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quarta-feira, 31 de maio de 2023

Como a crise no varejo afeta a indústria?

Declaração de falência daqui e recuperação judicial dali, entre tantos outros anúncios vêm liderando a maior parte das notícias nesse início de 2023. O grande choque é que esse cenário vem ocasionando um efeito cascata, principalmente, no setor de varejo – segmento que vinha registrando fortes índices de crescimento. E, tendo em vista a sua participação ativa na economia do país, correspondendo a 27,4% do PIB nacional, cabe a pergunta: como essa crise irá afetar a indústria?

É fato que nos causou certa estranheza vermos grandes monopólios tornarem públicos o seu declínio, uma vez que pareciam estar no seu auge. De acordo com dados da Serasan Experian, só em janeiro de 2023, os pedidos de recuperação judicial registraram um aumento de 37% em comparação ao mesmo período no ano passado, e as declarações de falências também tiveram uma alta de 56%.

Se, por um lado o varejo está passando períodos de instabilidade, a indústria vem desempenhando um crescimento favorável. Em 2022, o setor foi responsável por 23,9% do PIB brasileiro, além de responder por 69,3% das exportações no país, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). E, como resposta a esses resultados, ainda segundo a CNI, o Brasil avançou no ranking de competitividade entre 18 economias.

É importante destacar que os resultados de ambos os setores foram conquistados ainda durante a pandemia. No varejo, diversas empresas registraram um boom de crescimento e desenvolvimento, o que as levou a aumentar o seu nível de produção, tendo em vista a forte adesão ao uso das plataformas digitais, como o e-commerce, que está na lista de preferências dos consumidores até hoje.

Mas, como dissemos: nem tudo são flores. Passada a maré favorável para os negócios, o que estamos presenciando atualmente é a fragilidade gerencial da maior parte das empresas que, diante do momento de maior crescimento, não se atentaram em obter as estruturas necessárias de controle para garantir e desenvolver estratégias pensando no futuro.

Enquanto isso, vimos o setor da indústria no país, que sempre esteve em um cenário de instabilidade e desenvolvimento, alinhar ações que permitissem assegurar sua performance mesmo diante das sucessões de crises desde a pandemia, guerra da Ucrânia e instabilidades econômicas globais. Além disso, os cuidados para conciliar a relação de oferta e demanda diante de incertezas e o novo padrão de comportamento da sociedade, também passou a ser ainda mais efetivo.

Contudo, engana-se que o sucesso de um setor independe do outro, uma vez que ambos são essenciais para garantir o desempenho econômico do país. Deste modo, ao mesmo tempo em que elencamos as principais falhas que levaram à crise do varejo no Brasil – e os pontos que garantem um cenário favorável para a indústria – é fundamental apontar também qual o melhor caminho para se solucionar o desafio e manter a performance ativa de cada um.

A resposta para isso é uma só: a tecnologia. Pode até parecer redundante, mas já está mais do que comprovado que contar com o apoio de recursos tecnológicos por meio de ferramentas de gestão, como um ERP, por exemplo, é o principal método que ajuda a garantir a estabilidade e saúde financeira dos negócios.

Ou seja, as empresas que possuem interiorizado na cultura organizacional esse elemento, minimizam os riscos de ruptura na cadeia produtiva, uma vez que têm acesso a análise preditivas e relatórios consistentes – ajudando no direcionamento da produção sem excesso e nem falta, tornando-as muito mais produtivas e rentáveis.

Neste aspecto, precisamos enfatizar que esse é o elemento-chave que deve ser interiorizado no varejo a fim de se manter ativo no mercado. Afinal, de nada adianta ter resultados elevados, sem que haja a estrutura definida corretamente que traga um direcionamento assertivo acerca dos passos a serem dados em prol do seu crescimento.

E, em se tratando de tecnologia e inovação, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações, consolidando-se como um país que investe nesse aspecto. Deste modo, precisamos estar atentos para que essa crise no varejo não afete também a indústria, uma vez que um setor está intrinsecamente ligado ao outro, impactando diretamente o desempenho econômico do país.

No entanto, não existe fórmula mágica que ajude a garantir o sucesso. Para isso, é fundamental que as empresas brasileiras, varejistas e industriais, busquem o quanto antes interiorizar e aprimorar os seus processos, tendo respaldo do uso de ferramentas que ajudem a adotar melhores práticas gestão. Afinal, antes de pensar em crescer, é preciso sobreviver aos maus tempos.

 

Rogério Capucho - Co- Ceo da SPS Group, uma das maiores parceiras SAP Business One do Brasil.


SPS Group
https://spsconsultoria.com.br/


Público feminino almeja maior qualificação e vê oportunidades em intercâmbio

Segundo a pesquisa Selo Belta 2023, 57% dos intercambistas
 que realizaram a experiência internacional
em 2022 eram do público feminino.
O intercâmbio se torna um caminho para as mulheres conquistarem seu espaço no mercado de trabalho, aborda o presidente da Belta


O mercado de trabalho encontra-se em constante evolução e competitividade, a busca por maior qualificação profissional é uma prioridade cada vez mais relevante para quem quer ter um destaque na carreira. A demanda por qualificação tem se mostrado crescente entre as mulheres, segundo a pesquisa da empresa de tecnologia para recrutamentos InfoJobs, no qual 73,7% das mulheres sentem que precisam ser mais qualificadas do que os homens para ter uma oportunidade de cargo de liderança. 

Nesse contexto, o público feminino avista no intercâmbio uma oportunidade para desenvolvimento pessoal e profissional. Segundo a pesquisa Selo Belta 2023, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), 57% dos intercambistas que realizaram a experiência internacional em 2022 eram do público feminino.  

“Ao optar por estudar e/ou trabalhar em um país no exterior, as intercambistas têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades linguísticas, ampliar seus conhecimentos e adquirir uma perspectiva multicultural enriquecedora. O intercâmbio oferece um ambiente propício para o desenvolvimento de competências como adaptabilidade, flexibilidade e comunicação intercultural, características muito valorizadas pelas empresas, além do aprimoramento de uma segunda ou terceira língua. As mulheres observam nessa experiência uma chance de ampliar seus horizontes, adquirir novas habilidades e se destacar no mercado de trabalho global”, aborda Alexandre Argenta, presidente da Belta.

