Pesquisar no Blog

segunda-feira, 25 de julho de 2022

10 dicas para se recolocar no mercado de trabalho

Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, considerar o fit cultural e ser transparente estão entre as principais recomendações aos profissionais que estão buscando recolocação


A recolocação no mercado de trabalho não é um processo fácil. Seja por conta de um corte ou uma demissão voluntária, o momento traz sensações que podem variar de ansiedade e preocupação a expectativas por um futuro melhor. 

"Pedir demissão enquanto ainda vivemos um reflexo de crise econômica e sanitária parece distante da realidade de muitas pessoas, porém, segundo dados do Caged, compilados pela LCA Consultores, o Brasil registrou mais de 6 milhões de auto demissões nos últimos 12 meses. E apesar da desocupação ter partido por vontade própria dos trabalhadores, é natural que alguns fiquem confusos ao buscar um novo emprego", pontua Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, empresa de soluções tecnológicas para RH. Pensando nisso, a CEO listou 10 dicas para a recolocação no mercado de trabalho. 

 

  • Mantenha seu currículo sempre atualizado: em primeiro lugar, é essencial manter o currículo atualizado, já que essa pode ser a porta de entrada para uma oportunidade. Dentro deste sentido, descreva suas experiências em ordem cronológica: da mais recente para a mais antiga. Aproveite o documento para detalhar suas últimas experiências e contar sobre os projetos que esteve envolvido.  
  • Busque oportunidades em sites de recrutamento: hoje em dia, a maioria das empresas pedem que os candidatos preencham um formulário em seus sistemas ou sites de recrutamento. Por isso, além de atualizar o currículo é imprescindível buscar oportunidades nas principais plataformas de vagas, como o Infojobs, por exemplo. Desta forma, será mais fácil os recrutadores encontrarem seu perfil.  
  • Faça um mapeamento de vagas: com o currículo atualizado e formulários preenchidos em sites de recrutamento, é possível realizar um mapeamento de vagas para uma inscrição mais assertiva. Aqui, você pode checar o site das empresas que possui interesse e os perfis nas redes sociais, como LinkedIn. 
  • Procure qualificação profissional: cada vez mais, os cursos e atividades extracurriculares estão ganhando força no mercado de trabalho. Durante a pandemia, por exemplo, muitas faculdades abriram sua grade de cursos para possibilitar que as pessoas tivessem mais acesso. Se você teve a oportunidade de realizar algum deles, não hesite em colocá-los no seu currículo.  
  • Pense sobre seus objetivos de carreira: esse pode ser o momento ideal para refletir sobre sua trajetória profissional e seus objetivos de carreira. Comece listando as principais conquistas e aprendizados que teve até o momento e ordene o que deseja da sua carreira nos próximos meses e anos.  
  • Defina metas profissionais: depois de avaliar seus objetivos profissionais, ficará mais fácil identificar quais caminhos buscar e quais oportunidades fazem mais sentido para seu momento de carreira. Com isso em mente, defina suas metas a curto e longo prazo, e esteja sempre atento a elas. 
  • Considere o fit cultural: fit cultural nada mais é do que o alinhamento entre os valores do candidato e da empresa. Por isso, antes de aceitar um novo desafio é interessante verificar o histórico da empresa, avaliações de funcionários e ex-colaboradores, além de suas principais missões. Ao se identificar com esses pontos, você, provavelmente, terá mais segurança e ânimo para encarar a nova oportunidade.  
  • Pesquise sobre a empresa: estude sobre a empresa e sobre a vaga para alinhar seu objetivo com o propósito do lugar. Assim, também é possível ordenar quais competências destacar na hora de preencher o currículo online e focar no momento da entrevista. Muitas vezes, durante as entrevistas, os recrutadores deixam em aberto um espaço para os candidatos fazerem perguntas sobre a empresa e sobre a vaga, e é neste momento que eles medem o interesse do candidato.  
  • Prepare-se para a entrevista de emprego: apesar das entrevistas de emprego nunca serem iguais, o objetivo é sempre o mesmo: conhecer melhor o candidato e entender de que forma ele pode colaborar com a posição oferecida. Desta forma, prepare-se antecipadamente para a conversa, estude perguntas e suas possíveis respostas; quanto mais alinhado estiver com a mensagem que quer passar, mais confiança passará. As empresas não contratam currículos, mas sim, pessoas. Logo, no momento da entrevista é importante, além de citar suas experiências profissionais, inserir e detalhar vivências, contar o que de fato fez em seus últimos empregos, o que aprendeu, de que forma a oportunidade complementou e de que maneira você acrescentou para a empresa.  
  • Seja transparente: essa pode parecer uma dica óbvia, mas acredite, muitas pessoas ainda aumentam ou até mesmo omitem informações na tentativa de impressionar os recrutadores. Não tem nada melhor do que ser 100% sincero. Foi demitido do último emprego por corte de gastos? Não fique constrangido. Não é fluente em uma língua estrangeira? Fale. Ainda não domina uma certa ferramenta, mas está estudando para isso? Conte a verdade. Mais importante do que você sabe fazer, é sua vontade de aprender.

  

Infojobs 

 

Trabalhador com sequela tem direito a auxílio-acidente mesmo que volte à função

É bastante comum que o trabalhador desconheça o direito básico de receber o auxílio-acidente durante toda a vida profissional, sempre que sofra algum tipo de ocorrência que gere sequela e torne a realização da atividade laboral um pouco mais difícil. O benefício é concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que exige perícia médica para aprovar o pagamento mensal de um adicional ao segurado, mesmo que ele volte a trabalhar na mesma função.

Isso significa que o benefício não cessa quando se retoma a rotina de trabalho, diferentemente do que ocorre com o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez. Ainda, é preciso destacar que não importa se o acidente ocorreu durante a atividade profissional ou em um momento de folga. Para ter o direito, basta a comprovação de que houve sequela permanente que impactou negativamente no desempenho laboral. 

Por exemplo, um  trabalhador que sofra um acidente de moto durante uma folga e perca o dedão da mão, consequentemente, terá a capacidade para o trabalho reduzida. Assim, ele terá direito a receber o auxílio-acidente do INSS.

