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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Baixa adesão à vacina da gripe é fator preocupante em 2022

A opção tetravalente está disponível nas clínicas particulares e garante uma imunização com maior cobertura

 

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1.619.687 pessoas foram imunizadas contra a Influenza, sendo que no Paraná apenas 36,9% da população contou com a aplicação da vacina. Esses números são preocupantes, uma vez que a doença é uma das mais severas, podendo levar a quadros de óbito ou complicações em pacientes do grupo de risco.

A enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, alerta que a vacina é a principal forma de prevenção da doença e que mesmo que as nossas atenções ainda estejam voltadas para a Covid-19, não há razão para a baixa adesão. “É importante lembrar que em janeiro deste ano o Paraná decretou epidemia da nova cepa, H3N2, após o aumento no número de diagnósticos e mortes. Foram mais de 2 mil casos e 118 óbitos entre dezembro e março e os números não param de crescer, ainda mais com o frio que tem feito no Estado”, afirma.

Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a composição dos imunizantes contra a influenza, divulgando quais são as cepas que mais circulam no inverno do hemisfério norte. Com base nisso as vacinas do ano são produzidas e disponibilizadas à população pelo SUS, com a versão trivalente e na rede privada, com a tetravalente. “Em 2022 a tetravalente conta com a imunização de duas cepas de influenza A: a H1N1e H3N2; e duas cepas da influenza B. Essa opção é bastante interessante pois proporciona uma cobertura ainda maior”, reforça Katia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a SBIm, tomar a tetravalente tem algumas vantagens, principalmente se a pessoa está no grupo de risco - composto por crianças menores de 6 anos, idosos a partir dos 60 anos, gestantes, pessoas com deficiência de imunidade, doenças crônicas pulmonar, em tratamento de câncer e obesos mórbidos - ou convive com pessoas que fazem parte dele. “É uma doença muito perigosa, uma caixinha de surpresas que pode rapidamente evoluir para uma pneumonia e ou quadro mais grave. Nosso papel é estarmos protegidos com a vacina. Quanto mais pessoas imunizadas melhor para todos”, finaliza.

 

Entenda as diferenças:

Trivalente: Tipo A (H1N1 Victoria e H3N2 Darwin) + tipo B (Victoria)

Tetravalente: Tipo A (H1N1 Victoria e H3N2 Darwin) + tipo B (Victoria + Yamagata)

 

Como se prevenir da gripe:

- Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;

- Utilize lenço descartável para higiene nasal;

- Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;

- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

- Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

- Mantenha os ambientes bem ventilados;

- Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;

- Evite sair de casa em período de transmissão da doença;

- Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);

- Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

- Se vacine.


Chikungunya pode causar comprometimento cognitivo em idosos e ser fator de risco para demência

Os resultados da pesquisa demonstraram, pela primeira vez, declínio significativo dos processos cognitivos nesse público

 

Com expectativa de vida de 76,8 anos, o Brasil tem cada vez mais idosos. Em 2018, quase 2.400 milhões ide idosos já haviam sido diagnosticados com demência e a previsão é de que em 2028 esse número ultrapasse os 3.272 milhões 

De modo geral, os extremos de idade são os períodos da vida associados a alta suscetibilidade a doenças. Na população acima dos 65 anos, várias razões contribuem para esse fato, como sistema imunológico mais comprometido e diminuição de algumas funções fisiológicas. Sabe-se, por exemplo, que a persistência dos sintomas da doença causada pelo vírus chikungunya (CHIKV)  é preocupante nesse público, em parte devido à maior associação com distúrbios osteomusculares crônicos, frequentes nessa faixa etária. Agora, um recente artigo publicado na revista Frontiers in Psychiatry intitulado Cognitive Dysfunction of Chikungunya Virus Infection in Older Adults, revelou, pela primeira vez, que a infecção pelo vírus pode causar declínio cognitivo a longo prazo em idosos e ser um fator de risco para demência futura nesse público. Os cientistas promoveram um estudo transversal, por meio de avaliações clínicas, neuropsicológicas e geriátricas.

A pesquisa, realizada em 2019, analisou 121 idosos voluntários na faixa etária entre 60 e 90 anos, sendo 95 deles acometidos pela doença em Natal (RN) em média seis meses antes. Os outros 26, entraram para o grupo controle, no qual ninguém havia sido infectado. O Dr. Kleber Luz, infectologista do Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol/UFRN), um dos coordenadores do estudo, explica que o objetivo do estudo foi avaliar o impacto em uma população mais idosa e para isso questionários estruturados foram aplicados a um grupo afetado pela chikungunya e a um grupo saudável com idade correspondente foi usado como grupo controle. Ainda segundo o Dr. Luz, estes questionários utilizados e aplicados aos casos e controles, chamados Pfeffer’s Functional Activities Questionnaire (FAQ) e Geriatric Depression Scale (GDS), são ferramentas previamente já utilizadas na prática da avaliação cognitiva dos pacientes geriátricos. O estudo também submeteu os voluntários a uma avaliação médica e depois a uma bateria de testes, organizada por uma equipe de psicólogos da UFRN.

Algumas pacientes acometidos pela febre chikungunya relataram perda da capacidade de concentração, de atenção, além de lapsos de memória e isso foi atribuído ao alzheimer quando poderia ser uma das sequelas provocadas pelo vírus CHIKV. “Estas perdas da capacidade cognitiva foi mais evidente no grupo acometido pelo vírus chikungunya. Estabelecendo uma relação temporal entre o evento chikungunya e a perda da capacidade cognitiva”, ressalta o Dr. Luz. De acordo com o estudo, dois terços dos participantes tinham queixas subjetivas de memória, e 68% deles estavam preocupados com essa questão, embora apenas 44% tivessem relatado que a queixa de memória começou no último ano. Uma dessas avaliações foi o teste cognitivo Montreal, conhecido pela sigla em inglês MoCA. Ao longo do período de pesquisa, enquanto a idade foi mantida constante, a infecção pelo vírus chikungunya foi associada a um aumento de 607,29% na chance de ter o desempenho no MoCA considerado prejudicado ou em declínio quando comparado ao grupo com os controles saudáveis.