Como forma de se destacar no mercado de trabalho, as mulheres se esforçam para aprimorar suas habilidades e conhecimentos. Para as que visam realizar a experiências em 2023 ou depois, os programas de ensino superior (cursos profissionalizantes, graduações e pós-graduações) são os mais cotados, com aderência de 33,6% dos estudantes, conforme os dados da pesquisa Selo Belta 2023, ficando atrás apenas dos cursos de idiomas com trabalho, com 29,9%.

O intercâmbio é um caminho para as mulheres conquistarem seu espaço no mercado de trabalho por meio da qualificação, alcançando o sucesso. Pensando nisso, Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio, aborda 5 cuidados que as mulheres precisam ter ao realizar o intercâmbio:


1) Escolha um destino seguro: antes de decidir o país e a cidade para o intercâmbio, é essencial realizar uma pesquisa detalhada sobre a segurança do local. Verifique informações sobre índices de criminalidade, direitos das mulheres e considere as opiniões de outras que já estiveram lá. Opte por destinos reconhecidos por sua segurança e que ofereçam um ambiente acolhedor.


2) Conheça as leis e costumes locais: informe-se sobre as leis, costumes e tradições do país de destino, pois ajudará a evitar situações desconfortáveis ou desrespeitosas. Esteja ciente das normas culturais relacionadas à vestimenta, comportamento em locais públicos e interações sociais, assim será mais fácil se relacionar com os locais.


3) Mantenha contato com os familiares e amigos: mantenha as pessoas mais próximas informadas sobre seus planos e itinerários durante o intercâmbio. Forneça detalhes de contato atualizados e compartilhe informações sobre sua acomodação, escola ou local de trabalho; assim, caso ocorra algum problema, será mais fácil te auxiliar.


4) Confiar nos seus instintos: confie em sua intuição e evite situações que lhe causem desconforto ou insegurança. Se algo não parecer certo, busque ajuda ou afaste-se da situação. É importante ter consciência de seus limites e priorizar sua segurança pessoal.


5) Conectar-se com outros intercambistas e locais de apoio: conectar-se com outras pessoas torna a experiência mais enriquecedora e eles podem te oferecer apoio e orientação durante o intercâmbio. Participe de grupos de estudantes, atividades extracurriculares e eventos sociais para conhecer pessoas e estabelecer novos vínculos.

Argenta finaliza explicando que o mercado de intercâmbio brasileiro está consolidado e que o setor conta com ótimos profissionais certificados Selo Belta para garantir uma experiência única para os estudantes. Contar com o apoio de uma agência de intercâmbio confiável e buscar orientação de profissionais especialistas pode ser o diferencial para distinguir um intercâmbio bom do ruim.

Quer realizar intercâmbio e não sabe qual país escolher? Conheça as agências Selo Belta, aqui!


Belta – Associação Brasileiras de Agências de Intercâmbio
https://www.belta.org.br/

ISO de inovação atende 14 dos 17 ODS's da ONU


Não há como negar os benefícios que a inovação traz para o crescimento e destaque das empresas, principalmente, quando pautada por práticas sustentáveis presentes na Agenda ESG. Entretanto, inovar de forma desordenada e sem medir as consequências das ações adotadas, é um verdadeiro desperdício. Para evitar este problema, a ISO 56.002, de gestão da inovação, vem ganhando cada vez mais destaque no mercado global, como uma metodologia que, além de conduzir as empresas nessa jornada em consonância com práticas ambientais, sociais e de governança, atende 14 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Essa normativa oferece um verdadeiro guia de boas práticas que ajuda as empresas na definição do direcionamento estratégico e acompanhamento contínuo de métricas para transformar ideias em resultados que tragam valor ao negócio. Com uma metodologia flexível e adaptável, foi testada e aprovada por mais de 600 empresas em todo o mundo, de todos os portes e segmentos, auxiliando no desenvolvimento de um modelo de governança inteiramente customizado e voltado à inovação.

A certificação tem sido tão aclamada que a própria ISO, uma organização sem fins lucrativos, sediada em Genebra, na Suíça, apontou que a ISO 56.002 atende a 14 ODSs, sendo eles: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de qualidade; água limpa e saneamento; energia limpa e acessível; trabalho decente e crescimento econômico; inovação infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; ação contra a mudança global do clima; vida na água; vida terrestre; e paz, justiça e instituições eficazes. Ou seja, a inovação é a verdadeira chave para construirmos um mundo mais sustentável.

Tendo em vista que o mercado está cada vez mais consciente sobre a importância das práticas ESG, a incorporação de uma estratégia inovadora sustentável desponta como um grande diferencial para este fim. Afinal, nada melhor do que contar com um modelo internacional, que foi elaborado considerando os mais elevados padrões mundiais de inovação.

O mercado reconhece o esforço. Uma pesquisa feita pela McKinsey mostra que 97% dos consumidores esperam que as marcas auxiliem na resolução dos problemas sociais. Sendo assim, inovar com base nesses pilares se torna o único caminho viável para empresas que desejam prosperar no longo prazo.

Tanto é que, de acordo com um estudo divulgado pela Anbima, o número de fundos de ações que se enquadram nesta temática dentro da governança corporativa aumentou 74% entre 2008 e 2022, o que mostra o entendimento dos investidores sobre como a escolha de ações mais sustentáveis pode contribuir para um maior cuidado com as questões ESG.

Seja por meio de processos, produtos, métodos ou serviços, a ISO de inovação é uma das ações mais eficazes para ajudar as empresas a se destacarem no mercado através de planos pautados no ESG. E, ao contrário do que possa parecer, sua implementação é simples, demandando apenas um bom planejamento e acompanhamento organizado e contínuo para que os objetivos sejam alcançados com êxito. Afinal, a inovação é o principal caminho para um mundo melhor. 



Alexandre Pierro - mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.


ISO de inovação
www.isodeinovacao.com.br


Hepatites são a maior causa de câncer de fígado

 As hepatites B e C são os tipos que, diante de complicações, podem levar ao câncer de fígado

 

Este mês há a campanha Maio Vermelho, de conscientização sobre as hepatites. É fundamental prevenir e cuidar dessas doenças. Até para evitar que se transformem em outras lesões, como cirrose e câncer no fígado.

