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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Obstrução da via lacrimal: saiba quando identificar e tratar o problema

O canal lacrimal faz parte de uma delicada e complexa estrutura que compõe o olho humano. Atuando como uma espécie de duto, esse sistema liga a superfície ocular com o nariz, realizando a drenagem da maior parte do líquido lacrimal dos olhos para a área interna nasal. No entanto, o canal pode ter sua passagem obstruída, causando alguns desconfortos. 

Segundo Cícero Narciso, médico oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, essa situação é mais recorrente entre recém-nascidos e crianças de até 3 anos, podendo acarretar também pessoas adultas, especialmente na casa dos 50 anos. 

“Não existe uma concordância sobre as causas da obstrução, pois ela pode acontecer de forma adquirida, em pessoas adultas, ou congênitas, pré-nascimento”, complementa o médico. 

Dentre os sintomas da obstrução, o médico elenca os principais e mais observados nesses casos. “Você pode começar tendo um lacrimejamento excessivo, ou epífora como é classificado na medicina ocular. Em seguida, o quadro pode evoluir para uma secreção, “olho húmido”, visão borrada ou turva, irritação ocular, olhos grudados ao acordar, infecções regulares do saco lacrimal e até desenvolver um pequeno relevo perto do nariz”, discorre.

O tratamento para a causa, ocorre conforme o quadro de cada paciente. Cícero aponta que em recém-nascidos com obstrução congênita, por exemplo, o problema tende a se resolver de forma espontânea ou com massagem, no caso de crianças com até 1 ano de idade, para maiores é indicado a sondagem cirúrgica do canal lacrimal.

“Já no caso de adultos,  o tratamento depende da localização e/ou causa da obstrução da via lacrimal, podendo serem realizadas soluções como punctoplastia, Dacriocistorinostomia ou Conjuntivo-dacriocistorinostomia”, conclui. 

  

Núcleo de Oftalmologia

 

45% da população mundial sofre com doenças bucais preveníveis

Dados são de relatório da Organização Mundial da Saúde; especialista reforça cuidados essenciais para manter a saúde bucal em dia, o ano inteiro

 

Os cuidados com a saúde bucal, muitas vezes deixados em segundo plano, são fundamentais para a saúde integral, e podem prevenir o surgimento de doenças periodontais. Cerca de 45% da população mundial (algo em torno de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo) é afetada pelas doenças bucais não transmissíveis, em todas as etapas da vida. Os dados são do Relatório Global de Saúde Bucal da Organização Mundial da Saúde (GOHSR)[1], publicado no final de 2022 e que fornece uma ampla visão sobre o cenário de desafios e oportunidades de progresso da cobertura universal de acesso à saúde bucal.

 O que muitas pessoas não sabem – e que o relatório reforça – é que ao negligenciar a saúde bucal, elas favorecem o desenvolvimento de doenças que poderiam ser facilmente evitadas e, com isso, tratadas precocemente, culminando em uma resposta mais eficiente e econômica. A odontologista Paola Ferreira Chaccur, coordenadora clínica da Prime Clinic – rede de clínicas de odontologia especializada, parte da Care Plus, que desde 2016 pertence ao grupo britânico Bupa –, explica que a visita regular ao consultório odontológico é uma das principais medidas para garantir um sorriso saudável. “Quando o paciente realiza o check-up regularmente, normalmente não há nenhuma queixa e o foco da consulta se torna apenas o acompanhamento e a profilaxia (limpeza)”.

 Além do acompanhamento regular, a coordenadora clínica da Prime Clinic aponta, ainda, para cuidados simples, como a escovação adequada, com uso do fio dental, três vezes ao dia. De acordo com a Dra. Paola, a má escovação leva ao acúmulo de placa na região. “Esse acúmulo leva o paciente a apresentar dificuldades para passar o fio dental entre os dentes, favorecendo o sangramento gengival, dor ou sensibilidade ao ingerir alimentos gelados, quentes ou doces”. De acordo com o relatório global da OMS, as doenças bucais mais comuns são as doenças periodontais, as cáries e o câncer bucal.

