A tecnologia médica wearable - dispositivos vestíveis como smartwatches e outros sensores médicos - decolou nos últimos dois anos. Um novo estudo da Cisco AppDynamics descobriu que 33% dos brasileiros atualmente usam pelo menos um dispositivo de tecnologia de saúde wearable e esse número deve aumentar: 86% planejam incrementar o uso dessa tecnologia nos próximos 12 meses.
Com o atendimento médico presencial restrito
durante a pandemia, as pessoas não veem mais a tecnologia wearable apenas como
uma maneira de monitorar e gerenciar sua aptidão física geral. De acordo com o
estudo, 89% dos consumidores brasileiros desejam usar tecnologias de saúde,
incluindo wearables, para gerenciar condições crônicas ou contínuas de saúde.
Seja um relógio inteligente, pulseira ou monitor de
ECG, as pessoas estão usando esses dispositivos para gerenciar e melhorar
questões relacionadas à sua saúde e bem-estar. No Brasil, 78% das pessoas
relatam que se tornaram cada vez mais dependentes da tecnologia para ajudar em
quaisquer condições médicas.
Para o setor de tecnologia médica, isso significa
que as oportunidades são vastas. Dados recentes mostraram que o mercado global
de saúde wearable deve atingir US$ 30,1 bilhões até 2026, em comparação com US$
16,2 bilhões em 2021. Além disso, 320 milhões de wearables médicos serão
vendidos globalmente em 2022, segundo informações da Deloitte.
Confiança na tecnologia
wearable aumenta apostas em torno das experiências digitais
Na pressa de aproveitar as inúmeras oportunidades
que estão por vir, é vital que as marcas reconheçam que as expectativas dos
consumidores em relação à tecnologia e aos serviços digitais mudaram
drasticamente durante a pandemia.
A pesquisa da Cisco AppDynamics revelou que, desde
o início da pandemia covid-19, os consumidores se tornaram mais dependentes de
aplicativos e serviços digitais em seu cotidiano, e, ao mesmo tempo, também se
tornaram mais exigentes e menos tolerantes com experiências digitais ruins.
Portanto, quando se trata do mercado de tecnologia médica wearable, é
importante considerar toda a experiência do usuário. Ainda mais quando esses
dispositivos existem essencialmente para coletar dados de saúde, bem-estar e
condicionamento físico dos usuários.
O risco é que, se esses aplicativos não funcionarem
como deveriam, como serem lentos ou sem resposta, difíceis de instalar ou, na
pior das hipóteses, se não protegerem adequadamente os dados pessoais de saúde
das pessoas - que por sua própria natureza são sensíveis e importantes - o
apetite do consumidor pela tecnologia wearable pode facilmente se dissipar.
De fato, a pesquisa da AppDynamics descobriu que
91% dos brasileiros esperam que as empresas que oferecem tecnologia wearable
demonstrem um padrão mais alto de proteção para seus dados pessoais, mais do
que qualquer outra tecnologia que ofereçam. E as consequências para as marcas
que ficam abaixo da expectativa dos clientes são graves: 57% afirmam que uma
experiência digital ruim com um dispositivo ou aplicativo wearable os impediria
de tentar outra tecnologia de saúde ou bem-estar.
Essas descobertas devem funcionar como um alerta
para os profissionais de tecnologia e aplicativos. A menos que sejam capazes de
oferecer uma experiência completa para os usuários, correm o risco de perder
muitos clientes e receita. E em um nível mais amplo, existe o perigo de que as
pessoas percam a confiança na tecnologia médica wearable e todos os potenciais
benefícios em torno da saúde e bem-estar da população serão colocados em risco.
Observabilidade full-stack é
fundamental para impulsionar a experiência do usuário nos aplicativos de
tecnologia wearable
Assim como as expectativas dos consumidores estão
subindo para novos patamares, a tarefa de otimizar o desempenho e a
disponibilidade dos departamentos de TI está se tornando cada vez mais
desafiadora. Eles estão gerenciando infraestruturas de tecnologia cada vez mais
distribuídas e movendo suas aplicações para ambientes híbridos e cloud.
É por isso que se faz necessário ter visibilidade
em tempo real do desempenho e da disponibilidade de todo o domínio de TI, desde
o aplicativo voltado para o cliente até o back-end. Isso permite que os
profissionais de TI identifiquem anomalias de maneira rápida e fácil, entendam
as dependências e corrijam problemas antes que eles afetem o usuário final.
Somente com a observabilidade full-stack eles têm a chance de compreender o
enorme volume de dados, métricas, logs e traces e serem capazes de identificar
e corrigir problemas de desempenho antes que afetem os clientes.
Mas como a demanda por aplicativos de saúde digital
continua a aumentar, esse nível de visibilidade ainda não é suficiente. Os
tecnólogos precisam urgentemente conectar a observabilidade full-stack com
métricas de negócios em tempo real para que possam identificar e priorizar os
problemas que representam o maior risco para a experiência do cliente. É fácil
se sentir sobrecarregado quando se está analisando 100 problemas de desempenho,
mas se soubermos instantaneamente que apenas alguns deles realmente têm o
potencial de impactar os clientes, pode-se então concentrar esforços nos
lugares certos.
Esse tipo de visão de negócios torna muito mais
fácil otimizar consistentemente o desempenho de TI. E, em última instância,
garantirá que a tecnologia médica wearable possa continuar melhorando a saúde e
o bem-estar das pessoas em todo o mundo.
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