As hepatites podem ser causadas por 5 tipos de vírus que atacam o fígado: A, B, C, D e E, sendo que os mais frequentes no Brasil são o A, B e o C. Existem vacinas para os tipos A e B e a vacina contra o vírus B funciona também contra o D, que só se desenvolve em quem já teve hepatite B. O tipo D, no Brasil, é mais comum na Região Norte. 

Não há vacina para o tipo C, mas existe cura para esse tipo de hepatite em mais de 95% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os tratamentos com antivirais de ação direta (DAA) em geral duram de 8 a 12 semanas e eliminam a infecção. Não há cura, mas há vacina e tratamento, para o tipo B.

“A infecção crônica por vírus do tipo B ou C é a maior causa de câncer de fígado, não necessariamente passando por uma cirrose antes”, diz a Dra. Bruna Zaidan, diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia. “Por isso, é muito importante prevenir e detectar precocemente estas hepatites para evitar que elas compliquem e venham a causar cirrose ou câncer.”

A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, o esquema completo se dá com aplicação de três doses. 

Outras formas de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde, e que servem também para outros tipos, são: usar camisinha em relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal que possam ter contato com sangue, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, para fazer tatuagem e para colocação de piercings. 

Mas as hepatites são geralmente doenças silenciosas. Por isso, algumas pessoas só percebem o problema quando ela já evoluiu para algo pior. Em caso de suspeita de câncer no fígado, o patologista é o médico que faz a análise de biópsia para o diagnóstico preciso, que é importante para a definição de tratamento, se precisar. 

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)

 

É hora de promover a saúde mental na cibersegurança

Maio é o mês de conscientização sobre saúde mental nos EUA, e podemos aproveitar este momento para instigar a reflexão, já que é algo que afeta pessoas em todas as partes do mundo, durante o ano inteiro.


Maio é o mês de conscientização sobre saúde mental nos EUA, e podemos aproveitar este momento para instigar a reflexão, já que é algo que afeta pessoas em todas as partes do mundo, durante o ano inteiro.

Quase a metade dos CISOs troca de empresa a cada dois anos. Quase 100% dos CISOs relatam estresse no trabalho, com cerca de dois terços dizendo que isso compromete a capacidade de proteger sua empresa e 100% afirmam que precisam de mais recursos para lidar adequadamente com os desafios atuais de TI e de segurança.

Esta é uma receita para o esgotamento: estamos em um campo estressante que muda diariamente, às vezes de hora em hora. Todos nós temos problemas — externamente, por causa das ameaças à segurança de nossas empresas, e internamente, por assumirmos a culpa por um incidente de segurança desafiador. Lutamos por recursos e estamos sendo pressionados a fazer mais com menos e, no meio da proteção de nossas organizações, defendemos como gastamos nosso dinheiro e mostramos mais retorno sobre o investimento (ROI). Para muitos CISOs, essa parece uma situação insustentável.

Não tenho uma solução instantânea para esse dilema - nenhum de nós tem. Mas meus 30 anos de experiência em segurança me ensinaram que é vital priorizar a saúde mental e que não podemos mais ficar calados sobre a constante ameaça de esgotamento que os CISOs e todos os profissionais de segurança enfrentam.

Essa questão precisa ir para além da conversa. Mas muitas vezes é difícil colocar em prática e ir direto ao ponto. Aqui estão alguns conselhos práticos que, por experiência própria, posso dizer que funcionaram para mim e me ajudaram a promover uma saúde mental:

Identificar meu escopo de trabalho e obter apoio das partes interessadas. Como CISOs, temos que gastar nossa energia nas coisas que podemos controlar, e muitos de nós desperdiçamos energia nas coisas que não estão sob nosso controle. Portanto, ao identificar proativamente as coisas que posso controlar e influenciar, também estou reconhecendo as coisas que não posso. Isso me permite mergulhar mais fundo na resolução de problemas pelos quais sou responsável, além de aliviar o estresse e a pressão das coisas que fogem da minha alçada. E isso é muito diferente de dizer algo como “não é minha responsabilidade”. É um reconhecimento intencional das coisas que valem a pena investir tempo.

Converse regularmente com colegas e profissionais do setor. Somos mais fortes quando trabalhamos juntos e quando podemos compartilhar alguns dos problemas que enfrentamos ou vemos, nos sentimos menos sozinhos. Como viemos de origens tão diversas, nossa experiência coletiva pode nos ajudar a resolver esses problemas juntos.

Conecte-se a coisas que promovem positividade. Talvez isso pareça abstrato, mas conforme você se concentra no trabalho diário e nas pressões desse campo, seu escopo pode se limitar a ver o mundo como um lugar ruim. Passar um tempo com amigos, família, na natureza, focado em uma causa maior do que você, ou em um hobby, pode nos lembrar que o bom trabalho que fazemos ajuda a proteger as coisas que valorizamos. E ajuda a nos lembrar que também há muita coisa boa por aí.

Recarregue sua bateria. Permita-se uma parcela de tempo em sua programação mensal para refletir sobre o que está funcionando bem e o que precisa ser ajustado. Este ditado é verdadeiro em muitas áreas da vida: se não estou cuidando de mim, não posso ajudar os outros.

Ao buscar um novo cargo, examine minuciosamente a cultura da empresa. Os quatro pontos acima só são possíveis de aplicar se você tiver uma cultura organizacional      de apoio que não apenas valorize o trabalho que você faz, mas também te valorize como indivíduo. Concentre-se em entrevistar uma empresa questionando sobre o reconhecimento de que o estresse e a saúde mental possuem papel significativo na capacidade de desempenho e na harmonia entre trabalho e vida pessoal.

Enquanto reflito não apenas sobre o Mês de Conscientização sobre Saúde Mental, mas sobre toda uma abordagem para trabalhar na linha de frente de um campo incrivelmente importante e em constante mudança, desafio você a ajudar a quebrar o estigma falando sobre esse importante tópico. Ao nos unirmos como uma comunidade, podemos ajudar uns aos outros e reconhecer que não há problema em pedir ajuda. Ao falarmos sobre isso, estamos abrindo as portas para que surjam outros que também precisam de ajuda e apoio nessa área.

