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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Criminalidade deixa condomínios em alerta

Invasões têm ocorrido com frequência: Grupo Graiche lista medidas

para reforçar a segurança


A busca por um condomínio como local de moradia é incentivada, entre outros pontos, pela questão da segurança, mas constantes casos de invasões têm acendido o alerta para o reforço à questão. No dia 14 de abril, ao menos 10 homens fizeram um arrastão em um condomínio na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O bando entrou pela garagem do prédio, utilizando o controle de um apartamento que está vazio para reforma, segundo informações da polícia. O porteiro e alguns moradores foram rendidos e dois apartamentos foram invadidos.

Em um outro caso, ocorrido no início de março, um grupo de criminosos furtou um condomínio de alto padrão, em Mogi das Cruzes. Em um grupo dos moradores, muitos questionaram sobre como os criminosos conseguiram entrar no condomínio, já que o controle de acesso é feito por identificação facial. 

Diante da astúcia dos criminosos, é preciso que os condomínios estejam cada vez mais preparados. “A maior parte das invasões a condomínios se dá por falta de procedimentos corretos”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que gerencia 915 condomínios, com 114 mil unidades administradas.

Simples ações, tanto da portaria, quanto dos condôminos, ajudam a reforçar a segurança. “No caso que aconteceu na Vila Mariana, os bandidos utilizaram o controle de um apartamento que está sendo reformado. Os controles de acesso devem ser sempre mantidos com o morador para evitar clonagem ou furto. Nunca devem ser deixados no carro ou com desconhecidos, por exemplo, alguém que fará alguma prestação de serviço na residência na sua ausência”, pontua Luciana. 

Nos condomínios, é grande o fluxo de visitantes e, nessa questão, a vice-presidente do Grupo Graiche explica que a portaria precisa ser informada previamente. “A liberação deve ser feita somente por interfone ou aplicativo, após a identificação correta”, fala.

A intensa movimentação de entregas – seja de alimentos ou de e-commerce, também exige muita atenção, ainda mais com os frequentes casos de golpes de falsos entregadores. “Evite que entregadores tenham acesso à parte interna do condomínio. Para itens pesados de entrega, como botijões e galões de água, em que o entregador precisaria ir até o apartamento para levar o produto, o ideal é cadastrar uma ou duas empresas para que só elas sejam autorizadas a entrar no condomínio”, recomenda.

O Grupo Graiche destaca outras importantes dicas para preservar a segurança nos condomínios: 

- Ao solicitar a visita de algum fornecedor, confirme com a empresa contratada o nome e os dados do profissional e informe na portaria; 

- Mantenha a porta do seu imóvel sempre trancada; 

- Se observar alguém suspeito, informa à portaria e ao síndico do condomínio rapidamente. 

 

Portaria 4.0

Diante da realidade atual, com aumento de fluxo de visitantes e prestadores de serviços, além de maior volume de entregas de apps de delivery e compras on-line, o condomínio precisa atuar com procedimentos atualizados com as novas tendências de mobilidade, uso do espaço social e demandas do morador. À reorganização da portaria, com treinamento humano, aliado à tecnologia é dada o nome de Portaria 4.0. 

“Quando se fala o nome “Portaria 4.0, o termo pode ser confundido com uma portaria virtual, mas trata-se de metodologia que foca na integração entre condomínio, porteiro e morador; na capacitação dos funcionários, com treinamento periódico e constante; planejamento e também na tecnologia (sistema, app e site). A aplicação desse modelo irá variar de acordo com a especificidade de cada condomínio”, explica. 

Luciana ressalta que com procedimentos bem estabelecidos e respeitados, cria-se uma cultura de atenção, observação e parametrização no condomínio, mas para ter efetividade, tanto a equipe operacional do condomínio quanto os moradores precisam conhecer e entender os procedimentos como parte do dia a dia. “Para isso, é essencial a participação da administradora de condomínio, que ajudará a definir os procedimentos na portaria e reforçar a cultura de respeito às normas com o mínimo de impacto aos costumes do condomínio”, salienta.

Para inserir esses procedimentos, a vice-presidente do Grupo Graiche frisa a importância de se buscar auxílio especializado e investir em treinamento e campanhas efetivas de conscientização. “Com treinamento e capacitação de porteiros e funcionários dos condomínios, somados a instrumentos tecnológicos, condomínios de qualquer porte poderão contar com mais organização e, assim, melhorarem a segurança para seus moradores”, conclui.


Perdas de r$ 4 bilhões com novas regras em sites de jogos - quer apostar?

A perda nos próximos cinco anos é estimada em R$ 4,4 bilhões, algo perto de R$ 800 milhões por ano, impactando em mais de 130% os lucros do setor


Os sites de apostas online são uma forma de entretenimento e diversão para muitas pessoas que gostam de acompanhar e palpitar sobre eventos esportivos. No entanto, essa atividade também envolve questões legais, regulatórias e tributárias que afetam tanto as empresas que oferecem os serviços quanto os apostadores que participam dos jogos.

Pelas estimativas atuais, o mercado de apostas online no Brasil deve alcançar R$ 12 bilhões em 2023 - um mercado significativo, considerando o potencial de arrecadação imediata.

Aqui as apostas esportivas foram legalizadas em 2018, mas ainda não foram regulamentadas. Isso significa que não há regras claras sobre como esses sites devem operar, quais são os direitos e deveres dos usuários e como o Estado deve fiscalizar e arrecadar impostos sobre essa atividade.

No entanto, isso vai mudar em breve. O fisco está preparando uma medida provisória que vai estabelecer as normas para a tributação dos sites. A proposta faz parte de um pacote de medidas do Ministério da Fazenda que visa aumentar a arrecadação em até R$ 150 bilhões e sustentar as metas do novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos públicos.