O valor pago corresponde a 50% do salário de benefício e funciona como um tipo de indenização para o segurado que contribui com o INSS. Após a reforma da Previdência, a definição do valor do auxílio-acidente é feita pela soma de todos os salários com contribuição a partir de julho de 1994, dividida pela quantidade de meses contados. Basta pegar a média dessa conta e descontar 50%.

Antes da reforma previdenciária, era possível descontar os 20% das menores contribuições ao INSS, o que aumentava um pouco a média. Desde 13 de novembro de 2019, data da promulgação das regras atuais, isso não é mais possível.

No entanto, caso o trabalhador tenha sofrido o acidente com sequela antes da entrada em vigor da nova legislação e ainda não tenha buscado o auxílio em questão, ele poderá requerer o benefício com o desconto dos 20% das menores contribuições ao instituto.

Além do desconhecimento de muitos trabalhadores sobre o direito ao auxílio-acidente, existe a possibilidade de o benefício ser cessado pelo INSS quando o perito entende que a pessoa tem capacidade para o trabalho. Porém, se houver sequela permanente, o beneficiário deve requerer nova perícia, pelo telefone 135 ou pelo site do Meu INSS (https://www.gov.br/pt-br/servicos/marcar-ou-remarcar-pericia-medica-do-inss), e pedir o pagamento do auxílio B94.

Outro ponto que gera dúvidas é se o auxílio-acidente continua a ser pago a partir da aposentadoria. Se ambos os benefícios foram concedidos antes de 1997, quando uma mudança na legislação excluiu a natureza vitalícia do recebimento, o segurado poderá acumular ambos. Se qualquer um dos dois foi concedido após 1997, o auxílio-acidente será cessado, conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Não há carência para receber o auxílio-acidente. Basta ter contribuído com o número mínimo de contribuições exigidas pelo INSS. No caso do segurado rural, é possível até mesmo receber o auxílio-doença sem ter contribuído ao INSS. Essa diferenciação ocorre pela natureza especial do trabalho no campo e garante o direito ao benefício até a aposentadoria. 

Caso o perito do órgão não reconheça que a sequela decorrente do acidente reduziu a capacidade profissional do trabalhador, é possível recorrer à Justiça. Para isso, é recomendável buscar um especialista em direito previdenciário para analisar o caso. 

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

 

Metaverso x LGPD: Um espaço seguro para meus dados?

O impacto comportamental, vigilância e privacidade, roubo de identidade, golpes sofisticados de engenharia social e acesso de crianças e/ou adolescentes são apenas alguns dos tópicos que precisam de discussão urgente


Nos últimos meses, o termo Metaverso tem sido mencionado com frequência e seu desenvolvimento abraçado por grandes empresas. Contudo, pouco se fala sobre o que a terminologia quer dizer efetivamente e quais as implicações práticas na vida.

Em essência, o Metaverso diz respeito a tecnologias capazes de replicar a realidade ou de criar um universo paralelo por meio do uso de dispositivos e de ambientes digitais, como, por exemplo, jogos e até salas de reuniões interativas.

Portanto, o termo não se refere a uma única tecnologia ou a uma única empresa e sim a ambientes virtuais com um grau de imersão tão alto, que conseguem replicar em parte, ou em sua totalidade, as interações possíveis no mundo real.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou, em outubro de 2021, que o nome da empresa seria alterado para “Meta”, em uma alusão ao Metaverso. A princípio, pensou-se que fosse apenas uma jogada de marketing para dissociar a empresa das controvérsias que envolviam seu nome na época. Contudo, diante da própria apresentação do CEO, foram revelados que os ambiciosos planos da empresa abrangendo o Metaverso iriam muito além de um rebranding da empresa.

Embora possa parecer novo, os termos e conceitos do Metaverso foram usados pela primeira vez no livro do autor Neal Stephenson, Snow Crash, publicado em 1992. Assim como no romance de Stephenson, na prática, o conceito de Metaverso consiste em um ambiente virtual onde os usuários usam seus avatares para interagir uns com os outros e vivenciar uma experiência real.

Imagine poder se mover para quase qualquer lugar da Terra utilizando avatares que se assemelham fisicamente com você na vida real, ou mesmo utilizar um avatar completamente diferente? Poderia até mesmo comprar roupas de marca, acessar seu banco e trabalhar, tudo em um só ambiente. Após o estabelecimento do Metaverso, tudo isso será possível. Grandes empresas de moda como: Nike, Ralph Lauren, Gucci, Balenciaga e outros, Bancos e até mesmos influenciadores digitais já estão apostando e investindo grandes quantias nesse “novo mundo”.

Dadas as mudanças iminentes, a inovação trazida pelo Meta, embora impressionante e futurista para muitos, é de grande preocupação para os países e seus reguladores em todo o mundo, principalmente quanto ao monopólio da Meta no Metaverso. Isso porque, o domínio massivo dessa nova tecnologia por uma única empresa significa assumir o controle das informações pessoais de inúmeros cidadãos ao redor do mundo, portanto, o domínio desses dados proporciona um uso arbitrário e inadequado.

Ainda assim, há um agravante: o Facebook, nome anteriormente dado ao Meta, foi envolto em grandes polêmicas ao longo de sua existência, notadamente relacionadas ao uso indevido dos dados pessoais de seus usuários para fins publicitários e até mesmo eleitorais. Assim, diferentemente da internet, que é uma sociedade sem fins lucrativos e que permite a coexistência de várias redes, neste caso teremos um cenário em que uma única empresa com credibilidade e reputação abaladas controlará o acesso à plataforma.

A engenheira de dados norte-americana, Frances Haugen, em entrevista à The Associated Press após as recentes polêmicas, disse que o Metaverso é "viciante e rouba mais informações pessoais" porque, segundo ela, o Facebook permitirá que grandes empresas de tecnologia tenham maior domínio sobre seus usuários e sobre informações pessoais da natureza de seus ambientes imersivos e compartilhamento de dados entre plataformas web, forçando os usuários a abrir mão de seus dados e privacidade.

Se as informações atualmente rastreadas pelas redes sociais forem contestadas, o Metaverso levantará preocupações ainda maiores. Os ambientes virtuais poderão coletar grandes quantidades de dados e informações monitorando cada ação que os avatares realizam, observando e analisando seus movimentos.