O Rio Grande do Norte foi um dos estados com maior prevalência de casos de chikungunya, que afetou muitos idosos. Em 2019, registrou mais de 12 mil casos, com média de 348 a cada cem mil habitantes, ficando atrás somente da incidência no Rio de Janeiro. Na fase aguda houve manifestação de doenças graves no sistema neurológico, como meningite. Alguns pacientes idosos relataram perda da capacidade de concentração, de atenção, além de lapsos de memória.

O infectologista destaca ainda que a motivação para a realização do estudo foi a regra geral de que doenças infecciosas de uma forma geral são capazes de produzir impactos sobre o sistema nervoso central. “Estes impactos podem ter uma curta duração ou serem prolongados. Por exemplo, há relatos de que mulheres acometidas por dengue podem desenvolver quadro depressivo por até dois anos, mas, na prática, os autores perceberam que pacientes no pós-chikungunya agudo se queixavam de uma redução da capacidade cognitiva”, justifica.

Questionado de que forma os resultados podem ajudar no debate sobre o envelhecimento da população e aumento de demências, o Dr. Luz é categórico ao afirmar que os achados podem colaborar para que medidas preventivas de doenças transmitidas por mosquitos possam de certa forma impactar na redução de casos de perda cognitiva, principalmente nos casos que ocorrem na população idosa. “De uma forma clara as demências estão relacionadas a fenômenos já esclarecidos de deposição ou acúmulo de determinadas substâncias químicas, todavia a ocorrência de uma enfermidade infecciosa ou principalmente tropical poderá agravar os casos de demência principalmente em áreas que já tem um grave comprometimento dos recursos financeiros”, conclui.


Casos de demência devem quase triplicar até 2050

No ano de 2018 foram registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o total de 28 milhões com 60 anos ou mais, sendo 13% do total populacional do Brasil que era de 209,5 milhões. De acordo com a prevalência estimada (8,5%), do total de 28 milhões (≥60), seriam quase 2,38 milhões de indivíduos com demência no Brasil. Para 2028, a previsão é de que esse número ultrapasse os 3.27 milhões, o que significa quase 1 milhão a mais em 10 anos. Em 2042, o número deve dobrar, passando de 4.76 milhões.

Os números são ainda mais assustadores para 2050, quando mais de 153 milhões de pessoas poderão ter demência, de acordo com o alerta dos pesquisadores no estudo intitulado Estimation of the global prevalence of dementia in 2019 and forecasted prevalence in 2050: an analysis for the Global Burden of Disease Study 2019 publicado na revista científica The Lancet Public Health. Em 2019, o número era de 57 milhões. No Brasil, previsão é que se chegue aos 5,6 milhões. Em 2019, o número era de 1,8 milhão. A pesquisa, que analisa dados de 195 países, busca dar aos governos uma ideia de quais medidas podem ser necessárias.

De acordo com o artigo Dementia in Latin America: An Emergent Silent Tsunami, publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience, em 2016, as previsões sugerem que, em 2050, o número de pessoas com 60 anos aumentará em 1,25 bilhão, com 79% vivendo nas regiões menos desenvolvidas do mundo.

Com expectativa de vida de 76,8 anos, o Brasil tem cada vez mais idosos e os dados de pesquisas epidemiológicas nacionais e internacionais visualizam uma prevalência global elevadíssima de demência. Por isso, é urgente o debate e o planejamento estratégico para a melhor utilização das informações obtidas pelo estudo. A discussão desses dados com os gestores de saúde em todos os níveis de atuação: município, estado e governo federal, pode ajudar a planejar ações e políticas públicas em formato de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, pois a população brasileira está envelhecendo.


Sobre a doença

A doença causada pelo vírus Chikungunya é uma arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti, porém o Aedes albopictus também pode transmitir. Os principais sintomas, além da febre, náuseas, vômitos, possui como principal característica a forte dor nas articulações, que pode, inclusive, ser incapacitante e durar meses ou até anos após o quadro agudo, com um curso muito semelhante ao da artrite reumatoide. O tratamento tradicional é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar febre e dores. Entretanto, o tratamento necessita de adequado, e nem sempre fácil, manejo de analgésicos, em alguns casos com o uso conjunto de imunomoduladores. É comum que as dores nas juntas permaneçam por um certo tempo, mesmo após a eliminação dos outros sintomas. Por isso, em alguns casos é recomendada fisioterapia. O acompanhamento é realizado idealmente por um médico reumatologista. Outras complicações e óbitos são incomuns e estão associados principalmente a manifestações raras, como o acometimento do sistema nervoso central.

 

Fonte: https://www.sbmt.org.br/portal/chikungunya-pode-causar-comprometimento-cognitivo-em-idosos-e-ser-fator-de-risco-para-demencia/?locale=pt-BR&utm_source=Mailee&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter+131+-+Chikungunya+pode+causar+comprometimento+cognitivo+em+idosos+e+ser+fator+de+risco+para+dem%C3%AAncia&utm_term=&utm_content=Newsletter+131+-+Chikungunya+pode+causar+comprometimento+cognitivo+em+idosos+e+ser+fator+de+risco+para+dem%C3%AAncia


Saúde mental materna deve ser prioridade ainda na gestação

Gravidez, parto e puerpério são fases que mexem com a mulher física e emocionalmente

 

A gestação de um bebê sempre foi muito idealizada pelas mulheres e pela sociedade. Engravidar, descobrir o sexo da criança, passar pelas fases da gravidez, pelo parto e entrar em uma nova rotina com o recém-nascido são desafios para as mães, principalmente, as de primeira viagem. Todas essas mudanças, incluindo o período do puerpério, pode fazer com que a família - e a própria mulher - deixe de lado a atenção com a saúde mental. 

Há pouco tempo, esse assunto entrou em debate e começou a ser mais “normalizado” nas rodas de conversas. Mas, um dos grandes desafios continua sendo conscientizar e sensibilizar as pessoas para os riscos e os impactos de problemas relacionados à saúde mental em um momento de muitas mudanças. 

