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quarta-feira, 22 de março de 2023

O Brasil e os fluxos migratórios mundiais

No final do século XIX o Brasil necessitava de trabalhadores assalariados para substituir a mão de obra escrava. Dos imigrantes que chegaram ao Brasil, entre 1893 e 1928, 73% não pagavam suas passagens, pois seus deslocamentos eram custeados pelos cafeicultores ou pelos governos dos países interessados. Os países de emigração precisavam se “desvencilhar” de sua superpopulação pobre e analfabeta. Para se ter uma ideia dessa movimentação populacional, entre 1888 e 1939, quatro milhões de imigrantes entraram no Brasil, sendo que os italianos representavam o grupo mais numeroso: 34% de todo o contingente migratório, segundo a ONU Migración.

O governo brasileiro garantia que os imigrantes podiam se estabelecer em qualquer ponto do país e se dedicar a qualquer ramo de agricultura, indústria, comércio, arte ou ocupação útil, desde que não ofendessem a segurança, a saúde e os costumes públicos. Tinham liberdade de crenças e de culto, bem como o gozo de todos os direitos civis atribuídos aos nacionais pela Constituição. Contudo, o medo do governo (Era Vargas) era que os imigrantes pudessem agitar os sindicatos brasileiros em uma época em que o capitalismo mundial havia sofrido um duro golpe com a crise mundial de 1929. Tudo isso aconteceu durante a primeira grande onda migratória mundial, que durou quase 50 anos, de 1888 (ano da abolição da escravatura) até a década de 1930.

A segunda onda migratória mundial deu-se depois da 2ª Guerra Mundial, entre 1948 e 1963. Uma das características dessa fase foi o deslocamento de massas de refugiados e de migrantes oriundos de países devastados econômica e socialmente por esse conflito. Nessa época, essa temática populacional tinha forte apelo humanitário e os deslocamentos foram dirigidos pelos organismos internacionais, que haviam sido instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Durante essa onda, não era qualquer um que poderia migrar para o Brasil. Era preciso ter uma Carta de Chamada e um Compromisso de Trabalho, caracterizando-se por um processo altamente seletivo. Isso porque o capitalismo mundial dessa época se baseava na industrialização, que era sinônimo de desenvolvimento econômico. Essa fase durou apenas 15 anos, pois os países de emigração tinham voltado a crescer, não sendo mais atraente o processo migratório ultramarino.

A partir de 1985 iniciava-se a terceira onda migratória, que dura até os nossos dias. Trata-se do maior deslocamento de pessoas de todos os tempos, que já envolveu 3,6% da população mundial (281 milhões de pessoas). Essa onda se caracteriza por um fenômeno novo, que é o envolvimento de quase todos os países, seja na qualidade de países de emigração, de imigração ou de trânsito. Antes, os fluxos se dirigiam do Velho Mundo para a América.

Nessa terceira onda, o Brasil tornou-se, ao mesmo tempo, um país de emigração e de imigração. De acordo com os dados estimados para o ano de 2020, 4.215.800 dos brasileiros estavam morando no exterior (2% da população do país), sendo que um grande incremento migratório ocorreu entre 2012 e 2020 (122%), de acordo com o estudo do Ministério das Relações exteriores “Comunidade Brasileira no Exterior. Estimativas referentes ao ano de 2020”.

De forma resumida, pode-se dizer que o Brasil recebia imigrantes nas duas primeiras ondas e que, na terceira, vem sendo notada a saída de muitos nacionais que se dirigem para outras terras em busca de uma vida melhor.

Ainda que a Declaração Universal dos Direitos do Homem tivesse estabelecido, no seu artigo 13, que todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção, verifica-se, contudo, que não estabeleceu a obrigatoriedade de as pessoas serem recebidas por outro Estado nacional. A rigidez das fronteiras tem sido um dos empecilhos ao exercício pleno de um direito universalmente afirmado.

Esse fato evidencia que o mundo global vive um grande paradoxo: proporciona a livre circulação de bens, capitais e serviços, em espaços sem fronteiras, ao passo que os Estados nacionais não garantem a livre-circulação de pessoas e seus direitos. Exige-se fluidez para alguns aspectos e, para outros, exige-se a rigidez territorial.

Ressalva-se, ainda, que especialmente a partir do início do século XXI, a migração vem sendo sinônimo de ilegalidade, conflito e delinquência. Isso vem desencadeando o fechamento de fronteiras, nacionalismo, xenofobia e racismo, golpeando o Terceiro Milênio desde o seu início, principalmente depois dos ataques terroristas às Torres Gêmeas, em Nova York, em setembro de 2001.



Maria Gravina Ogata - Escritora; Geógrafa com Mestrado em Geografia Física, pela Universidade São Paulo; Bacharel em Direito, pela Universidade Federal da Bahia; e Doutora em Ciência Política, pela Universidade Complutense de Madrid. Escreveu o ensaio histórico-social “As bambinas e os samurais brasileiros: uma saga migratória”, publicado pela Literare Books, que mostra como os imigrantes italianos e japoneses fizeram do Brasil a sua terra e como vem aumentando a diáspora dos brasileiros no exterior. 

 

Inscrições abertas para solicitar redução da taxa do Vestibulinho das Etecs

Têm direito ao benefício estudantes com remuneração mensal inferior a dois salários-mínimos ou desempregados

 

Candidato pode pedir benefício para se inscrever no processo seletivo, até as 15 horas do dia 31 de março, pela internet; resultado será divulgado em 18 de abril

 

A partir desta quarta-feira (22), interessados podem solicitar a redução de 50% do valor da inscrição do processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) para o segundo semestre de 2023. O pedido deve ser feito pelo site www.vestibulinhoetec.com.br, até as 15 horas do dia 31 de março. O valor integral da taxa é de R$ 33.

Tem direito ao benefício quem está regularmente matriculado em uma das séries do Ensino Fundamental ou Médio, ou em curso pré-vestibular ou ainda em curso superior de graduação ou pós-graduação e, cumulativamente, recebe remuneração mensal inferior a dois salários-mínimos (R$ 2.604) ou está desempregado.

Para realizar a solicitação, é preciso clicar no menu “Redução”, preencher o “Formulário para redução da taxa” e anexar os documentos comprobatórios: comprovante de escolaridade e de renda ou de aposentadoria ou ainda a declaração de desempregado disponível no Anexo I da Portaria. Os arquivos devem ser anexados digitalizados, com tamanho de até 1MB, nos formatos pdf, png, jpg ou jpeg. Só serão aceitas as inscrições preenchidas corretamente com os documentos enviados dentro do prazo estipulado.

As Etecs disponibilizam computadores e acesso à internet para que a solicitação de redução da taxa do Vestibulinho seja feita. Cabe ao candidato entrar em contato com a unidade para saber datas e horários de atendimento para essa finalidade.