O crescimento na geração de informações é uma tendência que vem sendo percebida nos últimos dois anos, período em que, segundo artigo da Forbes, a quantidade de dados gerados é maior que toda a história da natureza humana. Se já é possível hoje na Internet mapear as preferências e hábitos de consumo dos usuários com base apenas em cliques, curtidas e tempo gasto em publicações, pode-se esperar recursos ilimitados para coletar e processar dados no mundo virtual. Pode haver mais elementos para analisar em novas plataformas, como batimentos cardíacos, expressões e reações a produtos e anúncios, além das interações que existem nas redes sociais atuais.

O impacto comportamental, vigilância e privacidade, roubo de identidade, golpes sofisticados de engenharia social e acesso de crianças e/ou adolescentes são apenas alguns dos tópicos que precisam de discussão urgente para acelerar o aumento da regulamentação. Qualquer uso indevido da infraestrutura Metaverso e a possibilidade de captura de dados fornecidos pela plataforma podem levar a violações graves.

Dessa forma, apesar das vantagens que a plataforma pode trazer, o Metaverso permitirá que a inteligência artificial descreva o comportamento de todos os usuários em uma escala maior do que as redes sociais podem fazer atualmente.

 

Mas afinal, o que é um dado pessoal e como a LGPD traz a proteção de dados?

A Lei 13.709 de 14 de agosto de 2018, popularmente conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), foi criada com intuito de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, para os dados pessoais que serão tratados, incluindo o tratamento de dados no meio digital.

Afinal, o que seria um dado pessoal? Em seu artigo 5º a LGPD descreve o que considera ser os dados pessoais, sensíveis, anonimizados e banco de dados. Sendo classificado da seguinte maneira:

  • Dado pessoal- informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável. Por exemplo, documento de identidade RG, número de inscrição no CPF, nome e afins;
  • Dado pessoal sensível- toda aquela informação que defina raça, cor, origem, convicção religiosa, opinião política, orientação sexual, doenças e afins;
  • Dado anonimizado- informação utilizada quando não se pode identificar uma pessoa, explicando melhor, essa informação originalmente era usada por uma pessoa, mas passou por etapas para a desvinculação da informação com a pessoa. Esse dado, pela natureza de não identificação da pessoa, não é protegido pela LGPD
  • Banco de dados- conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico.

A LGPD em seu artigo 13 traz a chamada pseudonimização, que nada mais é que o tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação adicional mantida separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro.

Vale salientar que o dado anonimizado e pseudonimização, são informações distintas e não devem ser confundidos. O dado anonimizado não é capaz de identificar uma pessoa, já a pseudonimização é considerado um dado pessoal, por ser capaz de identificar uma pessoa através de um dado auxiliar que fica mantido em outro ambiente.

A proteção dos dados é feita através de um processo minucioso e detalhado de tratamento dos dados. Cada vez que navegamos por um site ou informamos algo para emissão de nota fiscal, por exemplo, vários dados são coletados e precisam ser minuciosamente tratados e acompanhados para que não se percam ou não cheguem em locais que não foram autorizados.

Todos os dados recepcionados, independente da maneira de recepção, precisa ter o aceite do titular do dado, sendo que o consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão nulas. A partir do consentimento, opera-se o tratamento de dados que deverão ser acompanhados até a data de sua exclusão naquela base/banco de dados para que não prejudique a privacidade da pessoa natural.

Para a utilização das redes sociais, como o Facebook (agora nomeado como Meta), são coletados alguns dados iniciais, porém não há uma conferência desses dados, uma vez observadas a quantidade de contas falsas, bem como a quantidade de golpes de roubos de contas. Vê-se urgência na criação de tratamento eficiente para os dados pessoais e sensíveis coletados pelas redes sociais, porém ainda estamos em fase de adaptação, as empresas estão conhecendo e se adaptando a LGPD.

Ocorre que além da fase de adaptação temos o lado das pessoas naturais, que por muitas vezes, não possuem conhecimento de que os dados fornecidos são dados pessoais e sensíveis, que devem ser protegidos para que não haja a violação de privacidade. Se faz necessário que haja uma conscientização dos direitos dos titulares dos dados.

Na LGPD temos o capítulo III denominado como Dos Direitos do Titular, começando no art. 17 e finalizando no art. 22, e nele constam diversos meios de controlar e saber como seus dados estão sendo utilizados, como por exemplo o art. 19, que aborda a possibilidade do titular dos dados pessoais requisitar a confirmação e acesso aos seus dados, sendo possível receber um relatório simples para acesso imediato, ou um mais elaborado no prazo de até 15 (quinze) dias.

E, ainda, se prevê a possibilidade de ajuizamento para manutenção de seus direitos, como se vê no artigo 22 “A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e coletiva”.

Se, em caso da má execução de tratamento de dados, houver dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo. Sendo que, além da reparação dos danos causados, a empresa responsável poderá ser responsabilizada administrativa de diversas maneiras, definidas no artigo 52, como por exemplo, advertência, multas, proibição total ou parcial de atividades relacionados ao tratamento de dados.

Ao observar a realidade das fraudes cometidas nas redes sociais se esclarece a urgência na aplicação de um tratamento mais assertivo e início das aplicações de sanções para que as empresas responsáveis pelas redes sociais passem a cumprir a LGPD e tantas outras legislações sobre proteção de dados.

Diante da atual situação, podemos concluir que as empresas de tratamento de dados não estão preparadas para o desenvolvimento deste novo mundo virtual, ao olhar a perspectiva de proteção de dados.  Entretanto, com a devida aplicação do tratamento de dados e seguindo à risca o disposto na LGPD o metaverso será uma realidade mais segura.

As leis nacionais de proteção de dados incidirão na manipulação de informações pessoais no mundo virtual, e os agentes de processamento precisarão cada vez mais transparência, além da adoção de políticas e garantir o cumprimento de requisitos legais para esses dispositivos, como LGPD do Brasil. Dessa forma, as empresas devem assumir a responsabilidade ao processar os dados de inúmeros usuários, prestando contas e cumprindo os princípios trazidos pelas regras, garantindo o processamento transparente com finalidades legítimas, não excessivas e não violando os direitos dos titulares previstos na lei.