 

Geração Z e o assédio no trabalho


O mercado de trabalho tem sofrido mudanças com a entrada das novas gerações nas empresas e corporações. Os jovens chegam no ambiente trabalho com uma cultura organizacional diferente. Os integrantes da geração Z, considerados nativos digitais, estão assumindo seus cargos com uma clareza do conceito de assédio e das demais condutas nocivas no ambiente de trabalho. O diferencial é que os genZ tem uma tendência a não tolerar comportamentos e cobranças excessivas dos seus superiores e seus pares. Assumem uma posição contrária das pessoas das gerações passadas que naturalizavam as más condutas praticadas no ambiente corporativo.

 

O conflito geracional pode gerar desconforto e problemas nas ambiente organizacional. A diferença de cultura interfere diretamente no fluxo de trabalho. Entretanto, a mudança de pensamento é importante para evolução da empresa, principalmente, em tempo que a sigla ESG tem ganhado cada vez mais visibilidade.  A oxigenação das relações de trabalho e é algo valorizado pelo compliance das organizações. O combate ao assédio e o bem-estar dos colaboradores são preocupações das corporações e os jovens da geração Z, os nascidos entre 1995 e 2010, estão dispostos a mudar o cenário e fortalecer as práticas em ESG. Porém, se deparam com as práticas enraizadas perpetuadas por gerações que legitimavam os comportamentos abusivos como “parte do ambiente corporativo”.

 

Diante deste cenário, gostaria de sugerir uma entrevista com Rafaela Frankenthal, CEO da SafeSpace, para abordar o comportamento das gerações no ambiente de trabalho. A especialista em RH pode aprofundar a discussão sobre as mudanças propostas pelos jovens, o atual cenário, como as novas gerações chegam ao mercado de trabalho e como elas lidam com o assédio e as más condutas. A executiva pode explicar também o conflito geracional que pode ocorrer e as soluções para enfrentá-los no dia a dia da empresa. Outro assunto possível de abordar é a importância de um ambiente seguro e saudável para os colaboradores e importância dos jovens neste processo e na ruptura de antigos padrões.

 

31 de maio: um dia para falar de tabaco

Manifesto da ITGA defende a produção do tabaco em nível mundial e reforça a necessidade de mais transparência e inclusão dos produtores de tabaco em processos decisórios. 

 

31 de maio 2023,Dia Mundial da Compreensão do Cultivo de Tabaco 

 

A Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA, sigla em inglês), lançou recentemente um manifesto em defesa do cultivo do tabaco ao redor do mundo. Segundo a nota da entidade, no dia 31 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoverá o 'Dia Mundial Sem Tabaco' e o setor estará mais uma vez sujeito a reivindicações infundadas e danosas. Para contrapor a data, a ITGA lança o “Dia Mundial da Compreensão do Cultivo de Tabaco”.  

“Os produtores de tabaco exigem proteção de seus governos. A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), da OMS, opera de maneira excludente, na qual os produtores de tabaco não têm voz. Ao ignorar as preocupações legítimas dos produtores, os meios de subsistência de milhões de pessoas são colocados em risco”, segue o informativo da ITGA, dirigido pela espanhola Mercedes Vázquez.  

Segundo o documento da ITGA, o cultivo do tabaco fornece meios de subsistência para milhões de agricultores em todo o mundo, muitas vezes nas regiões menos desenvolvidas. “Acabar com a produção de tabaco no ambiente atual, sem garantir a transição sustentável para outras culturas economicamente viáveis, empobrecerá milhões de agricultores que já operam nos limites regulatórios mais rígidos há muitas décadas”, avalia Vázquez. Ainda segundo a ITGA, projetos de diversificação conduzidos pelo CQCT no Quênia, em uma iniciativa emblemática, cobrem apenas 0,0005% da produção de tabaco, área insuficiente para demonstrar sua viabilidade econômica.   

A entidade também elaborou uma série de mitos e fatos sobre o cultivo do tabaco, abordando questões como trabalho infantil, saúde dos produtores e renda (leia na íntegra). O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, acredita que é preciso abordar essas questões com transparência, para que a sociedade possa entender que, mais do que um produto final, o setor do tabaco gera empregos, renda e qualidade de vida para milhares de pessoas em todo o mundo.  

“Neste momento em que a segurança alimentar está altamente em voga, é preciso lembrar os motivos que fazem o produtor optar pela produção do tabaco. O principal deles: a renda. Na última safra, a receita auferida pelos mais de 128 mil produtores de tabaco no Sul do Brasil ultrapassou R$ 9,5 bilhões”, destaca Schünke, citando dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). 

 O último Censo Agropecuário, realizado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 3,9 milhões de propriedades rurais do Brasil foram caracterizadas como pertencentes à agricultura familiar no período e a produção nesses estabelecimentos gerou receita total de R$ 107 bilhões, uma média de R$ 27,4 mil por propriedade. Para efeitos de comparação, na safra 2016/17, somente com o cultivo do tabaco, o produtor recebeu, em média, R$ 40,5 mil, montante 32% acima da média brasileira. Há de se considerar ainda que, por ser diversificado, o produtor de tabaco aufere outras receitas, mas o tabaco se destaca nos rendimentos da pequena propriedade: apesar de ter ocupado apenas 17% da área da propriedade no período, o tabaco representou, em média, 52% da receita do produtor, segundo a Afubra. 

 

PARA SABER – No Brasil, a agricultura familiar é caracterizada pelo empreendimento familiar rural e deve atender aos seguintes requisitos: ter área de até quatro módulos fiscais (que na Região Sul varia entre 5 a 35 hectares cada módulo, dependendo do município); utilizar, no mínimo, metade da força de trabalho familiar no processo produtivo e de geração de renda; auferir, no mínimo, metade da renda familiar de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; ser a gestão do estabelecimento ou do empreendimento estritamente familiar. No tabaco, de acordo com a Afubra, o tamanho médio das propriedades na safra 2021/22 chega a 12,1 hectares. A entidade aponta ainda que 95,7% dos produtores tem área até 30 hectares.  