 A própria OMS reforça que a saúde bucal é integrada à saúde global e contribui para que as pessoas convivam socialmente e alcancem seus potenciais sociais e laborais. “A saúde bucal engloba dimensões psicossociais, como a autoconfiança, o bem-estar e a habilidade de socializar e trabalhar sem qualquer tipo de dor, desconforto e, inclusive, vergonha devido à perda de dentes ou problemas bucais similares e que abalam a autoestima e qualidade de vida”, defende Paola Chaccur.

 

Prime Clinic

Proibição da prescrição de anabolizantes

 

Nesta terça-feira (11), foi publicado no Diário Oficial da União, uma decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 30 de março, que proíbe a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA), para pessoas que buscam melhora de desempenho atlético e físico, profissionais ou amadores. 

Nos últimos anos, vem ocorrendo um aumento do uso de hormônios anabolizantes para fins estéticos, tanto para homens como para mulheres. Isso trouxe preocupação a Sociedades Médicas e ao CFM com relação à segurança deste uso.  

De acordo com Francisco Tostes (@doutortostes), médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), os hormônios podem ser utilizados por via injetável (intramuscular), transdérmica (gel/creme aplicado na pele), por via oral ou através de pellets/implantes que são aplicados sob a pele e liberam o hormônio ao longo de 6 meses a 1 ano.  

Os hormônios esteróides (derivados da testosterona) são indicados para casos de deficiência hormonal ou outras condições consumptivas em que o efeito anabolizante é necessário, como em caquexia em pacientes oncológicos, por exemplo.  

Segundo Thomáz Baêsso, médico cirurgião atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, estas substâncias são muito úteis na prática clínica para algumas doenças e condições clínicas, como em indivíduos sarcopênicos com baixa massa magra, pois esse hormônio diminui a chance do paciente ter fraturas ósseas e outras doenças relacionadas à deficiências hormonais de testosterona.   

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, em entrevista ao portal EU Atleta, completa ao apontar que as substâncias seguem liberadas, dentro de condições respaldadas por sintomas e exames laboratoriais, em casos de: 

·       Mulheres com transtorno sexual hipoativo (que gera queda de libido), incluindo as que estão na menopausa e não conseguiram resolver o problema com outros tipos de reposição hormonal;

·       Homens com hipogonadismo, condição em que a redução dos níveis de testosterona é acompanhada de sintomas que vão de alterações de humor a aumento da circunferência abdominal, passando também pela perda de libido;

·       Pessoas de qualquer idade com osteoporose grave;

·       Pessoas de qualquer idade com sarcopenia grave.

 

Guilherme lista os riscos do uso indiscriminado, que passam por alterações físicas e de saúde: 

·       Aumento da pressão arterial, levando a um estado de hipertensão;

·       Formação de placas (ateromas) nas artérias;

·       Aumento do colesterol;

·       Maior risco cardíaco, em consequência das situações acima. Especialmente de desenvolvimento de doença arterial coronariana;

·       Risco de falência renal em consequência do aumento da pressão arterial e da retenção de sódio;

·       Sobrecarga no fígado, causando hepatite medicamentosa, especialmente nos casos de anabolizantes orais, que são metabolizados pelo fígado;

·       Alteração de comportamento, com possibilidade de a pessoa ficar mais agressiva e agitada;

·       Risco de infertilidade;

·       Possibilidade de aumento da queda de cabelo e da calvície;

·       Acne;

·       Voz grossa;

·       Em caso de atletas profissionais, doping.

 

 



FONTES:

Francisco Tostes (@doutortostes) - médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais).

O médico endocrinologista e sócio do Instituto Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é graduado há mais de 14 anos em medicina pela Faculdade Souza Marques e tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção ou empregando o que há de melhor no tratamento de doenças e outros problemas.

Thomáz Baêsso - médico cirurgião atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual. CRM: 235249.

Guilherme Renke (@endocrinorenke) - sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia. Sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais, médico formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC). Também possui aprimoramento em Endocrinologia pela Harvard Medical School, Post Graduate Course Obesity Medicine (Boston, EUA) e pelo American Board of Obesity Medicine (EUA). Dr. Renke também é pesquisador aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ (Inovações no esporte 2012).




REFERÊNCIAS:

Achilli C, Pundir J, Ramanathan P, Sabatini L, Hamoda H, Panay N. Efficacy and safety of transdermal testosterone in postmenopausal women with hypoactive sexual desire disorder: a systematic review and meta-analysis. Fertil Steril. 2017 Feb;107(2):475-482.e15. doi: 10.1016/j.fertnstert.2016.10.028. Epub 2016 Dec 1. PMID: 27916205.

