branco. O mesmo relatório estima que podem surgir 97 milhões de novos empregos que unem as competências humanas e a capacidade de máquinas e algoritmos. “Não só o mercado está evoluindo, mas o trabalhador também. A tecnologia continua a remodelar nossas funções e expectativas, com a digitalização se infiltrando em todos os setores”.

 

Em meio a todas essas mudanças, as habilidades e as competências necessárias para o trabalhador moderno estão também em transformação. O pensamento analítico e criativo permanece no topo da lista, seguido por habilidades de autoeficácia - resiliência, flexibilidade e agilidade; motivação e autoconsciência; e curiosidade e aprendizagem ao longo da vida. “Podemos concluir, então, que o novo mercado exige não só habilidades técnicas, mas principalmente o bom uso da inteligência emocional”.

 

E como ajudar os jovens a se preparar para este mercado de trabalho em transformação?

As escolas e as universidades são essenciais para formar alunos preparados para esse mercado. “A personalização do ensino, através da aprendizagem adaptativa, é uma opção interessante”, destaca Teo. “Trata-se de uma tendência que promete maximizar o potencial de cada estudante. A primeira ação que as instituições deveriam adotar é a aprendizagem baseada em habilidades, que desenvolve competências valorizadas no futuro”.

 

Ele explica que as instituições de ensino precisam mudar o foco de ensinar conteúdo para desenvolver habilidades críticas, como pensamento analítico, criatividade e competências digitais. “Além disso, também é interessante que as escolas garantam que os estudantes estejam preparados para aprender de forma autônoma e se adaptar a novas situações e demandas. Isso implica ensinar habilidades de autogerenciamento, como resiliência, flexibilidade e agilidade”, complementa.

 

Os desafios enfrentados pelos colégios e pelos estudantes não são pequenos, requerem uma grande mudança de paradigma de um sistema que funciona da mesma foram há muitos anos. Por isso, Teo Sidarta afirma que “as instituições de ensino devem se reinventar, traçar novas rotas de aprendizagem e se adaptar a um mundo que muda em um ritmo acelerado. Embora a jornada seja árdua, ela é necessária para garantir que a educação continue a ser a luz que orienta nossa caminhada rumo ao futuro.”

 


Colégio Rio Branco

www.crb.g12.br

 

Conheça destaques do novo Plano Diretor da cidade de SP

IMAGEM: Jefferson Pancieri
A revisão do PDE foi aprovada pelo legislativo paulista e aguarda sanção do prefeito Ricardo Nunes. O texto prevê a criação de Conselhos Locais de Comércio, que terão a função de contribuir com o desenvolvimento urbano


Após três meses de tramitação, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na última segunda-feira (26), a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) da capital. O texto traz alterações pontuais ao instrumento aprovado em 2014 e terá vigência até 2029. Para passar a valer, a nova lei precisa ser sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes.

Apresentado pela prefeitura em março deste ano, o texto original passou por diversas alterações. De acordo com a Câmara, foram realizadas 55 audiências públicas, com a participação de mais de 2,5 mil pessoas e mais de mil manifestações, além de mais de cem contribuições de vereadores. O texto aprovado pode ser lido na íntegra na página do legislativo municipal.

Todo esse processo participativo foi acompanhado de perto pelo Conselho de Política Urbana (CPU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Diante de toda a expectativa em torno dessa alteração, Beatriz Messeder, coordenadora técnica do CPU, esclarece que para cumprir seu papel, o PDE precisa que todos os planos setoriais e de intervenção urbana, assim como outras ferramentas de planejamento urbano, sejam implantados na cidade.

Nas palavras de Beatriz, todo planejamento territorial precisa de um certo tempo de maturação. "Os resultados do que vimos por escrito tanto na Lei do PDE, de 2014, quanto na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), de 2016, só começaram a se concretizar a partir de 2018-2019 e foram fortemente impactados por dados e estatísticas pontuais no período de pandemia", diz. 

Antonio Carlos Pela, vice-presidente da ACSP e coordenador do CPU, destacou que a ACSP sempre foi favorável à revisão do PDE e que a entidade contribuiu em todas as etapas apresentadas, tendo mais de 50% de seus pleitos contemplados no texto aprovado.

"Trata-se de um pacto social no qual há diversos interesses envolvidos. Cabe à municipalidade fazer a mediação dos pontos e sugestões apresentadas e produzir um texto que seja benéfico para o interesse coletivo", diz.