  


Três práticas para aproveitar a habilidade dos nativos digitais para engajar os estudantes no aprendizado

Especialista lista sugestões e exemplos do que professores podem adotar para propiciar o aprendizado digital seguro a crianças e adolescentes

As palavras educação e digital podem ter uma série de significados a partir da forma como são combinadas. Por um lado, a digitalização da educação está relacionada com a disponibilidade de ferramentas tecnológicas que levam o processo de aprendizado para o ambiente onde hoje as crianças e os adolescentes se encontram: a tela - seja do computador, do tablet ou do celular.  

No Brasil, a conectividade tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, especialmente entre as crianças e adolescentes. Segundo a pesquisa "TIC Kids Online Brasil 2021", realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em parceria com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), cerca de 93% das crianças e adolescentes brasileiros entre 9 e 17 anos utilizam a internet. Ainda de acordo com o levantamento, 78% desse público têm perfis em redes sociais, revelando um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019, fase pré-pandemia. 

Porém, ao mesmo tempo em que os recursos digitais tendem a motivar, engajar e estimular nativos digitais na trilha de aprendizado, há uma outra combinação de palavras que precisa ser levada em consideração: educação digital. A prática envolve uma série de habilidades e conhecimentos necessários para processar a sociedade atual a partir da sua complexidade sócio emocional e de temas como fake news, cyberbullying e crimes cibernéticos. 

A circulação de notícias falsas, a quantidade de pessoas que se informam somente pelas redes sociais ou aplicativos de mensagem e o potencial de viralização de conteúdos produzidos são elementos que podem alterar e comprometer o exercício da cidadania plena e, por isso, precisam ser discutidos nos espaços escolares. 

A mesma pesquisa citada anteriormente mostra que mais da metade dos jovens entre 9 e 17 anos já se deparou com conteúdos violentos ou pornográficos na internet. Além disso, cerca de 24% dos entrevistados afirmaram ter sofrido algum tipo de violência ou assédio online recente. 

Ou seja, os hábitos de consumo de informação desta geração de estudantes - que passa mais de 3h por dia na Internet (segundo o CGI.br) e que prefere formatos multimídia, com destaque para vídeos curtos (de acordo com o Pew Research Center) - faz com que gestores e docentes precisem se preocupar não apenas em disponibilizar e dominar a tecnologia, mas também de que forma trabalhar o aspecto da cidadania digital a partir de um ambiente seguro.  

Diante deste desafio contemporâneo de atuar em um cenário de fontes e volumes de informações ilimitadas e descentralizadas, convidamos Eny Muniz, Diretora Pedagógica da Britannica Education no Brasil para listar três práticas que os professores podem adotar para lidar com suas turmas. A instituição de mais de 250 anos é referência em curadoria e distribuição de conteúdo seguro para a educação, prática que começou com edição da Enciclopédia Britânica (a mais antiga do mundo em inglês, impressa por 244 anos) e que se estende até os dias atuais por meio das soluções digitais utilizadas por escolas em todo o mundo. Confira abaixo:

 

Proporcione segurança para oferecer autonomia e protagonismo

A geração que se encontra em sala de aula hoje nasceu e cresceu com diferentes recursos presentes em seu cotidiano, como dispositivos móveis, redes sociais, aplicativos, jogos eletrônicos, realidade virtual e mais recentemente, a inteligência artificial. De maneira geral, está acostumada a lidar com um grande volume de informações simultaneamente, é capaz de realizar múltiplas tarefas de forma eficiente, possui profunda afinidade por imagens e jogos e preferência por conteúdos que sejam apresentados de forma multimídia e hipertextual.  

“Além disso, lidar com essa geração tem um desafio adicional, já que esse conjunto de características faz com que ela antecipe a noção de autonomia e, como consequência, busque um papel de protagonista da sua própria vivência, o que inclui o ato de aprender”, detalha Eny. 

A resposta para fazer disso algo positivo está em propiciar um ambiente em que seja seguro buscar informações para compor repertório para as temáticas contemporâneas. Isso significa, de alguma forma, limitar o acesso a fontes especialmente pensadas por educadores e especialistas em educação como maneira de prepará-los para o uso consciente e crítico do ambiente da Internet e suas aplicações no futuro.  

“No passado, esse era o papel da enciclopédia, que a cada volume era atualizado com questões do futuro, como o aquecimento global. Hoje, a distribuição desses conteúdos é digital e em diversos formatos, o que facilita a adoção pelos estudantes dentro e fora da sala de aula com o potencial de se tornar seu principal buscador de referência”, completa a especialista.

 

Ofereça a profundidade adequada para cada faixa etária

Segundo um estudo realizado pelo Pew Research Center em 2020, os nativos digitais têm uma preferência por métodos de aprendizagem mais dinâmicos, interativos e colaborativos como jogos e simulações, que os ajudam a manter o interesse e a concentração nas atividades educacionais.  

Na atualidade, essas aplicações são consideradas mais eficazes para a retenção e aplicação do conhecimento pois aproximam os estudantes do conteúdo de forma divertida, lúdica e estimulante. E o processo como um todo ainda incentiva a criatividade, a proatividade e o senso crítico dos estudantes. 

Mas, de acordo com Eny, da Britannica Education, para que se tire o melhor proveito da prática é preciso ter o cuidado de oferecer níveis diferentes de profundidade em relação à temática que se alia a gamificação para o aprendizado. 

“A noção de cidadania no século XXI vai além das pautas clássicas de garantias e oportunidades, como acesso à educação, saúde e cultura, e inclui temas relacionados à tecnologia digital, igualdade de gênero, raça, orientação sexual, inclusão de pessoas com deficiência e questões ambientais e de sustentabilidade”, enfatiza ela. “Tudo isso deve permear o ciclo escolar completo das crianças e dos adolescentes para que eles formem uma bagagem que será utilizada para decodificar situações e agir na sociedade. E, nesse sentido, os jogos e simulações são muito válidos para trabalhar a vivência e promover um aprendizado contínuo, desde que a profundidade aplicada seja condizente e alinhada com cada faixa etária.”