O resultado da solicitação será divulgado em 18 de abril, a partir das 15 horas, exclusivamente pela internet. É necessário aguardar a resposta do pedido para se inscrever no processo seletivo, em um único curso da Etec de sua escolha.

Processo seletivo

As inscrições do Vestibulinho das Etecs para o segundo semestre de 2023 serão realizadas exclusivamente pelo site, a partir do dia 4 de abril até as 15 horas de 8 de maio. O processo seletivo oferece vagas para cursos técnicos, especializações técnicas e vagas remanescentes para o segundo módulo. A prova será aplicada no dia 4 de junho.

 

Centro Paula Souza


Projeto piloto do CEJAM reduz em 35% ao mês consumo de recursos hídricos em hospitais públicos

No Dia Mundial da Água, instituição celebra número e destaca importância de uma gestão sustentável


O CEJAM -Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” celebra o Dia Mundial da Água, lembrado em 22 de março, com resultados de um plano em gestão sustentável de recursos hídricos em hospitais públicos - que atingiu a marca de 35% de economia mensal. Entre fevereiro de 2022 e 2023, foram poupados mais de 12 mil metros cúbicos de água.
 

O Instituto CEJAM elegeu o ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) de número seis (água potável e saneamento), estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), como base para estruturar abastecimento, conservação, consumo e restauração da água e, assim, investir no uso sustentável do elemento à promoção da saúde humana. 

Inicialmente, o plano foi implementado no Hospital Geral de Carapicuíba e posteriormente replicado nos Hospitais Geral de Itapevi e na Santa Casa de São Roque - todos geridos pela Instituição em parceria com o poder público. 

Conforme Everton Tumilheiro, especialista em Saúde Pública e supervisor de responsabilidade ambiental do Instituto CEJAM, as intervenções foram tecnológicas e humanas e sem qualquer investimento inicial dos hospitais.

“Foi estabelecido um planejamento estratégico para a redução de custo e consumo de água. Nós contamos com uma equipe técnica que atuou na medição, implantação, monitoramento, manutenção e correção de curso, maximizando o potencial de economia das estruturas”, explica.
 

A analista ambiental do Instituto CEJAM Raquel Quirino destaca que, mesmo com a redução do consumo, não houve qualquer impacto negativo na prestação de serviço. “A garantia da qualidade do serviço se mantém em consonância com os padrões de biossegurança e controle de infecções, conciliada com a economia dos recursos hídricos.” 

As modificações estruturais foram simples e geraram grande economia, como, por exemplo, a instalação de economizadores em todos os pontos de consumo (torneiras e chuveiros), garantindo significativa redução de vazão. Outra ação empregada foi a implantação de mecanismos específicos nas descargas de vasos sanitários, especialmente na troca de sistemas de acionamento. 

Um ponto complementar que potencializou a redução do consumo foi a implementação do sistema de reuso da água oriunda das instalações de prestação de serviços em hemodiálise, que era desprezada diretamente no esgoto. A água desmineralizada passou a ser armazenada em um reservatório e reutilizada no Centro Médico de Esterilização, especificamente para resfriamento de maquinário e, posteriormente, no resfriamento da central de vácuo. 

“A economicidade de recursos hídricos proporciona maior resiliência ao hospital, além de impactos financeiros consideráveis que permitem maior ecoeficiência na gestão dos recursos, especialmente públicos. Ela também fortalece preceitos nobres de gestão ambiental e social, repercutindo em melhores práticas a todos os envolvidos, fomentando e incorporando a sustentabilidade”, finaliza Everton.



Sobre o Instituto CEJAM

O Instituto CEJAM é uma organização sem fins lucrativos criado pela Instituição em fevereiro de 2010 para desenvolver, coordenar e orientar programas, projetos e campanhas socioambientais nos municípios de atuação do CEJAM.

Alinhadas aos ODS da ONU, as ações do Instituto fortalecem a visão, missão e valores do CEJAM.

Dia Mundial da Água: uso consciente avança, mas o futuro requer mais

Cerca de 71% da superfície da Terra é coberta por água. Desse total, 2,5% são de água doce – a água que consumimos. Os outros 97,5% são constituídos por mares e oceanos do planeta, na forma de água salgada – ainda imprópria para consumo. A Semana Internacional da Água traz uma reflexão sobre o bem natural mais precioso para nós, seres humanos, e para toda a espécie viva em todo planeta Terra. 

Sem água, não haveria nenhuma condição habitável no planeta. Mas, afinal, como ela surgiu? Há muitas teorias sobre esse assunto, desde bíblicas, espaciais e científicas. Pegando esse último ponto de vista, o que poderia explicar esse fenômeno, a origem da água na Terra está relacionada à formação do sistema solar. A explosão do Big Bang originou os primeiros átomos de hidrogênio. Após milhões de anos, nuvens de hidrogênio e hélio dispersas no cosmo foram se adensando, dando origem às estrelas. 

Devido ao processo de urbanização, expansão da indústria, agronegócio e economia, até 2030, o uso da água terá um crescimento de 24% sobre o volume atual, aponta o estudo Conjuntura dos Recursos Hídricos, de 2018, feito pela Agência Nacional de Águas (ANA). O estudo ainda quantificou o uso da água por atividade, e constatou-se que no agronegócio utiliza-se o maior volume, sendo a irrigação 52% mais 8% para a criação de animais. O abastecimento humano urbano representou 23,8%, acompanhado pela indústria (9,1%), usinas termoelétricas (3,8%), abastecimento rural (1,7%) e mineração (1,6%). 

O Dia Mundial da Água foi criado em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de incentivar seu consumo consciente. De acordo com a entidade, cada pessoa necessita de 3,3 mil litros de água por mês – equivalente a 110 litros de água por dia para atender às necessidades de consumo e higiene. Porém, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia, sendo a maior parte gasta no banheiro – em banhos, descargas e torneira. 

As campanhas para reduzir o desperdício visam atingir principalmente a população, conscientizando-os, assim, a tomar banhos mais curtos, fechar a torneira ao lavar a louça e ao escovar os dentes, e lavar o carro com balde ou mesmo a aderir a lavagem ecológica, entre outras. Porém, as medidas se estendem, igualmente, ao âmbito corporativo, pois, dependendo do segmento de uma indústria, o consumo de

água é enorme. Nesse sentido, destacam-se as empresas que estão inseridas no conceito de sustentabilidade, que visam, entre outras ações, o uso racional de água. 

No entanto, só evitar o desperdício e se policiar quanto ao consumo desnecessário não é o bastante. Apesar dessas atitudes dependerem de cada um, ou seja, da população como um todo, as esferas governamentais devem contribuir (e muito) com medidas que aumentem o armazenamento de água, como obras de armazenamento das chuvas, transposições de rios, assim como programas de despoluição de águas e efluentes. 

O tratamento de efluente industrial tem um papel fundamental na recuperação de águas impróprias para consumo. O procedimento consiste em tratar e adequar às normas e regulamentações vigentes para despejo em rios ou transformar em água de reuso para diversos fins. Assim, esse processo pode ser feito de diversas formas, dependendo das características iniciais do efluente e dos requisitos desejados ao fim que se quer para ele. 

