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terça-feira, 30 de maio de 2023

A arte de persuadir: Como influenciar pessoas no mundo corporativo e fazer negócios

No mundo corporativo, as habilidades de persuasão são altamente valorizadas. A capacidade de influenciar e persuadir outras pessoas é fundamental para fazer negócios, conquistar clientes, conquistar vantagens e até mesmo para se destacar em entrevistas de emprego. No entanto, persuadir não se trata apenas de usar palavras bonitas e convincentes. É preciso saber lidar com o outro de forma eficaz, utilizando técnicas específicas que envolvem tanto a linguagem verbal quanto a não verbal. 

A seguir, a gestora de carreira, especialista em desenvolver líderes e CEO Madalena Feliciano apresenta algumas técnicas de persuasão que são muito úteis no mundo corporativo:

 

1. Modelagem corporal

A modelagem corporal é uma técnica que consiste em seguir levemente a linguagem corporal do interlocutor. Estudos indicam que, durante uma conversa, temos a tendência de agir de forma semelhante ao locutor, como se estivéssemos refletindo seus movimentos. Quando essa técnica é utilizada de forma sutil, ela pode estimular a concordância do interlocutor. Porém, é importante tomar cuidado para não parecer que está imitando a pessoa e gerar o efeito contrário.

 

2. Faça elogios

Elogiar é uma técnica poderosa de persuasão. Todos gostam de receber elogios, mas é preciso tomar cuidado para que eles não pareçam forçados. O ideal é que você já tenha uma bagagem sobre a pessoa ou a empresa na qual ela trabalha, para que os elogios não soem falsos.

 

3. Use o nome da pessoa

“Chamar as pessoas pelo nome é uma maneira de trazê-las para perto. Quando você se esquece do nome do interlocutor, pode parecer desrespeitoso e afastá-lo de seu objetivo. Ao chamar uma pessoa pela maneira que ela prefere, você está reforçando sua identidade.

Assim, tome todo o cuidado para se referir ao interlocutor da maneira que ele se sente à vontade.” Destaca Madalena Feliciano.

 

4. Demonstre interesse

Ser um bom ouvinte é essencial para influenciar pessoas. Mas não é só isso. As pessoas gostam quando você demonstra interesse no que elas têm a dizer. Estimule o interlocutor a falar e mostre que você se importa com suas ideias e opiniões.

 

5. O rapport é muito importante

Madalena Feliciano explica que o rapport é uma técnica de criar empatia com outra pessoa para alcançar uma comunicação mais assertiva. Seu principal objetivo é trazer mais confiança para o processo de comunicação. É importante treinar para não correr o risco de não saber lidar com determinada situação. A técnica é muito usada por profissionais de vendas, tanto para abrir portas para uma negociação quanto para negociar efetivamente.

 

6. Amigos e autoridades

Citar outras pessoas ou autoridades no assunto é um ótimo meio para convencer o interlocutor de que uma ideia funciona. Esse recurso é também chamado de prova social. Basicamente, invoca-se um terceiro, trazendo a comprovação do que está sendo dito.

 

“A persuasão é uma habilidade essencial no mundo corporativo. Saber lidar com o outro de forma eficaz é fundamental para fazer negócios, conquistar clientes, conquistar vantagens e até mesmo para se destacar em entrevistas de emprego. As técnicas apresentadas são apenas algumas das muitas que podem ser utilizadas para influenciar outras pessoas. O importante é praticá-las com cuidado e de forma ética, sempre pensando no benefício mútuo das partes envolvidas.” Finaliza Madalena Feliciano.


 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.

 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

29 de maio: Dia visa conscientizar os cuidados relacionados à prevenção e diagnóstico precoce das doenças envolvendo o sistema digestivo

Uma dieta adequada e a adoção de hábitos saudáveis são os principais meios para evitar transtornos

 

O dia 29 de maio é o Dia Mundial da Saúde Digestiva, data criada pela Organização Mundial de Gastroenterologia que visa promover orientações e conscientizações sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças que afetam o sistema digestivo. 

Esse sistema, um dos maiores do corpo humano, é composto por um longo tubo que vai da boca ao ânus, passando pela faringe, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo e cólons, incluindo o reto, além de incluir glândulas acessórias, como as salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. “Todos esses elementos precisam trabalhar em absoluta harmonia, já que suas funções são interdependentes, e distúrbios no funcionamento de um ou mais deles acarretam incômodos na digestão. Há também a possibilidade de um deles apresentar uma lesão orgânica, ainda que isso não represente a maioria dos casos. É possível dizer que praticamente todas as pessoas já tiveram, têm ou terão algum problema com a digestão. Mas é claro que isso pode acontecer em níveis e de formas muito diversas”, explica o gastroenterologista Eduardo Berger, do Hospital Edmundo Vasconcelos, ressaltando que estão entre as enfermidades mais comuns a gastrite, a apendicite e o refluxo gastroesofágico. 

O médico explica que entre os principais fatores de risco está a hereditariedade, especialmente quando se trata de tumores dos cólons, doenças relacionadas ao ácido gástrico e cálculos da vesícula biliar. Porém, os riscos aumentam significativamente por conta de outros fatores como o estresse, longos períodos de jejum e a ingestão de substâncias irritantes à mucosa do estômago, como os alimentos presentes em maus hábitos alimentares, além da própria obesidade. “O consumo de alimentos industrializados, gordurosos, muito doces, bebidas alcoólicas e café em excesso e a baixa ingestão de frutas e verduras são elementos muito prejudiciais”, detalha. Segundo ele, também é importante manter o hábito de ir ao banheiro para realizar todas as necessidades diariamente e em horários determinados. 