 

Aplique metodologias ativas de ensino

Os modelos clássicos de aula já não são suficientes para os nativos digitais, eles precisam de novos estímulos e novas formas de contato com o conhecimento. Por isso, as metodologias ativas são fundamentais para o aprendizado atual. 

O objetivo dessas práticas é incentivar que o estudante aprenda de modo autônomo e participativo. Ele precisa estar no centro do aprendizado e pode utilizar suas habilidades tecnológicas e de interatividade para adquirir conhecimento.  

“Portanto, a partir da segurança adicionada às fontes de informação e da correta segmentação de profundidade por faixa etária, é possível trabalhar com formatos de rotina diferentes. Um exemplo é a sala de aula invertida, em que os docentes orientam os estudantes a mergulhar em determinado conteúdo em casa, e, posteriormente, aproveita o ambiente escolar para promover discussões e debates em conjunto. Dessa forma, trabalha-se muito mais as habilidades críticas e sócio emocionais do que o ´decorar´ do passado”, completa Eny.



terça-feira, 30 de maio de 2023

Termina amanhã: prazo para Declaração Anual do MEI vai até esta quarta-feira (31)

Microempreendedor individual deve ficar atento se também precisa fazer a Declaração do Imposto de Renda (IRPF) 2023 como pessoa física, com regras comuns a todos os contribuintes

O que você precisa saber:

  • Os Microempreendedores Individuais (MEI) têm até o dia 31 de maio, quarta-feira, para enviar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).
  • A declaração é obrigatória, mesmo que o MEI não tenha contabilizado faturamento no ano anterior.
  • O contribuinte que enviar a DASN fora do prazo estará sujeito à multa de atraso de 2% ao mês, limitada a 20% sobre o valor total dos tributos declarados, ou mínimo de R$ 50.

 

O prazo para enviar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) termina nesta quarta-feira (31). A declaração é obrigatória e deve ser enviada todo ano à Receita Federal, mesmo que o Microempreendedor Individual (MEI) não tenha registrado faturamento durante o calendário de 2022. Todo o processo é feito de forma on-line pelo Portal do Simples. Clique aqui para acessar. 

O limite de faturamento anual do MEI é até R$ 81 mil. Caso ultrapasse esse valor, o empreendedor deverá pagar tributos sobre o valor excedente. É necessário preencher o valor total da Receita Bruta obtida no ano anterior com a venda de mercadorias ou prestação de serviços e indicar se houve ou não o registro de empregado. 

Nos casos de não movimentação ou faturamento, os campos de Receitas Brutas, Vendas e/ou Serviços devem ser preenchidos com o valor de R$ 0,00 – indicando que, de fato, não houve rendimentos. 

De acordo com a Receita Federal, o contribuinte que enviar a DASN fora do prazo estará sujeito à multa de atraso de 2% ao mês, limitada a 20% sobre o valor total dos tributos declarados, ou mínimo de R$ 50. A multa é emitida automaticamente após a transmissão da declaração. 

O editor de vídeo Diego Galleote, de 41 anos, atua na área como MEI desde 2020. Ele presta serviços para diversos tipos de clientes. Apesar de não ter feito ainda a Declaração Anual do MEI, ele destaca que o processo é bem simples. “Eu faço tudo sozinho e o procedimento é muito intuitivo. Não fiz ainda por falta de tempo e justamente porque é muito fácil, acabei deixando para a última hora”, explicou. 


MEI também tem que declarar Imposto de Renda (IRPF)? 

O gerente adjunto de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Elias Filho, destaca que, dependendo dos rendimentos que o MEI contabilizou em 2022, será necessário fazer a declaração como pessoa física. O prazo para o envio dessa declaração também termina amanhã (31). 

“O MEI deve calcular, a partir do seu faturamento, se os lucros obtidos na atividade empresarial, que são geralmente transferidos para os seus gastos pessoais e viram uma fonte de renda para ele, foram acima do limite estabelecido pela Receita Federal, que está atualmente em R$ 28.559,70 por ano, algo em torno de R$ 2.380 mensais. Como qualquer contribuinte, se essa renda foi acima do limite de isenção, ele deverá fazer a declaração do IRPF.

Para chegar a esse valor do lucro, o MEI deve considerar todo o dinheiro que faturou em 2022 e descontar todas as despesas que teve com a atividade da sua micro empresa individual", esclarece o gerente-adjunto.

Além disso, o cálculo do IRPF deve considerar as seguintes isenções da Receita Bruta anual estabelecidas pela Receita Federal: 

  • 32% – para prestadores de serviço; 
  • 16% – para empresas de transporte de passageiros; 
  • 8% – para comércio, indústria e transporte de carga. 

Veja a seguir dois exemplos:


Exemplo 1 

Se o MEI é um prestador de serviços e faturou R$ 60 mil por ano, 32% desse valor é isento, ou seja, R$ 19,2 mil. Além disso, o MEI precisa considerar também as despesas que teve ao longo do ano, a partir da seguinte fórmula: 

Renda do MEI = Receita bruta – Parcela isenta do Imposto de Renda – Despesas 


Exemplo 2

Considere que o MEI contabilizou R$ 20 mil de despesas anuais como prestador de serviços.  Aplicando a fórmula, este é o resultado: 

Renda do MEI = R$ 60.000 – R$ 19.200 – R$ 20.000 

Renda do MEI = R$ 20.800 

Nesse caso, não é necessário declarar Imposto de Renda pois  o valor está dentro da faixa de isenção. Abaixo do limite de R$ 28.559,70.


Confira abaixo quando o MEI deve declarar Imposto de Renda como pessoa física:

- se obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 ou receita bruta na atividade rural em valor acima de R$ 142.798,50;  

- se teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro do ano-calendário, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil; 

- se obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos ao imposto;

- se realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, acima de R$ 40 mil ou com ganhos líquidos sujeitos ao imposto (limite a partir de 2023. Para anos anteriores, não há limite). 

 

Mulheres com endometriose têm maior risco durante o parto?

SBE alerta para a importância do pré-natal de gestantes que tenham endometriose para reduzir riscos de cesarianas, eclâmpsia e outras complicações para mãe


Este domingo, 28 de maio, será o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A data relembra o fato de que a mortalidade materna é influenciada por fatores modificáveis, como as condições socioeconômicas da população e o acesso a serviços de saúde para detectar antecipadamente doenças ou condições que tenham o potencial de trazer complicações.