Segundo a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, as estruturas financeiras, emocionais, sociais e físicas interferem em como as mulheres e os familiares, recebem a notícia de uma gravidez e como lidam com ela. “A saúde mental materna está ligada aos acontecimentos dessa mãe e de toda a sua vida. Se uma pessoa não programou a chegada de um filho, não possui estrutura e nem acolhimento, pode ter grandes chances de desenvolver uma depressão, por exemplo”, explica. 

Cuidar da saúde mental na gestação também é oferecer bem-estar ao bebê. A mulher experimenta uma nova responsabilidade, a de ser mãe, e precisar dividir seu tempo e noites de sono para cuidar do recém-nascido. “É importante o pai e a avó da criança participarem para essa mãe ter com quem dividir tantas tarefas e ter seus momentos de descanso também”, comenta. 

Depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, psicose pós-parto, transtornos de pânico e fobias podem ser desenvolvidos nesse período. “Em casos de desconfortos, de ansiedade, de dificuldade para pegar no sono e preocupação constante, por exemplo, é interessante procurar a ajuda de um psicólogo. Além disso, é preciso saber se esses sintomas estão aparecendo de forma constante ou se são pontuais. Ser mãe, principalmente de primeira viagem, é um desafio. E, como todo novo ciclo, pode trazer inseguranças. O anormal está em sintomas persistentes. Os pais, as famílias e os amigos devem compreender que esse é um momento importante, de adaptação, e as mulheres precisam ser mais compreendidas”, finaliza.

 

Millena Araujo


Anvisa aprova ampli-D®, forma de vitamina-D com ação três vezes mais rápida

Solução ajuda a elevar as concentrações séricas de vitamina-D em semanas, não mais em meses como a suplementação tradicional

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou essa semana o registro de ampli-D®, nova forma da vitamina-D para uso em suplementos alimentares com atividade biológica três vezes maior e mais eficaz que o colecalciferol, a vitamina D3 tradicionalmente utilizada. Solução desenvolvida pela DSM deve chegar ao mercado brasileiro a partir do segundo semestre deste ano. 

“A ampli-D® representa uma revolução no mercado de vitamina-D e foi desenvolvida para atender a uma demanda global relacionada às preocupações atuais dos consumidores e dos profissionais de saúde em otimizar o sistema imunológico. A solução será imediatamente disponibilizada para a indústria de suplementos alimentares e estamos confiantes de que ela esteja no mercado já nos próximos meses”, diz Giovani Saggioro, vice-presidente da DSM na América Latina para o negócio de Health, Nutrition and Care, empresa global baseada em saúde, nutrição e biociência. 

Estudos clínicos comprovaram uma atuação melhor e mais rápida, pois sua composição é dada pelo calcifediol, a forma mais comum de vitamina-D no organismo, e que está imediatamente disponível para ser ativada pelos rins. O calcifediol, também conhecido como calcidiol, 25-hidróxi-colecalciferol, ou 25-hidróxi-vitamina D, é um pré-hormônio produzido no fígado por uma reação de hidroxilação. A ampli-D® é um metabólito da vitamina D3 altamente biodisponível, que acelera algumas etapas no metabolismo, já que a vitamina-D proveniente da exposição solar, dos alimentos ou de suplementos alimentares precisa passar pelo processo de metabolização no fígado para ser convertida no calcifediol. 

Comumente associada à saúde óssea e menor risco de fraturas, a vitamina-D também é fundamental para outros benefícios de saúde, incluindo a imunidade. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) afirma que concentrações séricas adequadas de vitamina-D estão associadas a um menor número de infecções, uma vez que o nutriente está envolvido no processo de defesa do organismo. Atingir concentrações desejáveis, no entanto, pode ser um desafio, dada a menor exposição solar, especialmente nas estações mais frias do ano, à necessidade de uso de protetores solares e até mesmo fatores biológicos como como idade e maior presença de melanina no corpo. 

De acordo com um estudo publicado no The Journal of Nutrition em 2020, 88% da população mundial apresenta níveis abaixo do indicado em vitamina-D, especialmente por passarem a maior parte do tempo em ambientes fechados e com pouca exposição ao sol, que é fonte de 80%-90% da vitamina-D. Outro estudo, feito pela DSM, o Consumer Immunity Panel, realizado em 2020 com 12 mil pessoas em 24 países, mostra que as pessoas estão cada vez mais atentas a sua imunidade, classificando-a como uma das três principais preocupações de saúde. Atualmente, 65% dos consumidores preocupam-se em aumentar suas defesas e 69% dos entrevistados dizem tomar suplementos para apoiar sua saúde imunológica.
 

DSM 

Mais informações podem ser encontradas no site.


Consumo de álcool por mulheres prejudica função renal


Bebidas alcoólicas afetam taxa de filtração glomerular mais no sexo feminino do que no masculino

O consumo moderado de álcool é demonstrado em estudos como um fator de associação inversa à mortalidade quando comparado ao consumo nulo ou excessivo. Mas, quando o assunto é função renal, as pesquisas ainda apresentam resultados inconsistentes sobre a influência das bebidas alcóolicas tanto nos indivíduos em geral, quanto em diferentes gêneros.

Compreendendo a necessidade de explorar o papel do álcool na função renal, como medida de prevenção ao desenvolvimento de doença nesse órgão e comorbidades associadas como doenças cardiovasculares, um estudo reuniu as informações obtidas em check-ups anuais de saúde de 42.833 pessoas que frequentavam um hospital no Japão.

Consumo de álcool e taxa de filtração glomerular

Desse grande grupo, após as exclusões por informações incompletas, restaram 26.788 participantes com idade acima de 20 anos (19.702 homens e 7.086 mulheres) e com função renal normal (sem proteinúria e taxa estimada de filtração glomerular ≥ 60 mL/min/1,73 m²).

Dessas pessoas foram obtidos dados sobre idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica e diastólica, níveis de colesterol total, triglicérides, hemoglobina glicada, eTFG (taxa estimada de filtração glomerular), nível de proteína urinária, estilo de vida (consumo de álcool e tabagismo fumante passado e fumante atual) e tratamento atual para comorbidades na linha de base (hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares) entre janeiro de 2010 e março de 2015.