A nova regra estudada pelo governo brasileiro

Segundo o Ministério da Fazenda, a medida provisória deve ser assinada ainda neste mês e vai definir os seguintes pontos:

- As empresas que quiserem atuar como sites de aposta online no Brasil precisarão de um credenciamento no ministério da Fazenda, ter sede no Brasil, um capital mínimo de R$ 100 mil, manter diversos certificados sobre os meios de pagamento e pagar uma outorga inicial de R$ 30 milhões à União.

- As empresas serão taxadas em 15% sobre a receita líquida dos jogos, que é o valor total das apostas menos a premiação aos vencedores.

- As empresas também terão que repassar porcentagens extras sobre a receita líquida para setores específicos: 2,55% para o Fundo Nacional de Segurança Pública; 0,82% para a educação pública; 1,63% para entidades esportivas e atletas que cedem direitos de imagem (totalizando 5% adicionais).

- As empresas ainda estarão sujeitas ao pagamento de impostos usuais incidentes sobre o funcionamento de empresas no país, como adicional sobre IRPJ (quando o lucro ultrapassa R$ 20 mil no mês), PIS/Cofins e CSLL.

- Os apostadores serão taxados em 30% sobre os valores dos prêmios recebidos durante um evento esportivo. Haverá isenção para ganhos que fiquem dentro do valor da primeira faixa livre de Imposto de Renda, atualmente em R$ 1.903,98.

- Quem descumprir essas regras será multado, tanto a empresa que oferecer serviços a clientes brasileiros quanto os apostadores que atuarem nesses serviços.

- A propaganda dos sites de apostas online também será regulada pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que vai definir horários, temáticas e termos permitidos e proibidos para esse tipo de serviço. Os sites sem credenciamento estarão impedidos de fazer propaganda em território nacional.


Alíquotas e exigências de registro

As alíquotas propostas pelo governo federal são consideradas altas por especialistas e empresários do setor. Eles argumentam que isso pode inviabilizar a operação das empresas no Brasil e estimular a ilegalidade e a evasão fiscal. Porém, se considerarmos o cenário atual onde praticamente 90% do faturamento das plataformas não é apresentado a tributação devidamente - sem dúvida a regulação vai causar impactos consideráveis nos ganhos.

Por outro lado, o governo defende que as alíquotas são compatíveis com as praticadas em outros países que regulamentaram as apostas esportivas online. Segundo estudos do fisco, a arrecadação pode variar entre R$ 2 a R$ 8 bilhões diante da nova regra.

Segundo o Ministério da Fazenda, a fiscalização será feita por meio de um sistema informatizado que vai monitorar as operações realizadas pelos sites credenciados e pelos apostadores. O sistema também vai permitir o controle dos repasses das empresas para os setores beneficiados pela lei e para o pagamento dos impostos.

Além disso, o governo pretende coibir a atuação dos sites ilegais que não se adequarem às novas regras. Para isso, vai contar com a colaboração das instituições financeiras, das operadoras de cartão de crédito e dos provedores de internet, que poderão bloquear as transações e o acesso a esses sites.

A regulamentação não incluiu, até o momento, previsões sobre uso de criptomoedas nas apostas - mas com a vinculação dos bancos, meios de pagamento e de cartões - dificilmente conseguirão escapar dos holofotes do fisco quaisquer operações que envolvam brasileiros. Além disso, o envio das declarações eletrônicas a que as empresas estarão sujeitas facilitarão o big brother tributário sobre as movimentações.


O impacto nos ganhos das plataformas nos próximos anos

A tributação dos sites no Brasil pode ter um impacto significativo nos ganhos das plataformas e dos apostadores caso essa regulamentação seja implementada. Estimativas conservadoras nos levam ao seguinte cenário de impacto financeiro entre 2024 e 2028:

  • o faturamento das plataformas no Brasil deve crescer 10% ao ano nos próximos 60 meses, mantendo a média histórica do setor;
  • a margem de lucro líquido se manterá em 10% ao ano no mesmo período, sem alterações significativas;
  • quanto a demanda de consumidores, estima-se que não haverá impacto relevante na concorrência, nos custos operacionais atuais e nos impostos para o quinquênio;
  • na estimativa, considera-se que as plataformas tem capacidade de caixa atual para desembolsar o valor da “licença” de R$ 30 milhões para operação;
  • consideramos um lucro líquido de R$ 500 milhões por ano para as plataformas com um impacto de 131,5% sobre o lucro;
  • consideramos ainda:
    • a tributação federal das plataformas provavelmente será no Lucro Real, em razão das faixa de faturamento (não conseguirão aderir ao Simples ou Lucro Presumido);
    • alíquotas de adicional de IRPJ de 10%, PIS/COFINS de 9,25% e CSLL de 9%;
    • imposto municipal ISSQN da atividade, com alíquota média de 4%;
  • além dos impostos federais, foram consideradas sobre a receita líquida dos sites de apostas as alíquotas de 2,55% para o FNSP, 0,82% para a educação, 1,63% para entidades esportivas e atletas;

Para as plataformas, o impacto pode ser positivo ou negativo, dependendo da capacidade de adaptação ao novo cenário. Por um lado, elas podem se beneficiar da maior segurança jurídica, da maior confiança dos usuários e da maior demanda pelo serviço. Por outro lado, elas podem ter que enfrentar uma maior concorrência, uma maior carga tributária e uma maior burocracia.

Para os apostadores, dependendo do perfil e do comportamento do usuário, pode ser bastante negativa. Eles podem ter que pagar altos impostos sobre os prêmios recebidos e ter menos opções de sites para escolher (apenas os licenciados). Por outro lado, podem ter mais garantias sobre a legalidade, a transparência e a segurança das operações e dos pagamentos (mas consequentemente serão muito mais monitorados em suas declarações de IR).


Conclusão - façam suas apostas!

Os sites de apostas online no Brasil estão prestes a passar por uma grande mudança com a proposta de tributação do governo federal. A medida visa aumentar a arrecadação, regularizar o setor e combater a ilegalidade. No entanto, ela também pode gerar impactos nos ganhos das plataformas e dos apostadores. Por isso, é importante que as partes interessadas acompanhem o processo legislativo e já se preparem para as novas regras.