A SBE – Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva –, aproveita a data para alertar que a endometriose, doença que atinge 10% da população feminina, é uma das condições que merecem cuidado  no trabalho de atenção à saúde materna. 

Há estudos que sugerem que a endometriose esteja relacionada a uma maior chance de parto prematuro, pré-eclâmpsia, hemorragia anterior ao parto e necessidade de opção pela cesariana. Todos esses são fatores que podem trazer risco para a saúde e a vida da gestante e do bebê.

A médica ginecologista e presidente da SBE, Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro, explica que ainda não é conclusiva a correlação entre a doença e os riscos para a gestante, mas ela pode estar associada à inflamação que a endometriose provoca no organismo. “Saber que existe uma hipótese de aumento do risco de complicações reforça a recomendação para as gestantes tenham acesso a um pré-natal completo e estejam especialmente atentas à saúde durante a gravidez”, afirma. 

Desde o início da gestação, a paciente com endometriose deve informar sobre a condição para o médico que a acompanha. Além disso, a recomendação é comparecer a todas as consultas e exames do pré-natal, se alimentar de forma saudável, fazer atividades físicas e procurar ajuda médica em caso de qualquer suspeita de que algo não vai bem. 

 



Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva - SBE


Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro - Médica ginecologista com 30 anos de experiência em Ginecologia, Dra. Helizabet assumiu a presidência da SBE para a gestão que vai de 2023 até 2025. Possui mestrado e doutorado pela Santa Casa de São Paulo, é professora, membro da comissão científica e médica atuante na Santa Casa de São Paulo. Também coordena projetos direcionados para o diagnóstico e o tratamento da endometriose, além do ensino sobre a doença para profissionais de saúde.


Leucoplasia, Edema de Reinke e Câncer de Laringe: três doenças que os fumantes devem ter atenção

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco (31/5), otorrino do Hospital Paulista alerta sobre os principais sintomas que esse público deve se atentar e a importância do exame de laringoscopia para o diagnóstico dessas enfermidades


O Dia Mundial Sem Tabaco (31/5) é uma data de especial relevância para os otorrinolaringologistas, tendo em vista a grande quantidade de doenças relacionadas ao hábito de fumar que afetam estruturas da boca, garganta e nariz. 

Muitas delas, é sabido, podem ser identificadas com rapidez e tratadas com maior efetividade, se estivermos a par dos principais sintomas e, sobretudo, conscientes quanto a necessidade de investigar suas causas. 

Nesse contexto, o otorrinolaringologista Dr. Rui Imamura, do Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz do Hospital Paulista, elege três doenças que os fumantes devem ter atenção especial no que se refere à prevenção: Leucoplasia, Edema de Reinke e, principalmente, o Câncer de Laringe.

 "São três doenças intimamente associadas ao tabagismo. E que a redução desse hábito tem grande impacto na redução da incidência das mesmas", resume ele, ao destacar que a melhor forma de evitá-las é justamente parando de fumar. 

Mas, a quem insiste, ele recomenda atenção redobrada com a voz, sobretudo. Alterações podem servir de alerta. 

"A rouquidão é o sintoma mais clássico. Em pacientes que fumam, quando o problema persiste por mais de duas semanas, é importante investigar", observa o médico, lembrando que a principal preocupação sempre é com o câncer de laringe - a mais grave das anomalias entre as destacadas aqui. 

"Nesse caso, a rouquidão é um sintoma inicial, que geralmente vem acompanhado de tosse persistente, dor durante a deglutição e fala, dificuldade para engolir, entre outros. É sem dúvida a enfermidade mais grave relacionada ao tabagismo, tratada pela Otorrinolaringologia". 

Ele destaca que o Brasil é um dos principais países em casos de câncer de laringe. Em média, cerca de 7 mil pacientes são diagnosticados com a doença a cada ano. 

Ainda assim, a Leucoplasia e o Edema de Reinke não deixam de ser uma preocupação menor. A Leucoplasia, aliás, pode evoluir para um quadro de câncer de laringe, caso não tratada. Ela se notabiliza principalmente por lesões na laringe, além de rouquidão ou alterações na voz. 

"É uma lesão que se assemelha a uma mancha branca, que pode ser pré-maligna ou já ter células cancerígenas em sua base, e surge nas diversas mucosas da via aérea e, também, na corda vocal e laringe. Para uma célula se tornar cancerígena ela vai sofrendo algumas transformações e uma dessas manifestações é a superfície branca detectada pela laringoscopia”, explica o Dr. Imamura. 

O Edema de Reinke, por sua vez, se manifesta por rouquidão com agravamento do tom vocal. Quando ocorre em mulheres, é frequente a queixa de masculinização da voz. Ocorre em pacientes que fazem uso intensivo da voz e, principalmente, tabagismo por muitos anos. O tratamento pode ser clínico nos casos de inchaço leve, afastando os fatores irritativos, principalmente o tabagismo; e cirúrgico nos casos moderados e graves. 

Em todos esses casos, o Dr. Imamura destaca o exame de videolaringoscopia é o mais recomendável para identificação precoce da causa dos sintomas e favorece muito a chance de tratamento eficaz e cura, mesmo nos casos de câncer. 

"A videolaringoscopia permite a identificação de alterações presentes na cavidade oral, orofaringe e laringe por meio de um endoscópio, acoplado a um sistema de vídeo. Este instrumento capta, amplifica e registra as imagens. O som da voz e a imagem são gravados e servem para diagnosticar as eventuais anomalias presentes", esclarece o especialista, acrescentando que o procedimento é rápido (demora em torno de 2 a 4 minutos), não requer jejum, além de ser de baixo custo. 

“Nos casos de leucoplasia, câncer e mesmo de papiloma, os vasos associados à lesão também se modificam, o que pode ser melhor visto quando a laringoscopia é feita com equipamento especial (cromoscopia ou narrow band imaging – NBI). Este equipamento, disponível no Voice Center do Hospital Paulista, permite aumentar a acurácia diagnóstica destas lesões”, enfatiza o médico. Mais informações no link.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Mulheres representam 66% dos fumantes em programa do HSP

Segundo números do PrevFumo, 65% dos pacientes têm sinais de ansiedade e 51% de depressão. Programa atende pessoas gratuitamente desde 1988



No Dia Mundial sem Tabaco, o Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), da Escola Paulista de Medicina (EPM) e Hospital São Paulo (HSP/Unifesp), traçou um perfil de seus pacientes e chama atenção para doenças causadas pelo cigarro.