O gastroenterologista ressalta que, por conta das más condições de atendimento na saúde pública de nosso país, muitas pessoas vêm-se obrigadas à automedicação. Entre os mais comuns e perigosos estão está o uso de laxativos e/ou purgativos quando ocorre diarreia, o que pode acabar agravando os problemas. “É possível entender a utilização de medicações sintomáticas, de uso eventual, como alívio dos sintomas, mas nunca deve haver a automedicação para tratamento visando a cura. Também é muito importante a dose utilizada (especialmente no caso de laxantes), já que ela deve apenas provocar uma evacuação normal e nunca diarreias. Toda medicação de uso contínuo e toda orientação relacionada a doses corretas deve ser feita por um médico”, destaca ele.

 


Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


Protocolo de Diabetes Tipo 1 será debatido na Câmara Municipal de Foz de Iguaçu no dia 6 de junho

  

-Instituto dos Diabéticos de Foz do Iguaçu - Instituto ADIFI e a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade estão em parceria para a discussão-

 

Dados do último Atlas da Federação Internacional do Diabetes, o Brasil têm 16 milhões de pessoas com a condição e cerca de 50% de pessoas, entre 20 e 79 anos, que não sabem que têm o diagnóstico da condição*.

Um estudo não muito recente, mas que na prática os dados não fogem muito da realidade brasileira é: Prevalência e Correlações do Controle Glicêmico Inadequado: resultados de uma pesquisa nacional em 6.671 adultos com diabetes no Brasil. Os dados mostram que o controle glicêmico inadequado foi de uma média de 76%, sendo que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e 73% em indivíduos com diabetes tipo 2.

A junção do diagnóstico precoce e a falta de adesão ao tratamento traz um resultado alarmante. Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada entre janeiro e setembro do ano retrasado, foram realizadas 12.639 cirurgias para amputações de membros inferiores, sendo uma média de 46 por dia, decorrentes do diabetes.

Pensando nesta situação, O Instituto ADIFI e a Coalizão Vozes do Advocacy solicitaram uma audiência pública na Câmara Municipal de Foz de Iguaçu, no próximo dia 6, às 19h, para discutir melhorias no Protocolo de Atendimento de pessoas com diabetes tipo 1 no município, que inclui a inserção do sistema de monitorização contínua de glicose.

 

Evidências de ensaios clínicos e de estudos de vida real demonstram que a utilização do sensor resultou em redução importante de hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) no nível 1, quando está abaixo de 70 mg/dl, e especialmente com relação à hipoglicemia nível 2, quando a glicemia chega abaixo de 54 mg/dl em pessoas com diabetes tipo 1***.

O uso do sensor também resultou em redução de 56,2% na ocorrência de internação por cetoacidose, complicação do diabetes que deixa o sangue ácido e pode levar à morte ****. Outro benefício acompanhado em estudo foi a redução de hospitalizações por complicações agudas do diabetes em 49% em pessoas com diabetes tipo 1. *****

 

A audiência pública ocorrerá presencialmente no Plenário da Câmara Municipal de Foz de Iguaçu, no dia 6 de junho, às 19h. O evento terá a participação da presidente do Instituto ADIFI, Terezinha Z. M. Pinezi; da coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, Vanessa Pirolo; do médico endocrinologista pediatra Ismael Horst Junior, do vereador Cabo Cassol. Foi convidada a Secretária de Saúde de Foz de Iguaçu, Rose Meri da Rosa .

O endereço da Câmara é: Travessa Oscar Muxfeld 81,Centro, Foz de Iguaçu - PR.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 21 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 

 

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf

*** Bolinder J, Antuna R, Geelhoed-Duijvestijn P, Kröger J, Weitgasser R. Novel glucose-sensing technology and hypoglycaemia in type 1 diabetes: a multicentre, non-masked, randomised controlled trial. Lancet. 2016;388(10057):2254–63.

**** ROUSSEL R, GUERCI B, VICAUT E, DEPOUVOURVILLE G, DETOURNAY B, EMERY C, et al. 68-OR: Dramatic Drop in Ketoacidosis Rate after FreeStyle Libre System Initiation in Type 1 and Type 2 Diabetes in France, Especially in People with Low Self-Monitoring of Blood Glucose (SMBG): A Nationwide Study. Diabetes. 2020
Jun;69(Supplement 1):68-OR.

***** Roussel R, Riveline J-P, Vicaut E, de Pouvourville G, Detournay B, Emery C, et al. Important Drop in Rate of Acute
Diabetes Complications in People With Type 1 or Type 2 Diabetes After Initiation of Flash Glucose Monitoring in
France: The RELIEF Study. Diabetes Care [Internet]. 2021 Jun 1;44(6):1368–76. Available from:
https://diabetesjournals.org/care/article/44/6/1368/138708/Important-Drop-in-Rate-of-Acute-Diabetes

 

 

Parar de fumar exige determinação e apoio médico

Esta é a mensagem do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial sem Tabaco


Não há um remédio para acabar com o tabagismo, hábito que expõe os fumantes a 7 mil componentes químicos, causando cerca de 50 doenças diferentes e matando 8 milhões de pessoas por ano. Portanto, os trabalhadores da construção civil e seus familiares que quiserem parar de fumar devem ter determinação e terão do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) apoio ambulatorial médico e psiquiátrico.