Estruturas empresariais nacionais e internacionais já precisam ser consideradas, bem como as estratégias tributárias internas e a apropriação de despesas incidentes sobre toda a operação, incluindo as taxas de operação diárias, câmbios, equipes de compliance e política de proteção de dados (LGPD e combate à lavagem de dinheiro).

Alinhar a operação a uma orientação contábil e tributária estruturadas, baseadas na legalidade e nas opções disponíveis na legislação para buscar o máximo de rentabilidade sem deixar de atender as exigências fiscais e às informações de cruzamento digital. Afinal, quando o fisco começa a regulamentar um determinado setor, todo cuidado é pouco para que a burocracia não seja a principal causa para inviabilizar as operações empresariais.

Já para os apostadores, uma tributação de 30% direta sobre ganhos é bastante agressiva, para não utilizar outro termo. Contudo, pode ser que com essa abertura, muito do preconceito que o mercado e o fisco possuem com este potencial setor da economia deixe de ser um entrave ao seu crescimento e sua plena operação no país.

Enquanto aguardamos - façam suas apostas - pois os resultados ainda são incertos!


Vinicius M. Carneiro - advogado, especialista em Direito Eletrônico, Controladoria e LGPD, MBA em Direito Empresarial e gestor contábil. Membro Permanente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da OAB/SP. Autor do Livro "Dinheiro da Multidão", articulista do Site Migalhas.com. Mais materiais sobre o autor podem ser encontrados em seu website www.viniciusmaximiliano.adv.br , https://twitter.com/lgpdsetorial


Desastres Ambientais: principais motivos desses fenômenos estarem acontecendo

Rodrigo Salvetti, professor de Geografia do Ceunsp, explica a crescente dos impactos ambientais e formas de evitar as tragédias

 

O que antes não era tão comum no Brasil, vem acontecendo cada vez mais: os desastres ambientais. Neste ano, o caso mais recente envolveu os diversos escorregamentos de massa no Litoral Norte de São Paulo, disparados pelas fortes e volumas chuvas de verão.  

De acordo com o professor de Geologia no curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Rodrigo Salvetti, é necessário entender os motivos dessas tragédias ambientais estarem acontecendo. 

“Primeiro, é preciso compreender que eventos naturais, como inundações, chuvas intensas, terremotos e deslizamentos de terra fazem parte da dinâmica natural. Esses cenários ocorrem desde a formação do planeta, moldando o relevo e provocando a formação de solos e sedimentos. Estes são ocasionados pela ação do gelo, água, ventos, ou pelos processos de movimentação tectônica que acontecem no interior do planeta”, destaca o geólogo. 

Salvetti explica que autoridades e especialistas têm conhecimento sobre as possibilidades desses fenômenos acontecerem. “As áreas onde essas tragédias ocorrem são conhecidas. Geólogos mapeiam os locais suscetíveis a terremotos, enquanto os profissionais da defesa civil conhecem os espaços com potencial risco de deslizamento e inundação. No entanto, o ser humano eventualmente acaba por ocupar essas áreas de risco, ficando vulneráveis a ocorrência dos desastres quando acontecem esses eventos naturais”. 

Em áreas de terremotos, como o que ocorreu na Turquia recentemente, o professor reforça que nesse cenário, fica evidente que as leis de construção de prédios resistentes a terremotos não foram seguidas, o que promove o desabamento dos edifícios em eventos de maior intensidade. 

Rodrigo ressalta ainda que as mudanças climáticas, observáveis no Brasil, ocorrem em uma escala mundial, devido ao aquecimento da atmosfera pelo acúmulo de gases estufa, em geral, provenientes da queima de combustíveis fósseis e vegetais. “Quanto mais aquecido o planeta, mais intensa e dinâmica será a formação de tornados, furacões e nuvens de tempestade. Com isso, se tornam mais frequentes os eventos climáticos extremos globalmente”. 

Para modificar esse cenário dos impactos climáticos, Salvetti reforça que é preciso uma mudança de atitude da população e das autoridades mundiais.  

A redução das emissões de gases estufa precisa ser imediata e significativa para que as mudanças climáticas aconteçam com menor intensidade. Isso significa a adoção de novas fontes de energia limpas e renováveis, a interrupção ou diminuição da queima de combustíveis fósseis e de desmatamento das grandes florestas. Entretanto, no atual cenário, mesmo que essas medidas sejam tomadas, acredita-se que as mudanças já não poderão ser revertidas, e que precisaremos nos adaptar a essas novas condições climáticas e, sobretudo, nos preparar para os eventos climáticos mais intensos no futuro próximo”, indaga. 

Outro fator preponderante para evitar esses desastres, de acordo com o professor do Ceunsp, é as autoridades locais planejarem e fiscalizarem a ocupação de áreas de risco, removendo as pessoas das áreas mais suscetíveis a eventos de perigo. “As leis ambientais existem e devem ser respeitadas. Com o uso das ferramentas de gestão e planejamento urbano, é possível evitar que a dinâmica natural afete de maneira mais contundente as populações. Além disso, a fiscalização é o mecanismo mais efetivo para evitar ou minimizar as perdas materiais e humanas diante da ocorrência dos desastres naturais”, finaliza. 

 

Ceunsp

www.ceunsp.edu.br

 

Como a Inteligência Artificial e o Metaverso podem ser aliados das profissões?

Pixabay
Leticia Toledo Zoby e Kadidja Valeria de Oliveira, professoras do curso de Ciência da Computação do UDF, explicam a perspectiva dessas tendências tecnológicas nas carreiras profissionais


Com os avanços tecnológicos, vem surgindo a cada dia novas tecnologias, sendo a mais recente o chatGPT. Mas tem outras tendências que já não são novidade e estão sendo usadas em diversas atividades, a famosa Inteligência Artificial e o Metaverso.  Ambos os termos vêm repercutindo e se popularizando, porém ainda geram diversas dúvidas e receios, principalmente no mercado de trabalho.  