Por isso, será de extrema importância fortalecer as autoridades de proteção de dados, assumir uma postura proativa e preventiva sobre as tendências das novas tecnologias e monitorar as atividades, principalmente para as empresas que se beneficiam da produção de dados no mundo virtual. Além disso, a cooperação internacional entre essas entidades para desenvolver diretrizes, procedimentos e parâmetros para a aplicação de sanções terá um papel importante na padronização das boas práticas de privacidade e proteção de dados no cenário mundial.

Portanto, o Metaverso vai revolucionar a tecnologia e alterar a realidade, com efeitos colaterais positivos e negativos, que podem ser monitorados e fiscalizados por meio de ações conjuntas das autoridades competentes para regular a privacidade e a proteção de dados previsto na nossa LGPD.

 

Cristiano Souza – Sócio e Head de Arquitetura na AP

Um programador e empreendedor apaixonado pela profissão, hoje atua como Head na área de Arquitetura na AP INTERACTIVE, área responsável por estruturar soluções utilizando as melhores tecnologias do mercado com alto padrão de qualidade. A área também é responsável por apoiar os times de produto a entregar soluções seguindo as boas práticas de cada tecnologia.

Autodidata desde os 14 anos de idade, ama compartilhar conhecimento, participou de projetos de alta complexidade em grandes empresas do Brasil e exterior. Possui experiência em várias áreas da tecnologia, entre elas programação, IA, Devops, Arquitetura de Software/Sistemas e Cloud Computing. Tem o sonho de tornar o ensino da programação acessível a comunidades e pessoas de baixa renda.

 

Leonardo Souza – Gerente de Transformação Digital na AP. Intraempreendedor, futurista, agilista e principalmente comunicativo, dinâmico, muito fã de pessoas e seus relacionamentos, “um cara de família, de fácil amizade e conexões...” Atuou em empresas como a Azul Linhas Aéreas, Decathlon, Motorola Solutions, Odebrecht, e hoje atua como Gerente de Transformação Digital na AP Interactive.


Entidade mundial procura “superinteligentes” e realiza testes de alto QI em 13 cidades brasileiras

 


Associação Mensa Brasil faz rodada de testes para identificar pessoas com altas habilidades/superdotação em Araraquara – SP, Belém – PA, Belo Horizonte – MG, Brasília – DF, Campinas – SP, Cuiabá – MT, Curitiba – PR, Fortaleza – CE, Ribeirão Preto – SP, Rio de Janeiro – RJ, Salvador – BA, São Paulo – SP e São José dos Campos - SP


Testes acontecem em 30 de julho, às 10h, e são destinados a pessoas com 17 anos ou mais e que cursem ou que tenham formação no ensino superior 


A Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas e profissionais de altas capacidades intelectuais no País, vai intensificar as atividades para identificar pessoas com altas habilidades/superdotadas, popularmente chamadas de “superinteligentes”.
 
A entidade promove no dia 30/7, às 10h, uma rodada de testes de admissão com avaliação de QI (quociente de inteligência) em 13 cidades brasileiras: Araraquara – SP, Belém – PA, Belo Horizonte – MG, Brasília – DF, Campinas – SP, Cuiabá – MT, Curitiba – PR, Fortaleza – CE, Ribeirão Preto – SP, Rio de Janeiro – RJ, Salvador – BA, São Paulo – SP e São José dos Campos – SP.
 
As avaliações são destinadas a pessoas com 17 anos ou mais e que cursem ou que tenham formação no ensino superior. O local do teste é informado de maneira individual e privada aos inscritos. Os testes são feitos de forma presencial, conforme diretrizes do Conselho Federal de Psicologia (CFP), e seguem todos os protocolos de segurança sanitária.
 
A associação é afiliada brasileira oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto quociente de inteligência (QI) do mundo. A entidade está presente em cerca de 100 países e conta com, aproximadamente, 145 mil membros.


 
Brasil atinge 2 mil superinteligentes
 
Em junho deste ano, o Brasil atingiu a marca de 2 mil brasileiros superinteligentes identificados pela associação no território nacional. Segundo mapeamento da entidade, do total de pessoas identificadas no Brasil, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 984 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 229 pessoas, Distrito Federal, com 135, Paraná, com 134, e Rio Grande do Sul, com 94.
 
Na Mensa Brasil, 163 brasileiros de QI muito acima da média foram admitidos pela instituição antes de completar 18 anos de idade. Segundo mapeamento, a primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha 9 anos. Já em setembro de 2011, ingressou na associação um membro ainda mais novo, com 7 anos de idade. Atualmente, há também 56 menores de 18 anos associados à entidade.
 
Atualmente, do total de superinteligentes identificados pela entidade no Brasil, 70% têm entre 19 e 36 anos. As pessoas entre 13 e 18 anos correspondem a 10%, mesmo patamar verificado para a faixa etária entre 37 e 45 anos. Apenas 5% possuem atualmente mais de 45 anos de idade. Uma curiosidade: o membro mais idoso foi identificado pela Mensa Brasil aos 72 anos de idade.
 
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Mensa Brasil, o tema altas habilidades/superdotação é de suma importância para o País. “A inteligência é ferramenta cada vez mais estratégica para o desenvolvimento e a evolução da sociedade, em todos os campos da vida humana. Por isso, precisamos identificá-la e fomentá-la no Brasil. Com isso, poderemos usar essas capacidades em benefício dos indivíduos e da humanidade”, explica Sauaia.
 
“Trazer esse tema para a agenda nacional é fundamental para pessoas com alta inteligência, ao proporcionar ambientes que ajudem no desenvolvimento de suas habilidades e potenciais, muitas vezes desconhecidos pelas próprias pessoas, por seus familiares, seus professores e seus colegas de trabalho”, observa Sauaia.


 
Potência intelectual adormecida
 
Na avaliação de Sauaia, o Brasil é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada. “Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do País podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos. Também faltam programas e políticas públicas adequadas para apoiá-los a se desenvolver e contribuir com o avanço da nossa sociedade”, alerta Sauaia.
 