Esta é a mensagem da dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio). Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o tabagismo é a causa evitável de morte mais prevalente no mundo, vitimando um em cada dez adultos.

Ao fumar um único cigarro, a pessoa inala mais de milhares de substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína e outras 43 cancerígenas, como arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo e resíduos de agrotóxicos. “Além disso, a temperatura da fumaça é outro elemento muito nocivo à saúde, inflamando os tecidos de toda a área das vias respiratórias”, comenta a dra. Marice.

A médica alerta que são igualmente prejudiciais o cigarro eletrônico, proibido no Brasil, e o narguilé, pois além da nicotina, contêm outras substâncias cujos efeitos ainda são desconhecidos.


Tomada de consciência

“Parar de fumar exige que a pessoa esteja determinada. Recaídas acontecem, geralmente relacionadas a vínculos comportamentais, como estar em uma balada ou beber com amigos. Nesses momentos, a pessoa deve tentar se conter e refletir sobre os prejuízos do tabagismo que podem ser fatais para sua saúde. E se não conseguir, ela sempre pode tentar novamente”.

Além do Seconci-SP, os trabalhadores da construção civil e seus familiares podem buscar tratamento em centros de apoio da rede pública de saúde, que fornecem adesivos para a redução gradual da dependência de nicotina e, se necessário, medicamentos para a ansiedade.

“Geralmente o tabagismo começa na adolescência, fase que gera angústia e conflitos nos jovens, e também por influência dos grupos de amigos. Neste período, os pais devem conversar com os filhos, falar dos malefícios físicos e psíquicos da droga, como dependência e risco de uso abusivo. E devem procurar identificar, junto com os filhos, as causas psicológicas e sociais que podem levá-los ao tabagismo, buscando aliviá-las”.

Conheça oito benefícios de se abandonar o consumo de tabaco:

• Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

• Após três horas, não há mais nicotina circulando no sangue.

• Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.

• De 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.

• Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta a comida com mais precisão.

• Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação sanguínea melhora.

• Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

• Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.


Impacto ambiental

Estudos da OMS mostram que o tabagismo também destrói o meio ambiente. Anualmente, 600 milhões de árvores são cortadas para produzir cigarros, 84 milhões de gás carbônico são liberados elevando a temperatura global, e 22 bilhões de litros de água são usados para produzir cigarros.

Além de gás carbônico, a fumaça do tabaco também contém metano e óxidos nitrosos, aumentando a poluição atmosférica.

As guimbas ou bitucas de cigarros estão entre os resíduos mais descartados em todo o mundo e contêm substâncias perigosas como arsênio, chumbo, nicotina e formaldeído. O filtro dos cigarros não é biodegradável.

A cada ano, cerca de 3,5 milhões de hectares de terra são utilizados para cultivar tabaco, em especial nos países em desenvolvimento, o que contribui para desmatamento, perda de biodiversidade, erosão e degradação do solo, poluição das águas e aumento das emissões de dióxido de carbono.

O cultivo do produto geralmente envolve o uso expressivo de substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, fertilizantes e reguladores de crescimento. Eles podem escoar e contaminar o solo e as fontes de água, além de causarem danos à saúde dos plantadores de fumo.

Durante o processo de produção, são geradas toneladas de lixo, tanto sólido quanto resíduos químicos (contendo substâncias como a amônia e tolueno).  A fabricação e o consumo de cigarros envolvem também o uso de papéis e plástico. Há ainda todo o material utilizado na confecção do produto, além do uso adicional de fósforos e isqueiros para acender os cigarros, charutos e cachimbos.

 

SUS oferece grupo de apoio ao tabagismo para fumantes e ex-fumantes

UBSs de São Paulo disponibilizam apoio especializado para vencer o vício em cigarro


O tabagismo é uma doença crônica resultante da dependência à nicotina, uma substância presente em diversos produtos que possuem tabaco em sua composição. O uso contínuo tem um impacto negativo na saúde e pode acarretar em uma série de problemas e doenças tanto para o usuário quanto para as pessoas que fazem parte do seu convívio social.

Estima-se que o tabaco seja responsável, anualmente, por mais de 8 milhões de mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não só isso, o hábito também é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Embora as pessoas saibam de todos os malefícios do uso da substância, abandonar o vício do cigarro e de produtos à base de tabaco é uma tarefa extremamente desafiadora, o que torna o processo de parar de fumar ainda mais complexo.

Pensando nisso, a UBS Jardim Capela (SP), gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, vem desenvolvendo um trabalho de conscientização e apoio na luta contra o vício de forma gratuita. Nos últimos cinco anos, aproximadamente 150 pacientes da região receberam assistência a partir do grupo de apoio ao tabagismo, que realiza encontros semanais com fumantes e ex-fumantes.