Veja alguns pontos de destaque do texto aprovado no legislativo paulista que a ACSP considera positivos:

Conselhos Locais de Comércio: O texto final propõe a criação de Conselhos Locais do Comércio que terão a função de contribuir com a qualificação urbana. Pela proposta, os conselhos terão, obrigatoriamente, um representante da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), além de representantes de estabelecimentos comerciais e residentes de áreas onde há corredor de comércio.

Produção de HIS: Como destaque desta votação, Beatriz aponta a ampliação do acesso a unidades de interesse social e das áreas para construção de unidades de mercado popular. A ACSP destaca também a possibilidade de locação dessas unidades populares para famílias de baixa renda.

Fiscalização: É prevista pelo texto a criação de normas para fiscalizar a destinação da moradia popular às famílias mais pobres. Hoje, não há controle sobre a venda de unidades habitacionais nessa categoria por construtoras que recebem benefícios fiscais da prefeitura.

Exclusão das zonas de concessões: O trecho que criava um novo tipo de zoneamento na cidade, as chamadas Zonas de Concessões (ZCP), foi retirado do texto final. Essa classificação abrangeria as áreas públicas concedidas ou que serão concedidas à iniciativa privada, como rodoviárias, aeroportos, parques, terminais de ônibus, cemitérios e equipamentos públicos em geral - e que seriam submetidas a regras especiais distintas da vizinhança onde estão, definidas caso a caso. Isso envolveria limite de altura para edifícios, incentivos para a construção civil e afins.

Planos setoriais: Considerados instrumentos de planejamento e gestão da política urbana que têm como objetivo detalhar as diretrizes do PDE no âmbito territorial de cada temática, o novo documento determina a conclusão dos planos setoriais previstos pelo PDE até o ano de 2025.

Veja outras alterações aprovadas no legislativo e criticadas pela ACSP:

Arrecadação do Fundurb: O novo regramento passa a permitir que parte do dinheiro do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) seja destinado ao recapeamento de vias, do qual no mínimo 50% deverá ser destinado a bairros periféricos.

Com  a aplicação prevista para diferentes prioridades, sobretudo para habitação e mobilidade urbana, o Fundurb agora destinará ao menos 40% de seus recursos a projetos, produção e aquisição de terrenos para HIS.

Vagas de garagem para usos não-residenciais: Na forma original do PDE, permitia-se uma vaga de garagem gratuita para cada 70 metros quadrados construída computável. A nova definição mantém as mesmas condições, porém delimita sua aplicação às zonas inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana (ZEU), zonas inseridas na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental (ZEUa), zonas inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana (ZEUP), zonas inseridas na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental (ZEUPa), Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana (ZEM) e Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana Prevista (ZEMP).  

Operações Urbanas Consorciadas: Um dos artigos da revisão tratava do processo de trasição das Operações Urbanas Consorciadas (OUCs), que são instrumentos de intervenção urbana.

Uma Operação Urbana reúne um conjunto de intervenções em determinada área da cidade, desde parques até avenidas e pontes. O primeiro substitutivo do Legislativo regra: quando atingidos 10% da área adicional de construção de uma Operação Urbana, uma transição para a LPUOS (Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo) de cinco anos seria iniciada. E, portanto, as regras da área não seriam mais as da Operação Urbana, e sim do zoneamento da cidade.

Em outras intervenções, as regras da Operação estabeleciam que parte dos recursos levantados pelo poder público (no mínimo 25%) fossem destinados a HIS (Habitação de Interesse Social). Esse recurso tem como origem os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), que são vendidos pelo poder público às empresas imobiliárias via leilão.

Com a transição prevista no texto anterior, as empresas teriam a opção de não mais comprar os Cepacs e sim comprar direitos de construção via outorga onerosa, que tem um cálculo e destinação diferente, não sendo, portanto, necessariamente aplicado para produção de HIS. Com o texto aprovado, essa possibilidade foi excluída. 



Mariana Missiaggia
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/conheca-destaques-do-novo-plano-diretor-da-cidade-de-sp


Assédio sexual no trabalho: O que fazer?

Contato Seguro apresenta cenários e dados sobre o assédio no ambiente de trabalho e explica como combatê-lo.

 

O Código Penal brasileiro define o crime de assédio sexual como o constrangimento de uma pessoa “com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual”, quando o agente se utiliza de sua condição de superior hierárquico no exercício de emprego, cargo ou função.  