Ring J, Heinelt M, Sharma S, Letourneau S, Jeschke MG. Oxandrolone in the Treatment of Burn Injuries: A Systematic Review and Meta-analysis. J Burn Care Res. 2020 Jan 30;41(1):190-199. doi: 10.1093/jbcr/irz155. PMID: 31504621.

Shalender Bhasin, Juan P Brito, Glenn R Cunningham, Frances J Hayes, Howard N Hodis, Alvin M Matsumoto, Peter J Snyder, Ronald S Swerdloff, Frederick C Wu, Maria A Yialamas, Testosterone Therapy in Men With Hypogonadism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, Volume 103, Issue 5, May 2018, Pages 1715–1744, https://doi.org/10.1210/jc.2018-00229


Diagnóstico precoce evita cegueira

Campanha Abril Marrom traz alerta para preservar a saúde ocular da população.

 

A visão é uma importante questão de saúde pública. Responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente e por isso é um sentido essencial para nossa autonomia, desenvolvimento cognitivo e produtividade.  Ainda assim, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que 95 milhões de pessoas no mundo são cegas ou deficientes visuais. 

De acordo com o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas a estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o especialista faz parte, é de que o Brasil tem 1,5 milhão de cegos e deficientes visuais graves. Para alertar a população sobre os riscos das doenças oculares, todo ano a comunidade oftalmológica se organiza em torno da campanha “Abril Marrom”, levando informações à população para  preservar a saúde dos olhos.

 

O oftalmologista afirma que a boa notícia é que 75% da cegueira já instalada é tratável. “Este é o caso da catarata, maior causa de perda da visão no mundo” saliente. A doença geralmente resulta do envelhecimento combinado com stress oxidativo que tornam opaca a lente interna de nosso olho, o cristalino. Mas estes não são os únicos fatores de risco. Outros elencados por Queiroz Neto são:

·         Diabetes que dobra a chance de contrair catarata por favorecer a aglomeração de proteínas do cristalino.


·         Hábito de expor os olhos ao sol sem lentes que filtrem a radiação ultravioleta que aumenta em 60% a chance de desenvolver catarata.


·         Stress pelo aumento da produção de radicais livres.


·         Doenças autoimunes por serem tratadas com corticoides que criam depósitos na lente do olho.

·         Excesso de sal que dificulta a pressão osmótica entre as células do cristalino.


·         Fumar – pelo aumento do stress oxidativo.

 

O diagnóstico é feito durante um exame de rotina e o tratamento é sempre cirúrgico. O oftalmologista explica que o procedimento substitui o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular flexível que restaura por completo a visão, eliminando inclusive a presbiopia ou vista cansada que dificulta a leitura após os quarenta anos e os vícios de refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo.


 

O risco do glaucoma


Queiroz Neto ressalta que outra enfermidade perigosa é o glaucoma. Ocorre quando há  dificuldade de escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Isso leva ao aumento da pressão intraocular que comprime o nervo óptico e causa a morte de suas células, levando à perda permanente do campo visual. Por isso, quem tem glaucoma enxerga como se estivesse olhando o mundo através de um olho mágico. O problema, alerta, é que não existe tratamento que recupere as células do nervo óptico e mais da metade dos portadores só descobrem a doença em estágio avançado. Quem tem casos na família, é afrodescendente ou descendente de asiáticos deve passar por exames anuais a partir dos quarenta anos porque o glaucoma se concentra nestes grupos, pontua.

O oftalmo afirma que outros fatores de risco do glaucoma são hipotensão arterial que leva à perda mais rápida das fibras do nervo óptico, miopia, tabagismo, apneia do sono, café e diabetes. Para interromper a perda da visão são indicados colírios que mantém a pressão intraocular em nível normal, entre 10 e 21 mmHg e devem ser ser usados continuamente.