Para saber sobre o consumo de álcool, os participantes respondiam a 2 perguntas: “Quantas vezes você bebe bebidas alcoólicas: todos os dias, 5-6 dias/semana, 3-4 dias/semana, 1-2 dias/semana, algumas vezes/mês, ou raramente/não pode” e “Quantas bebidas alcoólicas você bebe nos dias que você bebe: sem consumo, < 1 dose por dia; 1 dose por dia; 2-3 doses por dia; ou ≥ 3 doses por dia?”. A dose no Japão é definida como 180 mL de saquê japonês ou 23 g de etanol.

E a partir das possíveis respostas para a primeira pergunta, utilizando um estudo anterior, os pesquisadores atribuíram uma pontuação: 7 para todos os dias, 5,5 para 5-6 dias/semana, 3,5 para 3-4 dias/semana, 1,5 para 1-2 dias/semana, 0,5 para algumas vezes/mês, e 0 para raramente/não pode. O período observacional para análise dos efeitos se deu entre esse primeiro check-up até o primeiro desenvolvimento dos níveis de eTFG de < 60 mL/min/1,73 m² e uma redução de 25% em relação ao eTFG de linha de base ou à última medição do eTFG antes do final de dezembro de 2018, o que ocorresse primeiro.

Resultados

Tanto entre os participantes do sexo masculino quanto feminino, os não bebedores representavam a maioria da população, n = 7352 (37,3%) e n = 4017 (56,7%), respectivamente. Seguidos por aqueles com níveis de consumo < 23 g/dia [ Homens n = 6337 (32,2%) e Mulheres n = 1952 (27,5%)]. Maior consumo de álcool tende a ser mais frequente em pessoas mais velhas, fumantes, dislipidêmicas, recebendo tratamento para hipertensão e diabéticas.

A quantidade diária de consumo de álcool foi maior no sexo masculino do que no sexo feminino (7 (0-28) g e 0 (0-8) g em homens e mulheres, respectivamente)z. E durante o período observacional de 3-6 anos, 1993 homens (10,1%) desenvolveram proteinúria (≥ 1 +), enquanto entre as mulheres, durante um período observacional de 2-5 anos, 462 participantes (6,5%) desenvolveram proteinúria (≥ 1 +).

No entanto, a incidência de baixa eTFG foi maior nas mulheres, 264 participantes (3,6%) apresentaram queda nessa funcionalidade durante o período de observação, enquanto apenas 3,4% dos homens demonstraram redução da eTFG. O consumo de álcool de ≥ 46 g/dia esteve significativamente associado à incidência de proteinúria nas mulheres, mas, entre os homens não foi possível encontrar essa associação com igual relevância.

Conclusão

Segundo essa pesquisa, mulheres que consomem grandes quantidades de bebida alcoólica apresentam maior suscetibilidade para desenvolver doenças renais. Por isso, é importante que esse consumo seja avaliado e incentive-se à redução e moderação para evitar possíveis desfechos negativos em relação à função renal.

 

Fonte: https://nutritotal.com.br/pro/alcool-e-funcao-renal/?utm_campaign=nutrimail_16-06-22&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Referência

Tanaka, A., Yamaguchi, M., Ishimoto, T. et al. Association of alcohol consumption with the incidence of proteinuria and chronic kidney disease: a retrospective cohort study in Japan. Nutr J 21, 31 (2022). https://doi.org/10.1186/s12937-022-00785-x

Cobertor ou edredom: qual escolher quando se é alérgico?

Quando as temperaturas caem é comum contrair alergias respiratórias. Isso se dá por conta do tempo seco, principalmente em regiões mais urbanizadas, como as grandes metrópoles. A baixa umidade, resfriamento do ar e falta de arborização permitem que o risco de contaminação aumente, já que as partículas poluentes estão dispersas no ar.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), o principal alérgeno, no Brasil, é o ácaro da poeira domiciliar, responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias. 

Como forma de precaução, cuidados com o lar e principalmente na hora de dormir podem fazer a diferença. José Previero, especialista em higienização da Quality Lavanderia destaca, “quem possui alergia precisa estar sempre atento à peça escolhida para dormir, dependendo da escolha, pode-se intensificar ainda mais o problema alérgico”, comenta Previero. 

O especialista aponta que o edredom é a peça ideal para quem tem alergia, pois seu tecido possui superfície plana e lisa, o que permite menor acúmulo de ácaros. Com isso, não prejudica a respiração e não ocasiona incômodos na pele. “Nos dias frios, a melhor escolha é o edredom, por ser menos alérgico, mais macio e causar menor incômodo na pele. Independente do cobertor ser sintético ou de lã, todos são mais felpudos, por isso acumulam maior número de ácaros que podem causar alergia, tanto de respiração quanto de pele,” relata Previero. 

“Além disso, a frequência e os cuidados com a lavagem também são fatores importantes, opte sempre por lavar antes de usar, principalmente se o edredom ficou guardado por muito tempo, com isso removem-se os ácaros e o possível odor de mofo, mantendo a peça mais apropriada para uso. Estando em uso, o ideal é lavar a cada dois meses. Outra dica importante é o cuidado com o uso do amaciante, quanto menos perfume tiver, menor a chance de provocar alergias. Para realizar a higienização completa, inclusive para peças infantis, que exigem um cuidado especial, é indicado que o serviço seja realizado de forma profissional, por exemplo, com ajuda de uma lavanderia, contribuindo para saúde da família”, conclui Previero.

 

 Quality Lavanderia

www.qualitylav.com.br


Psiquiatra comenta importância de tratamentos contínuos em vez de imediatos

Muitas vezes o mais fácil pode não ser o mais adequado; o Dr. Ariel Lipman, diretor da Sig Residência Terapêutica, explica como ter paciência para lidar com a frustração e fala sobre os benefícios de tratamentos longínquos a momentâneos

 

Normalmente, em uma situação que envolve um contratempo, o anseio pela resolução é extremo, ainda mais quando o assunto é saúde. As pessoas procuram resolver o problema pautadas no imediatismo, mas, muitas vezes, a solução pode levar um tempo e é por isso que a virtude da paciência é mais que necessária: não é atoa que pacientes assim se chamam. 