De acordo com a professora de Ciência da Computação do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Leticia Toledo Zoby, há algumas tendências tecnológicas que já estão impactando o mercado de trabalho, sendo elas, a Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (Iot), Realidade Aumentada (RA), Realidade Virtual (RV), e ainda os Autômatos.  

“Nesse cenário, as profissões que estão em alta são aquelas que envolvem o desenvolvimento de habilidades técnicas (Hard Skills) relacionadas a essas tecnologias, como o desenvolvimento de softwares, análise de dados, gerenciamento de projetos de forma ágil e estratégias digitais. Além disso, cada vez mais as pessoas precisam aprender e se adaptar rapidamente às mudanças tecnológicas, sendo esse um diferencial valioso para qualquer profissional no mercado de trabalho atual”, salienta Zoby. 

O Metaverso e Inteligência Artificial já vem influenciando diversas mudanças nas profissões, impulsionando a necessidade de os profissionais desenvolverem novas habilidades. Kadidja Valeria de Oliveira, professora de Ciência da Computação do UDF, destaca que na atualidade é necessário a capacitação constante para o acompanhamento da evolução dessas novas aplicações, assim como qualificar o conhecimento nas relações do trabalho e ampliar o convívio com a sociedade tecnológica.  

“É possível perceber que as comunidades colaboraram para essa finalidade, pois permitem a inclusão de pessoas que tem interesses em comum e se caracterizam pela multidisciplinaridade na trabalhabilidade, o que permite a amplitude de implementações de soluções em ambientes diversos, proporciona o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e competências à geração de inovação e novas riquezas em redes colaborativas de aprendizagem”, reforça Kadidja. 


Como a Inteligência Artificial e o Metaverso podem ser aliadas das profissões? 

Segundo as professoras do UDF, essas tecnologias podem ser utilizadas para a melhoria das experiências dos usuários no uso dos sistemas digitais e virtuais, como por exemplo, na produção de experiências personalizadas para o cliente, fornecimento de serviços especializados e produtos adaptados às reais necessidades e desejos do público-alvo. “Com o uso adequado da Inteligência Artificial e Metaverso, os profissionais podem melhorar a eficiência, precisão e experiência do cliente e/ou dos nossos estudantes, além de facilitar a colaboração e o aprendizado”. 

Um receio comum dos profissionais da atualidade é essas tecnologias substituírem seu trabalho por plataformas. Leticia esclarece que em algumas tarefas, a tecnologia tem o potencial de substituir alguns trabalhadores pela automação e/ou informatização de processos manuais, como já aconteceu ao longo dos anos, contudo, ela não substituirá completamente todos os trabalhadores em todas as profissões.  

“A Inteligência Artificial é projetada para auxiliar, trabalhar em conjunto com os seres humanos, aumentando a nossa produtividade. E muitas profissões exigem habilidades e conhecimentos que não podem ser substituídos por tecnologia, como criatividade, empatia, o pensamento crítico e as soft skills, que enaltecem as virtudes humanas adquiridas ao longo da vida”, finaliza Toledo. 


Confira abaixo algumas profissões tendências a partir do Metaverso: 

  • Desenvolvedor de jogos; 
  • Programador de RV e RA; 
  • Gerente para as comunidades em mundos virtuais.



Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
www.udf.edu.br

5 dicas para obter sucesso na entrevista de emprego em inglês

As oportunidades de emprego para quem fala inglês são cada vez maiores. Por isso  seja para vagas no Brasil ou mesmo remotas em outros países, aprimorar o inglês tem sido fundamental. No entanto, não é preciso perfeição no idioma para conseguir uma boa colocação. De acordo com a professora de inglês Carla D’Elia, Mestre em Linguística Aplicada pela USP e fundadora da SaveMeTeacher, existem cinco passos básicos que vão deixar qualquer um mais preparado para as entrevistas de emprego em inglês.

A primeira delas parece óbvia, mas muitas pessoas acabam deixando de lado sua própria história profissional. Aprender a falar sobre sua trajetória em inglês é fundamental. “Uma entrevista de emprego em inglês não é um concurso de gramática, nem tampouco de vocabulário sofisticado. Ela é uma oportunidade de curta duração para que o candidato possa provar para recrutadores que é o melhor profissional para o cargo”, explica Carla.

Segundo a professora, é importante saber falar sobre os locais onde já trabalhou e as responsabilidades em cada cargo, além de explicar suas conquistas e resultados. “É igualmente importante conseguir descrever a sua rotina de trabalho. Sabe aquelas perguntas como “Tell me about a moment you had to…” (Me conte um momento em que você teve que…). Se a pessoa estiver craque em falar sobre seu dia a dia profissional, fica mais fácil respondê-las. E isso é treinável. A pessoa pode praticar mil vezes em casa”, conta Carla. Outro passo importante é ir além das hards skills (habilidades técnicas) e aprender a falar sobre as soft skills, que são as suas habilidades profissionais mais humanas como se comunicar e liderar. 

A segunda dica é não contar apenas com a memória. Mesmo aquelas informações sobre a nossa carreira que parecem estar super frescas na memória precisam ser treinadas por conta da questão emocional envolvida em entrevistas de emprego. E a melhor forma é se preparar. Listar todos os pontos relevantes para o cargo desejado e treinar os argumentos. Ter esse vocabulário na ponta da língua deixará o candidato mais confiante e seguro.

A terceira dica é estudar muito a descrição da vaga em inglês, se familiarizar com o vocabulário e entender o que a empresa está buscando. Além disso, o candidato deve  definir o que precisa revelar da sua experiência acadêmica e profissional. A ideia é ser persuasivo. A quarta dica é se libertar da ideia do inglês perfeito. Parece simples, mas é preciso vencer o medo de falar.