O assédio sexual é um atentado contra a liberdade sexual de alguém — diferentemente do assédio moral, que caracteriza-se pela repetição dos comportamentos, basta uma única ocorrência para se identificar o crime de assédio sexual. 

Na prática, isso pode se manifestar como:

·         ofensas, palavras ou gestos sexualmente inapropriados e ofensivos;

·         insinuações de caráter sexual; 

·         convites insistentes e inapropriados;

·         solicitação (falada ou em escrito) de favores sexuais.

Esses comportamentos visam constranger a vítima, geralmente de forma a ameaçá-la, para que o contato sexual ocorra, com risco da perda do emprego ou algum prejuízo análogo.

 

Na 3.ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, encontrou-se que 8,9 milhões de mulheres sofreram assédio sexual em 2020.

Esses números assustadores indicam que o problema é muito amplo e decorre de uma cultura de violência e impunidade. Há ainda outro conceito que se aproxima do assédio sexual: a importunação sexual. Também é crime e deve igualmente ser combatida. Vamos entender um pouco sobre a diferença de cada uma delas.



Importunação sexual X Assédio sexual


Como visto, o assédio sexual é definido por uma relação onde o agressor se vale da sua posição hierárquica com fins de obter algum favorecimento sexual da vítima


A importunação sexual, por sua vez, pode ocorrer entre colegas ou entre desconhecidos, quando há a prática de ato libidinoso (que objetiva a satisfação sexual do agressor), com alguém ou na presença de alguém, sem seu consentimento.

Além dos exemplos já citados de assédio sexual, a importunação sexual pode se manifestar por:

·         toque ou proximidade inapropriados;

·         beijar à força;

·         desnudar a vítima;

·         prática masturbatória ou ejaculatória em público.

 

Tanto o assédio quanto a importunação sexual são crimes graves, que atentam contra a liberdade de um indivíduo, ferem sua autonomia, acarretam enormes prejuízos à sua capacidade de trabalhar e podem trazer sérias consequências à sua saúde física e psíquica.

 

Pesquisas demonstram que ser vítima de assédio sexual pode causar Transtorno de Estresse Pós-Traumático, exaustão emocional e perda da saúde física e psíquica de maneira geral.

E ainda uma notícia pior: em muitos casos, as vítimas sofreram retaliação pelos empregadores, perdendo responsabilidades no trabalho, carga horária e sofrendo medidas disciplinares.


 

Como a Lei 14.457/22 pode ajudar?

 

A Lei 14.457/22 cria o Programa Emprega + Mulheres, e objetiva criar mais oportunidades de entrada e permanência no mercado de trabalho para mulheres, e combater o assédio sexual, moral e demais formas de violência no ambiente de trabalho.

 

O novo regulamento modifica o nome da CIPA para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio e demanda que as empresas criem mecanismos para a proteção dos trabalhadores contra esse crime.


Os mais importantes são a obrigatoriedade do Canal de Denúncias para identificar, acompanhar e penalizar agressores e a implementação de treinamentos e campanhas para prevenção e combate ao assédio.


O temor de denunciar é identificado como um dos principais motivos pelos quais os assediadores não sofrem as consequências por seus atos.

 

Muito frequentemente, as vítimas e testemunhas de casos de assédio têm medo da retaliação em razão da denúncia, já que estão sempre numa posição hierárquica inferior, socialmente e psicologicamente fragilizadas pela violência.


A presença do Canal de Denúncias terceirizado em todas as empresas com CIPA visa acabar com esse problema, dando aos colaboradores a oportunidade de denunciar anonimamente, com proteção garantida e apoio profissional.


Além disso, ter implantado um processo que segue regras escrupulosas de funcionamento, como é o caso com o Canal de Denúncias, torna o encaminhamento de questões delicadas mais objetivo, impedindo que questões pessoais, hierárquicas ou o próprio medo interfiram nas tomadas de decisão.

 

Com o Canal de Denúncias, não somente a denúncia é garantidamente protegida e anônima, como todo o processo de acompanhamento e resolução é realizado por profissionais capacitados, que trabalham objetivamente, visando a proteção dos direitos do trabalhador e o bem-estar da organização.

 

Combatendo casos de assédio sexual no trabalho

 

Aliados ao Canal de Denúncias, os treinamentos e campanhas são componentes fundamentais para promover um ambiente de trabalho mais seguro e mais íntegro.

