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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

O uso de simeticona em bebês com cólicas pode aliviar o desconforto e diminuir o choro dos lactentes¹


Além do acompanhamento de um especialista, medicamentos sem corantes tem preferência nos primeiros meses de vida, aliviando de forma segura as cólicas em bebês, explica o médico pediatra, Tadeu Fernandes

 

Caracterizadas como uma alteração no comportamento de crianças e bebês, as cólicas por acúmulo de gases ocorrem principalmente nos primeiros meses de vida, geralmente até os quatro meses de idade, segundo o pediatra Tadeu Fernandes, Presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)2, podendo, inclusive, surgirem em outras fases da primeira infância. Os períodos de choro intenso, acompanhados de muita irritabilidade, podem ser amenizados com tratamentos adequados logo após o nascimento.

 

Segundo o médico pediatra, muitas pessoas pensam que a primeira consulta com o pediatra deve ocorrer nas primeiras semanas de vida do bebê, no entanto, ele ressalta que esse acompanhamento deve ser iniciado no terceiro trimestre de gestação. “Fatores externos como alimentação, estresse em casa ou no trabalho impactam diretamente na saúde do feto. Um estudo3 realizado por pesquisadores norte-americanos apontou que quando a mãe tem um apoio social durante a gravidez e no pós-parto, a probabilidade da cólica infantil é menor”, comenta.

 

O especialista também aponta que a cólica do lactente, em geral, é um transtorno funcional. “Quando nascemos muitos órgãos ainda estão imaturos, entre eles o intestino, o maior órgão imunológico do corpo humano, que passa por um processo de desenvolvimento. Ele contém enzimas e um grande número de bactérias que convivem com nosso corpo. É justamente dessa imaturidade no desenvolvimento do intestino e da flora intestinal que decorrem as famosas desordens funcionais do lactente, que pode ser um intestino solto, preso, a regurgitação infantil e as temidas cólicas”, explica.


 

Choro intenso e diário – angústia e sofrimento para o bebê e a família

 

Assim como outros distúrbios funcionais dos bebês, as cólicas também causam angústia e desconforto familiar, levando os pais muitas vezes ao cansaço e à busca de soluções junto à família ou amigos com mais experiência com bebês. “É importante ressaltar que todo e qualquer tratamento deve ser sempre indicado e acompanhado pelo médico especialista. Medidas caseiras como compressa quente, por exemplo, podem causar problemas sérios, como queimaduras e desconforto ainda maior”, enfatiza o médico Tadeu Fernandes.

 

O especialista lembra que o choro também é uma forma do bebê se comunicar. No entanto, um bebê com cólica chora muito mais do que um lactente que não sofre com esse distúrbio. “Um artigo publicado no The Journal of Pediatrics4 aponta que a média de choro diária de um bebê é de 60 a 70 minutos/dia. Um lactente que sofre de cólicas chora, em média, 300 minutos por dia, iniciando um ciclo de choro intenso e sofrido, geralmente no mesmo horário – entre o final da tarde e início da noite, aumentando ainda mais o cansaço e a preocupação dos pais”, explica o pediatra.

 

Dentre os medicamentos para esse problema, a simeticona tem se mostrado uma importante aliada para o alívio das cólicas do lactente. O medicamento atua no estômago e intestino, diminuindo as bolhas de ar intraluminais, podendo ser utilizado para o combate das cólicas em bebês8, pois não é absorvido pelo organismo. A simeticona sem corantes é uma alterativa para bebês8 e crianças, porque evita problemas com alergia à substância corante. “A escolha da simeticona sem corantes é muito importante, pois os bebês são muito vulneráveis a alergias”, comenta o pediatra Tadeu Fernandes.


 

Luftal Infantil – segurança no tratamento das cólicas em bebês

Luftal Infantil é uma das marcas de referência para a simeticona sem corantes para lactentes7, proporcionando alívio rápido com ação em até 10 minutos 5 no desconforto abdominal e cólicas causadas pelos gases. Com mais de 60 anos no mercado, a marca é pioneira no Brasil na categoria de antigases. A marca que conta com embalgem de 15 mL, com 75 mg/mL de simeticona, lança a versão de 30 mL. O novo formato da embalagem, representa um melhor custo/benefício e mais comodidade para os pais na relação do preço sugerido da versão de Luftal Infantil 15mL. Com maior volumetria, a embalagem com 30mL oferece mais cobertura no alívio de sintomas nos períodos mais críticos das cólicas dos bebês, otimizando quantidades suficientes para uso do primeiro ao terceiro mês de vida6.