“As emoções têm impacto na forma como a gente se comunica e isso altera a nossa performance. Devemos entender que isso é normal e acontece com todos. Quem ousa falar um idioma estrangeiro erra. E erros tendem a ser mais comuns quando estamos sob pressão, certo? E se, ao invés de se preocupar com deslize de pronúncia, o candidato se preocupar em mostrar que é um profissional excelente? A ideia é direcionar o olhar do entrevistador com respostas. Se elas forem persuasivas e inspiradoras, qualquer deslize linguístico perde a força. Entrevista de emprego não é exame de proficiência e a empresa só quer saber se você dá conta de fazer seu trabalho em inglês.”, pontua a professora. 

A última dica é bem prática: grave vídeos respondendo às possíveis perguntas do entrevistador. Existem muitas técnicas de oratória em que se recomenda que a pessoa fale na frente do espelho para observar seus gestos e expressões faciais, por exemplo. “Acho essas estratégias interessantes, mas elas possuem uma limitação muito clara: a pessoa não consegue rever o que fez para realizar sua autoavaliação e entender o seu progresso. A câmera do celular, no entanto, tem mais poder”, conta Carla.

E, de fato, ao gravar o vídeo em casa o candidato consegue rever os pontos de sua argumentação e melhorar o que for preciso. Consegue ainda simular situações de desconforto, comparar uma gravação a outra para definir o progresso e, claro, se acostumar a se ver falando inglês, afinal muitas entrevistas são feitas em videoconferências.

“O ideal é o candidato assistir às suas gravações observando os pontos positivos e depois avaliar  o que pode ser melhorado. Reconhecer as conquistas contribui para a autoestima durante a preparação e dá gás para continuar se preparando e aprimorar o que for preciso”, conclui Carla.

 

SaveMeTeacher


Tecnologias digitais respondem por 4% das emissões globais de gases de efeito estufa

Com aumento de 9% ao ano, as emissões originadas nas tecnologias digitais podem se equiparar, em 2025, ao impacto causado hoje por viagens aéreas.  



Que atire a primeira pedra a pessoa que nunca clicou em um anúncio online. Para quem navega pela internet, se deparar com publicidade é rotina. O que pouco se sabe, é que essa publicidade, tal qual sua irmã mais velha, a propaganda impressa, causa um impacto ecológico negativo no planeta, e já tem despertado a atenção de empresas comprometidas com o meio ambiente.

Para se ter uma ideia, pesquisa realizada pela empresa norte-americana Good-Loop descobriu que uma campanha publicitária online típica emite 5,4 toneladas de dióxido de carbono – o equivalente a um terço do que um consumidor médio dos EUA produz durante todo o ano.

No Brasil, a Equativ, adtech global especializada em publicidade programática, deu os primeiros passos na redução dessa pegada ecológica, reduzindo em 64% o nível de emissão de dióxido de carbono gerado pela campanha publicitária da seguradora francesa MAIF. “Estabelecemos uma parceria com a consultoria especializada em sustentabilidade BL Évolution e recolhemos dados abrangentes sobre o nível de impressão de CO2, aplicando uma metodologia desenvolvida em conjunto para calcular essas emissões de carbono”, conta Caroline Millié Figueiredo, Gerente de Marketing da Equativ.



Como isso funciona?

A medição leva em consideração, entre outros fatores, a energia necessária para veicular e baixar o conteúdo do anúncio em tempo real. “Como resultado dos cálculos da pegada de carbono, algumas diretrizes estão começando a surgir. Concentrar-se em vídeos publicitários mais curtos, favorecer o status de segmentação por Wi-Fi versus segmentação por 4G, entregar nos finais de semana e períodos de baixo consumo, trabalhar na compactação do tamanho do arquivo e segmentar dispositivos móveis versus telas maiores é um bom começo”, acrescenta Khalil Yaghi, Country Managing Director da Equativ, que alerta para a necessidade de soluções padronizadas globais para promover uma redução significativa do impacto:

“Por enquanto, não existe uma solução perfeita, pois cada negócio contribui para a mudança climática em uma escala variável. Enquanto isso, devemos começar a discutir usos mais razoáveis ​​da energia que a indústria exige inerentemente. Trabalhar apenas para atender aos atuais padrões ecológicos ou neutros em carbono pode não ser possível – principalmente se considerarmos o custo ambiental do hardware. Tal como está, a publicidade digital é um negócio tão carregado de carbono que não pode operar sem comprometer o meio ambiente.”, diz Khalil Yaghi.



Reduzindo o impacto

Tendo em mente que o zero absoluto de emissão é um longo caminho, ações de compensação se fazem necessárias. Para isso, a Equativ conta com a parceria da também francesa Eden Reforestation, que a cada 10 mil impressões de anúncio, realiza o plantio de uma árvore. “As empresas estão reconhecendo cada vez mais os desafios que as promoções online trazem para a poluição digital e se movendo para impulsionar mudanças positivas. De um modo geral, todos estão atrás da emissão zero, e estamos analisando as emissões geradas diretamente e indiretamente para reduzi-las enquanto não podemos cessá-las definitivamente.”, destaca Caroline.

Para Khalil, o estabelecimento de parcerias é essencial para que, no futuro, o impacto causado pela publicidade online esteja consoante com práticas sustentáveis. “O trabalho da Equativ representa o início de uma jornada que queremos ampliar em todas as geografias, inclusive no Brasil. O mercado de publicidade digital precisa se unir para definir as metodologias e estabelecer um paradigma baseado em compartilhamento de boas práticas,” finaliza Khalil.


Da reforma ao financiamento: confira o passo a passo para declarar seu imóvel sem erros no Imposto de Renda 2023

 Declarar valores gastos em reformas de casas ou apartamentos pode diminuir o valor do imposto de transmissão na hora da venda do imóvel


Sabe aquela reforma da cozinha que consumiu muito mais do orçamento do que o previsto? A boa notícia é que você pode declarar essa obra no Imposto de Renda. Talvez você não veja nenhuma vantagem, mas ela existe. Segundo a IOB - smart tech que entrega conteúdo de legislação e sistemas de gestão contábil e empresarial -, todas as benfeitorias realizadas nos imóveis devem ser declaradas para que tais valores possam compor o custo de aquisição do imóvel. 