Para tanto, todas as indústrias deveriam estar inseridas nesse contexto. A água de reuso para fins industriais é sustentável e confere à empresa maturidade ambiental. Tal contribuição é replicada não só para a organização em si, mas para todo o ecossistema. A escassez desse um bem primário para a população geraria conflitos incalculáveis. As ações para um consumo inteligente dessa riqueza visa garantir o abastecimento para as futuras gerações e a preservação do meio ambiente. 

 

Francisco Carlos Oliver - engenheiro e diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, empresa 100% nacional e certificada pelo ISO 9001:2015, que atua no fornecimento de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos. fluidfeeder.com.br

 

 

Mulheres no mercado de trabalho: momento é de ações práticas

A ampliação da participação feminina no mercado de trabalho é um assunto cada vez mais presente dentro das empresas e na sociedade como um todo. Em particular, em setores como mineração e siderurgia, ambientes ainda predominantemente masculinos, há um grande movimento para alcançar um equilíbrio entre os gêneros em todos os tipos de funções, com metas e tratados globais em prol desse objetivo. Já são observados avanços ao longo dos últimos anos, porém de forma lenta. Isso porque a realidade no ambiente das organizações tem mostrado que promover a diversidade vai muito além de simplesmente reconhecer que as diferenças existem e trabalhar a cultura e a conscientização sobre esse aspecto. Agora é preciso dar um passo adiante nas ações: adaptar procedimentos e estruturas empresariais, de acordo com as demandas das colaboradoras, e garantir o desenvolvimento da mulher e seu empoderamento, aliados ao autoconhecimento e autocuidado, a fim de buscar o pleno potencial de cada pessoa.

Nesse sentido, pactos e compromissos definidos pelo segmento mineral brasileiro na Agenda ESG (Environmental, Social and Governance), por exemplo, têm caráter fundamental como norteadores das políticas corporativas, principalmente em uma atividade na qual a participação feminina se limita, em média, a 15% do total de trabalhadores. Eles apontam uma direção para essa transformação tão importante para todos, mas é necessário engajar e envolver as pessoas diariamente. A diversidade não pode ser tratada apenas como um objetivo a ser alcançado a curto ou longo prazo pelas empresas, mas como uma jornada para construir um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo, acolhedor e respeitoso. Assim, as diferenças devem ser equalizadas, por meio de ações de desenvolvimento e formação, além da criação de um espaço que as acolha e as transforme em potencial. Isso requer que todos os envolvidos entendam o seu papel de agentes da mudança.

Por parte das organizações, chegou a hora de partir para a implementação de ações mais palpáveis em prol da equidade, para legitimar e consolidar, de fato, a cultura da diversidade e inclusão. Mas como ampliar o quadro de mulheres e, principalmente, retê-las? Avaliando a realidade do ambiente de trabalho – físico e cultural – e as adaptações necessárias para absorver essas profissionais, ouvindo as colaboradoras, desenvolvendo procedimentos de acolhimento das mães, ofertando mentorias e outros métodos de promoção do empoderamento e da saúde física, mental e emocional. Ou seja, no mínimo, “arrumando a casa” para receber as pessoas.

Na prática, algumas iniciativas começam a ser observadas na indústria, a fim de reduzir barreiras que, tradicionalmente, são enfrentadas pelas mulheres e, efetivamente, impedem a equidade de gênero. A revisão de processos de aumento salarial e promoção para mulheres que cumprem licença-maternidade, por exemplo, é um grande e importante passo. Essa pausa na carreira para a maternidade não deve desfavorecer nem invalidar entregas, competência e potencial demonstrados anteriormente. Outra situação é a construção de banheiros e vestiários femininos nas áreas fabris e de áreas reservadas para lactantes. Parece básico, mas ainda é uma dificuldade para as mulheres, quando são pioneiras em lugares antes ocupados apenas pelo gênero masculino.

Outro aspecto importante é garantir que as profissionais tenham oportunidades iguais para alcançarem visibilidade e liderança dentro das empresas, sem que isso seja justificado ou esteja apenas vinculado às metas internas. Para isso, além do apoio aos desafios da maternidade, valem as qualificações, treinamentos, processos de mentorias e coaching direcionados, a fim de contribuir para a evolução individual da colaboradora. Aqui, o empoderamento merece destaque. Cabe também a nós, mulheres, procurarmos formas de nos fortalecer e de nos posicionar para enfrentar os obstáculos que persistem, sendo protagonistas da nossa própria carreira e das mudanças que queremos ver. Então, o autocuidado e o autoconhecimento são peças-chave e podem ser aprimorados com apoio institucional.

Portanto, traçando um percurso em conjunto, empresas e profissionais, dentro e fora das organizações, é possível acelerar o processo de diversidade de gêneros no mundo corporativo e promover um tratamento justo entre homens e mulheres, diante de suas diferenças e necessidades. Não é um caminho fácil. É fundamental que todos entendam que diversidade e inclusão são conceitos diferentes, mas que andam juntos e de mãos dadas com a equidade. E o Mês da Mulher nos convida a essas reflexões e a agir em prol de um futuro melhor, lembrando que não é uma jornada exclusiva das mulheres. Se não tivermos todos nesse movimento, genuinamente, a mudança se arrastará por mais décadas e décadas. Então, aproveite para pensar: o que você tem feito, dentro da organização e de suas atribuições, para avançar no processo de inclusão? E, você, mulher, tem se sentido parte dessa transformação?

 

 Jeise Moreira - diretora de Pessoas & Cultura, Saúde e Comunicação da RHI Magnesita


Dia Mundial da Água: contaminação por plástico é a ponta visível do iceberg


Acelerando mudanças. Esse é o tema da conferência da ONU em homenagem ao Dia Mundial da Água, celebrado no próximo 22 de março. E a mensagem não poderia ser mais atual: a contaminação de nascentes, oceanos e rios vêm crescendo nas últimas décadas de todas as formas e derivados de plástico são um dos principais vilões. E o problema vai muito além das garrafas pet que podem ser vistas boiando nas praias. As partículas invisíveis aos olhos também contaminam animais, solo e agricultura e, consequentemente, os alimentos ingeridos pela população.

 

Um diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D’Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostrou que os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos materiais que vazam para o mar. E não é apenas aqui: estudo da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, aponta que as terras agrícolas europeias se tornaram o maior reservatório global de microplásticos, com cerca de 31 a 42 mil toneladas - correspondentes a 86 a 710 trilhões de partículas de microplásticos.

 

E isso tudo chega em nosso organismo: em um ano, pessoas ingerem, em média, de 74 mil a 121 mil partículas de microplástico. E esse é um dos motivos para que, na conferência do Dia Mundial da Água deste ano, a ONU tenha feito um chamado para que todas as pessoas, comunidades e famílias se unam na luta para diminuir a poluição de plástico pelo mundo.