 

Referências:

1 https://www.scielo.br/j/jped/a/7ZhTDKZSGcFdVrQ9kSvZc8K/?format=pdf

2 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28271578/

3 https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-o-bebe/colica-do-lactente/

4 Systematic Review and Meta-Analysis: Fussing and Crying Durations and Prevalence of Colic in Infants - The Journal of Pediatrics (jpeds.com)

5 https://www.luftal.com.br/documentos/luftal-simeticona/

6 Com base na posologia mínima de 3 gotas aplicadas 3x ao dia e considerando a incidência média semanal do sintoma de acordo com o estudo U&A Usuários e Mães. 2017. Provokers. Posologia: Crianças a partir de 28 dias de vida até 2 anos: 3 a 5 gotas, 3 vezes ao dia. Não ultrapassar a dose de 25 gotas/dia.

7 IQVIA, PMB MIX, TOTAL BRASIL, CANAL VAREJO, EM R$ CPP E DOSES, CONSIDERANDO A NEC 03A3 - ANTIFLATULENTOS, JUL 2022 À OUTUBRO 2022.

8 Medicamento não indicado para bebês até 28 dias e prematuros até completarem 44 semanas da concepção.

 

LUFTAL® (simeticona) M.S. 1.7390.0009. Indicado para pacientes com excesso de gases no aparelho digestivo. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. (Jan/2023)

 

Inaugurações MAM São Paulo: museu abre nesta quinta-feira, 2 de março, novas exposições e projetos

A programação conta com a estreia exposição Diálogos com cor e luz, na Sala Paulo Figueiredo; site specific de Shirley Paes Leme na Sala de Vidro; obra de Ana Teixeira no Projeto Parede; e exposição na Biblioteca com publicações doadas à coleção do MAM por Aracy Amaral


Na quinta-feira, 2 de março, o Museu de Arte Moderna de São Paulo abriu novas exposições e projetos. Confira a agenda a seguir:

 A Sala Paulo Figueiredo recebe a exposição Diálogos com cor e luz, coletiva com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães que traz um recorte da arte abstrata na coleção do MAM, com foco nas relações entre cor e luz na pintura brasileira da segunda metade do século 20 por meio de pinturas de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Lygia Clark, Tomie Ohtake e Paulo Pasta. Leia mais aqui.

Na Sala de Vidro, será exibida a instalação Nosso mundo (2022 - 2023), trabalho inédito da artista Shirley Paes Leme que dialoga com o entorno do museu, e ao mesmo tempo instiga o público a pensar sobre as condições climáticas. Saiba mais sobre a obra aqui.

A nova edição do Projeto Parede traz a obra Cala a boca já morreu (2019 - 2023), da artista Ana Teixeira. Ocupando a parede do corredor que liga a recepção à Sala Milú Villela, a obra é fruto de uma ação de escuta a mulheres que a artista propõe no espaço público como exercício político. O trabalho, uma ação processual e que já teve ativações anteriores, investiga demandas e desejos dessas mulheres. A versão da obra apresentada no MAM São Paulo contará com a representação em desenho de 18 mulheres, além da gravação das 101 frases feitas por mulheres cis, mulheres trans e travestis convidadas por Ana Teixeira em 2021. Veja mais detalhes aqui.

Já a exposição A biblioteca de Aracy Amaral: referências e exposições, traz ao público uma seleção das mais de 700 publicações da biblioteca particular da crítica e curadora Aracy Amaral que foram doadas por ela para compor o acervo da Biblioteca Paulo Mendes de Almeida (a biblioteca do MAM), onde a exposição será sediada. Saiba mais sobre a mostra aqui.

 

Serviço:
Inaugurações MAM São Paulo
Diálogos com cor e luz | Sala Paulo Figueiredo
Nosso mundo (2022 - 2023), de Shirley Paes Leme | Sala de Vidro
Cala a boca já morreu (2019 - 2023), de Ana Teixeira | Projeto Parede
A biblioteca de Aracy Amaral: referências e exposições | Biblioteca

Período expositivo: 2 de março a 28 de maio de 2023 

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)

www.mam.org.br/
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Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30) 
Ingressos: na ocasião da abertura, a entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados através do site. Nos demais, de terça a sábado, os ingressos custam R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Os ingressos podem ser adquiridos através do site, mam.org.br/ingressos, ou de forma presencial, no museu.

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

 


DIA MUNDIAL DO CÂNCER 

Exames genéticos auxiliam a prevenção e o diagnóstico precoce

 Análise de sequenciamento genético apoia a prática clínica há muitos anos e vem se tornando mais acessível na última década, impulsionando a medicina de precisão para pacientes oncológicos 

Cerca de 704 mil casos novos de câncer devem ser registrados por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Recém divulgados na publicação “Estimativa 2023 -- Incidência de Câncer no Brasil”, os dados norteiam as estratégias na área oncológica brasileira e chegam a público pouco antes do Dia Mundial do Câncer, no dia 04 de fevereiro, numa iniciativa que tem por objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e influenciar a mobilização pelo seu controle. 

Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento descontrolado de células, que dividindo-se rapidamente, determinam a formação de tumores, que podem ocorrer em qualquer região do corpo. Os diferentes tipos de câncer têm com origem os vários tipos de células que formam o corpo. 

Se os números assustam, os avanços científicos têm potencializado os resultados positivos na medicina oncológica. O sequenciamento genético é um dos avanços científicos que têm contribuído de forma significativa para o enfrentamento da doença.   Capaz de realizar o diagnóstico de síndromes de predisposição hereditária ao câncer, proporcionando a possibilidade de acompanhamento e tratamento individualizados e mais eficientes, com recomendações específicas para as condições detectadas. 

A equipe de genômica do Sabin Medicina e Saúde, tem intensificado seus investimentos e trabalho no sequenciamento genético de doenças raras, entre elas os cânceres hereditários. 

“É inegável os benefícios que a genômica tem trazido para o paciente oncológico e também para seus familiares. Por isso temos buscado ampliar o número de genes analisados de maneira a beneficiar cada vez mais pessoas em suas jornadas de saúde ao longo da vida”, destaca o coordenador de genômica do Grupo Sabin, Gustavo Barra. “A medicina de precisão é hoje a melhor estratégia para o tratamento de câncer e os testes moleculares, tanto aqueles realizados no tumor quanto aqueles que informam sobre a constituição genética do paciente, são indispensáveis para a realização dessa abordagem”, conclui Gustavo. 

Antes da realização dos exames genéticos germinativos -- que podem permitir o diagnóstico de síndromes de predisposição hereditária ao câncer -, existem alguns critérios que devem ser avaliados pelo médico que acompanha o paciente. A história familiar de câncer -- que pode incluir neoplasias como câncer de mama, ovário e pâncreas -- é um desses critérios de avaliação para investigação genética. 

“Em casos como o câncer de mama, por exemplo, o diagnóstico da síndrome de predisposição genética para o câncer pode modificar inclusive as recomendações para rastreamento ao longo da vida, aumentando as chances de detecção precoce de possíveis tumores, além de permitir até mesmo condutas preventivas”, explica a médica geneticista do Grupo Sabin, Rosenelle Araújo.  

“Os benefícios incluem ainda a definição de protocolos mais adequados em função do risco genético e conforme a indicação em diretrizes, procedimentos como cirurgias redutoras de risco e a quimioprofilaxia também podem ser possíveis em alguns casos e podem reduzir o risco de desenvolvimento da doença, por isso é importante discutir com o médico, tanto a indicação do exame quanto as condutas a partir do seu resultado”, destaca a médica.  

“Câncer é uma doença que assusta, e com razão. Mesmo em casos de desfecho positivo com cura, o tratamento é longo e bastante impactante sobre a vida do indivíduo. Por isso é sempre bom lembrar, que ter uma predisposição hereditária não determina que um indivíduo vai ter a doença. Sabemos que o câncer não tem uma causa única. Há diversas causas tanto externas - presentes no meio ambiente e também associadas aos hábitos de vida - quanto internas - como hormônios, condições imunológicas, além das genéticas. Esses fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao câncer”, explica Rosenelle. 

“No entanto, existem fatores que atuam na prevenção do câncer e que todo mundo pode e deve fazer: manutenção do peso corporal, prática regular de atividades físicas, priorizar uma dieta balanceada e saudável e evitar o etilismo e o tabagismo. São medidas acessíveis para todos e fundamentais para quem busca saúde e bem-estar ao longo da vida”, conclui a médica.

  

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A importância do período de férias para a saúde de jovens em idade escolar

Especialistas afirmam que o descanso de final/início de ano é fundamental para a saúde física e mental de crianças e adolescentes. Relação com os pais também pode e deve incrementada neste período 

 

O período de férias é o sonho de todo jovem em idade escolar. O momento de pausa no calendário de estudos para as festas de final/início de ano e do descanso geralmente programado entre os meses de junho e julho é normalmente o mais aguardado entre crianças e adolescentes que frequentam as aulas. E se há quem ache que este período de folga é exagerado para jovens cuja única responsabilidade é estudar, especialistas da área de psicologia discordam: as férias são fundamentais para garantir o bem-estar físico e mental destes alunos, preparando-os adequadamente para as exigências de uma rotina que pode ser bem mais estressante do que muita gente supõe.