Com a expectativa de uma rápida melhora, muitos indivíduos optam por tratamentos imediatos ao invés de contínuos, fato que ocorre na área de saúde estética, física e até mesmo mental. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 79% dos brasileiros admitem tomar medicamentos sem prescrição médica, o que mostra que, de fato, as pessoas buscam sempre tratar um problema de saúde de maneira rápida. 

O Dr. Ariel Lipman, médico especialista em psiquiatria e diretor da SIG Residência Terapêutica esclarece que o desejo pelo instantâneo pode vir a ser um agente dificultador na melhora dos problemas, sejam eles quais forem. “O entusiasmo por resultados súbitos retarda resultados de fato saudáveis. Assim é, pois na maioria dos casos, a resolução, por exemplo, da depressão, demanda tempo e paciência”. Ademais, ele acrescenta que muitas vezes a impaciência ou ansiedade fazem parte dos seus sintomas - “Aqui é importante diferenciar quadros que são patológicos de pessoas que ficam impacientes com os problemas normais da vida”. 

Em muitos casos, a escolha por tratamentos de curto prazo pode ser ruim para o paciente, já que o procedimento rápido geralmente não é tão efetivo quanto os que demandam mais tempo. O especialista orienta que, no processo de escolha da resolução do problema em questão, é essencial que o paciente pense adiante. “Entre casos de transtornos mentais, é comum eu me deparar com pacientes que, no passado, optaram pela escolha de procedimentos breves. Estes me procuram justamente por estarem frustrados com a falta de retornos de fato eficientes” cita o especialista. 

É importante controlar a ansiedade durante um tratamento, principalmente com a falta da resposta esperada e é aí que entra a confiança no médico escolhido. “A natureza é composta de ciclos, e nós, por fazermos parte dela, não somos diferentes - ao tratar de transtornos, é necessário ter em mente que fases existem, e não podem, de forma alguma, ser atropeladas, independentemente da urgência”, explica o doutor. 

Mas como driblar ansiedade, medos, desconfortos e desenvolver paciência para lidar com essas dificuldades da melhor forma? “Não existe ‘fórmula mágica’. As pessoas são diferentes, algumas são mais calmas e pacientes que outras, porém, é possível ‘treinar’ a nossa ansiedade e paciência”, explica o Dr. Ariel, que listou algumas dicas:
 

Invista em autoconhecimento 

Ao se conhecer, o paciente consegue perceber seus gostos, defeitos e limitações. É necessário se ouvir para se reconhecer, com o objetivo de se entender a si mesmo. “Descobrir o que significam seus sentimentos pode fazer com que você evite episódios de impaciência, pois entender a si próprio promove maior autocontrole, fato que permite maior racionalidade para tomar decisões”, aconselha o Dr. Ariel.
 

Organização é primordial 

Com a finalidade de auxiliar no foco e no funcionamento da resolução do problema, organize-se. “A organização é importante até para compreender o processo como um todo. Sobre isso, pode-se dizer que estar estruturado já é meio caminho andado”, esclarece o psiquiatra. Organize suas finanças e desenvolva etapas para resolver seus principais problemas e tomar decisões mais apropriadas.
 

Aceitação é importante 

Como lidar com a frustração? O doutor explica que, infelizmente, as medicações e psicoterapia não agem magicamente, resolvendo os sintomas do dia para o outro. é natural levar tempo para que os processos comecem a dar resultados. O segredo, segundo ele, é desenvolver a discrição entre as expectativas já que muitas vezes os resultados não saem conforme o esperado. 

Por isso, o doutor comenta que: “É importante procurar bons profissionais, que sejam capazes de orientar o paciente de forma correta, não apenas sobre o tempo de melhora após o início do tratamento, como também ajustar as expectativas em relação ao resultado final”.
 

Busque apoio 

“Na alegria e na tristeza, perceba com quem você pode contar” diz o doutor. Além de amigos e familiares, reconheça agentes materiais que ajudem, como livros, séries, ou até mesmo alguma coisa que você goste de comer para se confortar em momentos de angústia e lazer. 

De qualquer forma, nesse tópico é relevante expor o verdadeiro papel de um apoio: apoiar. “Nunca se jogue sobre eles, já que são apenas muletas. Para andar, você terá que ir sozinho”, explica o especialista.
 

Equilíbrio é a chave 

Muitas vezes os indivíduos optam pela escolha do mais acessível em múltiplas facetas: em relação ao dinheiro, tempo, e também desgaste físico e emocional. Saiba que não é justo com si mesmo: “Cada caso é um caso, e cada realidade é diferente. De qualquer forma, se puder, priorize tratamentos eficazes, que normalmente são mais complicados, aos mais fáceis. É mil vezes melhor, e na maioria dos casos até mais barato pensando a longo prazo, prevenir do que remediar”, conclui.

 

 Sig

 

Apesar de aumento em 2021, Brasil ainda apresenta baixo número de doadores de sangue, alerta especialista

Em mais uma edição, o Ciclo de Palestras AMRIGS discutiu o assunto em Porto Alegre para incentivar a população a colaborar com os hemocentros

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que, até março de 2022,  foram coletadas aproximadamente 732 mil bolsas de sangue. A  Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de doadores na população seja de 1% a 3%. No Brasil foi de 1,4%, em 2021, percentual que preocupa médicos e autoridades da área. 

O número de doadores de sangue apresentou uma melhora no ano passado, em relação ao início da pandemia de COVID-19, quando os estoques sofreram redução de 10%. Em 2019, foram realizadas 3.271.824 coletas de sangue no país. Já em 2020, o número caiu para 2.958.665. No ano passado, o número subiu para 3.035.533 bolsas de sangue coletadas.

Para mostrar à população a importância da doação de sangue, a Associação Médica do Rio Grande do Sul realizou edição do seu Ciclo de Palestras sobre o tema, no auditório da Associação em Porto Alegre. 

O time de palestrantes contou com Lilian Leão Arais, médica especialista em Medicina Interna, Hematologia e Hemoterapia e o empresário gaúcho Otelio Drebes, idealizador da campanha Doar É Viver - projeto que percorre o estado incentivando a doação de sangue e já ajudou a salvar mais de 30 mil vidas, só no ano de 2021.