 

Retinopatia diabética e degeneração macular


O oftalmologista ressalta que após 10 anos do diagnóstico do diabetes pode surgir retinopatia diabética que acomete 4 milhões de brasileiros. A doença provoca alterações nos vasos sanguíneos da retina que se tornam tortuosos. Se não for tratada com injeções de antiangiogênicos que são aplicadas diretamente no olho, pode culminar em atrofia do nervo óptico e cegueira irreversível. Importante ressaltar, comenta, que nas fases inicias não apresenta nenhum tipo de sintoma

Queiroz Neto explica que conforme envelhecemos a retina pode receber menos oxigênio e, para compensar essa deficiência, os vasos sanguíneos começam se reproduzir descontroladamente. É a degeneração macular relacionada à idade que geralmente surge a partir dos 50 anos. É mais comum entre fumantes, pessoas de pele e olhos claros, quem tem casos na família, obesos ou já sofreu algum acidente nos olhos. Os primeiros sinais são manchas escuras que sinalizam emergência médica.


 

Cuidados na infância


Engana-se quem pensa que nos primeiros anos de vida uma criança não precisa de cuidados com os olhos se já passou pele teste do olhinho na maternidade. Queiroz Neto afirma que os olhos se desenvolvem até a idade de 8 anos e nos primeiros anos de vida a criança pode desenvolver estrabismo e ambliopia que devem receber pronto atendimento. Isso porque, o estrabismo atrapalha a visão e a cirurgia só tem efeito na acuidade visual se for realizada na infância. Já a ambliopia é a anulação do olho de menor visão pelo cérebro. Caso não receba tratamento com a oclusão do olho de melhor visão para estimular o outro, leva à cegueira do olho mais fraco. Queiroz Neto finaliza lembrando aos pais que atualmente as salas de aula são menores e por isso a professora pode não perceber que uma criança é míope. Hoje há vários tratamentos para miopia que interrompem a evolução do grau. Cuidar da visão das crianças é essencial para que se tornem adultos plenos, conclui.


Casos graves de câncer de mama aumentam 26% no Brasil

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Levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a partir de dados do DataSUS, reforça que diagnósticos não realizados na pandemia têm levado a doença se manifestar antes do que esperava a comunidade médica


Estudo inédito realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) comprova aumento de cerca de 26% nos casos de câncer de mama nos estágios mais graves da doença. O artigo, publicado no International Journal Public Health (IJPH), a partir da análise de dados do DataSUS do Ministério da Saúde, demonstra que a redução do número de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos períodos mais críticos da pandemia contribuiu para que novas ocorrências da doença se manifestassem antes do esperado pela comunidade médica. A situação também expõe a necessidade de aprimoramento da saúde pública. “Da forma como o cenário se mostra, o que se espera do Ministério da Saúde são atitudes proativas, com a implementação de um novo modelo de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer”, afirma o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM.

O artigo “Covid-19 e o câncer de mama no Brasil”, recém-publicado  no IPJH, é o primeiro estudo no País a avaliar individualmente todas as regiões do território nacional, destacando as consequências da pandemia no diagnóstico e tratamento da doença.

Em conjunto com Aline Ferreira Bandeira Melo Rocha, Glalber Luiz Rocha Ferreira, Danielle Cristina Netto Rodrigues e Rosemar Macedo Sousa Rahal, Ruffo Freitas-Junior constatou no estudo que o número de mamografias realizadas por mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária que constitui a população-alvo para a detecção precoce do câncer de mama, diminuiu significativamente nos períodos críticos da pandemia. Em 2020, foram feitos 1.613.119 exames no serviço público de saúde no Brasil, número 40% inferior às mamografias em 2019 (2.658.289). Em 2021, foram 2.189.734, 18% menor na comparação com 2019, indica o levantamento.

Antes da pandemia, os estadiamentos mais agressivos de câncer de mama representavam 40,8% dos casos. Entre 2020 e 2021, confirma o novo levantamento da SBM, os estágios III e IV são 51,5% dos diagnósticos, de acordo com dados analisados no DataSUS, Departamento de Informática do SUS que monitora o tratamento da doença no Brasil. “A situação, que era ruim, piorou ainda mais. Atualmente, há um avanço de aproximadamente 26% nos estágios III e IV, os mais graves”, afirma.

A análise do avanço de ocorrências nos estágios III e IV por regiões brasileiras revela que o Centro-Oeste desponta com 21,3%. O Nordeste aparece com 10,3%; o Norte, 16,6%. No Sudeste, o crescimento foi de 11,2% e 6,2% no Sul. “Em todas as regiões, exceto no Sul, o percentual de casos em estágios III e IV superou os estágios I e II durante a pandemia”, destaca.