 

Educar e conscientizar sobre o que é o assédio sexual, o assédio moral e outros tipos de violência no trabalho significa integrar esses conceitos à cultura organizacional, provendo subsídios para a ação.

 

Com o conhecimento em mão, os colaboradores se tornam também agentes de detecção e vigilância dessas irregularidades, certos de que denunciar é a atitude mais correta a se tomar em face de uma suspeita.

 

Principalmente nos casos de assédio ou importunação sexual, em que o impacto sobre a autonomia e a segurança da vítima é muito intenso, ter colegas que sabem identificar a má conduta e intervir por meio da denúncia é essencial.

Um local de trabalho mais protegido gera um ambiente mais saudável e, consequentemente, mais produtivo. E o bem-estar das pessoas é peça essencial nesse contexto, inclusive, sendo agora tratado de forma explícita na nova lei que aborda a CIPA.

 

Assim, o assédio sexual, bem como outros tipos de violência no trabalho, deve ser enfaticamente combatido.

 

Mas, não permita que a sua empresa adquira um Canal de Denúncias somente para cumprir a Lei. Aproveite a oportunidade para criar uma cultura organizacional que beneficie todos: funcionários, chefia e a própria empresa.

O trabalho de implementação do Canal pede organização, conhecimento e compromisso e a Contato Seguro possui todas essas ferramentas à sua disposição.

 


Contato Seguro
https://canaldaetica.com.br/
conteudo@contatoseguro.com.br


Como utilizar a IA para melhorar o atendimento ao cliente?

Como sua empresa atende o cliente? Todo empreendedor sabe que investir em meios de comunicação robustos e pautados na tecnologia é fundamental para estreitar o relacionamento com seu público-alvo e atender as suas demandas. Mas, dentre tantas ferramentas dispostas no mercado, aquelas que incorporarem a inteligência artificial (IA) neste propósito, notarão conquistas enormes para seu negócio capaz de enriquecer a jornada de compras do usuário e, assim, consagrar uma imagem fortemente positiva para fidelizá-los à marca.

Em um estudo realizado pela Deloitte, 70% das empresas pretendem investir na IA neste ano, em busca de melhorar a eficiência e produtividade de suas atividades para alavancar sua competitividade. Considerando todas as suas possíveis aplicações nas operações organizacionais, seu uso no atendimento ao cliente é um dos mais estratégicos para assegurar a satisfação dos consumidores, possibilitando que entrem em contato com a companhia no canal que preferirem de forma fluída e descomplicada.

O usuário deve se sentir confortável e à vontade para se comunicar com suas marcas no meio que tiverem maior afinidade. E, com a inteligência artificial, as empresas conseguem não apenas dispor de um volume maior de canais de comunicação, como principalmente integrá-los para a construção de uma jornada contínua de atendimento. Dessa forma, caso sejam acionados em uma plataforma que não tenham grande interesse, esta ferramenta pode dar a opção de continuarem a conversa em outro local que desejar.

Assegurar essa sequência no atendimento sem barreiras é fundamental para prezar pela boa experiência do cliente sem ruídos ou insistências que lhes desagradem. Afinal, quanto mais opções de contato ele possui, mais fácil é para ele acessar seus produtos ou serviços e, consequentemente, maior será o crescimento das vendas. Como prova disso, outra pesquisa feita pelo Hubspot mostra que 76% das empresas estão aumentando seus investimentos na oferta de múltiplos canais para aperfeiçoar a experiência dos consumidores.

Um dos meios mais cogitados recentemente para essa tarefa tem sido, justamente, o ChatGPT – no qual as companhias podem criar textos, códigos, e criar uma multicanalidade 100% integrada dentro do recurso. Contudo, esse ainda é um canal muito novo e que precisará ser testado e aperfeiçoado para assegurar uma boa comunicação entre as partes.

Fora ele, o WhatsApp e RCS (Rich Communication Service) são dois dos canais mais quentes no mercado, e que podem estar embarcados em IA para uma comunicação excepcional. Neles, é possível desenvolver um bot de atendimento para direcionar o usuário ao longo de sua jornada, programados para resolverem as principais e mais comuns dúvidas que possam ter sobre seus produtos e serviços e, assim, conduzi-los até a etapa final no carrinho de compras.

Mas, não adianta apenas dispor desta multiplicidade de meios de interação, sem compreender como direcioná-los corretamente para cada usuário. Para isso, mais uma vez a IA serve como auxiliadora, colhendo todos os dados referentes à trilha percorrida por cada cliente, em quais canais preferiram manter contato com a marca, e qual a melhor forma de dar continuidade a essa relação, sem precisar começar a conversa do zero a cada vez em que forem contatá-los.