“A ação é uma maneira de alcançar um maior número de pessoas de uma única vez. Ao mesmo tempo em que, proporciona uma abordagem mais intensiva, o que não é viável em atendimentos individuais durante consultas médicas ou de enfermagem. Além disso, a definição de dias e horários fixos cria uma rotina para o paciente, o que contribui de maneira disciplinar para uma maior efetividade na cessação do tabagismo”, afirma Rodrigo Silva Cunha, Coordenador Médico do Grupo de Tabagismo da UBS Jardim Capela.

O grupo de apoio é composto por enfermeiros, farmacêuticos e médicos, que realizam sessões com o objetivo de informar e auxiliar o paciente na redução gradual do tabagismo até o fim da dependência completa. Quando necessário, também é utilizada a abordagem farmacológica, como a terapia de reposição de nicotina por intermédio de adesivos transdérmicos e medicamentos administrados oralmente.

Durante as reuniões, são realizadas ações de conscientização e informação sobre os riscos do vício e do uso de qualquer dispositivo ou produto contendo tabaco e/ou nicotina. Inclusive, são apresentados aos participantes os inúmeros benefícios que a interrupção do uso do tabaco proporciona para a saúde.

“As informações são transmitidas por meio de palestras ministradas pelos profissionais da unidade, bem como por meio do compartilhamento de experiências dos pacientes, que relatam tanto os benefícios de fazer parte de uma rede de apoio, quanto as dificuldades enfrentadas em suas rotinas durante o processo de parar de fumar”, complementa o médico.

Para dar o melhor suporte a esses pacientes, a UBS também oferece uma equipe multidisciplinar que realiza auriculoterapia, uma especialidade semelhante à acupuntura, utilizando pontos nas orelhas para tratar diversas patologias. Além disso, há apoio nutricional e sessões em grupo com psicólogos e psiquiatras.

Os encontros ocorrem durante todo o ano e são divulgados em consultas médicas e de enfermagem, visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde quando identificam algum tabagista na casa e durante o acolhimento na Unidade Básica de Saúde.

Além do grupo do Jardim Capela, o CEJAM apoia a ação em outras unidades de saúde que gerencia em São Paulo. Aos interessados, mais informações e direcionamentos sobre esse tipo de atendimento podem ser adquiridos na UBS mais próxima.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

29 de maio, Dia Mundial da Saúde Digestiva

Saiba como evitar as principais doenças, inclusive o câncer colorretal

 

Instituído pela Organização Mundial de Gastroenterologia, o Dia Mundial da Saúde Digestiva tem como objetivo mobilizar e orientar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo. Segundo a Organização, 20% da população global sofre algum tipo de problema intestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica, recorrem à automedicação ou não fazem nada para resolver o problema.

O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Sendo os dentes auxiliares no rompimento físico do alimento e a língua na mastigação e na deglutição. Os demais, tem como algumas das funções a produção e/ou armazenamento de secreções que passam pelo tubo digestivo e auxiliam na decomposição química do alimento.

Os sintomas mais comuns de doenças no aparelho digestivo são: náuseas, inchaço, azia, retorno do alimento e ou ácido gástrico, diarreia e/ou constipação e dor abdominal. Mas, outros sintomas como tosse seca, dor no peito, sinusite, asma, dor de cabeça, déficit de atenção e lesões na pele, que aparentemente podem indicar outro tipo de doença, também são sinais de problemas digestivos. Em casos mais comuns, os sintomas se devem à inflamação do estômago, conhecida como gastrite. Entretanto, podem ser sinais de distúrbios mais graves como úlceras e até mesmo câncer.

E quais fatores podem estar ligados aos riscos de desenvolvimento de doenças do trato digestivo? Excesso de peso, maus hábitos alimentares, consumo exagerado de bebidas alcóolicas, sedentarismo, tabagismo, estresse e histórico familiar. Manter hábitos saudáveis é importante para a prevenção de doenças, por isso, é indicado: beber, no mínimo, 2 litros de água por dia, aumentar o consumo de vegetais, frutas, grãos e sementes, evitar alimentos gordurosos e excesso de carboidratos, dando preferência aos carboidratos integrais, mastigar bem os alimentos, não ingerir líquidos durante as refeições, tomar cuidado com excesso de café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas regularmente e incorporar probióticos na sua dieta.

O diagnóstico precoce é a melhor forma para curar e evitar complicações de qualquer doença. Ao sentir qualquer sintoma, o recomendado é procurar um médico imediatamente e evitar a automedicação. No caso do câncer colorretal, um dos mais comuns em todo o mundo, é importante ressaltar que a neoplasia é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectada precocemente, principalmente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura da doença. Terceiro tipo mais comum no Brasil, o câncer de intestino pode ser detectado precocemente por meio do exame de colonoscopia – recomendável para todas as pessoas acima dos 50 anos. Esta é uma estratégia fundamental para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, aumentar a chance de tratamento. 

A doença se manifesta com a presença de tumores alocados na região do intestino grosso chamada cólon, no reto e no ânus, desenvolvendo-se gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada, inicialmente sem apresentar qualquer sintoma. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. 

Uma das ferramentas revolucionárias da medicina de precisão, auxiliares na identificação dos tratamentos com maiores condições de sucesso, são os “Organoides Derivados de Pacientes”. A partir de amostras de biópsias de pacientes, este novo sistema de cultura 3D possibilita a formação de estruturas celulares que preservam a configuração espacial e as características originais. Dessa forma, a atividade de diferentes drogas anticancerígenas contra o tumor em cada caso específico podem ser testadas diretamente.