Segundo a médica, Lilian Arais, que abriu o evento, a pandemia, de fato, reduziu muito os estoques dos bancos de sangue, como mostram dados do Ministério da Saúde. Lilian destaca também que já se percebe uma melhora no cenário das doações, mas o número de doadores de sangue no país é ainda muito baixo.

“Durante o pico da pandemia tivemos sérios problemas em relação à doação de sangue. As pessoas estavam, de modo geral, com receio de sair de casa, de ir aos hospitais onde ficam os bancos de sangue que ficaram muito deficitários”, ressaltou.

Apesar de reconhecer uma melhora no número de doações de sangue, a palestrante alerta que o Brasil precisa melhorar o engajamento da população no tema.

“Após a vacinação, aos poucos, tem se retomado a doação de sangue, mas o Brasil ainda está muito abaixo do que recomenda a Organização Mundial de Saúde. Pelo menos 3% da população deveria fazer essa doação para que os estoques ficassem confortáveis'', destacou.

Para doar sangue, basta ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal); pesar no mínimo 50kg; estar alimentado. Além disso, a orientação é de não ingerir alimentos gordurosos antes da doação; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; e apresentar documento oficial de identificação com foto. Uma única doação de sangue, de 450ml, é suficiente para salvar a vida de até 4 pessoas. Além disso, essa quantidade é reposta no organismo em 1 dia.

Durante a apresentação que fechou o evento na AMRIGS, o empresário Otelio Drebes disse que a pandemia mexeu muito com ele. A partir daí, pensou que deveria fazer algo a mais pela sociedade.

“Eu precisava fazer algo diferente e usar minha experiência para ajudar. Foi daí que nasceu Doar é Viver, baseada no fato de que muitas pessoas deixam de doar sangue por desconhecer o processo. Esse ato é uma corrente de amor pela vida”, disse o empresário para uma plateia atenta.

O Ciclo de Palestras AMRIGS é uma atividade gratuita, aberta à comunidade em geral e que aborda os mais diversos temas da área da saúde preventiva.

 

Airton Lopes


Perda de produtividade no período menstrual: como as cólicas afetam a rotina das mulheres

Especialista em endometriose ressalta importância de quebrar tabus para mais qualidade de vida


As dores ligadas ao período menstrual têm uma estreita relação com a perda de produtividade das mulheres. Estima-se que sintomas menstruais sejam responsáveis por quase nove dias de produtividade perdida no ano, seja no trabalho ou nos estudos. Além das cólicas, outros fatores afetam a disposição e o rendimento, como fluxo de sangue muito intenso e oscilações de humor. 

Um estudo publicado na revista médica BMJ Journals em 2019, realizado com mulheres na faixa etária de 15 a 45 anos, na Holanda, detectou que apenas 14% das entrevistadas haviam se ausentado de compromissos durante o período menstrual, mesmo com dores. Entretanto, cerca de 81% disseram ter sido menos produtivas por consequência desses sintomas. 

Os pesquisadores concluíram que, anualmente, as mulheres ficam ausentes de suas atividades 1,3 dia ao ano em decorrência do período menstrual, mas a perda de produtividade é equivalente a 8,9 dias, já que elas não conseguem desempenhar suas atividades normalmente. 

As discussões sobre o tema ainda são um tabu, o que agrava a situação, já que muitas mulheres se sentem constrangidas em revelar seus desconfortos a empregadores e coordenadores nas escolas e universidades. Assim, acabam trabalhando e frequentando aulas com dores ou, quando se ausentam, não explicitam o real motivo - o mesmo estudo apontou que apenas 20% das mulheres que estiveram ausentes do trabalho por causa de sintomas menstruais revelaram a verdadeira causa a seus empregadores. 

“É necessário aumentar a discussão e a conscientização sobre o impacto dos sintomas menstruais no trabalho e as organizações devem estar abertas a isso. Para as mulheres, ainda é desconfortável falar sobre o tema. Trata-se de saúde e precisamos tornar essa discussão mais humanizada”, defende Patrick Belellis, ginecologista especialista em endometriose.

 

Busca por tratamento  

O fato de as mulheres se sentirem obrigadas a estarem presentes, mesmo sofrendo com as dores, ao contrário do que possa parecer, contribui ainda mais com a falta de produtividade do que a ausência delas ao trabalho poderia ocasionar. 

“Ter que estar presente e não abordar seus desconfortos no trabalho, escola ou universidade, também desencoraja a busca por ajuda na investigação destas dores, que podem ser consequência de problemas mais complexos, como a endometriose, por exemplo. O acompanhamento médico é fundamental para que a mulher tenha acesso ao tratamento necessário, o que pode devolver sua qualidade de vida”, acrescenta o médico.

Embora dor ou desconforto leves possam ser vistos como parte de um ciclo menstrual normal, se ocorrerem de forma mais aguda, afetando atividades cotidianas, é importante buscar ajuda médica. 

“Quanto antes a mulher, em idade adulta ou adolescente, procurar um diagnóstico, mais rápido poderá ter uma rotina mais confortável. A dor moderada a grave, por si só, não significa necessariamente que ela tenha endometriose, mas é provável que algo possa ser feito para reduzir o impacto dessas dores sobre a sua rotina”, alerta Belellis.

 

O que é a endometriose 

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. É comum que elas se acumulem nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo. 

Sem tratamento, a doença pode atingir formas graves, como a chamada endometriose profunda, que tem sintomas mais severos e deixam a mulher incapacitada para uma rotina normal. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) têm a doença.

 

PATRICK BELLELIS --GINECOLOGISTA Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -- FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Identificando e superando o medo da rejeição

Psicanalista alerta que esse medo pode até provocar estagnação na vida


 A rejeição é, provavelmente, um dos piores sentimentos experimentados pelo ser humano. A sensação de que nossa presença não é desejada ou não é bem-vinda, seja por quem for, pode nos levar a desenvolver sentimentos de mágoa ou ativar nossos mecanismos de defesa. O medo da rejeição é muito comum e inerente aos indivíduos e, em alguns casos, manifestações fisiológicas também são perceptíveis, como: palpitações, tremedeira, boca seca, entre outras. 