O bom funcionamento e eficácia ao utilizar a inteligência artificial nesta ação dependerá, fortemente, deste claro entendimento sobre onde e como abordar seu público-alvo. E, para isso, é extremamente recomendado contar com a expertise de um time de curadoria responsável por enriquecer processos e a inteligência da ferramenta, até o momento que se torne mais autônoma possível pela quantidade de respostas obtidas.

Na prática, caberá a esses profissionais acompanharem a trajetória de cada cliente com a marca, garantindo que estejam sendo abordados sem excessividade e no meio que preferirem, da forma mais humanizada possível. Assim, a empresa conseguirá não apenas satisfazê-los, mas especialmente estar sempre lá para ajudá-los no que precisarem. Até porque, consumidores felizes e retidos sempre serão a maior fonte de receita para todo negócio.

 

Pedro Leonel - Customer Success Manager na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Como receber os valores ganhos em um processo judicial


Todo processo judicial é uma jornada, desde o momento em que a pessoa decide mover a ação até receber o valor da decisão. É uma experiência que pode ser repleta de desafios e surpresas, mas também de vitórias e aprendizados. Cada fase tem seus próprios desafios, e é importante estar preparado para eles.

A vitória é apenas parte da batalha, porque receber um valor ganho pode ser desafiador, mas com a informação correta e a ajuda certa, é possível navegar por esse processo com confiança. Contudo, é importante lembrar que cada caso é único e pode demandar estratégias diferentes, por isso, é essencial a orientação jurídica qualificada para auxiliar nesse trajeto.

Um dos primeiros passos após ganhar um processo judicial é verificar a decisão do juiz. É importante entender o que foi decidido e quais são os valores determinados. Isso irá guiá-lo no próximo passo da jornada: a execução da sentença.

Trânsito em julgado é um termo jurídico que significa que a decisão do juiz é final e não cabe mais recurso. É preciso verificar se o que foi decidido transitou em julgado para garantir que não haverá mais contestações.

Uma vez que isso tenha acontecido, é hora de iniciar a fase de execução do processo, em que é feita a busca pelo pagamento da parte devedora. Mas o que fazer se essa se recusar a pagar? Existem várias ações que podem ser tomadas neste ponto.

Durante a preparação dos cálculos judiciais, o advogado apontará os valores a receber, levando em conta juros, correção monetária e eventuais multas determinadas pelo juiz. Esse passo é essencial para garantir o recebimento da quantia correta que é devida.

A parte devedora pode optar por se opor à execução. Nesse caso, ocorre a oportunidade de responder a essa oposição e o juiz decidirá se é pertinente ou não. Este é um momento crucial, porque o juiz pode alterar o curso da execução da sentença.

A primeira coisa a fazer, se a parte devedora se recusar a pagar, é solicitar a majoração do débito. Isso significa que a dívida será aumentada em 10%, juntamente com um acréscimo de 10% sobre os honorários advocatícios por força do artigo 523 do código de processo civil. Esta é uma forma de pressionar a parte devedora a cumprir a decisão do tribunal.

Se a parte devedora ainda se recusar a pagar, há a possibilidade de solicitar a penhora online. Isso é um convênio entre o tribunal de justiça e as instituições bancárias para localizar contas bancárias e bloquear o valor devido. Trata-se de um recurso extremamente útil na era digital, permitindo uma execução de sentença mais rápida e eficaz.

Após o bloqueio dos valores, e se a parte devedora não contestar, pode-se solicitar a expedição de um mandado de pagamento. Este é um documento que obriga o banco a transferir o valor bloqueado para a conta informada. O mandado de pagamento é uma garantia de que o valor será creditado, sem mais obstáculos. E se a penhora online não funcionar, existem outras medidas que podem ser tomadas para garantir o recebimento do valor.

Uma opção é a penhora portas a dentro. Neste caso, o oficial de justiça vai à residência ou local de trabalho e cataloga os bens que podem ser penhorados e levados a leilão. Este é um recurso poderoso que pode garantir o recebimento, mesmo que a parte devedora se recuse a pagar.

Além disso, existem outros convênios judiciais que podem ser utilizados, como o Renajud, que permite a restrição de veículos automotores. Existem muitos outros convênios e cada caso pode requerer um diferente. É importante trabalhar com um advogado experiente que possa orientar qual a melhor estratégia para cada caso.