Psicopedagogos e especialistas têm se dedicado a estudar os efeitos que a rotina típica de um ambiente escolar pode causar em crianças e adolescentes. E, ao contrário do que muitos podem pensar, ela está longe de ser “leve”: além das exigências pedagógicas tradicionais que envolvem estudos e a cobrança por bons resultados acadêmicos, ambientes escolares costumam demandar interações sociais que, por vezes, podem gerar quadros de ansiedade em muitos jovens. Neste sentido, são frequentes os relatos de alunos com sintomas típicos de quadros de estresse, uma condição que prejudica sua capacidade de aprendizado e saúde mental.

A psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Suely Poitevin (CRP: 08/05080), explica como o período de férias surge como um bem-vindo momento de “recarga” física e emocional para estes jovens que encontram nas semanas/meses de descanso uma oportunidade de se reconectarem a aspectos fundamentais de seu desenvolvimento: “Férias são de suma importância para aquisição de diferentes experiências que contribuirão para a melhora de variados aspectos do desenvolvimento da personalidade de crianças e adolescentes, incluindo aí sua inteligência criativa/emocional e sua saúde física e mental. Elas promovem um nível de satisfação que encoraja o estudante a ter novas capacidades produtivas e de aprendizagem”, afirma. Ainda de acordo com ela, a forma como estes jovens usarão este tempo pode variar. O fundamental é que o gastem em atividades que lhes sejam prazerosas e que os afastem das tensões e exigências escolares: “É importante que desfrutem das férias da forma que for mais adequada às suas necessidades e interesses, seja aproveitando o tempo livre para conhecer lugares diferentes, para brincar livremente, viajar, curtir o ócio, jogar com os amigos, entre outras atividades possivelmente revigorantes”.

Educadores acostumados à vivência diária com alunos em idade escolar atestam esta visão, reforçando a importância e a diferença prática que o descanso adequado produz. A Diretora do Colégio Stella Maris Água Verde, Ana Cláudia Alexandrini, classifica as férias como um momento de suma importância tanto por permitir o exercício de atividades lúdicas aos alunos, quanto por estimular neles o interesse em voltar ao ambiente escolar: “Quando os jovens retornam do período de descanso notamos de forma clara como esta pausa contribui para a manutenção do seu bem-estar e a renovação das expectativas com o aprendizado. É visível que há neles uma vontade extra de aprender sobre novos assuntos, além de uma maior participação nas aulas”, conta.

Suely também destaca outro aspecto importante que por vezes passa despercebido: o período de férias é uma oportunidade de aprofundar e fortalecer a relação familiar entre pais e filhos, que nem sempre tem a oportunidade de interagir de forma satisfatória durante o período do calendário escolar. O momento de descanso é ideal para a realização de atividades que envolvam toda a família, tais como viagens, brincadeiras, jogos e passeios.

Embora a importância do período específico de férias se faça evidente na visão de educadores, psicólogos e demais especialistas, eles também afirmam que a importância do descanso adequado se faz presente ao longo de todo o ano letivo. Neste sentido, mais importante do que ter um longo período para afastá-los da rotina de estudantes é fazer com que os jovens saibam aproveitar adequadamente os momentos de pausa que tem disponíveis, independentemente de sua duração: “Quando falamos de descanso, a quantidade importa muito menos do que a qualidade de tempo dedicado e disponível para o lazer. Um final de semana bem usado em atividades recreativas pode ter um efeito revigorante muito satisfatório para crianças e adolescentes”, conclui Suely.

 



Paraná Clínicas

Paraná deverá ter 7 diagnósticos de câncer de intestino por dia em 2023


Devem ser registrados 45 mil casos de câncer de intestino (cólon e reto), em 2023, em todo o Brasil. Apenas no Paraná são esperados 2.560 casos, ou seja, sete diagnósticos ao dia, segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum, atrás apenas do câncer de pele, de mama (nas mulheres) e de próstata (nos homens). 

A doença voltou ao debate após famosos abordarem o tema publicamente, como é o caso da cantora Preta Gil, que iniciou o tratamento nesta semana, e os jogadores Pelé e Roberto Dinamite, que faleceram recentemente em decorrência de um câncer intestinal.

A taxa de incidência de câncer de intestino no Paraná é uma das maiores do país. São diagnosticados cerca de 20,8 casos a cada 100 mil habitantes. A incidência só é menor que Rio de Janeiro (25,35), Santa Catarina (32,4) e São Paulo (33,1). 