Rejeição em si, não é um fato objeto e concreto, mas refere-se muito mais ao significado e a proporção que atribuímos a um determinado acontecimento, além de estar associado à autoestima e às expectativas que criamos. Fato é que, somos seres desejantes e é inerente ao homem a necessidade de pertencimento. Ele almeja sempre ser aceito e amado, porém não é possível depender disso para nos sentirmos amados e felizes. 

Esse tipo de pensamento é o que alimenta o sentimento de rejeição. A grande sabedoria da vida é aprender a não ocultar o sentimento de rejeição, mas sim acolher essas emoções, externar o que está sentindo e buscar entendimento do porquê ficar tão mexido. É preciso aceitar que nem sempre, as situações estarão acompanhando seus desejos, e por isso deve-se aprender a lidar com a rejeição sem diminuir-se. 

Sentir-se rejeitado, em algum momento da vida, pode acontecer com qualquer um. Estamos sujeitos a isso. Sabemos que as estruturas emocionais ficam abaladas, assim como nossos sentidos de defesa e que, a confiança e autoestima serão diretamente afetadas por sensações desconfortáveis, além claro, de alimentar sentimentos de não merecimento, no qual a pessoa passa a desconfiar da própria inteligência, simpatia e de sua capacidade de se relacionar com outras pessoas. Consequentemente, é natural que o medo provoque uma estagnação na vida, impactando assim os relacionamentos, as decisões e os comportamentos futuros. 

Porém, diante de todas essas sensações, é muito comum que, para evitar uma possível rejeição, a pessoa sinta a necessidade de controlar absolutamente tudo. Entrando em um processo ilusório de que, desta maneira estará impedindo a manifestação da dor e do sofrimento. Se a rejeição ocorre como resposta a algo, vale destacar que muitas pessoas se alimentam do medo da rejeição, antes mesmo que ela aconteça.

Criamos bloqueios para ações e pensamentos. Bem verdade que, não podemos ignorar ou negar que a rejeição existe, porém, nem sempre se trata de algo que temos controle. Por estar fora do nosso controle, muitas vezes, não há motivo para projetarmos uma resposta imediata antes mesmo de tomarmos uma atitude.

Com isso, acabamos por criar um bloqueio contra qualquer desejo que tenhamos, desde coisas simples, como pedir um aumento ao chefe à conquista de sonhos e felicidade. Ou seja, de forma inconsciente, alimentamos crenças limitantes, que impedem e bloqueiam nossa busca por equilíbrio.

Por fim, e como fazer, diante de todos estes fatos, para saber lidar de forma saudável, com a rejeição? Fácil não é, mas é possível. O primeiro exercício é tentar entender qual o motivo da rejeição. Buscar uma comunicação mais aberta e transparente com o outro, sem confrontos e vitimismos. Além disso, trabalhar a autoestima e a insegurança fazem parte do combo para se encontrar leveza nas relações e afastar o fantasma da rejeição.

Sendo assim, reforçar o amor próprio auxilia, positivamente, para que a rejeição não seja consumida. Sabemos que o medo da rejeição é altamente incapacitante, mas ele também pode ser utilizado a nosso favor. Pois, a instabilidade quando bem compreendida, pode favorecer a comunicação, provocar o autoconhecimento, além de promover estímulos que promovam a comunicação e a capacidade de externar sentimentos, quando houver a necessidade de se posicionar, sem precisar se preocupar, se o outro vai te rejeitar ou te punir.

Esse movimento integra ações que alimentam o amor próprio, o autocuidado e a autovalorização. Só através dessa consciência que se consegue trabalhar o melhor desenvolvimento dos nossos mecanismos de defesa, aumentando a autoconfiança e segurança em si mesmo.       

 

Dra. Andrea Ladislau  / Psicanalista

Confiança do consumidor na tecnologia wearable aumenta a pressão sobre as marcas para proporcionar experiências digitais completas

A tecnologia médica wearable - dispositivos vestíveis como smartwatches e outros sensores médicos - decolou nos últimos dois anos. Um novo estudo da Cisco AppDynamics descobriu que 33% dos brasileiros atualmente usam pelo menos um dispositivo de tecnologia de saúde wearable e esse número deve aumentar: 86% planejam incrementar o uso dessa tecnologia nos próximos 12 meses.

Com o atendimento médico presencial restrito durante a pandemia, as pessoas não veem mais a tecnologia wearable apenas como uma maneira de monitorar e gerenciar sua aptidão física geral. De acordo com o estudo, 89% dos consumidores brasileiros desejam usar tecnologias de saúde, incluindo wearables, para gerenciar condições crônicas ou contínuas de saúde.

Seja um relógio inteligente, pulseira ou monitor de ECG, as pessoas estão usando esses dispositivos para gerenciar e melhorar questões relacionadas à sua saúde e bem-estar. No Brasil, 78% das pessoas relatam que se tornaram cada vez mais dependentes da tecnologia para ajudar em quaisquer condições médicas.

Para o setor de tecnologia médica, isso significa que as oportunidades são vastas. Dados recentes mostraram que o mercado global de saúde wearable deve atingir US$ 30,1 bilhões até 2026, em comparação com US$ 16,2 bilhões em 2021. Além disso, 320 milhões de wearables médicos serão vendidos globalmente em 2022, segundo informações da Deloitte.

 

Confiança na tecnologia wearable aumenta apostas em torno das experiências digitais

Na pressa de aproveitar as inúmeras oportunidades que estão por vir, é vital que as marcas reconheçam que as expectativas dos consumidores em relação à tecnologia e aos serviços digitais mudaram drasticamente durante a pandemia.

A pesquisa da Cisco AppDynamics revelou que, desde o início da pandemia covid-19, os consumidores se tornaram mais dependentes de aplicativos e serviços digitais em seu cotidiano, e, ao mesmo tempo, também se tornaram mais exigentes e menos tolerantes com experiências digitais ruins. Portanto, quando se trata do mercado de tecnologia médica wearable, é importante considerar toda a experiência do usuário. Ainda mais quando esses dispositivos existem essencialmente para coletar dados de saúde, bem-estar e condicionamento físico dos usuários.