A novidade do teste Onco-PDO da Invitrocue, é que pela primeira vez no Brasil é oferecido uma plataforma padronizada usando organoides derivados do paciente (PDOs) para testar fenotipicamente o efeito que diferentes drogas podem ter nas células tumorais de cada paciente. O teste visa auxiliar o médico na orientação da quimioterapia mais adequada para aquele paciente específico, em vez de seguir protocolos baseados em estudos da população geral. Com isso, o teste se torna um grande aliado para o oncologista traçar o plano de cuidados de cada paciente, representando um avanço tecnológico de grande relevância na medicina personalizada.

O Teste Onco-PDO permite experimentar os diferentes tratamentos em laboratório sem que o paciente sofra os efeitos secundários gerados por este tipo de medicamentos, que geralmente são muito agressivos. Alguns tumores mostram-se resistentes a certas drogas e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. 

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha até 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para a continuidade do tratamento. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados. 

O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil. Para que a nova ferramenta possa ser utilizada, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!

 


Invitrocue Brasil
www.invitrocuebrasil.com.br / invitrocue@invitrocue.com.br


Miomas uterinos afetam até 70% das mulheres, mas raramente levam à infertilidade feminina

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Diversos fatores devem ser considerados após a detecção de um problema, alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) neste Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher - 28 de maio (domingo). Data teve origem em 1987 e busca lembrar as principais doenças que afetam a saúde da mulher, enfatizando aquelas relacionadas à saúde sexual e reprodutiva


Sete entre dez mulheres apresentam miomas uterinos, tumores pélvicos benignos – que não são câncer - que crescem ao redor do útero. A boa notícia é que em uma minoria dos casos a infertilidade feminina ocorre em decorrência de um mioma.  Embora prevalente, a principal causa de mioma uterino é desconhecida. É sabido, por sua vez, que o crescimento do tumor está associado com fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa. Este problema é prevalente durante a idade reprodutiva, no entanto, há mulheres que sofrem de miomas também durante a menopausa.  É importante que estas informações sejam conhecidas, alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) em alusão ao Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, lembrado em 28 de maio. Este problema é prevalente durante a idade reprodutiva, no entanto, há mulheres que sofrem de miomas também durante a menopausa.  É importante que estas informações sejam conhecidas, alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) em alusão ao Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, lembrado em 28 de maio.

Nesta data, a sociedade é convidada a discutir a promoção de ferramentas educativas como elemento-chave para a prevenção de patologias que acometem as mulheres. Embora benignos, os miomas, por afetarem as mulheres principalmente na fase reprodutiva (que menstruam e podem engravidar) também requerem atenção. Os miomas podem ser subserosos, localizados na parede externa do útero; submucosos, que invadem a cavidade do útero ou miomas intramurais, que aparecem nas camadas internas da parede do útero. “Embora sejam tumores benignos, os miomas devem ser conhecidos, investigados e tratados”, ressalta a vice-presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Em algumas ocasiões, os miomas podem crescer durante a gravidez. Apenas as lesões de grande porte e de localização específica têm sido relacionadas ao aumento da taxa de cesariana ou parto prematuro, pois podem dificultar a saída do bebê pelo canal de parto. Na grande maioria dos casos, não constituem problema e a atitude é expectante, com controle ecográfico anual. Apenas em alguns casos é necessário complementar o estudo com exames como histerossonografia, histeroscopia ou ressonância magnética pélvica.

Existem diferentes razões pelas quais os miomas podem afetar a fertilidade. Eles podem deformar a cavidade onde o embrião se aninha, dificultar a entrada do esperma no colo do útero e até obstruir a saída das trompas de falópio. Podem também liberar substâncias pró-inflamatórias, aumentar as contrações uterinas e comprometer a vascularização, dificultando a implantação do embrião.

Os sintomas dependerão de seu tamanho, localização e número. Eles podem variar de completamente assintomáticos a causar dor abdominal, aumento do sangramento menstrual (hipermenorreia), metrorragia (sangramento anormal entre os períodos), aumento do diâmetro do abdômen e até mesmo abortos.

Os miomas uterinos afetam a fertilidade? Uma das principais preocupações que uma mulher em idade reprodutiva pode ter quando os miomas uterinos são diagnosticados é se ela conseguirá ou não engravidar. Antes de tudo, a mulher deve saber que a existência de miomas uterinos nem sempre impede que a gravidez seja alcançada, mesmo que naturalmente.  No entanto, um mioma pode alterar a fertilidade de uma mulher devido a um ou até vários dos fatores mencionados abaixo:

- Obstrução do caminho do esperma através do útero para as trompas de falópio, o que impede a ocorrência de fertilização. Pode até haver tamponamento do óstio tubário, ou seja, dos orifícios que comunicam o útero com as trompas;

- Modificação ou deformação da cavidade uterina;

- Alteração na contratilidade do útero;

- Alterações na vascularização e no fluxo sanguíneo.