Representação espacial das taxas ajustadas de incidência de câncer de intestino por 100 mil habitantes (homens à esquerda, mulheres à direita) estimadas para o ano de 2020, segundo Unidade da Federação │ Fonte: INCA

 


Segundo o cirurgião do aparelho digestivo e membro do Instituto de Cirurgia Robótica do Paraná, Dr. Christiano Claus, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. “Apesar de ser mais comum em idades avançadas, o câncer também pode ocorrer em pacientes jovens. Os principais sintomas dos tumores do intestino grosso são: alteração do ritmo intestinal, cólica, emagrecimento e sangramento junto às evacuações. Porém, nas fases iniciais, a doença não provoca nenhum tipo de sinal o que torna a realização do exame de colonoscopia fundamental para o diagnóstico de lesões precursoras ou tumores em fases iniciais" reforça o cirurgião.


Prevenção

O principal exame para investigação de câncer colorretal é a colonoscopia.

"A colonoscopia é um exame indolor, realizado sob sedação, recomendado para todos os pacientes a partir dos 50 anos ou antes se houver algum histórico familiar de câncer de intestino. Ao identificar pólipos, os mesmos são removidos imediatamente na maioria dos casos", explica a cirurgiã e médica coloproctologista do Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia (CIGHEP) do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dra. Mariane Savio. 

Os pólipos são pequenas lesões, parecidos com verrugas, que podem surgir na parede interna do órgão e podem evoluir para tumores malignos. Como não causam sintomas, a colonoscopia é o único exame que identifica e remove as lesões para evitar o câncer de intestino. Os pólipos são retirados e encaminhados para um exame de biópsia, que aponta se a lesão era benigna, pré-cancerígena ou cancerígena. 

“Os pólipos são o crescimento anormal de células. Em geral, eles são assintomáticos, os mais comuns são benignos, e são detectados e removidos durante o exame. Isso previne o desenvolvimento de câncer colorretal", afirma a coloproctologista.

Ela ressalta ainda que a prevenção com hábitos de vida mais saudáveis e a realização de exames é fundamental para evitar o aumento de casos. “Uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais frescos parece proteger contra doenças, enquanto o consumo de gorduras animais e álcool, obesidade, sedentarismo e tabagismo são fatores de risco para câncer de intestino”, reitera Mariane.

 

Tratamento

O tratamento a ser indicado depende sempre do momento do diagnóstico e também das características individuais de cada paciente. 

“Quando encontramos apenas o pólipo durante uma realização de colonoscopia, a retirada desta lesão durante o próprio exame é a única medida necessária. Em situações de diagnóstico precoce de um câncer, a cirurgia para remoção do tumor é suficiente para a cura do paciente em 95% a 98% dos casos. Já com o diagnóstico tardio, além da cirurgia, podem ser indicados tratamentos complementares, como a radioterapia e a quimioterapia”, esclarece Christiano Claus.O objetivo do procedimento é remover o segmento do intestino acometido pelo tumor e os "caminhos" pelos quais ele possa ter começado a se disseminar.

 

CIRURGIAS MINIMAMENTE INVASIVAS - As técnicas de laparoscopia e cirurgia robótica podem ser indicadas e oferecem ao paciente uma recuperação mais rápida, com menos dor e retorno precoce às atividades cotidianas. 

Claus explica que a plataforma robótica é ideal para os casos mais complexos.“Pois aumenta a segurança e a precisão da cirurgia. Vantagens desta tecnologia permitem que o cirurgião tenha uma visão ampliada e extrema precisão dos movimentos feitos através do robô, com pequenas incisões. Além disso, é possível avaliar a vascularização do intestino durante a cirurgia”.

 

As técnicas bariátricas

 

Atualmente, basicamente dois métodos de cirurgia bariátrica são os mais utilizados: o Bypass Gástrico ou o Sleeve Gástrico (gastrectomia vertical). A grande pergunta que mais paira na cabeça de quem vai se submeter a processo é: Qual escolher? 

Essa resposta é um tanto difícil, e a escolha da técnica deve ser bem discutida entre o cirurgião e o paciente, mas o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, revela que todas têm vantagens e desvantagens e explica quais são elas.
 

Bypass - vantagens:

- Maior perda de peso em 2 anos

- Maior resolução de doenças como diabetes

- Redução de sintomas de refluxo gastresofágico no pós-operatório

 

Bypass -- desvantagens:

- Maior risco de desnutrição

- Mais complicações no pós-operatório tardio (hérnia interna, náuseas e vômitos e etc)

- Necessidade de suplementação vitamínica provável pelo resto da vida

- Maior tempo cirúrgico
 

Sleeve -- vantagens:

- Menor risco de desnutrição e de dependência de suplementação vitamínica

- Boa taxa resolução de doenças metabólicas

- Não manipulação de alças intestinais

- Menor risco de complicações no pós-operatório

- Menor tempo cirúrgico

 

Sleeve -- desvantagens:

- Piora dos sintomas de refluxo

- Maior reganho de peso

- Menor perda total de peso

- Menor risco de complicações no pós-operatório

 

Para cada caso, Dr. Rodrigo lembra que é preciso avaliação individual das necessidades de cada paciente, mas uma dúvida não resta: “Perder peso é a opção número um de qualquer pessoa já que todo mundo precisa ganhar saúde”, avisa.