“Por isso, nossa entidade está comprometida em aumentar o conhecimento da população sobre o tema, ampliar a identificação de pessoas com alto QI e criar um ambiente positivo para que possam interagir e se desenvolver”, reforça Sauaia.
 
Um dos principais mitos sobre pessoas superinteligentes é de que se trata de um grupo homogêneo, com personalidades e históricos parecidos. Em realidade, o alto QI está presente em diferentes etnias, gêneros, classes sociais, níveis de escolaridade, situações econômicas e em personalidades com as mais variadas visões de mundo. “Isso faz da nossa entidade um ambiente muito diverso, dinâmico e inclusivo”, comenta Sauaia. A Associação Mensa Brasil tem levantado dados e informações, para ajudar a traçar um perfil dos superinteligentes no Brasil.
 
Em média, a população brasileira apresenta QI de 100 pontos, com variação de 15 pontos para mais ou para menos, ou seja, numa faixa entre 85 e 115 pontos. Pessoas com altas habilidades e superdotação apresentam QI muito acima dessa média. Os valores podem variar para cada país e de acordo com os diferentes tipos de testes existentes.



Serviço
 
Teste de admissão e avaliação de alto QI da Associação Mensa Brasil
 
Data: 30 de julho de 2022, às 10h
 
O local do teste é informado individualmente aos candidatos confirmados.
 
Araraquara - SP
Belém - PA
Belo Horizonte - MG
Brasília - DF
Campinas - SP
Cuiabá - MT
Curitiba - PR
Fortaleza - CE
Ribeirão Preto - SP
Rio de Janeiro - RJ
Salvador - BA
São Paulo - SP
São José dos Campos - SP
 
Para inscrições, acesse o website: https://mensa.org.br/admissao/ ou entre em contato pelo e-mail testes@mensa.org.br
 
 
Sobre a Associação Mensa Brasil
 
Fundada em 2002, a Associação Mensa Brasil é a afiliada brasileira oficial da Mensa Internacional, a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto quociente de inteligência (QI) do mundo. Ela congrega pessoas com altas capacidades intelectuais, tendo como único requisito de ingresso possuir QI acima de 98% da população em geral, comprovado por teste referendado de inteligência. A entidade coordena, representa e mobiliza seus associados, com foco em três objetivos principais: (i) identificar e promover a inteligência humana em benefício da humanidade; (ii) estimular pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência; e (iii) prover um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus associados.
 
 
Sobre a Mensa Internacional
 
Fundada em 1946, no Reino Unido, a Mensa Internacional é a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto QI do mundo. Foi criada com o objetivo de promover a inteligência como ferramenta estratégica para o desenvolvimento e a evolução da humanidade. A palavra Mensa significa “mesa”, em Latim, em referência à natureza de mesa-redonda da organização, representando a união de iguais, indendentemente de características como etnia, cor, credo, nacionalidade, idade, visão política, histórico educacional ou socioeconômico.


Dia Mundial da Prevenção do Afogamento: 10 dicas para curtir o mar com segurança

UPA 24h Zona Leste, em Santos, alerta para os perigos de acidentes nas praias, que atraem turistas neste período de férias escolares e calor fora de época


Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento (25/7), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste alerta para os perigos de acidentes nas praias. A unidade está localizada na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo, destino de muitos turistas neste período de férias escolares e calor fora de época.

 

Gisele Abud, diretora Técnica da unidade, explica que o afogamento ocorre, de forma geral, por asfixia decorrente da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), ocasionando alterações das trocas gasosas, que levam a falta de oxigênio no sangue e, por consequência a acidez excessiva do sangue e fluidos corporais.

 

“Infelizmente o risco de afogamento em cidades litorâneas é real. A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, alerta a profissional da UPA Zona Leste, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos e é gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde. 

 

Estudo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), aponta que a cada uma hora e meia um brasileiro morre afogado e 90% dos óbitos acontecem em águas naturais, ou seja, rios, oceanos, represas, cachoeiras etc. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os afogamentos são a terceira causa de morte acidental no mundo e representam quase 8% do total de mortes globais.

 

No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas (que alteram a capacidade de julgamento e resposta do banhista), correntes de retorno (onde o banhista é puxado para dentro do mar), depressão no fundo das praias e o impacto das ondas (onde o movimento forte da água arremessa o banhista para baixo).

 

Como a prevenção é a ferramenta mais eficaz contra os afogamentos, a UPA destaca algumas orientações importantes:

 

1- Procure o guarda-vidas mais próximo antes de entrar na água, ele saberá informar sobre as condições do mar e o local mais apropriado para banho;

2- Respeite as sinalizações, como bandeiras verde, amarela e vermelha. Em caso de alerta de perigo, não entre no mar;

3- Fique na parte rasa, principalmente se não souber nadar. Como diz o ditado: “Água no umbigo, sinal de perigo”;

4- Entre no mar acompanhado;

5- Não entre no mar sob efeito de drogas ou álcool ou após ter ingerido alimentos pesados;

6- Não entre no mar a noite e em situações com chuva e raios;

7- Nade em locais seguros, longe de pedras e costões;

8- Tenha atenção redobrada com crianças, que devem entrar no mar sempre acompanhadas por um adulto. É importante também colocar pulseiras de identificação;

9- Lembre-se que no mar há condições adversas. Dados apontam que 50% dos afogados são pessoas que sabem nadar, então cuidado com o excesso de confiança.

10- No caso de uma ocorrência ligue imediatamente para os bombeiros (193), ou chame o guarda-vidas quando perceber pessoas em situação de afogamento.

 

Caso seja necessário agir, entre no mar sempre com uma boia ou objeto flutuante que possa ser jogado para o banhista em dificuldade agarrar. “Evite se aproximar, pois no momento do desespero, o banhista pode se agarrar a você e ambos se afogarem”, alerta a médica.

 

Trabalho remoto: a lua de mel acabou?