PREVENÇÃO DE DOENÇAS EM MULHERES - A prevenção é essencial para diagnosticar doenças em estágios iniciais e, assim, poder iniciar um tratamento precoce e mais eficaz. Dentre algumas ações importantes que as mulheres devem fazer periodicamente, estão:

- Exames ginecológicos frequentes (exames pélvicos e das mamas), promovendo a prevenção ou detecção precoce do câncer do colo do útero e da mama;

- Papanicolau, colposcopia e testes de papilomavírus humano (HPV);

- Densitometria óssea;

- Exames de rastreamento do câncer de cólon;

- Calendário de vacinação completo;

- Avaliação do risco cardiológico antes da atividade física, necessária para um estilo de vida saudável;

- Testes hormonais para mulheres na menopausa;

- Saúde sexual que inclui contracepção, prevenção e detecção de doenças sexualmente transmissíveis;

- Saúde reprodutiva que inclui cuidados durante a gravidez.

 

Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA)

 

Coloque sua saúde em dia em três passos

Foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, em 1984, o dia 28 de maio como o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher tem como principal objetivo chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre os diversos problemas de saúde comuns na vida das mulheres, tais como câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade. 

“Muitos destes problemas são preveníveis e tratáveis por meio de medidas simples, especialmente quando diagnosticados precocemente. Por este motivo, realizar consultas médicas regulares é o ponto de partida para a manutenção da saúde, em todas as fases da vida”, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. 

É também importante procurar ajuda médica quando algo não vai bem, evitando postergar um problema que pode se tornar cada vez mais sério. Em geral, problemas de saúde não melhoram com o tempo, ao contrário, reduzem aos poucos a qualidade de vida e podem, pouco a pouco, acarretar em novos problemas. 

Além da orientação médica, para colocar a saúde em dia, dois outros pontos são indispensáveis: prática regular de atividade física e alimentação balanceada. Confira a seguir os benefícios e comece já a priorizar a sua saúde. 

 

Atividade física 

A atividade física regular é um importante fator para a promoção e manutenção da saúde da mulher em todas as idades e situações, inclusive na gestação e pós-parto, sempre que não houver contraindicação. Por este motivo, as consultas médicas são muito importantes, especialmente durante o pré-natal. 

O sedentarismo é hoje considerado fator de risco no mundo inteiro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, para obtenção de saúde, em adultos, bastam de 150 a 300 minutos de atividade física moderada semanal, ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa. 

“A prática de exercício físico é fundamental. Além da manutenção do peso, a atividade física ajuda na regulação hormonal e de neurotransmissores, favorecendo uma boa ovulação e aumentando as chances de gravidez. Os exercícios devem ser mantidos durante a gestação, evitando o ganho excessivo de peso e prevenindo o surgimento de hipertensão e diabetes gestacional”. 

Além do controle do peso, a atividade física regular pode prevenir doenças graves, como diversos tipos de câncer e doenças cardiovasculares, além de contribuir para o controle e tratamento de distúrbios do sono, depressão, hipertensão arterial e alguns tipos de diabetes. 

Os exercícios também auxiliam na produção de endorfina, melhorando os efeitos da TPM e menopausa.

 

Alimentação 

Outro fator importante para manter a qualidade de vida e a saúde é a atenção à alimentação. O ideal é dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras e legumes, às carnes magras e reduzir os embutidos, enlatados e outros que contenham excesso de conservantes, corantes, sódio e açúcar. 

Por meio da alimentação, também é possível ajustar alguns dos desconfortos da gravidez, do climatério e até mesmo prevenir doenças como a osteoporose, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.

 

Sobrepeso e obesidade 

obesidade é uma doença crônica, que se caracteriza principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Além dos danos à saúde, a obesidade e o excesso de peso estão associados ao aparecimento de diversas outras doenças. Por isso, profissionais de saúde buscam alertar pacientes desde muito cedo a prevenir o ganho excessivo de peso por meio de alimentação balanceada e prática de atividade física regular. 

Pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no último mês indica que idade, condições socioeconômicas e falta de atividade física são os principais fatores associados à prevalência da obesidade no Brasil. Segundo o estudo, seis em cada dez brasileiros estão com sobrepeso. A taxa de obesidade no país atualmente está em 20,1%. Se nada for feito e seguirmos com o mesmo ritmo de crescimento, em 2030 teremos cerca de um a cada quatro brasileiros com obesidade no Brasil.

Vale destacar que a prevalência da obesidade é maior entre as mulheres: 22%, contra 18% nos homens.

 

Doenças no sistema circulatório possuem uma significativa relação com o tabagismo

Desenvolvimento de placas gordurosas, cálcio e outras substâncias na superfície interna das paredes arteriais podem entupir ou romper as artérias e migrar por meio dos vasos e, como consequência, provocar infarto, AVC, trombose e até mesmo a necessidade de amputação de membros

 

No Dia Mundial Sem Tabaco, instituído em 31 de maio, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), comprometida com um estilo de vida saudável e o bem-estar da população, reconhece a necessidade de abordar os perigos do tabagismo, a fim de promover uma sociedade livre do fumo e das doenças que ele provoca. Com a responsabilidade de cuidar da saúde vascular, a SBACV-SP destaca a importância da união de diversas especialidades médicas para disseminar informações sobre os danos causados por este vício.