 

Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).


Grandes Dúvidas Sobre Vitamina D que Você Precisa Saber

A vitamina D é extremamente vital para o bem-estar e a saúde geral do nosso corpo, pois ajuda a regular funções como o crescimento, massa óssea, o sistema imune, a saúde cardiovascular, o metabolismo e a produção de insulina, mantendo assim também os níveis adequados de cálcio e fósforo no sangue e nos ossos. 

“Quando combinada com outros micronutrientes, a vitamina D torna-se solúvel em gordura, a qual é obtida através da alimentação e exposição à luz solar.” Explica o diretor médico da Clínica Franco Amaral, referência em saúde integrada e especialista em medicina laboratorial, Dr. Roberto Franco do Amaral.

 

Vitamina D pode ajudar em dores crônicas?

É cada vez mais comum ouvir falar que a vitamina D pode ajudar no alívio de dores crônicas. A vitamina D é essencial para o correto funcionamento do sistema imunológico e os estudos sugerem que ela também pode ajudar a reduzir a inflamação nas articulações, o que pode contribuir para o alívio da dor. 

Ainda não há certeza sobre os mecanismos exatos pelos quais a vitamina D atua no alívio da dor, mas os resultados preliminares são extremamente promissores.
 

Existe perigo em tomar vitamina D em excesso?

Sim. Ocorre uma condição chamada hipervitaminose e é potencialmente grave. 

A toxicidade de vitamina D é geralmente causada por grandes doses de suplementos de vitamina D -- não por dieta ou exposição ao sol. Isso acontece porque o organismo regula a quantidade de vitamina D produzida pela exposição ao sol e mesmo alimentos fortificados não contem grandes quantidades a ponto de gerar toxicidade. 

O Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que a principal consequência da toxicidade da vitamina D é o acúmulo de cálcio no sangue (hipercalcemia), que pode causar náuseas e vômitos, fraqueza e micção frequente. A toxicidade da vitamina D pode progredir para dores ósseas e problemas renais, como a formação de pedras de cálcio e até insuficiência renal.

 

É prejudicial tomar vitamina D todos os dias?

Não é prejudicial, desde que as doses sejam controladas. Tomar altas doses da suplementação pode, sim, ser prejudicial. A vitamina D é importante para a saúde do organismo, pois atua na fixação do cálcio e no metabolismo ósseo. No entanto, o excesso de vitamina D pode causar problemas como hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue) e aumentar o risco de câncer. 

Segundo pesquisas científicas, tomar mais do que 10000 unidades internacionais (ui) por dia de vitamina D, por exemplo, durante vários meses pode causar toxicidade, aumentando o nível de cálcio no sangue e diminuindo o paratorhormonio (pth). Tais doses, demandam exames periódicos de cálcio, vitamina D e pth para maior controle por parte do médico. Tomar mais do que 10000 UI é muitas vezes maior do que a dose diária recomendada (rda) dos EUA para a maioria dos adultos de 600 UI de vitamina D por dia.
 

Filtro solar atrapalha na absorção de vitamina D pelo sol?

Existem vários motivos pelos quais o filtro solar pode atrapalhar na absorção de vitamina D sintetizada pelo sol. Primeiro, a vitamina D é uma substância lipossolúvel, o que significa que é solúvel em gordura e não em água. “Isso significa que ela não pode ser absorvida pela pele se estiver sendo bloqueada por um filtro solar à base de água. Além disso, a vitamina D precisa de exposição direta aos raios ultravioletas para ser sintetizada, e os filtros solares podem reduzir a quantidade de UV que chega à pele.” indica o médico Dr. Roberto Franco do Amaral. 

Por isso é ideal ficar pelo menos 15 minutos, exposto aos raios UV sem aplicar protetor. Com exceção do rosto. 

Quais as formas de confirmar a necessidade da suplementação de vitamina D?

Pessoas com deficiência de vitamina D podem apresentar sintomas como fraqueza muscular, baixa imunidade, dor nas articulações e cansaço apesar de não serem tão comuns já que estamos num país tropical. Porém, a forma mais eficiente e confiável de obter o resultado concreto é através do exame de sangue, que pode medir a quantidade de 25-hidroxivitamina d presente no corpo.