Além da penhora de bens, existem outras medidas coercitivas como a negativação do nome do devedor. Isso pode criar um incentivo para que a parte devedora realize o pagamento, porque sofrer qualquer tipo de apontamento no cpf, pode afetar a capacidade de obter crédito no futuro. A negativação é um recurso poderoso que pode ser usado para encorajar o pagamento da dívida.

Vale lembrar que um acordo entre as partes pode ser feito em qualquer fase do processo, inclusive nesta fase final de execução.  Inclusive, pode ser uma solução eficaz que satisfaz o envolvidos e acelera o processo de recebimento do valor devido.

  

Philipe Monteiro Cardoso - advogado, autor, palestrante e sócio fundador da Cardoso Advogados Associados. É pós-graduado em Direito Civil , LGPD, e criador do sistema de ensino Direito em Curso e Adequar LGPD. Para mais informações, acesse https://cardosoadv.com.br/ ou pelas redes sociais @cadv.ph

 

Eventos com passageiros indisciplinados seguem crescendo em 2023, aponta ABEAR

Levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) mostra que, em 2023, o número de eventos com passageiros indisciplinados segue alto. Em 2022 foram 585 ocorrências, recorde em quatro anos. No primeiro trimestre de 2023 as associadas ABEAR já registraram 114 episódios, equivalente a mais de um caso por dia. Cerca de um quarto dos eventos, segundo classificação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), incluem comportamento agressivo do passageiro, envolvendo agressão física e/ou ameaças.

“É um dado alarmante, que afeta todos os passageiros desses voos, pois determinados casos podem atrasar a decolagem e, em ocorrência com o avião já em rota, pode ocorrer da aeronave pousar em um aeroporto próximo. Isso interfere em toda a malha aérea, com atraso dos voos seguintes, impacto no tráfego aéreo e no gerenciamento de tripulação”, afirma a presidente da ABEAR, Jurema Monteiro.

Os números estão crescendo desde 2019. Em 2021, foram 434 eventos, 222 em 2020 (durante o auge da pandemia), e 304 em 2019. De 2019 a 2022, a média anual foi de 386,2 registros.


Regulação

A ABEAR participa de um grupo de trabalho criado pela ANAC para analisar o tema e tem pleiteado mais rapidez na definição de regras claras para o gerenciamento dos casos, incluindo punições mais severas e que podem contemplar multas, indenização dos prejuízos e, para os casos mais graves, a proibição de voar.

“O passageiro que incita esses atos a bordo pode responder à Justiça, mas não há nenhum impeditivo para ele utilizar o transporte aéreo. A ABEAR acredita que procedimentos aplicados em outros países, como a no fly list usada por companhias aéreas nos Estados Unidos, que impede o passageiro de usar o transporte aéreo por determinado período, pode ser um caminho a ser seguido no Brasil, ajudando a coibir essa indisciplina dos viajantes”, pontua Jurema.

 

Fonte: https://www.abear.com.br/imprensa/agencia-abear/noticias/eventos-com-passageiros-indisciplinados-seguem-crescendo-em-2023-aponta-abear/


TST reforça ausência de vínculo de emprego com franqueadora e confirma validade de contrato de franquia

Precedentes vinculantes do STF já foram utilizados pelo Tribunal em casos que envolvem contratação entre pessoas jurídicas. Relator das ações também condenou dois franqueados ao pagamento de honorários sucumbenciais e custas judiciais no valor de R$ 150 mil e R$ 250 mil.


Atento aos precedentes vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre Ramos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), reiterou às demais instâncias do Poder Judiciário acerca da observância obrigatória das teses fixadas pelo STF. Em duas novas decisões, o magistrado também reforçou a validade do contrato de franquia e afastou o vínculo de emprego entre dois corretores de seguros franqueados e a Prudential.

Ramos julgou “totalmente improcedente a reclamação trabalhista” e declarou a licitude dos contratos de franquia que haviam sido firmados entre a franqueadora e os donos das franquias. Ao todo, já são cinco decisões em que o ministro é relator na 4ª Turma do TST e derrubou o vínculo trabalhista em processos envolvendo a Prudential.