Especialistas da Allianz Trade analisam os benefícios e desafios da modalidade na Alemanha, França e Itália


Em 2020, a pandemia tornou o trabalho em casa a norma para milhões de funcionários na União Europeia, e também em muitos outros países ao redor do mundo. Dois anos depois, como eles se sentem em relação ao trabalho remoto? Na pesquisa Allianz Pulse de 2022, realizada pelo time de especialistas da Allianz Trade – empresa global especializada em seguro de crédito, 1.000 trabalhadores foram entrevistados na Alemanha, França e Itália sobre suas percepções dos benefícios e desafios deste modelo.

Em comparação com a rodada anterior da pesquisa realizada no ano passado, a proporção de funcionários que relataram não poder trabalhar em casa diminuiu nos três países. No entanto, a participação dos que voltam ao escritório também aumentou, tanto no formato híbrido quanto, principalmente, em tempo integral: 32% na Alemanha e Itália e 29% na França (em comparação com 25% nos três países no ano anterior).

Entrevistados que relataram trabalhar remotamente em decorrência da pandemia (%):


Para os entrevistados, os benefícios do trabalho remoto são claros: eliminação do deslocamento (homens: 51%, mulheres: 58%), flexibilidade de horário (49%) e custos mais baixos (homens: 26%, mulheres: 28%), entre outros.

Benefícios percebidos de trabalhar em casa, por gênero (%):


No entanto, a parcela que citou desafios dobrou em quase todas as categorias: dois anos de trabalho em casa aumentaram claramente a conscientização sobre as desvantagens do modelo. O contato social e a falta de oportunidades de networking foram os principais desafios (homens: 29%, mulheres: 27%), seguidos por limites pouco delimitados entre a vida profissional e privada (homens: 17%, mulheres: 20%), espaço de trabalho inadequado (homens: 20%, mulheres: 18%), conciliação de atividades domésticas com responsabilidades de trabalho (homens: 18%, mulheres: 20%) e produtividade reduzida (homens: 14%, mulheres: 12%).

Desafios percebidos em relação ao trabalho remoto, por gênero (%):


Foi perguntado ainda aos entrevistados como eles gostariam de trabalhar quando as preocupações com a pandemia estivessem fora de questão e suas respostas permaneceram mais ou menos estáveis ano a ano: trabalhar remotamente perdeu 5 pontos percentuais na Alemanha e perdeu 1 ponto percentual na Itália, mas a parcela de seus apoiadores na França aumentou 2 pontos.

Preferências declaradas dos entrevistados em relação aos arranjos de trabalho (%):


Trabalhar remotamente não é uma solução “tamanho único”

A mudança que experimentamos durante a pandemia e a recém-descoberta home office sem dúvida se prolongarão pelos próximos anos. No entanto, existem algumas considerações importantes para os decisores políticos e decisores que esboçam o novo livro de regras de formas de trabalho. Por exemplo, enquanto o fim do deslocamento é um fardo tirado dos ombros dos trabalhadores, o contato social reduzido no escritório pode resultar na perda de oportunidades de promoção e aprendizado, criando uma divisão de desigualdade mais ampla. Além disso, o aumento do trabalho remoto coloca a lacuna de habilidades digitais em destaque: aqueles que ficam para trás na educação formal e nas habilidades digitais serão deixados para trás. Nesse contexto, empregadores, trabalhadores e governos precisam se adaptar a essa nova realidade, abordando os efeitos distributivos que a mudança para o trabalho remoto trará.

Além disso, enquanto alguns estudos descobriram que trabalhar em casa não tem impacto negativo na produtividade, a pesquisa fornece alguns insights diferentes, sugerindo que os trabalhadores precisam estar equipados com ferramentas que os ajudem a atingir todo o seu potencial: infraestrutura de TI adequada, comunicação para entender o contexto em que gerente e funcionários estão trabalhando para evitar mal-entendidos, segurança psicológica – com papéis funcionais claros para evitar o sentimento de morosidade – e construção de uma identidade em grupo para proporcionar aos colaboradores um propósito comum, que pode ajudar a melhorar a produtividade e o engajamento da equipe.

 

Jornada dupla ainda exclui mulheres do mercado de trabalho

Por fim, o trabalho remoto não é uma solução fácil para a desigualdade de gênero existente no mercado de trabalho. De fato, para as mulheres, especialmente as mães, a mudança para o home office durante a pandemia intensificou a jornada dupla à qual elas sempre estiveram ligadas. Ou seja, as mulheres permanecem sobrecarregadas pelo malabarismo entre as atividades domésticas e as responsabilidades do trabalho. Como mostra o gráfico abaixo, uma parcela maior de mulheres do que de homens também é inativa devido às responsabilidades de cuidar. Isso sugere que a flexibilidade oferecida pelos acordos de trabalho em casa não é suficiente: aumentar a participação feminina na força de trabalho na Europa exigirá uma abordagem multidimensional que inclua flexibilidade no local de trabalho, instalações de cuidados e responsabilidades domésticas compartilhadas.

População inativa devido a responsabilidades de cuidado por sexo, % da população fora da força de trabalho querendo trabalhar:


Pesquisa completa:

 https://www.allianz-trade.com/content/dam/onemarketing/aztrade/allianz-trade_com/en_gl/erd/publications/the-watch/2022_07_20_Workfromhome.pdf


Cinco passos para se tornar um Líder Antifrágil

Soft skill é uma das principais habilidades no pós pandemia, aponta Conquer In Company

 

Após três anos de pandemia de Covid-19, as corporações já podem colher o saldo de um período de profunda reorganização do fluxo de trabalho, volatilidade e transformação digital. E aquelas que foram capazes de fazer da crise uma oportunidade de crescimento não apenas sobreviveram como se fortaleceram. Por trás desta trajetória de superação, a figura do líder antifrágil se consolidou como uma das mais importantes habilidades a serem desenvolvidas. 

 

O conceito de antifragilidade surgiu com a publicação do livro “Antifrágil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos”, de Nassim Nicholas Taleb, em 2012. A antifragilidade se refere à capacidade de abraçar situações desafiadoras e melhorar com elas, em oposição à resiliência. “A resiliência foi, por muito tempo, considerada uma das soft skills mais adequadas para cenários adversos. Hoje ela não é mais suficiente e a pandemia mostrou isso. O líder resiliente se molda à crise, porém retorna ao seu estado original quando ela acaba. Já o líder antifrágil abraça o caos, se beneficia dele e o utiliza como estímulo a sua capacidade criativa e de crescimento”, explica Aline Gomes, diretora da Conquer In Company, unidade de negócios da Escola Conquer voltada para treinamentos corporativos, responsável pela formação de mais de 15 mil líderes de 150 corporações brasileiras.  