 

Qual a melhor forma de obter vitamina D?

A exposição solar é a principal forma de obtenção desta vitamina, já que o organismo produz a substância a partir da luz ultravioleta. No entanto, existem outras formas de se obter vitamina D, como: 

- Consumir alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordurosos (salmão, atum), fígado e ovos; 

- Tomar suplementos de vitamina D.
 

“Existem diversas situações clínicas nas quais o uso de suplementos de vitamina D pode ser indicado. No entanto, é importante que esse tipo de tratamento seja feito sob supervisão médica, pois a dosagem incorreta da vitamina pode levar a complicações graves para a saúde.” Finaliza o Dr. Roberto Franco do Amaral.

 

Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Título de Especialista em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira. Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber -- Tudo sobre a medicina do futuro.


9 dicas para manter a imunidade alta no Carnaval

Especialista explica que para manter a imunidade durante a folia é preciso caprichar na hidratação, dormir o máximo possível e evitar compartilhar objetos pessoais como latinhas e garrafas de bebidas

 

A época dos bloquinhos de Carnaval está chegando e os brasileiros começam a se preparar para a folia escolhendo uma fantasia divertida, marcando o encontro com os amigos e vibrando com os shows que assistirão. Só que para a diversão não acabar no hospital é importante redobrar os cuidados com a saúde para protegê-la nesse período. 

“Nessa época de excessos, com muita bebida alcoólica e trash food, além de confete e serpentina, é comum chegarmos “só o pó” na quarta-feira de cinzas e as gripes, dores de garganta, rinites e sinusites “atacam” muitas pessoas, pela baixa da imunidade”, explica Dra. Carla Falsete, otorrinolaringologista pela ABORL-CCF. 

Pensando nisso, a especialista separou nove dicas preciosas do que fazer durante o Carnaval para manter a imunidade alta e não ter dor de cabeça mais tarde!

 

1. Capriche na hidratação 

Na folia dos bloquinhos de Carnaval, a garrafa d’água perde o lugar para a lata de cerveja e outras bebidas alcóolicas. Mas, não é o ideal! A falta de água no organismo pode levar a problemas como fraqueza, tontura, dor de cabeça e cansaço. Por isso, a dica de ouro é intercalar a cervejinha com uma garrafa d’água ou ainda, se preferir, com uma água de coco geladinha.

 

2. Faça ao menos uma refeição com “comida de verdade” 

Caso a pessoa saiba que não vai conseguir se alimentar direito ao longo do dia, enquanto aproveita a folia, há uma saída para proteger sua imunidade. Dra. Carla recomenda que, nesse caso, se faça pelo menos uma refeição com “comida de verdade”, como frutas e verduras, no dia.

 

3. Não abandone sua rotina de atividades físicas! 

Em tempos de folia, é difícil pensar em malhar. No entanto, a otorrinolaringologista é firme: “Pode diminuir o ritmo das atividades físicas, mas não abandonar!”. Isso porque exercícios físicos fortalecem o sistema imune, uma vez que há o aumento das suas células quando o indivíduo pratica principalmente atividades de intensidade moderada.

 

4. Durma o máximo possível 

Além de acordar mais descansadoa no dia seguinte e, quem sabe, enfrentar mais um bloquinho, a pessoa que dorme bem tem mais imunidade. Isso acontece porque é ao deitar-se para descansar que o sistema imunológico é reorganizado e recupera-se de possíveis contágios. De acordo com a Dra. Carla, o ideal é dormir de sete a oito horas por dia!

 

5. Use protetor solar! 

Ainda que tomar sol seja importante para garantir mais saúde ao organismo - ele é necessário para a produção da vitamina D, por exemplo -, é preciso cuidado com os excessos. Assim, a otorrino alerta sobre a importância de usar protetor solar ao entrar em contato com o sol para que não haja queimaduras, uma vez que elas diminuem a imunidade.

 

6. Não esqueça o álcool em gel 

A pandemia da Covid-19 deixou um legado importante para a saúde: é por meio das mãos que levamos aos olhos, boca e nariz, que acabamos contaminados pelos mais diversos tipos de agentes infecciosos. Então, para evitar esse possível contágio no Carnaval, a Dra. Carla recomenda separar um tubo de álcool em gel e levá-lo na bolsa. “Assim, de tempos em tempos, na folia, higienize as mãos”, orienta a especialista.