“Quanto ao tema ‘vínculo de emprego – contrato de franquia’, trata-se de recurso cuja questão de fundo é objeto de tese fixada pela Suprema Corte em sistema de produção de precedente qualificado (decisão em repercussão geral, súmula vinculante ou controle concentrado de constitucionalidade) e, portanto, com efeito vinculante e eficácia erga omnes”, afirmou.

A tese jurídica fixada pelo Supremo foi consolidada em 30 de agosto de 2018, com o julgamento do RE nº 958.252, no Tema 725 da Tabela de Repercussão Geral do STF, que decidiu pela licitude da terceirização por “pejotização”, ante a inexistência de irregularidade na contratação de pessoa jurídica formada por profissionais liberais. “Há de se ressaltar que, fixada a tese pela Suprema Corte, sua aplicação passa a ser obrigatória aos processos judiciais em curso em que se discute a terceirização, impondo-se, inclusive, a leitura e a aplicação da Súmula nº 331 do TST à luz desses precedentes.”


Empresários condenados ao pagamento de honorários

Relator dos dois processos, Ramos também indeferiu o pedido de assistência judiciária gratuita e condenou os dois donos de corretoras, empresários franqueados, ao pagamento dos honorários de sucumbência, estimados em R$ 150 mil e R$ 250 mil, respectivamente, o que equivale ao percentual de 5% sobre o valor de cada causa.

Nas sentenças, o ministro afirmou que os empresários não comprovaram a hipossuficiência econômica para terem direito ao benefício da Justiça gratuita. “A Lei nº 13.467/2017 trouxe um único requisito, de caráter objetivo, apto a ensejar a presunção relativa da hipossuficiência econômica, qual seja, a percepção de salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (...) Uma vez não alcançada a condição definida no art. 790, § 3º, da CLT, é ônus do requerente do benefício da justiça gratuita a comprovação robusta de sua incapacidade de suportar as despesas processuais, nos moldes do art. 790 § 4º, da CLT. Do referido ônus probatório, a parte Reclamante não se desincumbiu”, ressaltou nas duas sentenças.

Para o diretor Jurídico da Prudential, Pedro Mansur, essa quinta decisão meritória do TST reforça a solidez do modelo de franquia da Prudential. “A Corte já havia reconhecido a validade do primeiro modelo contratual de franquia, que vigeu entre 2004 e 2016 e, agora, na mesma direção, confirma a juridicidade do segundo modelo, que regulou as relações empresariais da rede de 2016 a 2020” ressaltou.

Mansur destaca ainda que, em 2020, a Prudential implementou novas mudanças em seu modelo de franquia, as quais nunca foram questionadas na Justiça do Trabalho ou em Câmara Arbitral. “As declarações deste eminente Tribunal Superior abarcam todos os períodos e modelos desenvolvidos pela Prudential nestes 25 anos de operação no Brasil, valorizando a franquia como método de organização e desenvolvimento empresarial e, na dicção do Supremo, como forma de divisão do trabalho”, complementou. 

PROCESSO Nº TST-AIRR-1001240-64.2020.5.02.0021
PROCESSO Nº TST-AIRR-10873-22.2019.5.03.0184

 

Como programar com ChatGPT já é sinônimo de eficiência e qualidade


Facilitar sim, substituir jamais. Sempre que me deparo com conversas ou leituras em torno do ChatGPT, a poderosa ferramenta de inteligência artificial (IA) desenvolvida pela OpenAI, costumo reforçar o meu entendimento pessoal de que o uso tecnológico de linguagens e máquinas não irá sobrepujar o lado humano por trás de tais evoluções – e, porque não, revoluções! O que veremos, cada vez mais, é a maximização das potências.

 

Digo isso sem nunca perder de vista que, na minha carreira, tudo começou com análise e gestão de sistemas de informação, há 34 anos. E corroboro o entendimento que não há na história recente da humanidade algo tão impactante no mundo tech como o ChatGPT. Ao simular o comportamento humano por intermédio de amplos modelos de linguagem (LLMs), a plataforma oferece uma infinidade de conteúdos variados como resposta.

 

Para o mundo corporativo, também ficou clara a gama de possibilidades para o aumento de eficiência e qualidade de produtos, soluções e negócios. O mais comum hoje, não importa a área, é o uso de chatbots, assistentes virtuais e mecanismos de resposta automática. Todavia, como uma ferramenta nova, ainda em desenvolvimento e com amplitude ainda incerta, é preciso tirar proveito de maneira inteligente. Se falamos em ChatGPT, isso significa saber o que perguntar, sob pena de não obter as melhores respostas para determinadas questões.