“Em caso da venda futura, todas as benfeitorias podem compor o custo do imóvel, que vai passar a ficar maior para fins do cálculo do ganho de capital. Essa diferença entre o valor da venda e o custo de aquisição do imóvel vai causar uma redução do imposto pago sobre a venda, por exemplo. Mas é preciso ter todas as despesas comprovadas com documentação hábil e idônea (notas fiscais para as despesas com pessoas jurídicas, recibos para as despesas com pessoas físicas). Todos esses papéis devem ser mantidos em poder do contribuinte por pelo menos cinco anos após a alienação do imóvel”, explica Elaine Duarte, consultora tributária da IOB. 

Importante lembrar que todos os valores declarados precisam ter sido pagos no mesmo ano-base da declaração. Ou seja, as despesas com reformas devem ter sido realizadas em 2022. Para declarar gastos com reformas em anos anteriores, será preciso retificar as Declarações de Imposto de Renda referentes aos respectivos anos. 

Já quem comprou um imóvel e não faz ideia de como declarar, deve ir até a ficha “Bens e Direitos”, no grupo “01 - Bens Imóveis”. Em seguida, basta informar o código correspondente ao imóvel, como por exemplo “11 - Apartamento” ou “12 - Casa”. Será preciso ainda informar IPTU, data de aquisição, endereço, área total do imóvel, se está registrado em cartório, matrícula do imóvel e nome do Cartório.

No campo “Discriminação” será preciso incluir a informação sobre a forma de aquisição do imóvel (à vista ou financiado), de quem comprou (CPF ou CNPJ e nome), valor de entrada e valor financiado. Caso o imóvel tenha passado por construção, ampliação ou reforma, é importante detalhar os serviços e valores gastos. Para finalizar, no campo “Situação em 31/12/2021” e no campo “Situação 31/12/2022” é só informar o valor pago até cada uma destas datas. Se a aquisição ocorreu no próprio ano de 2022, o campo “Situação em 31/12/2021”, ficará zerado. 

“Em caso de imóvel financiado também não há mistério. Basta informar no campo ‘Discriminação’ que o imóvel é financiado, o valor de entrada e o valor do financiamento. No campo ‘Situação 31/12/2021’ informar o valor da entrada mais as parcelas pagas até esta data e no campo ‘Situação em 31/12/2022’ informar o valor de 31/12/2021 somadas as parcelas pagas até 31/12/2022”, esclarece Elaine Duarte.

 

IOB - smart tech


7 dicas de como melhorar a experiência de quem vende no Brasil

 

De acordo com estudo lançado pela Nasdaq, quase todas as compras (95%) acontecerão online até 2040. Os números não são surpreendentes, já que essa mudança nos hábitos de compra do consumidor já está bem encaminhada. As marcas estão agora sob mais pressão do que nunca para fornecer experiências gratificantes e memoráveis aos clientes. 

Essa melhora passa fundamentalmente pelos meios de pagamento. Com novos formatos, o advento do pix e a ascensão do Open Banking, no Brasil, as companhias têm várias formas de recebimento de valores. Pensando nisso, a Slice, plataforma que permite aos marketplaces e outras empresas criarem seus próprios sistemas de split de pagamentos, orquestrando e customizando de forma a atender melhor seus negócios, traz sete dicas para melhorar a experiência de venda:

 

1. Tem aproximação?

Os consumidores atualmente mostram pouca inclinação para retornar ao uso pré-pandemia de cartões de crédito físicos que exigem recibos em papel e, em vez disso, favorecem métodos sem atrito de pagamento não apenas por bens, mas por serviços. Esses métodos, que reduzem as etapas do processo de compra, incluem carteiras móveis e digitais, pagamentos com um clique, pagamentos recorrentes e por aplicativos. 

“Uma fusão de métodos de pagamento online e offline para que os clientes possam fazer compras, bem como fazer pagamentos, onde e quando desejarem, prevalecerá em 2023”, diz Sérgio Irigoyen, sócio-fundador e CEO da Slice. Alguns números apoiam tal afirmação: de acordo com o Statista, portal internacional de estatísticas de marketing, as empresas processarão US 8 trilhões em pagamentos sem atrito até 2024, um salto significativo em relação aos US 3,9 trilhões em 2020.

 

2. Pensar nas carteiras digitais

Uma pesquisa da consultoria global Capgemini considera que as carteiras digitais responderão por mais da metade de todos os pagamentos de comércio eletrônico em todo o mundo até o final do próximo ano. O número de carteiras digitais mantidas pelos consumidores pode totalizar 4,8 bilhões até 2025, acima dos 2,8 bilhões em 2020, com quase 60% da população mundial devendo ter adotado a tecnologia de carteira móvel nos próximos três anos.

 

3. Pagamentos incorporados aumentam seu alcance

Os últimos anos trouxeram um maior interesse em pagamentos incorporados -- opções de pagamento digital que são incorporadas em aplicativos que não são voltados para transações. Eles são definidos como aqueles disponíveis no checkout em sites de comércio eletrônico, pagamentos baseados em texto ou baseados em circuito fechado em que os comerciantes "possuem" toda a transação. 

“A adoção de soluções de pagamento incorporadas tem sido, até recentemente, vistas principalmente no que alguns analistas chamam de mercados ‘tradicionais’, como varejo, comércio eletrônico e transporte. No entanto, sua demanda está se tornando predominante em outros setores, entre eles saúde, educação, emprego e imóveis. Por isso, é preciso estar atento à tecnologia e fazer parcerias para que se consiga oferecer aos seus consumidores mais essa facilidade”, destaca Irigoyen.

 

4. Tem Pix?

Os pagamentos em tempo real que são iniciados e liquidados quase instantaneamente estão se tornando mais uma realidade do que nunca. Considere as estatísticas: de acordo com a MarketsandMarkets, o mercado global de pagamentos em tempo real explodirá em 2023, disparando para US 25,9 bilhões, aumento de três vezes com relação aos US 6,8 bilhões de 2018. A GrandView Research prevê que o mercado global de pagamentos em tempo real, que ficou em US 10,64 bilhões em 2020, se expandirá em 33% até 2028. 