O risco é que, se esses aplicativos não funcionarem como deveriam, como serem lentos ou sem resposta, difíceis de instalar ou, na pior das hipóteses, se não protegerem adequadamente os dados pessoais de saúde das pessoas - que por sua própria natureza são sensíveis e importantes - o apetite do consumidor pela tecnologia wearable pode facilmente se dissipar.

De fato, a pesquisa da AppDynamics descobriu que 91% dos brasileiros esperam que as empresas que oferecem tecnologia wearable demonstrem um padrão mais alto de proteção para seus dados pessoais, mais do que qualquer outra tecnologia que ofereçam. E as consequências para as marcas que ficam abaixo da expectativa dos clientes são graves: 57% afirmam que uma experiência digital ruim com um dispositivo ou aplicativo wearable os impediria de tentar outra tecnologia de saúde ou bem-estar.

Essas descobertas devem funcionar como um alerta para os profissionais de tecnologia e aplicativos. A menos que sejam capazes de oferecer uma experiência completa para os usuários, correm o risco de perder muitos clientes e receita. E em um nível mais amplo, existe o perigo de que as pessoas percam a confiança na tecnologia médica wearable e todos os potenciais benefícios em torno da saúde e bem-estar da população serão colocados em risco.

Observabilidade full-stack é fundamental para impulsionar a experiência do usuário nos aplicativos de tecnologia wearable

Assim como as expectativas dos consumidores estão subindo para novos patamares, a tarefa de otimizar o desempenho e a disponibilidade dos departamentos de TI está se tornando cada vez mais desafiadora. Eles estão gerenciando infraestruturas de tecnologia cada vez mais distribuídas e movendo suas aplicações para ambientes híbridos e cloud.

É por isso que se faz necessário ter visibilidade em tempo real do desempenho e da disponibilidade de todo o domínio de TI, desde o aplicativo voltado para o cliente até o back-end. Isso permite que os profissionais de TI identifiquem anomalias de maneira rápida e fácil, entendam as dependências e corrijam problemas antes que eles afetem o usuário final. Somente com a observabilidade full-stack eles têm a chance de compreender o enorme volume de dados, métricas, logs e traces e serem capazes de identificar e corrigir problemas de desempenho antes que afetem os clientes.

Mas como a demanda por aplicativos de saúde digital continua a aumentar, esse nível de visibilidade ainda não é suficiente. Os tecnólogos precisam urgentemente conectar a observabilidade full-stack com métricas de negócios em tempo real para que possam identificar e priorizar os problemas que representam o maior risco para a experiência do cliente. É fácil se sentir sobrecarregado quando se está analisando 100 problemas de desempenho, mas se soubermos instantaneamente que apenas alguns deles realmente têm o potencial de impactar os clientes, pode-se então concentrar esforços nos lugares certos.

Esse tipo de visão de negócios torna muito mais fácil otimizar consistentemente o desempenho de TI. E, em última instância, garantirá que a tecnologia médica wearable possa continuar melhorando a saúde e o bem-estar das pessoas em todo o mundo.


Como estudar em casa: Especialista dá dicas para melhorar o desempenho

O aumento de casos de Covid em SP fez com que escolas retornassem ao EAD. Dicas podem ajudar a manter o bom desempenho, mesmo em casa 



O aumento do número de casos de Covid no Estado de São Paulo, fez com que escolas do ensino público e particular retornassem ao modelo 100% EAD ou híbrido. Muitos alunos encontram dificuldades nos estudos em casa, o que pode prejudicar o desempenho escolar. Um estudo do Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para Brasil e a África Lusófona (Clear) aponta que a educação pode retroceder até quatro anos por conta da pandemia. A pesquisa mostra que os alunos no Brasil deixaram de aprender mais em matemática e que a maior perda de aprendizado foi no ensino fundamental, de 34% - no médio, foi de 33%.

“Foi uma grande mudança para os alunos, que certamente afetou de forma significativa o rendimento e o aprendizado, seja por falta de estrutura ou mesmo pela desatenção e desinteresse, especialmente no modelo de ensino virtual”, comenta Bruno Piva, fundador e CEO da Piva Educacional, startup que ajuda crianças e adolescentes a criarem autonomia para estudar.

Com o retorno do EAD, o especialista traz algumas dicas que podem ajudar os alunos a terem um melhor rendimento após tantas mudanças:


1- Crie uma rotina de estudos

A rotina aumenta o foco, a produtividade, o desempenho e o estudante fica cada vez mais concentrado e confiante. O principal objetivo da rotina é auxiliar na organização dos estudos, para assim melhorar o aprendizado a cada dia. “Rotina é algo maravilhoso para a criança e o adolescente. Ela é importante para o corpo, diminui o stress e melhora o ambiente”, acrescenta o especialista.


2- Evite distrações

Na hora de estudar, um dos maiores problemas é a distração. Com isso a qualidade do estudo fica comprometida e perdemos foco e tempo. Para evitar distrações, estabeleça horários e locais de estudo.

“O primeiro passo para aprender mais em menos tempo é ter foco. Quando o cérebro tira a concentração dos estudos para qualquer outra coisa, é preciso fazer um esforço muito grande para voltar para o que realmente interessa”, alerta Bruno. “Comunique a familiares e amigos que você precisa estudar em um determinado dia e horário. Coloque o celular no modo avião ou desligue, não deixe abas desnecessárias abertas no computador e, principalmente, controle a ansiedade”, orienta o especialista.


3- Respeite seus limites

Cada pessoa possui um ritmo diferente de estudo e cada estudante precisa entender o tempo necessário para aprender uma determinada matéria. Além disso, o corpo e a mente necessitam de descanso, alimentação correta, momentos de lazer e boas noites de sono. “Se não estabelecer limites, seus níveis de estresse e ansiedade aumentam e prejudicam a saúde e o aprendizado. Portanto, reserve momentos para fazer o que gosta. Com o corpo e mente sãos, o conhecimento é melhor absorvido”, garante Piva


 Piva Educacional


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