 

Políticas e ações de reciclagem contribuem para a melhora, mas segundo Luiz Penna, diretor de sustentabilidade da associação turística Associação de Hotéis Roteiros de Charme, a redução do consumo de plástico é essencial para que essa realidade mude. “É importante fazermos gestão do que já existe, mas temos que reduzir ao máximo nosso consumo e isso significa mudar nossos hábitos no dia a dia, exigir que governos refaçam suas políticas e que empresas mudem sua forma, por exemplo, de embalar produtos. A pandemia atrasou um pouco alguns processos por conta das medidas de higienização e descarte, mas temos que retomar o assunto com urgência”, afirma.

 

Ações em parcerias

 

Pioneira em práticas políticas de sustentabilidade, a associação foi criada em 1992, durante a Conferência do Rio, a Eco 92, e tem como compromisso reunir em seu guia apenas hotéis engajados em políticas de sustentabilidade e preservação, o que inclui, é claro, gestão, redução, reciclagem e diminuição de plásticos no meio ambiente. 

 

Desde o início de 2020 (antes da pandemia), associação uniu forças ao programa Global Tourism Plastic Initiative, das Nações Unidas, para reduzir o uso de plástico no turismo e enfatizar junto aos seus hotéis as práticas de gerenciamento sustentável do plástico, para que se tornem prioridade entre as outras práticas de sustentabilidade já difundidas pela Roteiros de Charme. Exemplo de iniciativa de seus associados aconteceu no mês de fevereiro em Maragogi, em Alagoas, um dos destinos litorâneos mais visitados no país.

 

Em parceria com a prefeitura da cidade, a Pousada Camurim Grande, associada ao guia, se uniu à iniciativa Voz dos Oceanos, liderada pela Família Schurmann, que percorre o mundo combatendo a poluição plástica nos oceanos. Ainda este ano, uma das ações realizadas na praia urbana do município, chamada “Mutirão de Limpeza Voz dos Oceanos” que, com a participação de voluntários da Associação Coração Valente, realizaram uma ação de conscientização e coleta de lixo.

 

"A preservação da qualidade da água é uma prioridade humanitária e, além de ações de conscientização, de coleta e gestão de lixo, reflorestamento de áreas degradadas também é importante para restaurar mangues e nascentes, que é uma das ações que temos aqui em nosso hotel. Eventos como esse que fizemos, em parceria com o Voz nos Oceanos é fundamental, pois alerta e constrói uma conscientização das populações locais em todo o globo e são as pessoas que podem e devem cobrar ao poder público medidas de preservação do meio ambiente", comenta Cristiana Freire, sócia-diretora do hotel.

 

Outros programas de boas práticas de conservação de energia e água, redução e reciclagem de resíduos, gestão responsável de efluentes e redução de emissões nas instalações são parte das políticas da Roteiros. A associação tem em seu Programa de Sustentabilidade, nascido sob a inspiração de seu Código de Ética e Conduta Ambiental, diretrizes voltadas para uma atuação de seus associados em seus destinos turísticos como protagonistas de iniciativas conjuntas com empreendedores locais e moradores.

 

“O futuro do turismo depende da sustentabilidade, tanto para destinos diretamente conectados à natureza, mas também para aqueles urbanos. Em qualquer situação a chave para a sustentabilidade reside na capacidade de entendimento e organização entre atores privados, públicos e sociais interessados no desenvolvimento do setor. Desta forma, os empreendimentos da área precisam não só cobrar políticas de melhoria, mas também ser participativos no processo, com as condições efetivas”, finaliza Penna.


Concursos públicos: 5 dicas de estudos para ir bem nas provas

Com mercado aquecido e novos editais divulgados com frequência, especialista do Estratégia traz dicas de estudos para concurseiros garantirem uma oportunidade na carreira pública


O mercado de concursos públicos está aquecido e esse ano deve seguir a tendência de alta na oferta de editais. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 estipulou cerca de R$16 bilhões para orçamentos de editais de concursos públicos, gerando ao menos 58.867 novas vagas na esfera federal, além dos concursos estaduais, que somam 45.127 oportunidades no Brasil todo.

Para Victor Tanaka, especialista em concursos públicos do Estratégia - grupo de aprendizagem referência em cursos online preparatórios para concursos públicos com taxa média de 70% de aprovação - o momento é oportuno para quem deseja seguir carreira pública. “O último ano marcou a retomada dos concursos públicos, que deve seguir em alta neste ano”, comenta. “Alguns editais importantes serão anunciados nos próximos meses, o que deve chamar ainda mais a atenção de profissionais interessados em seguir a carreira pública”, continua.

“É importante manter a disciplina, o planejamento e a dedicação nos estudos durante esse momento de preparação para as provas. Dessa forma, o candidato aumenta as chances de aprovação no edital”, comenta.

Para ajudar as pessoas a buscarem a aprovação nos concursos, o especialista listou algumas dicas de estudos para serem seguidas no dia a dia. Confira:


1 - Planejamento

Planejar os estudos é fundamental. A ideia do ciclo de estudos, com a alternância de matérias, é extremamente benéfica para a fixação do conteúdo. Estar atento também à criação de uma rotina diária, com o acompanhamento de conteúdo estudado e quantidade de exercícios resolvidos por dia, além do desempenho neles, é importantíssimo e ajudará o concurseiro a ter um foco durante a sua preparação. O planejamento de estudos precisa ser dinâmico, deve evoluir e estar sujeito a ajustes e melhorias constantes.


2 - Constância

É importante manter o conhecimento fresco na cabeça. Para isso, é fundamental que o concurseiro tenha contato semanal com todas as disciplinas que estarão na prova. Nas disciplinas que possui mais facilidade, pode alocar uma carga menor. Por outro lado, nas matérias que envolvam maior complexidade ou que possuam um peso maior na prova, certamente precisará de uma alocação mais relevante de carga horária.


3 - Faça pausas

Dedicar-se aos estudos e estar bem preparado para a realização da prova são fatores que levam o concurseiro até a aprovação no concurso, mas é fundamental intercalar a maratona de estudos com pausas. Um recurso bastante conhecido e funcional é a “Técnica Pomodoro”, que consiste em blocos de estudos seguidos de pausas. Ela pode ser, inclusive, customizada. Por exemplo: pode-se estudar 50 minutos, seguidos de 10 minutos de descanso. Lembrando que não existe uma regra única. Cada pessoa precisa saber adaptar as pausas de maneira saudável à sua rotina de estudos.


4 - Teoria x Prática

Sobre a questão de divisão entre teoria e prática, existem, muitas vezes, três fases de estudos: a primeira é a criação da base, consolidando a teoria e tendo os exercícios como forma de reforçar todo o conteúdo.

Em um segundo momento, quando existir um equilíbrio maior entre teoria e prática, é considerável ter um tempo maior praticando exercícios e revisando a teoria já estudada, com o acréscimo de eventuais matérias novas ao ciclo. 