Para o mastologista, os efeitos negativos da pandemia no diagnóstico e tratamento do câncer de mama ocorrem antes do esperado. “Quando constatamos o aumento nos estágios III e IV, consideramos consequências como mastectomias totais, gastos elevados com tratamentos por parte do governo e, o pior dos cenários, o crescimento do número de mortes”, pondera.

Na avaliação de Freitas-Junior, é preciso implementar um modelo de saúde pública totalmente renovado para o diagnóstico e tratamento de câncer no Brasil. O médico destaca que o SUS não dispõe, por exemplo, de uma ferramenta que avise as mulheres na faixa dos 50 a 69 anos sobre o momento de fazer os exames e, assim reduzir a falta de rastreamento mamográfico, meio para detectar uma doença que tem alto índice de cura quando diagnosticada precocemente.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todas as regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 73.610 novos casos da doença até o fim deste ano.

“As políticas públicas são muito falhas. Enquanto isso, os profissionais de Saúde convivem com a expectativa de aumento de casos que, infelizmente, acaba se comprovando ano após ano no Brasil há várias décadas”, finaliza Ruffo Freitas-Junior.

 

Beijo de língua pode transmitir até 1 milhão bactérias pela boca; entenda

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Saiba mais sobre o Dia do Beijo e o que fazer manter sua saúde bucal em dia e dar aquele beijo perfeito



Hoje, 13 de abril, é comemorado o Dia do Beijo em todo o mundo. A data foi criada em 1882, pelo artista italiano Enrique Porchelo para celebrar a arte do beijo em todas as suas formas e expressões. Desde então, tem sido celebrado anualmente em diversos países como uma forma de celebrar o amor, a paixão e o carinho entre as pessoas.

É um dia de descontração, de amar e de dar muitos beijos apaixonados. No entanto, é preciso cuidado. Isso porque, de acordo com os especialistas, a língua - essencial para um beijo perfeito - é considerada um dos órgãos mais sujos do corpo humano.

De acordo com um estudo publicado em 2014 no periódico médico “Journal of Clinical Microbiology”, a boca de uma pessoa pode conter até 1 bilhão de bactérias por mililitro de saliva. Na língua, elas ainda podem ser encontradas em cerca de 700 espécies diferentes.

Geralmente essas bactérias não são nocivas à saúde bucal. No entanto, é necessário estar atento aos pequenos cuidados para manter estes germes afastados.

O que causa bactérias nocivas na língua?

Alguns hábitos do dia a dia podem ocasionar a proliferação de bactérias nocivas neste órgão. Higiene bucal inadequada, com falta de escovação regular dos dentes e da língua, é um deles.

Além disso, o consumo de alimentos ricos em açúcar pode prejudicar a saúde da boca. Segundo o periódico “Journal of the American Dental Association”, açúcares como sacarose e glicose estão associados ao maior crescimento de bactérias orais em comparação com açúcares como frutose e xilitol.

Uma boca seca também é um ambiente favorável para o crescimento de micro-organismos prejudiciais, ocasionando problemas como cáries e mau hálito. Além de neutralizar o pH da boca, a saliva ajuda a eliminar restos de alimentos e evita a formação de placa bacteriana.

Vale ressaltar que diversos estudos científicos, como um artigo publicado na revista “Archives of Oral Biology” em 2017, relatam que o uso de antibióticos é uma causa comum de xerostomia — ou boca seca. Por isso, seu consumo de água merece atenção redobrada ao ingerir tais medicamentos.

Por fim, um sistema imunológico enfraquecido também resulta na proliferação de bactérias indesejadas em sua cavidade bucal. Isso porque, com a imunidade baixa, você possui menos células de defesa.


Quais são os sintomas de bactérias na boca?