Segundo os resultados, os pacientes do PrevFumo são em sua maioria formado por mulheres por volta dos 50 anos (66%). Boa parte deles têm alta dependência química à nicotina (74%), fazem uso de outras drogas, principalmente bebidas alcoólicas (57%) e são das classes C e B (88%).


Os números também mostram que 65% apresentam sinais de ansiedade e 51% sinais de depressão. Outros índices relevantes no perfil são que 40% dos pacientes são casados ou têm união estável e 20% das pessoas são analfabetas ou têm o ensino fundamental incompleto.


Para a pneumologista do HSP e coordenadora do PrevFumo, Lygia Sampaio, não existem níveis seguros para consumo de qualquer fumígeno, incluindo os cigarros eletrônicos.


“Tabagismo é uma doença que gera outras doenças como câncer de pulmão e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), além de aumentar os riscos cardiovasculares para infarto e AVC. Na pandemia, por exemplo, identificamos que pacientes que atuaram em home office recaíram e tiveram que recomeçar o tratamento”, explica.


 Segundo a psicóloga, Rosangela Vicente, o tabagismo requer acompanhamento multidisciplinar e mudanças nos hábitos e comportamentos. “A maior dificuldade do paciente é como levar a vida e lidar com fatores estressantes que vão desde o luto, perda de emprego e discussões do dia a dia, sem o cigarro”, conclui.

 

PrevFumo - O Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), criado em 1988 pela EPM e HSP/Unifesp, auxilia fumantes a deixarem o cigarro.

A equipe do PrevFumo é formada por médicos pneumologistas, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. A cada dois meses há disponibilidade de horário para cinco novos grupos.

O tratamento não farmacológico inclui técnicas cognitivo-comportamentais abordadas em reuniões de grupo. Ao todo, são oito sessões semanais de 90 minutos cada uma. Já a terapia farmacológica, fornecida pelo SUS, disponibiliza adesivos de nicotina e bupropiona, medicamento via oral para diminuir a vontade de fumar.

Para participar do programa, os interessados devem agendar horário para avaliação individual pelo telefone (11) 5572-4301.


A verdadeira causa da sensibilidade dentária: o que você precisa saber

A sensibilidade dentária é um problema comum que afeta muitas pessoas. Muitos acreditam que a sensibilidade é causada por alimentos gelados ou quentes, mas isso não é totalmente verdade. Na verdade, a sensibilidade é um sintoma de um problema subjacente que já está presente nos dentes. Tem muitas causas, uma das principais é a retração gengival.

A cirurgiã-dentista, especialista em periodontia e saúde bucal, Dra. Bruna Conde, explica que a retração gengival ocorre quando a gengiva recua, expondo a raiz do dente. Isso pode ser causado por uma escovação muito agressiva, uso de escovas de dentes duras ou movimentos de escovação inadequados. A exposição da raiz do dente deixa os dentes mais sensíveis a mudanças de temperatura e pode causar dor ou desconforto ao comer ou beber alimentos quentes ou frios.

Para prevenir a sensibilidade dentária, é importante escovar os dentes com uma escova macia e realizar movimentos suaves e circulares. Além disso, é recomendável usar um creme dental específico para dentes sensíveis, que ajuda a bloquear os tubos dentinários expostos e reduzir a dor.

Além da escovação inadequada, a retração gengival pode ser causada por uma série de fatores, como:

1. Periodontite: “A doença periodontal afeta as gengivas e os ossos que suportam os dentes. A inflamação da gengiva pode levar à retração gengival e, em casos mais graves, à perda de dentes.” destaca Bruna Conde.


2. Bruxismo: O hábito de apertar ou/e ranger os dentes pode levar à retração gengival devido à pressão excessiva exercida sobre os dentes e gengivas.


3. Trauma: Traumas na boca, como quedas ou impactos, podem causar retração gengival.


4. Genética: Alguns indivíduos podem ter maior predisposição genética à retração gengival.


5. Envelhecimento: Com o passar do tempo e mal hábitos, a gengiva pode naturalmente se retrair, expondo a raiz do dente.


6. Má oclusão: Problemas de mordida ou posição dos dentes podem levar à retração gengival.


7. Uso de tabaco: O tabagismo pode causar uma série de problemas de saúde bucal, incluindo a retração gengival.

Entretanto, é importante visitar regularmente o dentista para verificar a saúde dos dentes e da gengiva. O dentista pode realizar uma limpeza profunda e aplicar flúor para fortalecer os dentes e prevenir a sensibilidade. Em casos mais graves de retração gengival, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico para cobrir a raiz do dente exposta e protegê-la da sensibilidade. Porém a causa da retração deve ser resolvida, se não a retração pode voltar a ocorrer.

É importante lembrar que a sensibilidade dentária não é uma condição que deve ser ignorada. Se você sentir dor ao mastigar, abrir a boca, escovar os dentes ou ingerir alimentos quentes ou frios, é importante procurar o dentista para avaliar a causa da sensibilidade e encontrar a melhor solução para o seu caso.

É importante identificar a causa subjacente da retração gengival para prevenir e tratar o problema adequadamente. O dentista pode realizar uma avaliação cuidadosa da saúde bucal e identificar a causa da retração gengival. “Dependendo da causa, o tratamento pode envolver desde uma mudança nos hábitos de higiene bucal e no estilo de vida, até procedimentos cirúrgicos para cobrir a raiz do dente exposta e protegê-la da sensibilidade. É fundamental lembrar que a retração gengival não deve ser ignorada, pois pode levar a problemas mais graves, incluindo a perda de dentes. Manter uma boa higiene bucal e visitar regularmente o dentista são as melhores maneiras de prevenir e tratar a retração gengival e garantir a saúde bucal e o bem-estar geral.” finaliza a Dra. Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista
CRO SP 102038


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