E, em um terceiro momento, quando o aluno já está bem avançado, basicamente o processo será focado em revisão do conteúdo e resolução de muitos exercícios.


5 - Exames de aptidão física

No caso dos certames públicos que têm exames de aptidão física como parte do processo, a recomendação é iniciar a preparação durante os estudos para o concurso. Até por isso, o planejamento - tanto de cronograma de estudos, quanto de preparação física - é extremamente importante. Ou seja, não inicie os exercícios físicos somente após concluir os estudos da parte objetiva e discursiva.

 

Estratégia
www.estrategiaconcursos.com.br

 

Com produtividade recorde em oito estados, projeção para safra de soja atinge 155 milhões de toneladas

Rally da Safra encerra etapa soja com produtividade recorde em oito estados
Giovane Rocha / Rally da Safra

Desempenho verificado pelo Rally da Safra em diversas regiões produtoras supera resultados negativos do Rio Grande do Sul; desafio atual é tirar a safra do campo e escoar a produção


A safra 22/23 foi a terceira consecutiva sob influência do La Niña, causando irregularidades climáticas em vários estados em diferentes momentos da temporada, sem falar na grave estiagem que mais uma vez prejudicou o Rio Grande do Sul. Ainda assim, o Brasil deverá colher uma safra de soja de 155 milhões de toneladas, segundo a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra. É um crescimento de 20% sobre 21/22 e de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas em relação aos números divulgados em janeiro no pré Rally. A expedição técnica encerra hoje (21 de março) a etapa de avaliação de soja desta edição. Desde o início de janeiro, os técnicos da expedição percorreram mais de 40 mil quilômetros, avaliando 1.050 lavouras em 12 estados. A área plantada é de 43,7 milhões de hectares.

A perspectiva é de recordes de produtividade em oito estados – Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, São Paulo e Rondônia. “Esta é a safra com o maior número de estados alcançando recordes de produtividade, fruto dos investimentos dos produtores em biotecnologia, fertilidade de solo e manejo”, afirma o coordenador do Rally, André Debastiani. Neste cenário, a produtividade média brasileira atinge 59,1 sacas/hectare, abaixo ainda do melhor resultado alcançado de 59,4 sacas por hectare na safra 20/21.

Para Debastiani, o maior desafio dos produtores está sendo realizar a colheita dessa safra numa janela mais tardia e curta devido ao alongamento do ciclo das lavouras, que ocorreu em praticamente todas as regiões. “Isso concentrou a colheita no período de excesso de chuvas”, esclarece. A partir de agora, a atenção está voltada ao escoamento da produção, num cenário de comercialização atrasada que deverá trazer dificuldades à infraestrutura de exportação.

As regiões de excelente desempenho mais do que compensam o número negativo do Rio Grande do Sul. “Se não fosse a quebra do RS, que tirou mais de 5 milhões de toneladas da produção brasileira, a safra de soja poderia alcançar 160 milhões de toneladas”, diz o coordenador. Com estimativa de produtividade de 36,7 sacas por hectares, o Rio Grande do Sul registrou maior prejuízo nas áreas de soja precoce, especialmente nas regiões das Missões e na metade Sul do estado, castigadas pela seca. Voltou a chover nas últimas semanas e, se as condições continuarem assim, o enchimento de grãos das áreas mais tardias pode ser favorecido. Diante disso, o Rally terá uma nova equipe no estado para verificar as condições das lavouras entre 26 de março e 3 de abril, “Nossos números de safra refletem o momento atual. Cerca de 65% da área plantada no país foi colhida, mas pode haver alteração em razão das condições climáticas no Rio Grande do Sul, onde a colheita não alcança 5% da área”, diz Debastiani.

No Paraná, o clima seco no início da safra assustou muitos produtores que temiam a repetição do cenário da safra anterior. A seca, porém, ficou concentrada em uma pequena porção das lavouras precoces do Oeste do Estado. O clima favorável em fevereiro e março, inclusive com excesso de chuvas no terço final da colheita, deverá garantir uma produtividade de 63,1 sacas por hectare para o estado

Nos estados do Centro-Oeste, apesar da irregularidade climática observada durante todo o ciclo, com períodos de veranico no desenvolvimento e chuva em excesso na colheita, as produtividades são boas. O Mato Grosso do Sul, que também sofreu com a estiagem na safra passada, deverá atingir produtividade recorde com 62,6 sacas por hectares. Já no Mato Grosso, com a colheita praticamente encerrada, a produtividade deve chegar a 63,5 sacas por hectare. “Os dados de campo do Mato Grosso revelaram recordes simultâneos de stand de plantas, número de grãos por planta e peso de grãos. Em Goiás, o tempo seco no início da temporada, em especial no Sudoeste do estado, comprometeu a produtividade das lavouras de ciclo precoce, impedindo a repetição do ótimo resultado da safra passada. De qualquer forma, as lavouras mais tardias compensaram parte das quebras e o estado deve registrar uma produtividade de 64,3 sacas por hectare”, completa.

Na região do MAPITO-BA, onde os técnicos do Rally avaliaram as lavouras entre o final de fevereiro e início de março, as chuvas regulares e em bom volume no período de desenvolvimento apontam para produtividade recorde no Maranhão (61 sacas por hectare) e Piauí (62 sacas por hectare). Houve revisão negativa na Bahia, diante do período de poucas chuvas nas regiões Oeste e Sul no início de março, que tirou produtividade das lavouras mais tardias – mas a expectativa para o estado ainda é de um ótimo resultado, projetado em 67,4 sacas por hectare.


Milho

A Agroconsult revisou as projeções para a safra de milho. Para a 1ª safra, a produção é estimada em 28,3 milhões de toneladas para uma área de 5,3 milhões de hectares. No Rio Grande do sul, a seca impactou o desenvolvimento das lavouras em fases críticas. Já em Santa Catarina e Paraná, as chuvas e o tempo nublado alongaram o ciclo das lavouras, atrasando a colheita.

Para o milho 2ª safra, há dúvidas sobre a possível influência do El Niño no clima e a concentração do plantio fora da janela ideal. A Agroconsult estima a safra em 97,2 milhões de toneladas.  Seis equipes técnicas do Rally percorrerão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho. 

O levantamento de campo do Rally ocorre durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita e os técnicos percorrem polos produtores em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho. Quatro equipes farão visitas técnicas aos produtores entre abril e maio.

Em sua 20ª edição, a expedição conta com mais de um milhão de quilômetros percorridos e 32 mil lavouras avaliadas nas 19 edições anteriores. Patrocinam a 20ª edição do Rally da Safra: FMC, Prometeon, OCP Brasil, Santander e SoyTech.