Se você suspeita que esteja lidando com uma infecção bacteriana prejudicial em sua boca, aqui estão alguns sinais aos quais você deve se atentar. (Lembre-se de sempre consultar os profissionais do seu plano dental para obter um diagnóstico preciso!):

Mau hálito: Um sintoma clássico de que há algo errado com sua saúde bucal é a presença de mau hálito. Se sua respiração sempre parece ser malcheirosa, independentemente de quantas vezes você escove os dentes, você pode ter um problema de saúde. O mesmo vale para o gosto ruim persistente na boca;

Placa bacteriana: A sujeira persistente nos dentes é resultado do acúmulo de bactérias e pode endurecer e resultar em tártaro, um problema mais sério que requer acompanhamento especializado;

Aftas: Apesar de nem sempre estarem relacionados às bactérias, pequenos ferimentos nas cavidades bucais podem ser resultado delas, que irritam a mucosa oral;

Gengivite: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 90% das pessoas adultas lidam ou já lidaram com a inflamação nas gengivas em algum momento de suas vidas. Essa condição pode ocasionar vermelhidão, inchaço e sangramento bucal;

Dentes sensíveis: Algumas bactérias produzem ácidos que podem corroer o esmalte dos dentes e causar sensibilidade e cáries;

Glossite: Essa doença que afeta a língua pode ser causada por infecções bacterianas, virais, alergias ou outras razões, como alergias. Quem sofre com glossite pode apresentar fissuras, inchaço e inflamação no órgão e dificuldade na fala.


Tipos de bactérias bucais

Conforme mencionado anteriormente, nem todas as bactérias presentes na boca são prejudiciais à saúde. Dentre aquelas espécies inofensivas, destacam-se espécies como a Streptococcus salivarius, que ajuda a prevenir a formação de cáries.

No entanto, outras espécies podem ser grandes vilãs de sua saúde bucal, ocasionando todos os sintomas vistos acima e mais. Por exemplo:

Fusobacterium nucleatum: Essa espécie se alimenta de restos de comida e pode causar mau hálito;

Streptococcus mutans: Essas bactérias se alimentam de açúcares e produzem os ácidos que corroem o esmalte dos dentes. Também podem ser causadoras de glossite;

Porphyromonas gingivalis: Também se alimenta de restos de comida e favorece a inflamação das gengivas, podendo levar à perda dental.


Quando essas e outras bactérias se multiplicam de forma descontrolada, condições prejudiciais à saúde podem ser contraídas. É o caso de cáries — que podem levar à perda de dentes — e outras doenças que afetam para além da boca.

Doença periodontal (inflamação das gengivas), infecções dentárias e infecções das glândulas salivares são exemplos de tais condições. Quando não tratadas, suas bactérias podem penetrar a corrente sanguínea e afetar órgãos como coração e pulmões.

Como prevenir e tratar as bactérias bucais

Para manter a saúde de sua boca — e, consequentemente, de todo o organismo! —, é necessário se atentar à higiene bucal.

Mantenha uma rotina saudável de cuidados bucais, com escovação de duas a três vezes por dia e uso de enxaguante bucal sob recomendação de seu dentista.

A raspagem de língua também é uma grande aliada no combate às bactérias. A técnica evita o mau hálito, elimina a placa bacteriana e pode até mesmo melhorar seu paladar, já que livra a língua de bactérias.

Além disso, consultar-se com um profissional regularmente é indispensável para manter a sua saúde bucal em dia e aproveitar o Dia do Beijo da melhor forma: beijando!


Carolina Peres 


Segurança de alimentos: veja como evitar problemas na saúde

Os cuidados vão desde o plantio, fabricação, compra, armazenamento até o consumo

 

A segurança dos alimentos envolve diversos fatores que vão desde a sua produção, manipulação, armazenamento, embalagem, transporte até a venda. Todos esses quesitos devem seguir as boas práticas de fabricação e garantir os padrões de qualidade. Na hora de comprar, armazenar e consumir, eles precisam estar livres de perigos biológicos, químicos ou físicos, e não oferecer danos à saúde de quem os consumir.  

Para fugir aos perigos alimentares, deve-se considerar os fatores inerentes aos alimentos e as características do ambiente, ressalta a nutricionista Sibery dos Anjos. “A quantidade de água, natureza física, como cor, forma, textura, impurezas, além das características bioquímicas. É importante ficar atento a aparência do alimento e observar se a embalagem está em boas condições”, completa.  

A especialista acrescenta que o consumidor precisa também ter o hábito de ler o rótulo para atestar as informações. “Tanto sobre a validade do produto, como referente ao selo de algum órgão fiscalizador, a exemplo da Anvisa, que é responsável pela inspeção, fiscalização e controle de riscos”. 