Dentre os malefícios decorrentes do ato de fumar, as alterações cardiovasculares ocupam lugar de destaque. Alguns efeitos prejudiciais do tabagismo envolvem o desenvolvimento de placas gordurosas, cálcio e outras substâncias na superfície interna das paredes arteriais. Com o passar do tempo, o crescimento dessas placas podem entupir ou romper a artérias e migrar por meio dos vasos e, como consequência, gerar complicações graves, como infarto, AVC, trombose e até mesmo a necessidade de amputação de membros.

Conforme o angiologista, cirurgião vascular e diretor da SBACV-SP, Dr. Júlio César Gomes Giusti, a camada interna dos vasos sanguíneos é representada pelo endotélio, que é considerado um órgão regulatório de grande importância na manutenção da integridade vascular e, além de modular o tônus desses vasos, também estabiliza os mecanismos inflamatórios e imunológicos dos mesmos. O tabagismo pode provocar um funcionamento inadequado do endotélio vascular, envolvendo principalmente o óxido nítrico, e desregular o relaxamento e a contração desses vasos. 

Este desequilíbrio desencadeia um processo inicial de aterosclerose, caracterizado pela inflamação e formação de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Essa condição é responsável por doenças graves, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, obstrução das artérias das pernas e até mesmo aneurismas. O Dr. Giusti alerta que fumantes têm uma probabilidade muito maior de desenvolver coágulos sanguíneos, especialmente quando relacionados a outros fatores de risco, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

As gestantes também fazem parte do grupo de risco, uma vez que o uso do cigarro durante a gravidez está associado a um aumento significativo de várias complicações, tais como placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia pré-parto, parto prematuro, aborto espontâneo, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, morte súbita do recém-nascido e comprometimento do desenvolvimento físico da criança. Além disso, o tabagismo durante a gestação pode resultar em má-formação fetal, aborto, mortalidade materna, natimortalidade e mortalidade neonatal (Yamaguchi, 2008).

Para pacientes fumantes que já possuem comorbidades, é fundamental contar com uma abordagem multidisciplinar, que envolve especialistas como angiologistas, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e outras áreas relevantes. Essa equipe de profissionais pode oferecer orientações sobre os distúrbios causados pelo tabaco, já que diversas condições de saúde estão relacionadas a sistemas e órgãos do corpo humano de forma interligada.

Conforme a cardiologista, nutróloga e culinary coach, Dra. Karla Gouvea, o hábito de fumar leva ao aumento de substâncias como epinefrina e norepinefrina, que levam a uma aceleração dos batimentos do coração, da velocidade da passagem do sangue e, ao mesmo tempo, o estreitamento desses vasos dificulta o caminho do fluxo. Todo esse processo está relacionado à hipertensão arterial sistêmica, além de graves complicações.  O tabagismo causa a inflamação do tecido que cobre as artérias pela parte interna, podendo provocar também um desequilíbrio neste processo de tônus pressórico. 

O tabaco representa um grave risco para a saúde de pessoas de todas as idades. Segundo a Dra. Karla, cerca de 40% dos adolescentes experimentam o cigarro, e desse grupo, 8% acabam desenvolvendo o hábito de fumar. A nicotina é altamente viciante, e muitos indivíduos se tornam dependentes após alguns dias ou semanas de uso. Apenas 44% dos jovens conseguem resistir ao cigarro, e possuem uma maior propensão para desenvolver dependência em comparação com os adultos. A falta de uma decisão firme de não fumar e a desinformação sobre as consequências são fatores-chave que levam os jovens a experimentar o cigarro. “É essencial destacar que todo adolescente que usa cigarros, narguilés ou dispositivos de fumo eletrônicos está sujeito a diversos riscos relacionados à saúde” afirma a Dra. Karla.

A médica ainda ressalta que os fumantes passivos, expostos por longos períodos à fumaça do tabaco, absorvem em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que os fumantes ativos. Essa exposição pode resultar em uma série de problemas, desde reações alérgicas como rinite, tosse e conjuntivite, além do agravamento da asma em curto prazo, até doenças graves como câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e outras patologias sérias.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 

Junho Verde visa chamar atenção para a Escoliose Idiopática do Adolescente

  Doença é caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral e pode causar dores excruciantes

 

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é uma patologia caracterizada pelo desvio progressivo da coluna (conhecida popularmente como coluna em "S") e, segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença atinge cerca de 6 milhões de brasileiros e aproximadamente 4% da população mundial (mais de 250 milhões de pessoas).

Segundo André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, a doença é chamada de ‘idiopática’ por não ter uma causa aparente. "Estima-se que fatores genéticos e doenças neurológicas podem influenciar no seu desenvolvimento. A patologia surge na fase de crescimento do adolescente, conhecida como fase do estirão e pode evoluir a ponto de necessitar de intervenção cirúrgica. Adolescentes do sexo feminino são as mais afetadas".

A EIA não tem cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a conter sua evolução. “É muito importante que os pais e responsáveis saibam que o diagnóstico precoce é simples de ser realizado e pode minimizar a evolução desta doença ao observar o alinhamento dos ombros, simetria das escápulas e espaço entre a cintura e os braços”, orienta o especialista.

Ainda segundo o Dr. André Evaristo, que realizou mestrado europeu em saúde pública sobre o tema, a escoliose pode ser diagnosticada precocemente e isso permite à criança receber o tratamento adequado, de modo a conter a evolução da doença. "Diante de qualquer discrepância, a criança/adolescente deve ser encaminhada ao especialista em coluna para acompanhamento e uso de coletes ortopédicos, se necessário". 