A Páscoa e os Ovos de Chocolate

Especialista e chocolover, empresário Arthur Kis conta como surgiu a tradição de se presentear com ovos de chocolate nesta data 

 

Você já parou para pensar como surgiu a tradição de se comer Ovos de Chocolate na Páscoa? Parece algo totalmente desconexo, já que a Páscoa é uma celebração religiosa de judeus e cristãos. Para os judeus, a data comemora a libertação do povo Hebreu da escravidão no Egito. Já, para os cristãos, é uma celebração em memória da ressurreição de Jesus Cristo.

Ao longo de milênios a tradição da Páscoa foi sendo incorporada por diversos povos, ganhando mais símbolos e conotações. A relação dessa festa com o ovo teve origem na antiguidade, onde muitos povos acreditavam que os ovos eram símbolos de fertilidade e renascimento. Com o tempo, o ovo também passou a ser associado ao cristianismo e à celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Na Idade Média, por exemplo, acredita-se que a Igreja Católica proibia o consumo de ovos durante a Quaresma. Com isso, as pessoas começaram a guarda-los e a decorá-los nesse período para presentear amigos e familiares na celebração da Páscoa.

Com o passar dos anos, a tradição dos ovos decorados evoluiu para a confecção dos ovos de chocolate. Naquela época, retirava-se o conteúdo dos ovos e se recheava as cascas com chocolate para agradar ainda mais as pessoas como esse delicioso presente.

Com o passar do tempo, a evolução do conhecimento e tecnologia sobre o chocolate acabou eliminando a necessidade do uso da casca e acabou dominando tanto a estrutura do ovo como o recheio, mantendo a simbologia e seu formato conforme a tradição até chegar aos dias de hoje, onde o ovo de chocolate se tornou um dos símbolos mais populares da Páscoa mundo afora, inclusive no Brasil.

E agora você pode estar se perguntando e o coelho, como entrou nessa história?

O coelho é um símbolo mais recente dessa festividade que também teve origem nas tradições europeias por simbolizar a fertilidade e a renovação, além de ser associado à Eostre, deusa da fertilidade na mitologia anglo-saxã. Com o tempo, o coelho também foi incorporado pela tradição cristã e associado ao renascimento e esperança, consolidando-se também como um símbolo pascal.

A verdade é que a simbologia do Ovo de Páscoa carrega uma tradição milenar de renascimento, renovação e de se presentear amigos e parentes com um alimento que todos amamos e que nos traz tanto prazer e deleite, o Chocolate!

É uma celebração importante que mostra a ligação do chocolate com o ato de agradar a quem se ama, ou seja, a consolidação do chocolate como um dos itens centrais dessa festa durante milênios, sendo um presente significativo para familiares e amigos em um momento tão importante e marcante para a humanidade.

 

Arthur Kis é empresário, chocolover profissional e especialista em produção e consumo de chocolate premium.
Instagram: @arthurkisoficial
Youtube: @arthurkis

Como utilizar os recursos disponíveis para transformar adversidades em oportunidades?

No livro "(Auto)liderança Antifrágil", gestor de projetos Victor de Almeida Moreira orienta leitor a ser um profissional criativo, à prova de procrastinação e falta de responsabilidade


Mesmo quando se sabe onde quer chegar e os resultados que deseja alcançar, pode ser difícil estruturar uma jornada real para atingir os próprios objetivos. Foi pensando nisso que o gestor de projetos Victor de Almeida Moreira desenvolveu um conceito (Auto)liderança Antifrágil, que intitula seu primeiro livro.

Publicada pela Editora Gente, a obra é ancorada na metodologia dos 5 A’s - autoconsciência, autorreflexão, autorresponsabilidade, autoignição e autorregulação. Moreira dedica um capítulo a cada definição que, juntas, criam um roteiro executável para tirar do mundo das ideias qualquer objetivo, seja ele pessoal ou profissional.

O grande filósofo chinês Confúcio, comparando a vida humana a uma embarcação em alto-mar,
ensinou que, embora não possamos alterar a direção dos ventos, temos total controle do posicionamento das velas.
Essa foi uma das lições mais presentes em minha vida, quando aprendi que é possível ser criativo ao reposicionar as velas do próprio barco [...].
Essa é justamente a ideia da antifragilidade.
((Auto)liderança Antifrágil, pg. 68 – 69)

Obstáculos como o vento em alto-mar sempre vão existir e, assim como os navegantes descobriram maneiras de enfrentar tal adversidade, cada pessoa, ao conhecer a si mesma, poderá gerar soluções cabíveis de acordo com a situação. Segundo o autor, um dos segredos para alcançar o sucesso é constância. “Fazer pouco, mas fazer sempre, pode gerar grandes resultados a longo prazo”, enfatiza.

Formado em Engenharia de Produção, Victor de Almeida Moreira atua como gestor de projetos na MRN, onde lidera o departamento de aquisição e estratégias. Ao longa da carreira, construiu uma sólida experiência na liderança de equipes multidisciplinares e gerenciamento de projetos em empresas como Vale, Deloitte e Anglo American.


FICHA TÉCNICA:
Título: (Auto)liderança Antifrágil
Autor: Victor de Almeida Moreira  
Páginas: 192
ISBN: 978-65-88523-49-0
Formato:
 16 x 23 cm
Preço: R$ 59,90
Link de venda: Amazon


Sobre o autor: Victor de Almeida Moreira é engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos e certificações de Project Management Professional® (PMP) e Certified Cost Professional® (CCP). Hoje lidera o departamento de aquisições estratégicas da MRN. Ao longo da carreira, construiu experiência na liderança de equipes multidisciplinares, mentorias profissionais e desenvolvimento de pessoas e passou por grandes companhias como Vale, Deloitte e Anglo American.

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Dia Mundial da Água: conheça projetos de Etecs e Fatecs para preservação e reuso

Estudantes do Centro Paula Souza desenvolvem trabalhos criativos para contribuir com o consumo consciente

 

O Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é um momento de alerta para a necessidade de conscientização em relação ao uso, abastecimento e saneamento. Neste ano, a campanha da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) adota o tema Be The Change (Seja a Mudança, em português), com a proposta de incentivar as pessoas a mudarem a forma como usam, consomem e gerenciam a água.

Essencial para a sobrevivência de todos os seres do planeta, a água é o recurso básico da humanidade e a origem de todos os alimentos para todas as espécies, de acordo com a ONU. A cada ano, a disponibilidade desse líquido diminui, principalmente em áreas remotas e para as populações mais vulneráveis.

Já que preservar a água é garantir a sobrevivência de todos nós e das futuras gerações, os professores do Centro Paula Souza (CPS) incentivam o desenvolvimento de projetos pelos alunos das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdade de Tecnologia (Fatecs) do Estado.

Conheça alguns trabalhos que tratam do tema:

Horta urbana da Fatec Rio Preto reaproveita água de ar-condicionado: Alunos da unidade desenvolveram horta urbana irrigada com água reaproveitada dos aparelhos de ar-condicionado da unidade. O sistema automatizado funciona com sensores de umidade de solo, que indicam a necessidade de irrigação.