“A flexibilidade oferecida pelos pagamentos em tempo real aos consumidores e empresas ao fazer e receber transações deverá impulsionar o crescimento das mesmas. Seu poder ajuda as empresas a fortalecer seus fluxos de caixa que, por sua vez, melhoram a eficiência operacional, o orçamento e o gerenciamento geral de caixa”, aponta o sócio-fundador e CEO da Slice.

 

5. Check-out B2B

Alguns pagamentos business-to-business (B2B) ainda estão sendo feitos por cheque em papel, mas o formato tem diminuído consideravelmente. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação de Profissionais Financeiros (AFP) em outubro passado, os cheques representam apenas 33% dos pagamentos B2B nos EUA e no Canadá, abaixo dos 50% em 2013 e 81% em 2004. 

Além disso, mais de 40% dos entrevistados da pesquisa da AFP disseram que suas organizações "muito provavelmente" converterão a maioria dos pagamentos B2B para métodos digitais nos próximos três anos.

 

6. Crescimento da IA

Em todo o mundo, os gastos com inteligência artificial (IA) por governos e empresas chegarão a US 500 bilhões em 2023, de acordo com a IDC Research. As instituições financeiras e os comerciantes continuarão a alavancar a IA para identificar atividades fraudulentas e proteger os dados dos clientes, bem como impulsionar os chatbots para ajudar na aceitação de pagamentos. 

Bancos e cooperativas de crédito também estão confiando fortemente na IA para alcançar e manter a conformidade regulatória, com dois terços das instituições já a introduzindo para esses fins, mostra uma pesquisa do provedor de tecnologia de prevenção de fraudes OneSpan.

 

7. Split Pós-Transacional

Uma solução para companhias mais maduras, onde a liberdade, independência e a capacidade de customização são fundamentais. O modelo de negócio continua internalizado, pois é aplicado no fluxo do dinheiro como um todo, e não somente na transação. 

Desta forma, a empresa consegue que todos os processos de movimentação de valores sejam internos e, com isso, controlar o fluxo independente de quem processa a transação. Neste modelo, a companhia pode customizar toda a experiência como se fosse um Lego, escolhendo, por exemplo, a plataforma de e-commerce, o banco para funding, ou qualquer outro participante do fluxo.

“Ligando, desenvolvendo e organizando os fluxos internos de controle nas diferentes áreas que envolvem dinheiro nas empresas, ele passa a fluir de forma ordenada, automatizada e com a empresa possuindo total controle e visibilidade do seu sistema. É o sistema operacional do dinheiro auxiliando as companhias a terem um maior controle de seu orçamento”, completa Sérgio.

 

 Sérgio Irigoyen - cofundador e CEO da Slice


Publicada lei que permite parcelar empréstimo do Pronampe em 72 meses

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A nova legislação também limita o valor do empréstimo a 30% da receita bruta anual do exercício anterior ao da contratação 

 

Foi publicada nesta segunda-feira, 24/04, a Lei 14.554, que aumenta de 48 para 72 meses o prazo máximo de pagamento dos empréstimos no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O texto ainda prevê uma carência de 12 meses para início do pagamento do empréstimo.

Segundo o Sebrae, há previsão de contratação de mais de R$ 50 bilhões em créditos em 2023 e 2024. “Uma das condicionantes da lei é a preservação de postos de trabalho, pois o mutuário deve manter a quantidade de empregados em número igual ou superior ao que existia no último dia do ano anterior ao da contratação da linha de crédito”, diz Décio Lima, presidente do Sebrae.

Ele ainda complementa que os empregos devem ser mantidos entre a data da contratação e o 60º dia após o recebimento da última parcela da linha.

Além do prazo e da carência, a publicação ainda estipula como limite do valor que poderá ser emprestado 30% da receita bruta anual do exercício anterior ao da contratação e como taxa de juros que poderá ser aplicada a Selic mais 6% ao ano, que com o índice da taxa atualmente praticada será de 19,75% ao ano.

O crédito obtido no Pronampe pode ser usado para investimentos, como a compra de equipamentos e a realização de reformas; para despesas operacionais, como o pagamento de salários dos funcionários, pagamento de contas e a compra de mercadorias. É proibido o uso destes empréstimos visando a distribuição de lucros.

As instituições financeiras participantes do Pronampe poderão formalizar e prorrogar operações de crédito em seu âmbito nos períodos e nas condições estabelecidos em ato que ainda será publicado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Para concessão de crédito no âmbito do Pronampe durante o período de janeiro a abril, quando o cronograma de entrega do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) nos sistemas da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil ainda está em aberto, será permitido às instituições financeiras aceitar a declaração de faturamento dos contratantes do programa relativa ao ano-calendário imediatamente anterior ao que está sendo entregue à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil no referido período.

 

Agência Sebrae


Para especialista, manipulação de resultados de partidas do Campeonato Brasileiro "gera prejuízos coletivos ao país"

Advogado Filipe Senna acredita que a regulamentação das apostas esportivas pode trazer novas ferramentas para evitar ou mitigar o crime


Na última terça-feira (18), o Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou uma operação para cumprir três mandados de prisão preventiva contra envolvidos na manipulação de resultados de jogos de futebol. “Poucos meses após a realização da Operação Penalidade Máxima para verificar supostas manipulações na série B do Campeonato Brasileiro, agora entra em cena a Penalidade Máxima II, que busca investigar manipulações na série A e em cinco campeonatos estaduais”, explica o advogado especialista em Direito de Jogos Filipe Senna, sócio do Jantalia Advogados.

De acordo com a investigação, atletas cooptados recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para cumprirem determinadas ações durante o jogo – como provocar o recebimento de cartão ou cometer um pênalti.

Para Filipe Senna, as operações “reacendem um importante debate sobre a regulamentação das apostas esportivas no Brasil e sobre a fiscalização e controle de manipulações de resultados que possam ocorrer em competições esportivas brasileiras” – que, segundo ele, “geram prejuízo coletivo ao país”.