Este simples gesto pode evitar a sua evolução, que afeta tantos jovens, que pode causar perda de qualidade de vida, prejudicar a autoestima, causar muita dor, além de alterar o desempenho do indivíduo em vários aspectos biomecânicos. "O tratamento com o médico especializado é fundamental para que o estilo de vida do paciente seja o melhor possível", finaliza o especialista em coluna.

 


Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br



Alto número de ataques cardíacos no Brasil: uma pessoa infarta a cada dois minutos e metade não chega ao hospital com vida

Idosos enfrentam longa internação hospitalar após ataques cardíacos, enquanto pacientes sem sequelas são considerados verdadeiros milagres


Administrar uma loja de ferragens, passar mais tempo em família e reservar finais de semana para curtir a praia com a esposa. Até o dia 18 de março, a vida do comerciante Emilio Gaspari Filho, de 71 anos, era bastante ativa e rodeada por pregos, parafusos e acabamentos residenciais. Uma rotina intensa que foi interrompida inesperadamente por um infarto agudo do miocárdio, que evoluiu para um tromboembolismo pulmonar. Em estado grave, Emilio precisou travar uma batalha incansável enquanto permanecia internado no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). Foram 42 dias, entre cateterismo, intubação, traqueostomia e angioplastia, até receber a notícia mais aguardada: estava pronto para voltar para casa e sem nenhuma sequela. 

"Senti uma dor no peito, uma leve falta de ar e uma sensação parecida com a de uma indigestão. Não imaginava que fosse motivo para ir até o hospital", relata Emilio. Com o olhar atento e preocupado, foi a filha e enfermeira Ana Paula Gaspari que o levou até uma unidade de pronto atendimento para realizar um eletrocardiograma e receber o diagnóstico. "Ele parecia bem quando saiu de casa, mas, como é hipertenso e estava com a pressão um pouco alterada, achei melhor buscar atendimento médico. Foi um susto descobrir o infarto e, mais difícil ainda, foram os dias que seguiram com ele bastante debilitado e instável no hospital", recorda emocionada.


Do susto à superação

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. "No caso do paciente Emílio, evoluiu para um quadro grave de falta de oxigenação no sangue, com tromboembolismo pulmonar. Isso fez com que precisássemos realizar diversos procedimentos e repensar estratégias para que ele pudesse se recuperar o mais rápido possível", explica a médica intensivista Giovanna Cerri Lessa, que cuidou do paciente ao longo dos 26 dias na UTI. "Esse período foi marcado pela proximidade com a família para o cuidado individualizado. Os familiares testemunharam os nossos esforços cotidianos e comemoraram a alta junto conosco, em especial por não haver nenhuma lesão neurológica", relembra.

Agora, Emílio retorna ao convívio de sua família, carregado de gratidão pela vida e esperança pela oportunidade de recomeçar. "Foram longos dias no hospital, mas com todo o suporte da equipe médica estou evoluindo bem, transbordando de alegria em poder dar novos passos", revela o paciente. Para Ana Paula, que acompanhou de perto a internação do pai, o sentimento é de vitória e de alívio. "Só sei ser grata pelos médicos não terem desistido dele, em momento algum, e por darem espaço para criar vínculo com a equipe e explicarem os cuidados após a alta. Sei que teremos ainda alguns desafios, mas estar com ele em casa é o mais importante de tudo", acrescenta a filha.  

   

Cada minuto importa

Emílio está entre as 400 mil pessoas que sofrem infarto ao longo do ano no Brasil. Os números do Ministério da Saúde são preocupantes, com uma pessoa tendo um ataque cardíaco a cada dois minutos e 100 mil delas perdendo a vida anualmente. Estilo de vida, sedentarismo, tabagismo, estresse, hipertensão arterial e diabetes são os principais fatores causadores dessa situação de emergência, que se agrava com a dificuldade em reconhecer os sintomas. As chances de sobrevivência, assim como as sequelas, variam de acordo com a gravidade do ataque.

As doenças cardiovasculares figuram como a principal causa de morte nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No caso de um ataque cardíaco, cada minuto importa: quanto menor o tempo para receber atendimento médico, menores os danos ao coração. Apesar da metade das vítimas morrerem antes de chegar ao hospital, estudos da Universidade de Harvard apontam que 90% dos pacientes hospitalizados sobrevivem. Para a cardiologista Lídia Zytynski Moura, o alto índice de sobrevida é resultado do avanço do conhecimento, da tecnologia e da ciência.

A combinação dos recursos humanos, tecnológicos, infraestrutura e políticas de controle de risco hospitalar torna-se essencial para o sucesso de procedimentos complexos. No Hospital Universitário Cajuru, com atendimento 100% via SUS, o trabalho das equipes multidisciplinares colabora para que a unidade seja habilitada como centro de referência em alta complexidade cardiovascular. "Nosso esforço está em garantir qualidade, certificação e segurança, sem deixar de lado elementos importantes como humanização e equipe especializada. Além disso, ao atendermos os pacientes de forma global, queremos mostrar que é possível fazer a diferença com uma assistência de alta qualidade no SUS", completa Lídia, coordenadora do setor de cardiologia.

 

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