Robô para limpar águas de rios e oceanos: O protótipo foi desenvolvido para retirar boa parte dos resíduos sólidos que cobrem a superfície de mares, rios e lagos. Estudantes da Etec Prof. Horácio Augusto da Silveira, da Capital, foram os criadores do projeto, premiado na 20ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) com o segundo lugar em "Mentalidade Marítima" (prêmio concedido pelo Ministério da Marinha).

Auxílio no mapeamento do Rio Amazonas feito pela Fatec Jahu: Professores e alunos da unidade estão construindo embarcação que irá auxiliar no mapeamento do Rio Amazonas para a documentação do percurso considerado o mais longo do mundo.

 

Centro Paula Souza


Da recuperação de créditos à resolução de problemas: o novo modelo de negócios tributários

Temos visto muitos profissionais que atuam no ramo tributário concentrarem suas ações em uma única vertente: a Recuperação de Créditos Tributários (RCT). Não que esta não seja uma boa área para se investir – ao contrário, é um ramo que proporciona inúmeros benefícios – mas, prestar unicamente os serviços na RCT pode se revelar uma estratégia mais arriscada e suscetível a crises, uma vez que eventos externos podem afetar o mercado e o recebimento de honorários. Por isso, é importante abordar a importância da diversificação de serviços para a longevidade de um empreendimento tributário.

Não se trata de condenar a Recuperação de Créditos Tributários. Aliás, este serviço, desde que seja executado com ética e com técnica, é excelente para todos os envolvidos, pois favorece as empresas, reduzindo a carga tributária e injetando recursos que até então estavam esquecidos. Por outro lado, impulsiona profissionais tributários, que ganham honorários sobre os montantes recuperados e, em última análise, fortalece a economia do país, uma vez que empresas prósperas geram empregos e reduzem a desigualdade social.

O ponto aqui é: realizando apenas a RCT, os profissionais tributários concentram 100% do seu risco em uma única estratégia e, nos últimos tempos, temos visto alguns acontecimentos que demonstram que é preciso diluir esta exposição às ameaças externas. Podemos citar, como exemplo, a recente decisão do STF que permitiu quebra de decisões judiciais definitivas a partir da mudança de entendimento da Corte em matéria tributária (temas nº 881 e nº 885 de Repercussão Geral), que dificultou o fechamento de contratos de RCT na esfera judicial, uma vez que os empresários ficaram mais temerosos em investir nesse tipo de ação.

Somado a isso, as fraudes praticadas na área tributária, como as desmanteladas pelas Operações Retificadora e Dark Book, também criaram temor nos empresários e tornaram mais difícil a vida dos tributaristas. Por fim, as eventuais demoras da Receita Federal do Brasil para restituir os valores pleiteados pelos contribuintes prejudicam o fluxo de caixa dos escritórios que dependem exclusivamente desses deferimentos para receber seus honorários.

Por isso, é imperativo que os escritórios tributários migrem sua estratégia da RCT (Recuperação de Créditos Tributários) para a RPT (Resolução de Problemas Tributários), ampliando o leque de serviços, diluindo seus riscos e, consequentemente, ampliando as chances de permanecer no mercado por muito mais tempo. A RPT engloba a recuperação de créditos, mas vai além: envolve também serviços de revisão fiscal, planejamento tributário, defesas de autos de infração, assessoria permanente, consultoria tributária, auditoria digital, auditoria de estoque, classificação fiscal de mercadorias, entre outros.

O importante é dividir os ovos em várias cestas. Na primeira, inclua serviços que gerem o recebimento recorrente de honorários, afinal, todo escritório que presta serviços na área tributária deve preocupar-se em ter uma parte de sua receita operacional composta por rendimentos mensais que sejam, no mínimo, suficientes para cobrir os custos e despesas como aluguéis, funcionários, fornecedores, despesas administrativas, pró-labore dos sócios etc. Aqui, se enquadram serviços como assessoria permanente, auditoria digital das obrigações acessórias, manutenção do cadastro de mercadorias e outras prestações que possibilitem a cobrança mensal de honorários.

Na segunda cesta, o ideal é alocar os serviços que se enquadram como projetos, onde a cobrança é única, ainda que parcelada. São trabalhos com início, meio e fim, a serem realizados com base em horas ou em uma entrega específica, como uma análise do melhor regime de tributação, um atendimento à fiscalização, um planejamento tributário mais amplo, uma revisão fiscal preventiva, uma auditoria de estoque, uma reclassificação fiscal de mercadorias ou uma defesa contra um auto de infração a preço fixo, por exemplo.

Por fim, na terceira cesta, entram os serviços onde existem honorários cobrados sobre o êxito. Neste tipo de prestação, o escritório ganha honorários em percentual aplicado sobre o proveito econômico do cliente e tem a chance de ter ganhos exponenciais. É justamente o caso da Recuperação de Créditos Tributários, de defesas fiscais (que também podem ser cobradas sobre o montante reduzido) ou de um planejamento tributário, onde é possível cobrar um percentual sobre a economia tributária gerada.

Importante frisar que os exemplos de cobrança citados acima não são rígidos. Aliás, muitos tributaristas mesclam o modo como cobram seus honorários, aplicando nos mesmos serviços um combo de modalidades, como uma cobrança fixa (pró-labore inicial) e honorários sobre o êxito, ou honorários mensais combinados com honorários sobre êxito, caso ocorra um proveito econômico.  As possibilidades são muitas. O fato é que, estrategicamente, não convém ficar refém de apenas uma forma de cobrança. Somente honorários mensais não possibilitam (a princípio) ganhos exponenciais, apesar de sustentarem a operação; apenas honorários fixos limitam os rendimentos à capacidade de execução dos profissionais; e unicamente honorários sobre êxito, apesar de proporcionarem ganhos muito altos, aumentam demais o risco do escritório, uma vez que eventos externos podem adiar ou impedir o recebimento dos valores.

Portanto, migrar o foco de RCT para RPT é uma decisão fundamental, capaz de aumentar – e muito – as chances de seu empreendimento tributário se manter no jogo dos negócios por muito mais tempo, de forma infinitamente mais sustentável. Resolução de Problemas Tributários, combinando serviços de recorrência mensal, projetos específicos e ganhos sobre êxito: essa é a bola da vez.



Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.


e-Auditoria
https://www.e-auditoria.com.br/


ARTESP intensifica fiscalização de conserva especial de pavimento das rodovias concedidas

Fonte: Agência de Transporte do Estado de São Paulo
Com o objetivo de resolver os problemas em sua origem, a fiscalização faz um trabalho minucioso e diminui o número de reparos paliativos




Rodovias em boas condições reduzem o risco de acidentes e problemas no carro. Por isso, a ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo trabalha para que a malha concedida esteja sempre bem conservada e adequada para uso dos veículos. Um dos principais itens fiscalizados é o pavimento, cujas inspeções técnicas da Agência Reguladora levam a notificações para que as concessionárias realizem reparos e manutenções dentro dos prazos previstos nos contratos de concessão.