Sibery reforça que toda a etapa do produto, do plantio à fabricação, até chegar às mãos do consumidor, deve ser feita de maneira a garantir a segurança. “De nada adianta a indústria se cercar de todos os cuidados do mundo na produção de um biscoito, por exemplo, se um supermercado o vende fora da validade ou, ainda, com a embalagem comprometida”, alerta. 

A indicação é que ao chegar em casa os cuidados continuem. É quando o consumidor deve conservar e higienizar corretamente para manter o alimento seguro e saudável, bem como evitar a proliferação de fungos e bactérias. “Manter a pia e a cozinha limpas, lavar e desinfetar bem as frutas, verduras e legumes antes de armazená-los e de serem consumidos. É necessário também guardar os alimentos na temperatura adequada para evitar a proliferação de microrganismos”. 

A nutricionista Sibery dos Anjos, que também é coordenadora do curso de Nutrição na UniFTC, em Juazeiro, lembra que um dos vilões da saúde causados pela ingestão de alimentos contaminados são as Doenças Veiculadas por Alimentos ( DVAs). “As DVAs devem ser combatidas sistematicamente, interrompendo as intoxicações alimentares, doenças infecciosas, alérgicas e nutricionais. Desta forma, é essencial buscar seguir as recomendações acerca da segurança dos alimentos para evitar problemas na saúde, bem como, garantir mais qualidade de vida”, conclui.


 

Gordura no fígado pode ser prevenida com mudança no estilo de vida

Condição de saúde atinge cerca de 30% da população mundial e, se não tratada, pode evoluir para quadros mais graves 

 

Talvez o termo esteatose hepática não soe tão familiar, mas se falarmos em gordura no fígado certamente você dirá que já ouviu falar, né? É uma enfermidade muito comum, mas nem todo mundo sabe do que se trata. Por isso, a médica gastroenterologista da Prevent Senior, Ariani Bernachi, esclarece tudo sobre o assunto.


O QUE É

A esteatose hepática é uma condição de saúde que ocorre quando há acúmulo de gordura no interior das células do fígado, órgão responsável por exercer mais de 500 funções fundamentais para o organismo. A presença de gordura no órgão é normal, mas quando atinge o índice de 5% ou mais, o quadro demanda avaliação médica.

O aumento da gordura no fígado pode resultar em inflamação e evoluir para doenças graves como cirrose hepática, hepatite gordurosa e câncer.

Entre as principais causas da esteatose hepática estão o consumo crônico de álcool, colesterol alto, aumento de triglicérides, hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e obesidade.


CUIDANDO DO FÍGADO

Para evitar o acúmulo de gordura no fígado, é necessário adotar alguns hábitos como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Há também outras dicas. Confira:

- Evite o consumo excessivo de sódio, gordura e açúcar;

- Substitua refrigerante e sucos artificiais por água ou sucos naturais;

- Invista em frutas e legumes;

- Evite alimentos industrializados e ultraprocessados;

- Consuma alimentos ricos em fibras;

- Pratique exercícios físicos diariamente;

- Tenha um sono equilibrado.

A médica gastroenterologista da Prevent Senior Ariani Bernachi destaca a importância de o paciente saber que toda caloria excedente que ingerir será transformada em gordura. “Muitas vezes a pessoa diz ‘eu não como gordura, não sei porque tenho gordura no fígado’, sendo que açúcar, massa e álcool, por exemplo, podem ser transformados em gordura pelo órgão”, explica a especialista.


OS SINTOMAS

A doença pode ser silenciosa ou mesmo apresentar alguns sintomas como:

- Cansaço e fraqueza;

- Redução no apetite;

- Dor ou desconforto na parte superior direita do abdômen.

Em quadros mais avançados, quando o órgão atinge estágio de insuficiência hepática (cirrose), o paciente pode sofrer com acúmulo anormal de líquido no abdômen, hemorragia, icterícia (olhos e pele amarelados) e até confusão mental.


FATORES DE RISCO

A médica Ariani Bernachi esclarece que a esteatose hepática é mais comum após os 40 anos de idade e atinge tanto homens como mulheres. Ela também explica que a condição está muito relacionada ao sobrepeso e obesidade, diabetes, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides alterados) e hipertensão arterial.

Porém, a inexistência desses fatores de risco no paciente não impede que ele desenvolva a doença, pois a hereditariedade também pode contribuir para o aumento do nível de gordura no físico.


DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico é atestado por exames de imagem abdominal, que podem ser ultrassonografia ou tomografia.

O paciente também pode ser submetido a exames de sangue para medição do nível de enzimas hepáticas.

Não existe tratamento específico que tenha sido desenvolvido exclusivamente para gordura do fígado. Nos pacientes que necessitam de medicação, o médico pode utilizar tratamentos indicados para outras patologias, como diabetes e colesterol alto.

A mudança para um estilo de vida saudável continua sendo a melhor forma de prevenção e tratamento.


A PREVENT SENIOR

A operadora de saúde especialista em pessoas. A Prevent Senior atua há 26 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos Atendimentos Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados. A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Consultas gratuitas em Niterói no Dia de Combate ao Câncer

Evento terá exames e palestras para a população com médicos renomados 

 

No próximo dia 15 de abril, a unidade da Oncomed em São Francisco, Niterói, junto com a Pró-Onco Mulher, irão realizar consultas gratuitas nas especialidades de Mastologia, Ginecologia, Urologia e Geneticista das 9h às 14h. 

O evento que tem a missão social de trazer saúde e qualidade de vida para as pessoas terá uma mesa-redonda com debate multiprofissional sobre prevenção e enfrentamento do câncer e contará com a participação de renomados profissionais da área, como o médico oncologista Dr. Victor Marcondes, a psicóloga Dra. Christiane Couri, a nutricionista Patrícia Arraes, a enfermeira Karla Lírio e o professor de meditação Jorge Carrano. 

Segundo o Dr. Rodrigo Souto, que está à frente da iniciativa pelo terceiro ano consecutivo, a ação é importante para trazer à tona as formas de prevenção ao câncer e assuntos que assombram quem recebe um diagnóstico positivo para a doença.  

“O objetivo é chamar atenção da população sobre a necessidade de se fazer o diagnóstico precoce dos tumores, principalmente o de mama e colo de útero, na mulher e próstata no homem. Descobrindo o câncer na fase inicial, há uma maior chance de curar a doença e estimular uma vida mais saudável”, alerta o médico.  

O evento gratuito realizado pela Oncomed e Pró-Onco Mulher tem o apoio do Instituto Oncomed, do Hospital Icaraí, do Centro de Imagem Icaraí e do laboratório Fonte Medicina Diagnóstica. Os temas abordados serão: “a importância da família no combate ao câncer”; “a alimentação como auxiliar na prevenção ao câncer”; “a meditação como apoio no enfrentamento da doença” e “ações e cuidados de prevenção ao câncer”. 

As inscrições para a mesa-redonda e para as consultas podem ser feitas pelo telefone: (21) 97189-1142. O evento acontece na Unidade Oncomed Niterói, que fica na Rua Arariboia, nº 6, em São Francisco 

 

Apneia obstrutiva do sono e doenças cardiovasculares: Cardiologista explica a relação

Distúrbios do sono podem facilitar o surgimento de doenças cardiovasculares


O sono de qualidade é um dos principais fatores para ter uma boa saúde e qualidade de vida, influenciando em diversos aspectos como saúde mental, emagrecimento, imunidade e diversos outros, no entanto, um ponto pouco falado, mas muito importante são os efeitos da falta de um sono adequado na saúde cardiovascular.

A privação de sono por períodos prolongados está relacionada ao aumento da pressão arterial e resistência à insulina, sintomas relacionados ao surgimento de doenças cardiovasculares.

De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, que realiza o exame de polissonografia - exame para a análise da apneia obstrutiva do sono - na Clínica Yano, em Indaiatuba-SP, a apneia do sono está intimamente relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares.

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio do sono onde ocorre a obstrução temporária parcial ou total das vias aéreas superiores. Isso faz com que menos oxigênio chegue às nossas células causando hipoxemia, e interrupções no sono, além de cansaço diurno. Quando não tratado de maneira correta, a apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de o paciente ter infarto e derrame cerebral” Pontua.

Então fique de olho, se você ronca alto, seu companheiro diz que você fica sem respirar durante à noite, tem sonolência excessiva durante o dia, tem dores de cabeça no período da manhã, está com problemas de memória e raciocínio e tem diminuição da libido, procure um bom médico especialista para investigar apneia obstrutiva do sono” Explica Dr. Roberto Yano.

 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.

 

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