 

Aline acrescenta que existe uma aversão de muitos profissionais à mudança. Uma pesquisa da Gartner de 2021 revelou que 54% dos gestores de RH dizem que suas equipes estão cansadas de transformações, o que pode levar à apatia, frustração e até mesmo a uma síndrome de Burnout. Para desenvolver uma empresa e uma equipe antifrágeis o papel do líder é determinante, uma vez que este processo passa, inevitavelmente, por ele. A diretora da Conquer In Company lista algumas dicas importantes às quais as empresas devem prestar atenção com o objetivo de incentivar este perfil de liderança.


 

Treinamentos centrados em tomada de riscos

 

O erro é fundamental para o líder. Um gestor antifrágil se permite ser vulnerável, é mais tolerante às próprias falhas e as compreende como parte de sua jornada rumo aos acertos. Ele corre, assim, mais riscos e está mais atento à inovação, sabendo tirar proveito da incerteza sem colocar a empresa em perigo. Tem a ver com aproveitar as oportunidades para correr riscos menores mais frequentemente.


 

Alinhamento da cultura corporativa

 

Para criar líderes antifrágeis é preciso, antes de tudo, ter uma cultura corporativa alinhada ao conceito. A empresa tem que estar pronta para este tipo de liderança, incorporando as competências do perfil na organização como um todo. Isso significa comprometer-se com a vulnerabilidade e com o erro, por exemplo.


 

Prática de feedbacks ágeis e assertivos

 

Além de dar feedback aos seus colaboradores, o líder também precisa recebê-lo. O ajuste de rota faz parte da trajetória do líder antifrágil. Mas esse feedback não pode levar seis meses tal qual uma avaliação de desempenho. Quanto mais rápido ele receber retorno sobre seu desempenho, mais ágil ele será na correção dos pontos que necessitam de melhoria, garantindo, desta forma, voos mais altos.


 

Incentivo ao autoconhecimento

 

Para saber como lidar e controlar suas emoções diante de imprevistos e desafios, conhecer a si mesmo é o primeiro passo. É analisando suas próprias fraquezas e sua forma de reagir a elas que o líder antifrágil evolui. As empresas podem propor leituras que incentivem este exercício de interiorização em suas lideranças. Oferecer cursos de capacitação em inteligência emocional também é um bom recurso, já que ambas são soft skills intimamente relacionadas.


 

Construção de uma relação de confiança

 

A pesquisa da Gartner de 2021 também aponta que quando a equipe confia na empresa, o time tem uma capacidade quase três vezes maior de absorver mudanças. Para isso é preciso que o líder ajude a criar uma base de segurança psicológica para a equipe. É através desta segurança que as pessoas irão se sentir mais livres para interagir, errar e evoluir, fortalecendo o perfil antifrágil.

 

 

Conquer in Company

https://incompany.escolaconquer.com.br/


Por uma maior responsabilidade orçamentária

A América Latina, de maneira geral, tem tido dificuldades de avançar para novo patamar de renda. Relatório do Banco Mundial sobre a região aponta o impacto da queda dos investimentos públicos em infraestrutura, há quatro décadas, sobre a competitividade, o crescimento e a desigualdade. E destaca a eficiência dos gastos como alternativa para aumentar a disponibilidade de recursos.

No Brasil, uma ideia que talvez mereça reflexão é a de separar uma parte da competente equipe da Secretaria da Receita Federal, independentemente de nesse momento aparentemente estar desfalcada, para criar a Secretaria da Despesa Federal, que se encarregaria de reduzir os gastos públicos pelo aumento da eficiência. Surtiria o mesmo efeito do aumento de impostos para equilibrar as contas, com a vantagem de extrair menos recursos da sociedade. E a experiência poderia ser replicada nos Estados e até nos municípios.

A crescente ingerência do Congresso no orçamento público, que também reduz a eficiência do gasto, vem de uma característica intrínseca do nosso sistema político e de contas públicas, que permite discutir direitos sem as correspondentes obrigações. A grande maioria dos agentes se sente no direito de pressionar por gastos, sem a responsabilidade ou até a preocupação pelo equilíbrio das contas públicas. No Brasil, a Lei de Responsabilidade Fiscal, inspirada na experiência de outros países, previa a criação do Conselho de Gestão Fiscal (CGF), para gerir a questão. Por iniciativa do Movimento Brasil Eficiente, a regulamentação para a criação do CGF foi aprovada por unanimidade no Senado Federal, em 2015 (PLS 141/2014), mas após distorções introduzidas por deputados para diminuir a sua eficácia, dorme na Câmara dos Deputados, desde então. O Congresso precisa sair da zona de conforto e entender que não existe almoço grátis.

 

Carlos Rodolfo Schneider - empresário


Senac São Paulo tem mais de 6 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para quem deseja atuar na área de Gastronomia e Alimentação

Oportunidades estão distribuídas entre as 64 unidades da instituição no Estado e interessados já podem se inscrever para concorrer às vagas

 

O Senac São Paulo, por meio do Programa Senac de Gratuidade, concederá, até o final de 2022, mais de 6 mil bolsas de estudos 100% gratuitas para diversos cursos na área de gastronomia e alimentação. Para ter acesso a uma bolsa, o candidato deve comprovar renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos federais e fazer sua inscrição 20 dias antes do início do curso escolhido, sempre a partir do meio-dia, pelo site do Programa Senac de Gratuidade. As inscrições são por ordem de chegada em uma fila de espera virtual. 

As oportunidades são ideais para quem deseja entrar no mercado ou se requalificar profissionalmente. Existem vagas para cursos livres, técnicos, além das opções de curta duração do Senac Online -- Ao Vivo. Nos últimos 10 anos mais de 1 milhão de estudantes já passaram pelo Senac São Paulo com bolsas de estudo integrais. O índice de empregabilidade entre os concluintes supera os 70%. 