O especialista detalha os maiores prejudicados. “As casas de apostas esportivas acabam sendo vítimas dessas manipulações de resultados, pois há uma grande diferença entre os valores pagos em um evento cujos resultados foram manipulados ou não – há uma grande dissociação das estatísticas ali verificadas. Os consumidores comuns também são prejudicados, pois se baseiam na análise de um evento a partir da circunstância natural e não de uma interferência externa para manipular estatísticas e resultados da partida.”

O especialista lembra que a manipulação de resultados “já é abordada no Estatuto do Torcedor [Lei nº 10671 de 15 de maio de 2003] com uma pena de dois a seis anos de detenção para quem manipula os resultados – e que abrange tanto jogadores, pessoas da comissão técnica e até árbitros”.

“Com isso, a regulamentação das apostas esportivas pode trazer novas ferramentas para evitar ou mitigar essas situações de manipulação de resultados, como instruções educacionais aos jogadores desde o início de sua carreira na base dos times, e também penas mais rigorosas àqueles que se aventuram a manipular resultados”, conclui o Filipe Senna

 

Fonte:
Filipe Senna - advogado com atuação especializada nas áreas de Direito de Jogos, Direito Cooperativo e Tribunais Superiores. Sócio do Jantalia Advogados. 

Tecnologia avança no campo e facilita rotina do trabalhador rural

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Mecanismos tecnológicos estão ajudando na implementação de pautas sustentáveis e incrementando a rotina de trabalho nas zonas rurais


Se durante muito tempo o campo era representado como antiquado, hoje o cenário é outro. Nos últimos anos, a tecnologia tem dominado pastos e lavouras, marcando presença em diferentes setores e modernizando a forma de consumo e trabalho na zona rural. As novidades tecnológicas já fazem parte da rotina agrária e auxiliam na execução de tarefas e outras atividades. 

O avanço da tecnologia nessas regiões tem sido a peça-chave para aproximar mais os jovens das temáticas rurais. Engajados e preocupados com o futuro, eles têm apostado em carreiras específicas e pensado em soluções que unam a tecnologia à vida no campo. 

Além disso, soluções que orientam sobre sustentabilidade, ajudam no trabalho agrícola, aumentam a conectividade e abrem novas oportunidades de emprego já são vistas na zona rural graças à tecnologia. 

Tecnologia sustentável

Os jovens das zonas rurais foram, durante muito tempo, retratados em filmes e novelas como aqueles que, após os estudos, trocavam a vida no campo pela cidade grande. No entanto, o avanço tecnológico mudou esse cenário e trouxe uma nova perspectiva.

A tecnologia agora aparece em diferentes atividades agrárias, auxiliando os produtores e trabalhadores rurais nas produções e demais processos do trabalho. Softwares, hardwares, aplicativos, drones e inteligência artificial já fazem parte da rotina de quem trabalha nessas áreas e, na maioria dos casos, são sugeridos pela população mais jovem. 

Esse fenômeno está acontecendo mundialmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, um estudo realizado pela National Young Farmers Coalition sobre os impactos dos jovens na agricultura apontou que eles estão transformando o modelo de produção de alimento, ao buscar formas de tornar a agricultura mais eficiente, rentável, moderna e sustentável. 

Esse movimento também acontece graças à introdução da Agricultura de Precisão (AP), processo responsável por monitorar atividades agrícolas por meio da utilização de tecnologias avançadas. A AP chama a atenção dos jovens engajados em pautas sociais que se preocupam com o futuro da zona rural.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a agricultura de precisão auxilia no entendimento das condições ideais para cultivo, assegurando a aplicação de defensivos, o monitoramento de pragas, a irrigação e outros aspectos que possam causar danos ao plantio e à vida no campo.

Iniciativas na educação também estão favorecendo a inclusão da tecnologia na área rural. Uma cartilha elaborada pelo Projeto Pequi, vinculado ao Laboratório de Sistemas Socioecológicos do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, traz algumas práticas de tecnologia sustentável que podem ser aplicadas com poucos recursos financeiros para a conservação ambiental em diferentes áreas, inclusive na rural. 

A cartilha apresenta sugestões tecnológicas para captação de água pluvial, aquecimento solar, biogestão e compostagem, mas também abre horizontes para novas ideias. A tecnologia pode, por exemplo, ser empregada para o uso dos resíduos captados pelo serviço de limpa fossa

Tecnologia como aliada do trabalhador rural

Na agricultura, mecanismos tecnológicos possibilitam aos trabalhadores rurais um apoio nas operações agrícolas, na preparação do solo, na colheita e também na distribuição dos produtos. Além disso, a tecnologia também permitiu que muitos produtores pudessem monitorar de perto a qualidade e a quantidade da produção, reduzir desperdícios e usar recursos de formas mais eficientes. 

As vantagens do digital na área rural são inúmeras, mas as primeiras a serem notadas por esses trabalhadores são a maximização da rentabilidade e a garantia de sustentabilidade nos processos. 

Outro aspecto importante é a economia de tempo e trabalho. Com os recursos tecnológicos e a ampliação da conectividade nas áreas rurais, a comunicação entre produtores, operadores e agrônomos se tornou mais prática e eficiente. 

Aumento de postos de trabalho 

O avanço da tecnologia no campo também possibilitou o surgimento de novos postos de trabalho. Com ferramentas cada vez mais especializadas e próprias para o uso rural, surge a necessidade de profissionais capacitados para monitorá-las na rotina de trabalho. 

Em 2022, as perspectivas eram que, nos próximos dois anos, o agronegócio brasileiro abrisse mais de 100 mil vagas no setor de novas tecnologias. Esse movimento, também impulsiona a educação a preparar cursos que capacitem os trabalhadores no campo para atuarem nessas frentes. O curso da Federação da Agricultura de Goiás, por exemplo, já ensina os estudantes a desenvolver e administrar novas tecnologias para o agronegócio.


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