Para garantir a melhor qualidade, a agência realiza fiscalizações regulares em toda a malha viária. De acordo com João Luiz Lopes, diretor da Diretoria de Investimentos da ARTESP, as ações verificam a qualidade, segurança e conforto proporcionados aos usuários das rodovias. “O pavimento é formado por quatro camadas: sub-leito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Esta estrutura é preparada para receber grandes fluxos e pesos, porém, com o desgaste dos anos e outros fatores externos, o revestimento e, às vezes, até mesmo a base, precisam de reparos. Por isso, a fiscalização é parte muito importante do Programa de Concessões do Estado de São Paulo”, explica.

A vida útil do asfalto varia de seis a 10 anos, de acordo com a época em que foi realizada a obra, profundidade da intervenção, volume e composição do tráfego (quantidade de veículos leves e pesados). Na parte final da vida útil, as fiscalizações se tornam ainda mais significativas para manter a qualidade da via, pois a probabilidade de precisar de reparos cresce. Além disso, os contratos, a partir da segunda etapa de concessão, estabelecem a obrigatoriedade de recapeamento total dos trechos ao final deste prazo de 6 a 8 anos.


Como funciona a fiscalização especial

Para realizar a fiscalização, a agência conta com técnicos qualificados que realizam um estudo gerencial do trecho, item importante que faz parte do contrato de concessão. São avaliados indicadores de qualidade do pavimento, como o limite de trincas permitidas para determinada extensão da rodovia, por exemplo. “O principal objetivo da fiscalização especial é resolver os problemas em sua origem, antes que se tornem problemas maiores. Diminuindo assim, os reparos paliativos, que podem ter uma duração de tempo menor de solução”, explica João.

Após a fiscalização, são feitos todos os apontamentos e envio de notificações para a concessionária, que deve fazer os reparos necessários dentro dos prazos estipulados no contrato. Em 2022, a ARTESP identificou 325 trechos com problemas no pavimento a serem resolvidos pelas concessionárias, um total de aproximadamente 1,4 mil quilômetros.

As concessionárias têm prazos pré-definidos em contrato para a solução de problemas no pavimento. No caso de buracos na via, a empresa responsável tem até 24 horas para realizar o reparo. Já no caso de deformações e trincas, que oferecem menos risco, a empresa tem de 10 a 30 dias para resolver a irregularidade.

Se a concessionária não resolver o problema dentro do prazo estipulado pela agência, são tomadas as providências administrativas, com a aplicação de multas.

Fatores como o excesso de peso, chuvas severas e derramamento de combustíveis, são alguns dos grandes vilões do asfalto e podem diminuir a sua vida útil, por isso, a fiscalização chega a toda a extensão da malha viária gerenciada pela ARTESP. Ao todo são mais de 11,1 mil quilômetros operados por 20 concessionárias.



O usuário pode cobrar melhorias

As rodovias do Estado são fiscalizadas constantemente, mas ainda assim, problemas no pavimento podem ser identificados mais rapidamente por usuários da rodovia. Por isso, a ARTESP e as concessionárias têm canais de comunicação preparados para receber as informações para solucionar os problemas o mais rápido possível.

Quando o motorista detectar algum problema, pode comunicar a concessionária responsável pelo trecho, para que realize os reparos necessários - confira aqui o número. Se a resposta não for satisfatória, o usuário pode entrar em contato com a Ouvidoria da ARTESP através do telefone 0800 727 83 77 ou pelo e-mail ouvidoria@artesp.sp.gov.br.


Como está a cadeia de suprimentos do seu negócio?

Você já parou para pensar nas variáveis que poderia investir para o supply chain do seu negócio? E nem precisa ser genial. Às vezes sua ideia incrível está nas soluções mais simples.

Que tal apostar na criatividade para começar a criar seu próximo projeto de Supply Chain? A seguir deixo algumas dicas, confira!

Sustentabilidade
Este é um dos casos de uso queridinhos das cadeias de suprimentos. Ter uma tecnologia que permita que a sua organização mensure as emissões de gás carbônico já virou um clichê, então invista naquelas que te permitem mensurar de maneira integrada analisando impostos, cadeia produtiva e distribuição e, também, criar cenários de trade-off de savings versus crédito de carbono.

Visão holística
Este caso de uso é para aquelas cadeias de suprimentos que já não operam mais em silos, afinal já faz tempo que a supply chain não é mais uma área de suporte e, sim, contribuidora individual para uma organização mais eficiente. Se a sua cadeia de suprimentos já tem processos e tecnologia para influenciar os patrocinadores de outras áreas e, além de ser cobrada por redução de custos, também contribui para o P&L ativamente, essa visão é para você!

Transformação digital
Sua organização já entendeu que a área de supply chain é muito complexa e decidiu dar o passo de encontrar um fornecedor de tecnologia que seja parceiro para essa jornada de transformação digital. Os tempos de produção e sequenciamento dos fornecedores é crucial, os fornecedores estão espalhados mundo afora e existem diferentes impostos sendo considerados na importação das partes. Nacionalizar as partes envolve decisões com diferentes portos e tempos de desembaraço, a distribuição dos portos até as diversas plantas ainda é feita baseada no histórico. A continuação dessa história deixo por conta do seu nicho.

Resiliência
Sua cadeia de suprimentos é precavida e não corre o risco de ficar na mão por falta de ressuprimento do fornecedor de escolha. Sua organização esteve à frente e já criou uma pontuação de risco para os diferentes fornecedores e dividiu riscos ao criar cenários e imaginar as mais diversas situações de corte de fornecimento. Se a sua área de supply chain se identifica com esse caso de uso, sua empresa é resiliente nesse quesito.

Inovação
Sua equipe já entendeu que manter os armazéns organizados é fundamental para a fluidez da operação. E ela também já aprendeu que é possível fazer uso de tecnologia de desenho de supply chain para garantir a melhor movimentação das caixas considerando tempo, custos e disponibilidade de cada uma delas. Se a sua cadeia de suprimentos tem a pegada inovadora, confira mais detalhes de como transformar essa ideia em realidade para os seus armazéns.

Conexão
Sua cadeia de suprimentos não só colabora, mas também está conectada em processos, tecnologia e pessoas com o processo de S&OP colaborativo? Já mantém reuniões recorrentes para revisitar os motivos pelos quais o planejamento não foi realizado conforme esperado, aprende com esses erros e se remodela para o ciclo seguinte? Então avance para a próxima casa! Se não, pense nisso.

Tá sem ideia do que criar? Não se preocupe, escolha uma inspiração que tem tudo a ver com o seu negócio e mãos à obra!

Agora me conta, sua organização está preparada para lutar pelo seu lugar de honra e subir a régua do mercado?

 

Daniela Corumba - Senior Value Solution Consultant da Coupa Software.


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