Além do Programa Senac de Gratuidade, também existem políticas de descontos, que vão de 20% a 50%, abrangendo outros níveis de ensino, como Ensino Médio Técnico, ensino superior, cursos de idiomas, entre outros. Nestes casos, dependendo do título escolhido, os abatimentos são viabilizados para egressos de escolas públicas (concluintes do 9º ano do ensino fundamental), alunos e ex-alunos da instituição e dependentes de quem trabalha em empresas contribuintes do Senac. Existe um site específico com detalhes sobre esses descontos e condições de pagamento. 

 

Serviço:

Programa Senac de Gratuidade

Informações e inscrições: Site do Senac São Paulo


NFTs: como reduzir as incertezas tributárias?

A utilização e negociação de NFTs, sigla em inglês para o termo “Non-Fungible Token”, ou melhor, “tokens não fungíveis”, têm crescido abruptamente nos últimos anos, principalmente com artistas e esportistas conhecidos mundialmente que passaram a aderir um item colecionável virtual e exclusivo em suas redes sociais, como macaquinhos e bonequinhos cheios de adereços.

A tributação desses ativos gera diversas incertezas, mas antes de se discorrer sobre elas, é importante fazer uma distinção entre os NFTs e as criptomoedas.

As criptomoedas, já muito conhecidas nos últimos anos, podem ser definidas como ativos virtuais que se utilizam de um sistema de criptografia muito seguro e que, atualmente, podem ser facilmente negociadas em corretoras ao redor do mundo. A tecnologia relacionada às criptomoedas abriu caminho para os NFTs.

Enquanto as criptomoedas são ativos fungíveis que, segundo a acepção do Código Civil são aqueles que podem ser facilmente substituídos por outro produto da mesma espécie em qualidade e quantidade, os NFTs, por sua própria natureza, são únicos, não podem ser substituídos.

Basicamente, temos então uma definição simples de NFT como um token (certificado digital) que também se utiliza da tecnologia blockchain (mesma utilizada pelas criptomoedas), o que lhes garante segurança, já que pode ser visto, confirmado, mas nunca alterado por terceiros. Os NFTs são indivisíveis e capazes de registrar uma propriedade ou direito sobre um ativo, como obras de arte, fotos, item de jogos, músicas, uma representação gráfica exclusiva, ingressos para shows e jogos, etc.

Apesar do cenário não ser de todo novo, as inovações tecnológicas acabam acontecendo em uma velocidade difícil de ser alcançada pelos regulamentos, normas e regramentos quanto a funcionalidades e impactos nas relações sociais, sendo o Brasil um dos mais relevantes do mundo em movimentações de NFTs.

No âmbito tributário, é certo dizer que os NFTs têm gerado cada vez mais impacto, pois as negociações que os envolvem, só em 2021, movimentaram mais de US$ 17 bilhões mundialmente. Na falta de um regramento específico, a tributação desses ativos deve obedecer às normas já vigentes em nosso país – e é aí que começam as dúvidas.

A Receita Federal do Brasil, por exemplo, partindo da premissa de que os NTFs são ativos não fungíveis que expressam um valor tangível, suscetíveis à apuração de ganho de capital na alienação, entende que eles devem ser declarados – tanto pelas pessoas físicas como pelas jurídicas – como criptoativos, na ficha de Bens e Direitos.

Na seção de Perguntas & Respostas sobre o imposto de renda, a Receita Federal esclarece que “Os ganhos obtidos com a alienação de criptoativos (aqui incluídos os NFT’s) cujo total alienado no mês seja superior a R$ 35 mil são tributados, a título de ganho de capital”.

Também já houve manifestação da Receita em resposta à consulta tributária e na própria seção de perguntas e respostas do Imposto de Renda Pessoa Física, entendendo ser aplicável a isenção relativa às alienações mensais de até R$ 35 mil às critopomoedas, devendo se observar o conjunto de criptoativos alienados no Brasil ou no exterior, independentemente de seu tipo (Bitcoin, altcoins, stablecoins, NFTs, entre outros)”.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por sua vez, na resposta à Consulta Tributária nº 22.841/20, entendeu que não deve incidir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre criptomoedas, pois elas não seriam mercadorias, por não se destinarem ao consumo.

Porém, no campo dos NFTs a conclusão não parece ser tão óbvia, pois embora esses ativos tenham se popularizado em âmbito virtual, é certo que eles devem gerar cada vez mais diversas implicações no “mundo real”.

Marcas de luxo, como a Dolce & Gabbana, estão adentrando no mundo NFT. Em setembro de 2021, uma coleção de nove itens da marca foi vendida por US$ 5,6 milhões. A coleção incluía tanto itens físicos (como vestidos) como os NFTs correspondentes.

E, mesmo no mundo virtual, há transações tão elevadas que não devem ficar de fora para sempre da incidência do ICMS.

É o caso, por exemplo, de uma peça artística nomeada “Everydays - The First 5000 Days”, criada pelo artista digital Mike Winkelmann, que foi arrematada, em 2021, por US$ 69 milhões, o equivalente a R$ 346 milhões.

É correto se concluir que o arrematante da obra passou a exercer a propriedade sobre ela, enquanto o artista adquiriu um status de alienante da propriedade de uma obra de arte, logo, poderia se falar, em tese, pela tributação do ICMS, considerando que artistas podem produzir diversas obras semelhantes com intuito mercantil. Se atualmente a venda de obras de arte físicas, em regra, é isenta de ICMS, não é difícil imaginar que os Estados devem, no futuro, voltar olhos mais atentos para esse mercado.

E, há outros “ativos subjacentes” a serem considerados no mundo real, como a venda de ingressos por NFTs, seja para shows ou jogos em estádios.

Nesse contexto, para que não aumente a enorme insegurança jurídica já existente hoje, que só prejudica a todos, se faz urgente a necessidade de normatização e análise do tema (seja através de leis, soluções de consulta ou instruções normativas), já que as operações com NFTs e outros ativos virtuais têm tomado espaço constante na economia e tendem a ser intensificadas com as novidades do metaverso, cada vez mais próximas de se tornarem constantes em nosso cotidiano.

 

 Aline Augusta de Menezes - Advogada da área Tributária do Marcos Martins Advogados.

Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


Posts mais acessados