 

No ambiente de programação e do aperfeiçoamento de códigos, já é notória a possibilidade de escrever ou corrigir linhas codificadas, sejam em C++, Java ou Python, em termos de sintaxe, semântica e estruturação. Em resumo, o programador pode trabalhar desde temas de sintaxe acerca de uma determinada linguagem, trabalhar tarefas específicas em código, pedir melhorias ou correções de códigos, ou ainda escrever projetos inteiros dentro do ChatGPT. É só saber perguntar.

 

Evolução ou revolução? Possivelmente as duas coisas. Estamos falando de uma perspectiva totalmente nova para trabalhar a arquitetura de softwares, com soluções de design que outrora poderiam ser consideradas caras ou complexas demais. Até por isso, não causa surpresa a Microsoft ter feito um aporte bilionário na OpenAI, o Google estar trabalhando no Bard, ou o governo britânico estar financiando o seu próprio projeto GPT.

 

Para os profissionais especializados em programação e desenvolvimento de sistemas, o grande alarde em torno da ferramenta gerou um forte temor de que a tecnologia possa substituir o aspecto humano da equação. Consigo entender o temor, mas não me atenho a ele. Prefiro pensar no ChatGPT e em outras soluções de IA como formas de aumento de produtividade e eficiência. E posso dizer o porquê disso.

 

Em primeiro lugar, devemos distinguir programar de desenvolver sistemas. Se o primeiro trata de escrever códigos para determinada tarefa, o segundo aborda várias ações, como design, análises de requisitos, testes, etc. Feita essa explicação, voltemos ao cerne da questão. Por mais que a tecnologia esteja em rápido desenvolvimento, o ChatGPT não possui conhecimentos de domínio específicos, o que o torna limitado para atender, por exemplo, diferentes ambientes de negócios ou a multiplicidade de usuários que existe mundo afora.

 

Além disso, a qualidade dos dados armazenados pelo ChatGPT, ainda que gigantesca, ainda requer ajustes, apresentando por vezes respostas erradas, incompletas ou ainda inverídicas. Cabe, desta maneira, ao lado humano desfazer tais “mitos”, revisando respostas e sendo o comandante dos processos – incluindo os que envolvam a criação e revisão de códigos de programação. A ausência da chamada inteligência emocional por parte de soluções de IA é outro elemento a ser aqui mencionado.

 

No caso do mundo dos negócios, cabe ao programador analisar e trazer resoluções claras e corretas a cada problema colocado, levando em conta das demandas do usuário final e da empresa, caso a caso. Tais habilidades, ao menos por enquanto, mecanismos de IA não conseguem ter por conta própria. Contudo, o que já se sabe é que o uso do ChatGPT no ambiente dos códigos permite automatizar tarefas de rotina, repetitivas ou de depuração, abrindo espaço para que o profissional se foque na parte estratégica e criativa do sistema que esteja gerenciando ou desenvolvendo.

 

No chamado “codiquês”, ferramentas como o ChatGPT acelera o processo envolvendo expressões regulares em parcelas de códigos que não precisam mais ser digitadas manualmente, linha por linha. Outro aspecto de substancial mudança é o acesso ao um grandioso mundo de informações presentes na web, os quais geram etapas de desenvolvimento de códigos mais rápidas do que as metodologias conhecidas até hoje.

 

Me parece nítido que caminhamos, em um futuro próximo, para códigos de mais qualidade, estes produzidos em menor tempo, com soluções melhores para cada desafio. O impacto em temas mundiais, como o meio-ambiente, a saúde, o mercado de trabalho, a educação ou de segurança serão ainda mais sentidos, tão logo esses sistemas mais robustos e confiáveis ganhem forma e corpo em todo o planeta, graças a melhores processos de entradas de dados que gerem respostas como saídas. 

Neste sentido, o tempo poderá ser um aliado. A cada nova atualização, o ChatGPT e seus rivais ganham modelos linguísticos atualizados e, tão logo aperfeiçoados, gerarão códigos de qualidade ainda maior. E tudo em menor tempo, o que reduzirá ainda mais os custos, com aumento de eficiência, além de respostas rápidas, mais precisas e, quiçá, sagazes, com um olhar mais pragmático digno do mundo artificial.

Apesar do ChatGPT ser considerado um sistema de aprendizagem, nós também temos muito o que aprender com ele.

 

Alessandro Buonopane - CEO Brasil da GFT Technologies



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