 

7. Consuma bebidas alcoólicas com moderação 

A ingestão de bebidas alcoólicas durante o Carnaval precisa ser feita de maneira controlada. Isso porque o álcool, ao entrar no organismo, também atinge as células do sistema imune. Quando isso ocorre, a eficácia delas acaba ficando reduzida, o que diminui sua resposta de combate a vírus e bactérias. Portanto, consumir bebidas alcoólicas de forma desenfreada pode acabar resultando em resfriados, gripes, dor de garganta e outros problemas relacionados à falta de imunidade.

 

8. Evite compartilhar copos, talheres e garrafas 

Por mais que seja um hábito comum compartilhar copos e garrafas durante a folia do Carnaval, essa é uma desencorajada pela otorrino. Por meio da saliva, pode acabar acontecendo a transmissão de doenças infectocontagiosas. Portanto, para dividir itens pessoais, é preciso que eles sejam limpos com água e sabão ou desinfetados com álcool 70%.

 

9. Cuidado com as bocas que beija! 

Dra. Carla alerta: “o beijo é uma das formas de transmissão de diversas doenças virais como a mononucleose (a “doença do beijo”) e hepatite A, além de vírus respiratórios, como coronavírus e influenza”. Portanto, é preciso cuidado ao se relacionar durante o Carnaval!

 

Dra. Carla Falsete - CRM 101843 | RQE 71523. Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- Campus Sorocaba (2000). Residência médica em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica pela Clínica Médica Otorhinus (2004). Título de Especialista em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica e Cirurgia Cérvico Facial pela ABORL-CCF (desde 2005). Pós-graduada em Medicina Desportiva pela UNIFESP (2007). Preceptoria cirúrgica no Núcleo de Otorrinolaringologia de São Paulo (desde 2007). Psicoterapeuta formada Helper pelo Pathwork®️ (2018). Formação Médica ampliada pela Antroposofia (2020). Mamãe da Bianca. Healthy lifestyle.


Dia Mundial do Câncer: Informação e diagnóstico precoce são algumas das armas na prevenção

Nos próximos dois anos, são estimados cerca de 700 mil novos casos de câncer no Brasil, onde o desafio é aumentar o cuidado preventivo

 

Segunda maior causa de mortes em todo o mundo, cerca de 10 milhões de pessoas por ano, o câncer tem números que assustam. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um a cada cinco habitantes no planeta vão desenvolver diversos tipos de tumores. No Dia Mundial do Câncer, que é celebrado neste sábado (4 de fevereiro), também é importante entender a realidade pela qual o Brasil passa no combate à doença.

A oncologista clínica Aline Bobato Lara foi convidada pela Prati-Donaduzzi para fazer um quadro sobre como se encontra a luta contra o câncer no país e seus principais desafios nos próximos anos. “O combate ao câncer no Brasil é composto de três frentes: a realização de exames preventivos, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento. Como há uma dificuldade de acesso da população aos exames, impõe-se uma barreira para o diagnóstico precoce e, consequentemente, ao tratamento mais eficaz”, explica a Dra. Aline.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), entre 2023 e 2025, o Brasil deverá apresentar cerca de 704 mil novos casos no país, a maioria nas regiões Sul e Sudeste, que normalmente concentram 70% de incidência. O tumor maligno com maior número de registros é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelo de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

De acordo com a oncologista clínica, os fatores de risco variam conforme o tipo de câncer. “Em geral, o estilo de vida contribui para o desenvolvimento da doença, como tabagismo, uso excessivo de álcool, alimentação desequilibrada, obesidade, sedentarismo e exposição exagerada ao sol”, afirma a especialista.


Câncer infantil com mais chances de cura

Em relação à expectativa de cura, a oncologista Aline Lara ressalta também uma situação diferente entre os casos adultos e infantis. “O câncer infantil é diferente do câncer nos adultos, pois ele não está associado aos fatores ambientais. Os tumores mais frequentes são as leucemias, que afetam os glóbulos brancos, os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático), que são tumores mais raros nos adultos”, explica a especialista.

Segundo ela, os tumores em crianças e adolescentes são considerados mais agressivos, pois se desenvolvem rapidamente. “Em compensação, os pacientes infantis respondem melhor ao tratamento e as chances de cura são maiores, se comparado com o público adulto”, diz a oncologista clínica.

Tanto em adultos como crianças, a Dra. Aline Lara ressalta que a evolução nos tratamentos tem feito com que a cada ano aumentem as taxas de sobrevida dos pacientes de câncer. “Podemos ver um significativo aumento da taxa de cura e também no prolongamento da sobrevida para aqueles pacientes que têm uma doença incurável, mas que pode ser controlada por maior tempo através dessas novas modalidades de tratamentos”, diz a oncologista.

  

Prati-Donaduzzi


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